Pois é, existem algumas excecoes, mas normalmente a empresa tem mais forca. Talvez isto nao seja tao nitido na nossa area, ja que raramente voce encontra um desenvolvedor desempregado, por isso temos um pouco mais de poder contra as empresas. Basicamente ou me pagam o quanto eu quero ou peguem um estagiario pra fazer caca aí que depois eu venho arrumar pelo dobro do que estou pedindo hoje.
Quanto a ferias e afins, é tudo questao de negociacao, normalmente nao tem ferias mesmo, mas tambem nao pedem. Quando eu trabalhei como PJ eu consegui, (com uma boa choradeira), ferias de um mes remuneradas por ano (eles reclamaram bastante, mas liberaram).
Agora se voce sair da area de desenvolvimento a coisa se inverte bastante. Os empregados na maioria dos casos nao tem poder nenhum contra as empresas.
Eu particularmente prefiro CLT Flex do que PJ. Normalmente na CLT Flex o empregador paga as férias e o 13º baseado no que o empregado realmente ganha, e não no que está na carteira. Tem que negociar.
Em geral, o “Flex” é pra diminuir os impostos, não lesar o empregado. O que pega pro empregado é que vai recolher menos INSS e FGTS, por isso é bom colocar isso na negociação de salário e tentar conseguir alguma compensação.
Tem que ficar atento no cargo que vão colocar na carteira, pra não colocar um cargo com piso salarial muito baixo e que não tenha nada a ver com a sua real função.
Não entendi porque essa preocupação com o cargo que vem descrito na carteira. Isso te prejudicaria em caso de você querer entrar com um processo trabalhista contra a empresa? É por isso?
Até onde eu sei, o cargo que é descrito na carteira não tem muita importância.
Segundo um advogado, conhecido meu, o cargo pouco importa. O que importa é o trabalho que você exerce na prática.
Se estivesse escrito auxiliar de escritório, mas na verdade você fizesse trabalho de analista de sistemas, o seu salário teria que ser compatível com o que você fazia e não o que estava descrito na sua carteira.
De qualquer maneira, na sua carteira tem que ter o cargo que você exerce. Se uma empresa coloca um cargo diferente, inferior, é porque ela está querendo enganar alguém(o governo ou você mesmo).
eu ganho uma parte em carteira e outra parte por fora pra não precisar pagar imposto de renda… so o inss e olha q o inss ja come uma boa parte da quirera que ganho… imagine se fosse registrado total em carteira iria ganhar bem menos… um cara que ganha 2k registrado full vai sobrar pra ele uns 1,4k e o resto e do governo… isso realmente não é justo…
no meu contrato trabalista se eu sair antes dele terminar da empresa terei que pagar 50% do valor total ate o fim dele…
agora me encabulou 2 coisas: primeiro isto e legal? o trabalhador e obrigado a pagar multa? segundo… recebendo uma parte por fora ao sair tenho que pagar sobre o valor da carteira ou sobre o valor total a multa?
As leis trabalhistas são bem mais fortes que as leis “comuns”. Não existe forma de as burlar.
O que existe com pj é um gentlemens agreement em que as duas partes concordam. Mas a qualquer momento qualquer pessoa pode
exigir direitos trabalhistas, mesmo como PJ se certas circunstancias estiverem presentes. quando vc trabalha como PJ vc acorda não fazer isso à empresa que ter contratou, mas nada te impede. apenas a tua ética. A lei não está sendo burlada porque basta vc provar vinculo empregaticio e já era… O problema é que todo o mundo é muito bonzinho e não explode isso na cara das empresas.
Se , de repente, todo o mundo fizesse isso as empresas faliam do dia para a noite. Nem quando o cara sai da empresa ele faz isso.
A outra forma de não burlar é ser autonomo de fato, sem notas, pagando 27% de IR e pronto.
Agora, CLT onde vc acorda com Y e lhe pagam X , ai é fora da lei mesmo.
Sim, a parte do Governo no Brasil é grande. Mas é grande também em todos os impostos. É um problema nacional.
Mas a gente paga para ter direitos. Imagina o risco de ser atropelado em uma rua de SP. Ou de cair da moto. Ou de pegar uma gripe suína. O que é realmente injusto é ficar impossibilitado de trabalhar e não receber.
Se o PJ em SP ganha uns 70 reais ou mais por hora ainda tem condições de juntar uma graninha para segurar a barra. Mas se ganha pouco é trouxa. Está se arriscando por merreca.
Sim, a parte do Governo no Brasil é grande. Mas é grande também em todos os impostos. É um problema nacional.
Mas a gente paga para ter direitos. Imagina o risco de ser atropelado em uma rua de SP. Ou de cair da moto. Ou de pegar uma gripe suína. O que é realmente injusto é ficar impossibilitado de trabalhar e não receber.
Se o PJ em SP ganha uns 70 reais ou mais por hora ainda tem condições de juntar uma graninha para segurar a barra. Mas se ganha pouco é trouxa. Está se arriscando por merreca.
[]s
Luca[/quote]
Isso que e o bom do CLT… mais nesta questão quem te paga se vc ficar impossibilitado e o INSS se não me engano… o INSS na verdade e um seguro que vc paga se vc for ver… porem e outros impostos como o IR, sindicatos e outras palhaçadas q sao descontada na folha? na verdade isto e algo pra prejudicar o trabalhador e as empresas e benificiar os politicos…
[quote=jdeveloper][quote=Rodrigo Carvalho Auler]
Tem que ficar atento no cargo que vão colocar na carteira, pra não colocar um cargo com piso salarial muito baixo e que não tenha nada a ver com a sua real função.
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Não entendi porque essa preocupação com o cargo que vem descrito na carteira. Isso te prejudicaria em caso de você querer entrar com um processo trabalhista contra a empresa? É por isso?
Até onde eu sei, o cargo que é descrito na carteira não tem muita importância.
Segundo um advogado, conhecido meu, o cargo pouco importa. O que importa é o trabalho que você exerce na prática.
Se estivesse escrito auxiliar de escritório, mas na verdade você fizesse trabalho de analista de sistemas, o seu salário teria que ser compatível com o que você fazia e não o que estava descrito na sua carteira.
De qualquer maneira, na sua carteira tem que ter o cargo que você exerce. Se uma empresa coloca um cargo diferente, inferior, é porque ela está querendo enganar alguém(o governo ou você mesmo).
[]s[/quote]
Na verdade o que vale mesmo é o valor que recebe na carteira, nome do cargo é o que menos importa. Mas se quer saber qual a atividade regsitrada procure pelo seu Código Brasileiro de Ocupacao (CBO).
Eu não me preocupo com isso. Na verdade acho que a única vantagem seria garantir um valor maior na carteira, já que cada cargo tem seu piso salarial, o empregador pode querer colocar na carteira como Digitador ganhando R$ 500,00 em vez de Analista de Sistema ganhando R$ 1.500,00.
Fiz uma entrevista ontem onde o empregador me ofereceu ser CLT Flex. ele falou que iria registrar na carteira uma quantia simbólica, e o resto ele depositava na minha conta. eu perguntei “e se o IR me perguntar de onde vem o dinheiro, o que eu faço?”. ai o cara mudou o papo, perguntou se eu quaria ser Pj. falei q tudo bem, tenho empresa aberta e tals, mas na hora ele queria que eu emitisse só “meia-nota”, pra pagar menos impostos.
Como tem empresa picareta nesse ramo de TI… :x
Eu já trabalhei nas duas modalidades, CLT e PJ, e não vejo muitas diferenças não. Se vc é CLT, a empresa tem “obrigações” com benefícios seus, como FGTS por exemplo, plano de saude e tal. Se vc for PJ, essas obrigações passam a ser suas, vc tem que pagar inss, seguro de vida, convênio, uma poupança pra alguma emergência ou férias e etc. O problema no meu ver é que a maioria não faz isso, pega todo o dinheiro e gasta, depois fica reclamando.
Obviamente, se estivessemos num pais onde a carga tributária e as leis trabalhistas não fossem tão precárias, ninguém aceitaria trabalhar como PJ. Mas esa não é a realidade.
Um caso que posso citar em que um PJ está melhor amparado que um CLT, é no caso de alguma doença que o impeça de trabalhar, desde que o PJ tenha um seguro para esse fim. Te garanto que o seguro paga bem mais por dia parado que o INSS, com um custo e burocracia muito menores.
[quote=ViniGodoy]Isso sempre gera polêmica, mas eu sou favorável a uma CLT mais flexível, e que permita contratar sem tantos encargos.
Uma coisa não podemos negar é que, gostemos ou não, a possibilidade de burlar a lei e oferecer cargos PJ gera empregos. Isso porque é muito, mas muito caro fazer uma contratação CLT, ao ponto de muitas vezes ela ser inviável para o pequeno e médio empresários. Também é um direito do contratador de escolher pagar mal, e contratar um serviço ruim, assim como é um direito nosso não entrar num emprego assim.
Alguns direitos básicos, como férias, devem ser garantidos. Mas não vejo porque o 13º deva ser obrigatório, ou mesmo pq a empresa deva remunerar 30% a mais do salário durante as férias. Também acho que a demissão, por ambas as partes, podia ser mais ágil. Coisas assim deveriam ser benefícios opcionais, não obrigatórios.
Estamos num mundo muito dinâmico, e nossa CLT não é revista desde 1960 e lá vai bolinha.[/quote]
Concordo. mas este tipo de revisão é uma utopia. essas medidas seriam impopulares, e nenhum politico vai querer pagar este preço. Mas como vc mesmo disse, poderiam haver modelos mais flexiveis. Por exemplo, o salário poderia ser calculado por ano, como lá fora. Vc vai ganhar X, se quiser sem 13º, é X/12. Se quiser 13º, é X/13, sei lá.
Conhece alguém que tenha este tipo de seguro? Aliás,sabe onde consigo informações sobre este tipo de seguro que cobre dias parados.
[]s
Luca[/quote]
Tive durante o ano passado, mas nunca precisei utilizar.
[quote]
Seguro Profissional - Porto Seguro
Profissional Liberal ou Consultor acidentado significa perda de receita. Visando minimizar o impacto desta perda a Honest oferece um seguro que cobre o afastamento do profissional de suas atividades por motivos de doença ou acidente pessoal. A cobertura diária é de R$ 150,00, por até 120 dias no ano e desde o primeiro dia do evento.
Valor mensal: R$ 39,22.[/quote]
O seguro era ofericido junto com os serviços de contador, (no caso, Honest) mas creio que vc possa entrar em contato diretamente com a porto seguro para ver quanto sai e etc.
Fui googlar e achei vários. Só de alguns consegui saber as coberturas e exclusõe. Dos que consegui saber, nenhum deles cobre doença. Veja o exemplo deste:
[quote=Plano de Seguro de Pessoas da Ace Seguradora]
4. RISCOS EXCLUÍDOS
4.1. Para fins de aplicação desta Condição Especial estão excluídos os seguintes
eventos, além dos já relacionados no item 4- Riscos Excluídos das Condições
Gerais:
a) Lesões por esforço repetitivo (L.E.R.);
b) Tratamento para esterilidade, fertilidade, mudança de sexo e procedimentos
que visem o controle da natalidade;
c) Cirurgias plásticas, exceto aquelas restauradoras decorrentes de lesões
provocadas por acidente pessoal coberto;
d) Tratamento estético e para obesidade em quaisquer modalidades, bem como
cirurgia(s) e período(s) de convalescença a ele relacionados;
e) Doenças preexistentes à contratação deste seguro, exceto as declaradas no
Cartão-Proposta;
f) Anomalias congênitas e doenças mentais, com manifestação em qualquer
época, quaisquer que sejam as causas;
g) Procedimentos não previstos no Código Brasileiro de Ética Médica e não
reconhecidos pelo Serviço Nacional de Fiscalização de Medicina e Farmácia;
h) Epidemias oficialmente declaradas;
i) Tratamentos dentários, intervenções por razões reparadoras ou estéticas,
salvo aquelas decorrentes em conseqüência de acidentes ocorridos durante a
vigência da apólice;
j) O período em que o segurado se encontrar em tratamento fisioterápico,
exceto decorrentes de doenças neurológicas. k) Incapacidade causada por doenças.[/quote]
[quote=Seguro de Acidentes Pessoais - Garantia Adicional de Diárias de Incapacidade Temporária (DIT) Viva Tranquilo]
Riscos Excluídos da Cobertura]
Doenças, aí incluídas as profissionais, quaisquer que sejam suas causas, ainda que provocadas,
desencadeadas ou agravadas, direta ou indiretamente por acidente, ressalvadas as infecções,
estados septicêmicos e embolias resultantes de ferimento visível;[/quote]
Vi outros, em nenhum vi cobertura para doença. Mas pelo menos cobre um risco grande que a gente corre em SP que é o de ficar afastado por acidente. Conheci vários casos, inclusive um vizinho que ficou afastado do Unibanco por mais de um ano devido a um acidente de moto.
No Real consegui ver que exclui doença. No Itau não consegui ver as condições mas pelo nome de seguro de acidentes pessoais não deve ser muito diferente do Real.
Estou firmemente convencido que a falta do fiscalização do Ministério do Trabalho em cima das empresas permitiu que elas explorassem o trabalho dos profissionais de informática com menos direitos do que tinham os escravos que recebiam alimentação e moradia. E ainda criou a ilusão que ser PJ é bom. Os que ganham acima de 7 mil por mês por 168 horas podem estar felizes. Mas existe muito PJ com menos de 3 mil. Fazer faculdade para ganhar esta merreca sem direito a ficar doente?
Não se enganem. Trabalhei mais de 10 anos como engenheiro ganhando 16 salários por ano com todos os direitos trabalhistas. A empresa tinha 20 mil funcionários, mais de mil com curso superior, todos registrados e nem por isso faliu.
Não acho estimulante alguém estudar 4 anos de faculdade para passar a vida como biscateiro. Acreditem, PJ não é mais do que um biscateiro. O meu amigo pedreiro que vem de vez em quando aqui em casa quebrar meus galhos cobra 80 a 100 reais para trabalhar 2 a 3 horas. E não precisou de 4 anos de estudo. Para pintar minha casa que não é grande, ganha mais do que muitos PJs de informática.