As empresas olham muito para onde nos formamos?

[quote=Mitidiero]Gusukuma,

O individuo X numa faculdade pública teve muito mais suporte e incentivo, iniciação científica e etc, o indivíduo Y teve que conquistar tudo isso por si próprio, é nítido a força de vontade que foi necessária no individuo Y para poder se igualar ao individuo X.

Eu vivi as duas realidades, fiz faculdade privada (um lixo) e hoje faço mestrado na Unicamp, em 1 semestre de unicamp vc aprende mais do que uma faculdade inteira meia boca.[/quote]

Essa análise está partindo do pressuposto que o cara por ter cursado uma faculdade melhor não fez esforço, que caiu do céu, isso não é sempre assim.
Estou comparando apenas os dados “objetivos”, para se fazer o curso numa faculdade melhor, tem que se esforçar muito mais, gastar mais tempo e dedicação, então quem fez uma faculdade melhor, teve menos tempo para se dedicar à parte profissional, se dedicou menos tempo e tem experiência equivalente ao que teve mais tempo (afinal fazer um curso EAD Lixo vai gastar muito pouco tempo e dedicação, não é?) pode-se deduzir que se esforçou mais para estudar e se teve um desempenho melhor na parte profissional (menos tempo para dedicar, mas com rendimento equivalente) é porque teve que se esforçar mais.

Muitos devem estar achando estranho o meu ponto de vista exposto acima, o problema é que temos a tendência de analisar esses fatos com o filtro de idéias preconcebidas: se estudou em uma boa escola é filhinho de papai, se estudou em escola ruim é filho de operário, mas, isso não faz parte da descrição inicial, então só entra na análise do problema via preconceito. Isso não é ciência.

É claro que eu não vejo o problema apenas pelo que coloquei acima, mas, dados são dados, ou não?

[quote=A H Gusukuma]Muitos devem estar achando estranho o meu ponto de vista exposto acima, o problema é que temos a tendência de analisar esses fatos com o filtro de idéias preconcebidas: se estudou em uma boa escola é filhinho de papai, se estudou em escola ruim é filho de operário, mas, isso não faz parte da descrição inicial, então só entra na análise do problema via preconceito. Isso não é ciência.

É claro que eu não vejo o problema apenas pelo que coloquei acima, mas, dados são dados, ou não?[/quote]

Eu dou aula numa faculdade particular, considerada boa, e cara. E lá vemos o seguinte:

  • Sim, tem filhinho de papai que não estuda - e também não se forma.
  • Tem filhinho de papai que sabe aproveitar o que o papai dá. Estuda bastante, aproveita os recursos da faculdade, e se forma excelente profissional;
  • Tem aluno do pró-uni que não estuda - e além de perder a bolsa não se forma;
  • Tem aluno do pró-uni que sabe aproveitar o que o governo dá. Estuda bastante, aproveita os recursos da faculdade, e se forma excelente profissional.

Conclusão: Não é a renda que faz o caráter ou a competência do sujeito.

Eu também fui professor de universidade Federal. Lá observa-se que:

  • Mais gente melhor se forma por causa do vestibular - a concorrência traz alunos estudiosos;
  • Muita da gente melhor que se forma, é filhinho de papai. Muitos não são;
  • Também tem muito aluno preguiçoso, que não se forma - com ou sem renda.

O que difere uma BOA de uma MÁ faculdade é, geralmente, a capacidade de alguém se formar por outros motivos que não o mérito e o estudo. Por isso, algumas faculdades caríssimas tem pouco crédito no mercado.

[quote=ViniGodoy][quote=A H Gusukuma]Muitos devem estar achando estranho o meu ponto de vista exposto acima, o problema é que temos a tendência de analisar esses fatos com o filtro de idéias preconcebidas: se estudou em uma boa escola é filhinho de papai, se estudou em escola ruim é filho de operário, mas, isso não faz parte da descrição inicial, então só entra na análise do problema via preconceito. Isso não é ciência.

É claro que eu não vejo o problema apenas pelo que coloquei acima, mas, dados são dados, ou não?[/quote]

Eu dou aula numa faculdade particular, considerada boa, e cara. E lá vemos o seguinte:

  • Sim, tem filhinho de papai que não estuda - e também não se forma.
  • Tem filhinho de papai que sabe aproveitar o que o papai dá. Estuda bastante, aproveita os recursos da faculdade, e se forma excelente profissional;
  • Tem aluno do pró-uni que não estuda - e além de perder a bolsa não se forma;
  • Tem aluno do pró-uni que sabe aproveitar o que o governo dá. Estuda bastante, aproveita os recursos da faculdade, e se forma excelente profissional.

Conclusão: Não é a renda que faz o caráter ou a competência do sujeito.

Eu também fui professor de universidade Federal. Lá observa-se que:

  • Mais gente melhor se forma por causa do vestibular - a concorrência traz alunos estudiosos;
  • Muita da gente melhor que se forma, é filhinho de papai. Muitos não são;
  • Também tem muito aluno preguiçoso, que não se forma - com ou sem renda.

O que difere uma BOA de uma MÁ faculdade é, geralmente, a capacidade de alguém se formar por outros motivos que não o mérito e o estudo. Por isso, algumas faculdades caríssimas tem pouco crédito no mercado.[/quote]

+1

Destacando-se ainda o alto nível de evasão, por inadequação ao curso ou despreparo para acompanhar o curso.

Sim, mas nesse caso não é mérito ou demérito do sujeito.

[quote=ViniGodoy][quote=A H Gusukuma]
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Destacando-se ainda o alto nível de evasão, por inadequação ao curso ou despreparo para acompanhar o curso.
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Sim, mas nesse caso não é mérito ou demérito do sujeito.[/quote]

Sim, é claro!

Olha eu perdendo mais um tempo aqui no GUJ hehe, entretanto, devo ajudar ao criador do tópico e contribuir de acordo com a “experiência” da qual eu tive e pude verificar que o mercado de TI é assim:
As empresas esperam o “quem indica” de algum colaborador seu e senão houver indicação, elas “avaliam”, muitas delas por sinal ridiculamente, se você sabe fazer algo, ou seja, “não reinventar a roda e sim criar a roda”, faculdade que nada, nessa área de TI basta ser autodidata, ou seja, não precisa de faculdade não!

As empresas olham primeiramente Experiência de mercado e Indicação. Isso é mais importante, mas para quem está começando, ai a faculdade já pesa um pouco mais. Mas creio que empresas grandes normalmente preferem aplicar primeiro provas, e de primeiro momento não darão tanto valor para a faculdade.

Depois de aplicada a prova, a faculdade que a pessoa cursou será um segundo critério. Vou tentar exemplificar:

Imagine 3 pessoas disputando uma vaga, aqui as informações:

Pessoa1
Faculdade: federal.
Nota: 10,0.

Pessoa2
Faculdade: ruim.
nota: 10,0.

Pessoa3
Faculdade: Federal.
nota: 8,0.

Qual seria a escolha? A pessoa 1, afinal, por criterio de desempate, ele cursou um faculdade que provavelmente lhe ofereceu um ensino muito superior. Além disso, é bem provável que essa pessoa teve que estudar bastante para passar em um vestibular.

Isso não quer dizer que a Pessoa 2 nunca achará uma vaga. Afinal, se fossem duas vagas, seriam escolhidas as Pessoas 1 e 2, porque elas mostraram na prova que sabem mais.

Primeiramente obrigado a todos que responderam. Bom, eu estive pensando e vejo que muitas pessoas dizem: A, se você não cursar uma boa faculdade você não vai ter chance no mercado de trabalho. Mas ora, vejamos só: Será que todas as instituições boas são suficientes para suprir o mercado? Suponhamos que sim, mas será que essas instituições de ensino formam um número suficiente de alunos para suprir esse mercado? A resposta muito provavelmente é não. Também devemos considerar que a quantidade de faculdades "ruins"ou “boas” é muito superior a quantidade de faculdades "excelentes, logo a chance de uma pessoa que estudou em uma faculdade “boa” ou “ruim” disputar uma vaga com alguém que também cursou uma dessas faculdades é muito maior do que essa mesma pessoa disputar a vaga com alguém que cursou uma faculdade “excelente”. Juntamente com as informações que vcs prestaram antes, conseguimos concluir que: O fato de você cursar uma faculdade “x”, não é garantia de emprego, da mesma forma que cursar uma faculdade “y” não é algo que determina que vc não conseguirá um emprego, já que a contratação é relativa a diversos parâmetros. Muito obrigado a todos, quem tiver algo a acrescentar fique a vontade!

Nada é garantia de emprego.
Mas não entendi sua conclusão. O fato é: as chances de você conseguir um bom emprego aumentam com uma boa faculdade. Especialmente no primeiro emprego.

A questão é que, dependendo de quem está selecionando, faculdade ruim não passa nem na peneira e não é chamado nem pra entrevista.

Uma pergunta: Você considera esse tipo de atitude por parte de um selecionador algo bom ou ruim? Se você considera isso algo bom, me responda o que você considera como uma faculdade ruim. Existem pessoas que tem paramêtros muito superficiais para dar essa determinação (não estou dizendo que é o seu caso). Você acredita que uma empresa deste tipo, conseguirá bons profissionais usando como único critério de descarte o nome da faculdade?

Esse não será o único critério, será “um dos” critérios. Empresas que fazem isso são geralmente empresas que atraem muitos profissionais: multinacionais, grandes bancos, empresas grandes.

Os candidatos que sobrarem ainda serão numerosos o suficiente para passar por provas, entrevistas, etc. Lembre-se que para entrevistar todo mundo a empresa também tem custos: terá que gastar mais tempo fazendo entrevistas, ficar mais tempo sem o profissional, etc.

Se estatisticamente uma faculdade é ruim ao ponto de que boa parte dos candidatos que chega de lá acaba indo mal nas provas, descarta-la sumariamente é, sim, um bom critério para esse contratador.

Duas empresas aqui de Curitiba que fizeram isso foram a Siemens e o HSBC. As duas estão entre as melhores empresas para se trabalhar na região.

Uma pergunta: Você considera esse tipo de atitude por parte de um selecionador algo bom ou ruim? Se você considera isso algo bom, me responda o que você considera como uma faculdade ruim. Existem pessoas que tem paramêtros muito superficiais para dar essa determinação (não estou dizendo que é o seu caso). Você acredita que uma empresa deste tipo, conseguirá bons profissionais usando como único critério de descarte o nome da faculdade?[/quote]

Respondi com base na pergunta do autor do tópico. Ele quer saber o que acontece de fato, e não se é bom ou ruim.

Respondendo à sua pergunta, considero algo ruim, porém, justificável devido às restrições de recursos. Para as boas vagas, há muitos candidatos e é impossível a empresa estudar as minúcias de cada um. Então ela utiliza filtros para selecionar alguns para conhecê-los melhor por meio de um painel, dinâmica, entrevista, etc.

A questão é que o nome da faculdade não é o único filtro e qualquer filtro pode injustiçar alguém. E sim, as empresas conseguem bons profissionais (apesar de algumas vezes poder deixar alguns melhores de fora) com essa política, pois os filtros não são o único critério. É apenas uma maneira de diminuir a quantidade de candidatos que ela analisará com mais detalhes.

Resumo
Se está na fase pré-vestibular, faça a melhor faculdade que puder entrar, em vista dos requisitos: preparo, acesso, custos.
Se já está cursando, aproveite ao máximo esse período: aprendizado, networking, projetos, referências, TCC.
Se já cursou: certificações, pós-graduações, mestrado, doutorado.
E sempre tem a internet: fóruns, tutoriais, palestras, cursos.
E não esquecer dos: papers, apostilas e livros, muitos livros.
E dos códigos: samples, exemplos, projetos open source.

No final, o que vai fazer a diferença é o quanto aprendeu e consegue colocar na prática e o quanto não aprendeu e consegue aprender sozinho.
Além da capacidade de trabalhar em equipe.
Em outras palavras, o produto do seu trabalho.

Acho que recrutadores diferentes dão pesos diferentes à critérios diferentes, e pior, em contextos diferentes!

Seja um cara líquido! Se adapte ao ambiente ao qual esta inserido!

Se o seu recrutador (normalmente o RH só vê se você não é doido, mas há sempre um aval de um técnico) for um chefe que é um cara f*da vindo de uma faculdade medíocre, ele provavelmente não dará tanta atenção à sua formação.

E outra coisa (a parte do contexto diferente) também é a função que você vai exercer onde, sua formação pode, ou não, ser um requisito desejável/importante/indispensável.

Vou contribuir um pouco pelo que passei mês passado.

Apenas uma vaga de estágio para 14 candidatos …

Minha Faculdade é Nota 4 MEC,é mais ou menos pelo que vejo rs…

Os caras chegaram e começou a falar estudo no X,Y,Z, Mackenzie, São Judas etc…

Chegou a hora da entrevista,a recrutadora pergunta na sala alguém sabe a história da empresa o Ano de implantação do ERP da TOTVS ?

Nem um cara das universidades pica de SP falou ! Eu fui e contei toda a História da empresa tranquilamente rs…

Chega a hora de Desenhar era Três Desenhos uma arvore,uma pessoa,uma casa.Olho pro cara do meu lado de uma faculdade foda…O desenho da casa do cara não tem chão fica flutuando…Ele não riscou a Folha com uma Linha assim : ______________________________ para desenhar a casa em cima…

Chega prova de Lógica, e depois com o gestor de TI me expressei muito bem.

Ou seja de 14 caras com faculdades super reconhecidas…Bem superiores a minha que é de uma cidade e particular EU PASSEI.

Conheço amigo meu também que no primeiro Semestre conseguiu um estágio e uma empresa muito boa em SP,e tinha caras de Unicamp,USP etc…

Então a FACULDADE QUEM FAZ E VOCÊ !!!

AHUSHUSHS :slight_smile:

Algo que contribuiu que meu Chefe é um cara FODA,mais não tem faculdade…

Então ele nem ligo acredito eu que para faculdade,mais mesmo assim na entrevista dentro da Sala com 14 pessoas fui o melhor sem dúvidas e já tinha ganhado pontos hehe.

[quote=lucasvvasconcelos]Algo que contribuiu que meu Chefe é um cara FODA,mais não tem faculdade…

Então ele nem ligo acredito eu que para faculdade,mais mesmo assim na entrevista dentro da Sala com 14 pessoas fui o melhor sem dúvidas e já tinha ganhado pontos hehe.[/quote]

Exatamente, ele certamente deu maior peso à outros fatores.

Sim, mas é o que o xdraculax falou. Esses foram o critérios que essa empresa em específico adotou. Muitos podem achar tolisse o candidato saber a história da empresa na entrevista, ou fazer um exame com cara de psicotécnico.

Na verdade, tem muito contratador, que usa como primeiro filtro a faculdade. Aí você sequer seria chamado para a entrevista.

É aquele negócio. A faculdade é um dos critérios que pode ser usado numa contratação. Você estará em desvantagem se não tive-lo. Mas, obviamente, não é o único critério (e nem sempre o mais valorizado). Se você não tiver uma boa faculdade (ou faculdade nenhuma), esteja certo de se garantir no resto.