Já não se lê como antigamente. Uma pesquisa feita pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro, realizada em
70 cidades de nove regiões metropolitanas, chegou a um resultado peculiar: em 2014, sete em cada dez brasileiros
não leram um livro sequer. Isso significa que apenas 30% da população nacional leu algum livro no ano da pesquisa
- e isso não quer dizer que esse pessoal terminou a leitura. Na pesquisa realizada em 2009, a taxa de leitores
regulares no país era um pouco maior: 35%.
A principal justificativa para a falta de leitura apresentada pelos 70% que não costumam ler é justamente a falta de
hábito. A Internet e os smartphones foram apresentados como os primeiros fatores que impedem o interesse pela
leitura. Outro item de peso que contribui para esse déficit são as séries. De fato, desde 2009, nota-se um aumento
considerável de jovens que preferem atividades consideradas mais dinâmicas, como filmes e séries, a livros.
Em 2014, o país contabilizou, só em séries, mais de 28 milhões de downloads, deixando para trás a Rússia (27
milhões) e Índia (16 milhões). As séries mais baixadas são, em ordem, Game of thrones, The walking dead e The
big bang theory.
Com um mundo cada vez mais simples do ponto de vista tecnológico, no qual tudo acontece muito rápido, cada vez
mais a preferência pelas séries e outras atividades dinâmicas crescem. Isso é ruim para o leitor em potencial, para o
mercado de livros e, naturalmente, para as produtoras de séries e filmes: o número de downloads ilegais é muito
maior do que o de vendas legais.
Crie duas classes, que vão representar os downloads no Brasil e na Rússia. Crie construtores que iniciem o
programa com os valores apresentados no texto. Agora, desenvolva um software simples que cumpra as três
demandas a seguir:
- Se os downloads ilegais continuarem no mesmo ritmo, sem alterações, quanto cada país terá baixado ao final de
sete anos? - Se os downloads tiverem um crescimento de 0,2% ao ano, quanto cada país terá baixado ao final de quatro
anos? - Se os downloads tiverem um crescimento de 4% ao ano, quanto cada país terá baixado ao final de dois anos?