Eu concordo com o Boaglio. Só ressaltei a titulação para um caso específico: ser professor universitário. Se for em centros de treinamento ou em escolas particulares, as exigências podem ser outras.
Eu também defendo fortemente que é importante ter didática e um plano pegadógico que dê suporte ao professor.
Um caso clássico é quando numa turma, todos (ou quase todos) reprovam. Se isso ocorrer, houve um erro em algum ponto: ou o professor não soube passar a matéria, ou não soube aplicar as avaliações ou a disciplina está mal distribuída (pode estar no semestre errado, estar faltando nivelamento, ou a ementa pode estar muito extensa, que força o professor a correr com a matéria). O fato é que toda turma tem seus CDFs, e se até eles estão reprovando, é motivo para preocupação.
Detalhe: A mesma situação vale para o oposto, quando 100% da turma passa por média e com notas altas. Pelo menos numa faculdade, essa é uma situação muito estranha.
Tem vários tipos de professores que não pecam no conhecimento, mas pecam em outros aspectos, tais como:
Aqueles que se empolgam e esquecem da sala. Dão projetos legais, material de estudo bom, mas nenhuma base para a turma começar;
Dão aulas chatas. Tudo bem que podemos achar TI a sensação das nossas vidas. Mas se você chegar e ficar falando, e falando, e falando, e… ZZzzzzZzzzZZZ;
Dão a aula do jeito que eles aprenderam. Por exemplo, acham que caminho X de ensinar é absoluto e ficam apertando essa tecla. Acho que tem pessoas boas, mas que não conseguem aprender de formas mais tradicionais (no caso clássico, copiar da lousa; no caso de TI ler um livro gigante de SO pra responder questões [eu sofri com isso!]);
O que quero reforçar é que o professor deve dominar o assunto para não acontecer casos que coisas básicas atrapalham a aula…
[quote=esmiralha]O salário médio do professor brasileiro em início de carreira foi o terceiro mais baixo de 38 países em uma pesquisa da UNESCO. Ficamos na frente do Peru e da Indonésia. Por coincidência, o Peru ficou logo atrás do Brasil.
O déficit de professores é bizarro. Se tirarmos fora o Quarto Mundo (países africanos que fazem guerra civil na base do facão e afins), o Brasil tem a pior relação professor/aluno no ensino médio. Relação professor/aluno não é o aluno obedecer ao professor, é a quantidade de alunos por professor.
Os professores no Brasil são mal preparados: só 21,6% tem diploma universitário contra 94% no Chile.
Estamos bem mal em educação…[/quote]
Poxa, isso é muito triste. Professores são, entre outros, formadores de opinião e das pessoas que irão tocar o país.
Só por curiosidade, qual a fonte desses dados? Quero ler mais sobre! Já estou procurando mais na internet…
Tem, especialmente no serviço público. As faculdades e instituições particulares tem lutado muito para evitar gente assim.
Se você pretende dar aulas em faculdade no futuro, comece um mestrado o quanto antes. Ou, no mínimo, uma especialização.
Pelos critérios do MEC, um professor só com graduação pode zerar um dos itens de qualidade do curso, independente do número de doutores ou mestres presentes e, por essa razão, faculdade nenhuma contrata.[/quote]
Fui aluno de escola pública todos os anos da minha vida, sei como a coisa é triste! Muitos professores, por mais que no começam gostavam, após tempo começavam a desanimar.
Tocando no assunto de salário, muitos dos meus professores usavam ônibus e alguns moravam em outras cidades, ou seja, sequer carro tinham. E outros se sobrecarregavam de aulas para conseguir um salário digno.
A estrutura é tensa demais também! Quando o pessoal repetia, alunos mais velhos ficavam nas salas dos mais novos e não deixavam ninguém estudar. No outro caso, que “ninguém repete”, muitos formam sem muito conhecimento… A minha óbvia sugestão, opinião de um noob no assunto, é ter salas que segurassem os repetentes por idade e nível de conhecimento. Mas daí é muito impacto na infraestrutura e mais dinheiro com mais professores e o “Brasil não tem dinheiro pra isso”.