Sabem, na minha opinião, há de fato os problemas técnicos que já mencionei (http://www.guj.com.br/posts/preList/91010/490141.java#490141) sobre o Maker, mas o que REALMENTE pega é o fator psicológico.
Basta que você se coloque na posição de quem está usando a ferramenta. Vejam a situação do sujeito:
- Ele não tem grande domínio técnico (é o público alvo do Maker, diga-se de passagem)
- Ele gastou uma fortuna no Maker
- Querendo ou não, está produzindo alguma coisa com a ferramenta, e até o presente momento, está satisfeito com o resultado (consequencia do primeiro ponto)
- Provavelmente no ambiente de trabalho, seus colegas que não estão diretamente envolvidos na atividade de desenvolvimento de sistemas, o vêem como “desenvolvedor”, o famoso carinha que “tem a manha”.
- É muito comum que o cara venha de outro ambiente RAD, como Delphi ou VB (nada contra Delphi ou VB (apenas 40%))
Como consequência, o cara VAI ficar inseguro quando sua ferramenta (ganha pão, lembrem-se) é criticada. E vai se agarrar ao Maker com UNHAS e DENTES, pois, no breve período que passou aprendendo a ferramenta, adquiriu, em relação aos colegas de trabalho, o status de “desenvolvedor”.
Detalhe: esta mesma pessoa acessa um GUJ da vida e vê inúmeras perguntas relacionadas a outras ferramentas de desenvolvimento que, em um primeiro momento, parecem ser incrívelmente complicadas para este indivíduo. Como ele está construindo aplicações, sem estas dificuldades, acaba acreditando que o Maker realmente trás algo de revolucionário no que diz respeito a desenvolvimento de sistemas.
Outra: se o cara vêm de um ambiente como Delphi ou VB e está tentando aprender Java, vai achar o Maker MUITO mais famiilar (vejam por exemplo o sucesso que o JBuilder faz com quem vem do Delphi). Como existe a tendência de preferir o que já é conhecido, o Maker acaba por marcar pontos com o sujeito (que normalmente apanhou e está apanhando FEIO na hora de aprender Java ou qualquer outra linguagem orientada a objetos
(antes que me ataquem: não que quem programe em Delphiou VB seja idiota, mas a mudança de paradigma é realmente um processo difícil para quem vem destes ambientes de desenvolvimento)
). E todos nós sabemos: é extremamente comum a pessoa que tem dificuldade em aprender determinada tecnologia, julgá-la como ruim.
Pensem: nesta situação, vocês não defenderiam o Maker?