Olá a todos
Me formo ano que vem em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, a primeira turma do curso, de um campus de instituição federal (IFPR). O curso em si é bom, assim como os professores, todos mestres/mestrandos com uma boa base de mercado de trabalho em áreas diversas.
Por conta de ser uma cidade pequena, não existem oportunidades de trabalho ou estágio na área, impossibilitando assim de entrar no mercado de trabalho. As únicas possibilidades são empresas em cidades próximas, a cerca de 80 km, mas que sempre pedem experiência para as vagas de trabalho, e as vagas de estágio são preenchidas por estudantes locais, ou seja, emprego na área, só mudando de região.
Me encontrei no curso, sempre gostei de resolver problemas, e a área de desenvolvimento, mesmo durante o curso superior, tem suprido muito bem essa “necessidade” pela resolução dos mesmos, então realmente gostaria de seguir carreira.
O cenário atual é o seguinte: sou funcionário público, concursado e estável, ainda em estágio probatório. No tempo livre, desenvolvo um software para lancherias locais, e minha ideia é abrir a única empresa de T.I. da cidade, assim que conseguir uma renda estável com esse software. Aí que entra meu medo.
Acredito que, assim que eu tiver uma renda estável com as licenças, eu provavelmente pararia de estudar, me tornando um profissional defasado, já que a cidade não tem exatamente demanda por produtos de t.i, então entraria no comodismo de ter algo funcionando e nunca melhorá-lo. O trabalho formal como programador seria o “estímulo necessário” para continuar a melhorar como desenvolvedor.
Depois dessa longa contextualização, vem minha pergunta: a certificação Microsoft (atualmente tenho trabalhado mais com C#, indo “contra” o curso, que é principalmente Java) seria um adendo bom o suficiente no meu currículo, a ponto de substituir a falta de experiência ao buscar emprego nas empresas da região, visto que tenho pouca idade (21 anos) e praticamente nenhuma experiência como programador, visto que as empresas que contatei não consideram esse meu trabalho autônomo como experiência? Estaria eu “desperdiçando” meu tempo estudando uma ferramenta tão a fundo e gastando um dinheiro que poderia ser investido em outra coisa ao perseguir uma certificação que posso ou não passar na primeira tentativa?
Desde já agradeço!
P.S.: a ideia do tópico é, principalmente, levantar a questão se vale ou não a pena tirar certificação de alguma ferramenta logo após a faculdade, especialmente pra quem, assim como eu, mora em cidades pequenas ou sem demanda para abrigar uma empresa de t.i