Ajuda - Mudar área de Suporte a Programação

A todos bom dia,

Primeiramente, irei dar um background de minha vida e minha pessoa.
Tenho 24 anos, cursei ciencias da computação dos 18 aos 23 e tenho bacharelado. Trabalho na área de suporte desde meus 18 anos, hoje sou suporte nível 2-3 e ganho perto dos meus 3400 PJ. A questão é que estou extremamente infeliz com minha área, passei por diversas empresas terceiras sempre, realizando suporte a usuário, e já ví que não tenho futuro nela. Nunca trabalhei diretamente com programação, na faculdade tive brevemente java em algumas disciplinas e foi uma das linguagens que senti bastante afinidade, me recomendaram começar por javascrip e eu dei uma breve olhada e achei bem interessante.

Hoje quero sair da área de suporte mas tenho muita dificuldade em saber a onde começar para migrar para programação. Quais os desafios que terei que enfrentar? Como começarei se não consigo entrar em um estágio devido a não estar matriculado em uma faculdade? Gostaria de saber o que a galera pensa, estou me sentindo bastante perdi e com medo para ser sincero.

Olá, @xdyuxd. Bem vindo ao GUJ.

Comecei minha vida profissional como suporte, também. Tinha uns 15 anos. Ansiava para caramba entrar para o mundo da programação, só tinha um pequeno detalhe: eu não sabia programar.

Na verdade, eu sabia da lógica de programação básica. O que era um laço condicional, o que era um laço de repetição e tudo mais. Mas nada da sintaxe.

Entrei na faculdade. ADS, tecnólogo. Me ensinou a base de Java. Coincidentemente, consegui um estágio na área. Imagine só, cheguei sabendo for, if e olhe lá. Eu me esforçava muito para aprender, e por isso fui me destacando.

No meu setor, ninguém usava Java. Só Python, PHP… mas precisavam de um programador Java. Imagine só então, não tinha ninguém pra me ensinar sobre Java. O que eu fiz? Continuei estudando.

A verdade é que, na área de programação, nunca parar de estudar é essencial. Não o estudo de ficar em sala de aula, ouvir o professor e etc. É um estudo totalmente diferente: você tem um problema X. Precisa resolver. Como? Descubra!

Então, por onde começar? Estudando, é claro. Estudando o que? Lógica de programação.

“Ah, mas eu já sei programar!” bacana! Mas lógica de programação não é só para aprender a programar. Em verdade vos digo: Lógica é o que sustenta toda a área de T.I.

Você estudou a lógica. Legal, e agora? Em minha opinião, o mais importante é você começar a estudar as tendências do mercado e da sua região, se adaptar e montar um portfólio baseado nos seus conhecimentos. Por exemplo:

Na cidade de Javanópolis, existe uma grande demanda por profissionais que trabalhem com: Java, Spring, SQL, Hibernate.

Você já tem os tópicos que precisa estudar. Conhecer o que é cada um e para que serve é o primeiro passo. O próximo? Montar um projeto aplicando esses conceitos. Podem ser todos ou apenas um ou dois, vai de você. O portfólio do programador chama-se repositório.

Com um bom repositório, basta procurar uns estágios. Não sei onde você mora, mas é quase certeza que, em seu trabalho como programador, você talvez ganhe um pouco menos que atualmente. Acontece, é o inicio e é difícil mesmo.

Sobre suas dúvidas:

Nunca parar de estudar! E é difícil para caramba, viu?

O estágio não significa, obrigatoriamente, que você tem que estar matriculado. Existem estagiários que não estão em faculdade. Aqui, chamamo-os de Trainees.

Vou te recomendar um tópico escrito na Taverna. Dá uma lida nele, pode te esclarecer muito. Aqui, ó.

Espero que possa encontrar luz e ajuda aqui no GUJ. Não hesite em perguntar! :smiley:

[]'s

Olá @xdyuxd bom dia!

Eu acredito que o primeiro passo para começar é com o famoso molhar os pés com a programação, isto é, começar a estudar sobre o assunto, procurar por materiais gratuitos para estudar. Hoje em dia, há muita coisa gratuita e de qualidade por aí para você dar o seus primeiros passos, fazer seus primeiros projetos que na maioria serão pessoais, mas vai ser o pontapé para se ter algum background e começar a construir o seu portfólio.

Conforme você for estudando naturalmente você vai ter contato com linguagens x,y, z e terá afinidade com alguma delas.

Falando em questão de mercado e linguagem específica para começar a aprender, JavaScript tem muita demanda e é uma ótima porta de entrada que pode facilitar a você dominar outras tecnologias mais avançadas tais como os frameworks e etc, e que também tem alta demanda no mercado.
Outra linguagem que eu especulo que tem e continuará tendo cada vez mais relevância é o Python.

Porém, na minha opinião no seu momento atual é indiferente qual linguagem que você escolher para aprender, é mais importante construir os fundamentos, aprender lógica de programação, paradigmas de programação(orientação a objetos, e etc).

Enquanto você estuda, em paralelo procure por vagas de programação na região onde você se encontra e veja o que eles pedem de linguagens e tecnologias, faça a relação de tecnologias desejadas pelas empresas e o nível de senioridade exigido, e o quanto pagam.

Com isso você consegue fazer uma lista das linguagens que são mais quotadas na sua região te dando um norteador sobre quais linguagens aprender e isso evita de você empregar energia e tempo para aprender uma linguagem que não tem demanda no mercado e que muito provavelmente você nunca vai usar.

Resumindo minha dica pra escolher linguagem, se você está com a intenção de entrar no mercado logo e ser remunerado para trabalhar com programação, tu deve fazer o exercício que citei no parágrafo acima.
Agora se você não tem tanta pressa, vai estudando e praticando bastante(molhando os pés),
assim tu começa a pegar tração, fazer projetinhos e que conforme o tempo você vai chegar na linguagem(ou linguagens) que você tem afinidade naturalmente.

No mundo real, no final das contas o que vai importar mesmo para uma empresa é se você realmente sabe o que está fazendo. E como você prova isso? Com o portfólio, ou seja, com o que você já produziu, nem que seja projetos pequenos e pessoais, de estudos, etc. Isso que será a sua carta na manga considerando que você já tem uma graduação e já tem a base acadêmica necessária.