Avaliação

Na faculdade, mês passado, o professor de Delphi pediu para nós, os alunos, divididos em grupos de três, desenvolvermos um programa bom e eficiente com componentes dados em aula, fazendo apenas a interface e a programação, sendo que o banco de dados seria implementado depois. Cada grupo tem seu tema. O do meu grupo foi desenvolver um aplicativo para Hotel. Valendo 10 pontos. É prova mesmo, e não trabalho.

Beleza. Depois de muita ralação (um mês) para fazer o programa o mais eficiente e funcional possível, colocando alguns detalhes legais extra-aula para incrementar mais o programa, chega o dia da avaliação.

E o que ele faz? Verifica se colocamos tudo certinho, se o Combo Box estava lá como ele queria, com o nome da variável Label certinho, e com a tabulação de formulários em ordem, se não estava faltando a DropDownList, etc… e não deu nem aí se o programa funcionava ou não!!

Putz… fiquei revoltado! Meu grupo teve mó trabalhão para montar o programa, que ficou muito massa, com uma grade de quartos ocupados/liberados no desktop do programa. Estava muito funcional, só faltando o banco de dados. Mas o professor nem deu olhos, só queria ver se a gente colocou um determinado componente no programa. E perdemos pontos por isso. É brincadeira. :evil:

E no período passado tive prova de Java (com outro professor) e tive de desenvolver uma pequena aplicação swing que alterasse propriedades de fontes, usando o ActionListener, JButton, JComboBox, JList… isso durante 2 horas. Foi um sufoco fazer em tão pouco tempo, mas este método de avaliação é bem melhor que esse de Delphi.

E vocês, já viveram situação parecida?
Como os professores avaliam seus programas Java?

Quando aprendi java,meu professor nem passou perto de GUI…
Ele queria mesmo saber se o aluno sacava a sintaxe,a capacidade de lidar/gerar os objetos/classes e a lógica do programa…
Na verdade,ele dava pequenos problemas(tipo hanoi,palindromo…) e
queria saber como o aluno iria se virar p/implementar cada um…

Cara, eu aprendi que trabalhos de faculdade voce tem que seguir somente e apenas as instruções do professor, qualquer coisa alem disso não soma.
Por isso que em todos meus trabalhos de C/C++ eu uso a mesma função de tratamento de erro:

void error() {
*((int *)0) = 0x1;
}

Ou então eu faço questão de programar tudo usando os functors da stl.

A vantagem disso é que o prof somente avalia se o resultado final funciona, todo o resto ele desiste de olhar.

Cara, aqui na USP as coisas são um pouquinho diferentes. O professores fazem a avaliação de trabalhos comparando o trabalho que ele considerou o melhor com os demais. Ou seja, o nerd que não faz nada na vida e tem tempo de sobra para fazer trabalhos sempre acaba levando a melhor sobre os nerds não tem tempo nem para dormir. :lol:

Eu não posso reclamar dos meus professores… no geral os trabalhos são faceis mais no final de cada semestre eles ‘laçam’ desafios para as turmas… assim para ajudar quem não conseguiu se sair bem nas provas, mais os desafios são desafios mesmo!!! E eles são bem criteriosos nas correções. Ainda bem que eu até agora não precisei de nota nas materias tecnicas ;o)

[quote=“Daniel Quirino Oliveira”]Cara, aqui na USP as coisas são um pouquinho diferentes. O professores fazem a avaliação de trabalhos comparando o trabalho que ele considerou o melhor com os demais. Ou seja, o nerd que não faz nada na vida e tem tempo de sobra para fazer trabalhos sempre acaba levando a melhor sobre os nerds não tem tempo nem para dormir. :lol:[/quote]E olha que sou um desses nerds que tem tempo de sobra para fazer os trabalhos. :lol:

Acho que os professores deveriam dedicar boa parte das aulas para explicar os principais conceitos de uma determinada linguagem… meu professor de Java praticamente só deu exercícios e não dedicava tempo para explicar como usar melhor as classes, por exemplo, de forma que o programa seja o mais orientado a objeto possível, em vez de adotar a jurássica programação procedural…

Eu ainda não tenho muito o que falar das aulas de Java da faculdade, este é o primeiro semestre que tenho a materia, porem o professor eu já conheço, tive aula de Estrutura de Dados com ele, e bem, ele é muito exigente, ele não pega no pé por causa de erros de sintaxe (detalhe as provas são no papel nada de computadores) ele olha se estamos fazendo de fato orientado a objetos, se estamos utilizando as classes do melhor jeito estas coisas… passando a semana do saco-cheio entraremos na parte grafica do Java… ai sim quero ver como vai ser…

É curioso como 1 professor ruim pode ferrar tudo, na minha faculdade também tem curso de Sistema da Informação, um dia tava ajudando uma amiga a resolver um exercicio em C, o idiota o professor tinha ‘feito tudo em cobol’, o programa era uma função mais de umas 400 linhas lotados de goto.

Concordo com o louds…

existem professores que param no tempo…

um professor de análise de sistemas propôs um exercício onde ele nos deu um arquivo com dados desnormalizado e queria um sisteminha para gerar as tabelas normalizadas em um SGBD…

alguns alunos tinham dúvidas… o professor abriu o prompt do DOS e executou o DBaseII para solucionar o exercício…:shock:puts!! o cara usou isso quando fez a graduação a decadas atrás e continua ensinado isso!! eu segurei para não rir…

fiz tudo em php, hospedei em um sever free e mandei o link pro cara… é só clicar num botão que o sisteminha faz tudo que ele pediu… no fim ele disse para turma que assim que era para ser feito… :lol:

Em compensacao eu tive um professor que eh completamente sem a menor nocao do grau de dificuldade do trabalho que ele nos passou. Tinhamos que desenvolver 1 sistema de alocacao de recursos que tinha montes restricoes e regras de ranking.
Nao era um problema muito dificil, o Paulo pode falar melhor que eu disso, porem dado que exigiu que usassemos recovery-blocks e o algoritmo de knapsack, foi um grande pe no saco. Acho que somente um grupo chegou perto de algo que parecia com oque ele queria.