Há empresas oferecendo como forma de contratação CLT Quotas, que é a mesma coisa que CLT Flex. NÃO aceitem, pois metade do valor tratado no ato da contratação é declarado em carteira e o restante sabe-se deus se você irá receber (se é que irá receber de fato).
Simplesmente, estas duas formas de contratação não existem, são ilegais e são tentativas de burlar a legislação trabalhista.
Fiquem atentos!!!
Seria melhor a “pejotização” pura e simples, que é mais descarada mesmo.
(Para quem não sabe o que é “pejotização”, basta ver algum site de reclamações trabalhistas).
Nunca trabalhei dessa forma, mas em meu emprego anterior, não era PJ nem CLT, não era nada. Dava dia 5 a grana era depositada na minha conta. Nunca tive problema nenhum…era bem na base da confiança mesmo, o pessoal confiava em mim e eu neles.
Onde estou hoje sou PJ, mas nem contrato tenho com o pessoal, acho que se não quiserem me pagar também não há muito o que se fazer…
[quote=Jose111]Quem trabalha com carteira assinada qual o profissão que ela foi assinada? Ex: Programador , Desenvolvedor…
Comentário Off-Topic[/quote]
A ultima empresa que trabalhei como Programador eles me registraram como Auxiliar Técnico… veja só… e eu só vi isso depois de terem feito
Essas formas de burlar a legislação trabalhista têm rendido alguns processos.
Há empresas que possuem toda a sua força de técnica trabalho (analistas, desenvolvedores, gerentes e etc) composta por “funcionários” PJ.
Só profissionais de limpeza, rh, recepção e etc são CLT.
Não entendo muito de legislação trabalhista, mas, se não me engano, isso dá uma meeeeeeerdaa…
Obs: Foi só um comentário pessoal. Não estou aqui para fazer críticas a um modelo ou outro. Atualmente, sou PJ.
Concordo com o que disseram. Tem obrigação de horário e obedece hierarquia então é funcionário. PJ é só uma maneira de transformar os profissionais da nossa categoria em escravos.
Há gente que se ilude. O patrão oferece uma merreca para contratar como CLT e uma merreca mais um quase nada para o PJ. O boboca aceita e fica sem férias, não ganha quando fica doente e pode levar um pontapé na bunda sem direito nenhum.
Nossa categoria profissional precisa parar de aceitar isto. Trabalhar sem nenhum diretito é voltar no tempo mais de 100 anos. Se é PJ então nada de horário e muito menos nada de hierarquia. A relação tem que ser do tipo cliente-fornecedor. E tem que haver um contrato claro com deveres e direitos de ambas as partes. Antes de assinar o contrato, é sempre bom consultar um advogado.
Pois é, isso é complicado. Na verdade, mesmo PJ é ilegal, mas muitas vezes é vantajoso para o funcionario tambem.
Esse tipo de CLT Flex é roubo, isso nao tem que conversar (a nao ser que eles registrem com salario menor, mas paguem todo o resto por fora, 13º, ferias FGTS, nesse caso nao estaria lesando o funcionario, so diminuindo os tributos das duas partes).
Quanto aos processos, a unica defesa que as empresas tem em processos trabalhistas é seguir a risca a lei, do contrario elas se estrepam sempre, seja PJ, Fex, Quotas, Fio do bigode, etc…
Eu, apesar de hoje estar como CLT, prefiro PJ, desde que as duas partes cumpram o combinado tudo anda bem.
Mesmo, quando? Conhece alguma empresa que ofereça praticamente o dobro para quem usa PJ?
A maioria vai oferecer 20, ou 30% a mais. E isso representa só o valor do 13º + férias.
Menos do que o dobro do CLT nao compensa ser PJ. Existe sim muita gente se enganando com salarios de 3000, 4000 PJ, achando que tao fazendo um otimo negocio.
Isso sempre gera polêmica, mas eu sou favorável a uma CLT mais flexível, e que permita contratar sem tantos encargos.
Uma coisa não podemos negar é que, gostemos ou não, a possibilidade de burlar a lei e oferecer cargos PJ gera empregos. Isso porque é muito, mas muito caro fazer uma contratação CLT, ao ponto de muitas vezes ela ser inviável para o pequeno e médio empresários. Também é um direito do contratador de escolher pagar mal, e contratar um serviço ruim, assim como é um direito nosso não entrar num emprego assim.
Alguns direitos básicos, como férias, devem ser garantidos. Mas não vejo porque o 13º deva ser obrigatório, ou mesmo pq a empresa deva remunerar 30% a mais do salário durante as férias. Também acho que a demissão, por ambas as partes, podia ser mais ágil. Coisas assim deveriam ser benefícios opcionais, não obrigatórios.
Estamos num mundo muito dinâmico, e nossa CLT não é revista desde 1960 e lá vai bolinha.
Em teoria voce pode estar certo, Vini, mas na pratica as coisas nao funcionam assim.
As empresas, mesmo as pequenas, tem um poder maior de barganha do que os empregados, com poucas excecoes. Se voce tirar do empregado um direito, tornando-o facultativo, ninguem mais vai ter esse direito. Na maioria das vezes quem sai perdendo é o empregado.
Eu concordo que existe excesso de tributacao, mas quem tem que abrir de uma boa parte disso a favor das empresas é o governo nao os empregados.
Para que a contratação na modalidade CLT seja uma realidade cada vez mais frequente em nosso dia a dia, seria necessário reduzir os encargos o que possibilitara o surgimento de novas vagas e mais oportunidades no mercado de trabalho.
Não concordo, e acho até engraçado esse comentário partindo de você, já que comentou que prefere PJ.
As grandes empresas já dão benefícios maiores do que o simples salário. Isso inclui vales alimentação, estacionamento no local, planos de saúde e de aposentadoria, auxílio combustível, etc. Se uma empresa deseja pagar por qualidade, ela irá investir, porque o profissional de qualidade sabe o preço que tem. Até por isso, você foi bem remunerado como PJ.
Empresas menores não irão mesmo dar esse benefício, pois não podem pagar por ele. Mas, por outro lado, vão poder contratar. O que temos que ver é que hoje as empresas menores tem duas saídas:
a) Manter-se na legalidade, e contratar menos;
b) Se tornarem ilegais, e contratar o quanto gostariam. Por outro lado, isso exclui o trabalhador totalmente de direitos. Quantos PJs vc conhece que não tem férias?
E são empresas menores a principal porta de entrada para o mercado de trabalho. Bem ou mal, as vagas nelas são mais numerosas, e muitas abrem mão de uma qualidade de primeira, dando oportunidades para profissionais pouco experientes no mercado.
Além disso, quem decide se vai assinar ou não um contrato é o empregado. Se ele acha as condições ruins e considera-se capaz de algo melhor, ele que não assine com aquela empresa.
Claro, o governo tem sua parte nisso também. Até do ponto de vista legislativo, não só tributário.
Para uma CLT flexível dar certo, teria que ser possível uma negociação abrangente de contratos, que te permitisse cobrar benefícios prometidos no momento da contratação, mas não cumpridos. Da mesma forma, teria que haver uma forma da empresa não ser processada, caso você opte por abrir mão de um benefício.
E lógico, um auxilio tributário ajudaria também. E isso nem precisaria ocorrer diretamente na CLT… embora isso seja tema para outro tópico.