Minha jornada foi bem complicada, apesar de ter dado aulas de informática na adolecência, o mercado ainda exigia experiência pra todas vagas, e só pude fazer facul depois dos 25 anos.
Só entrei na área quando peguei um trabalho de suporte a impressoras, e lá encontrei o estudo de caso pro meu tcc da pós. Assim, eu consegui um bom networking na pós, e lá me indicaram pra programar.
Na verdade a proposta era pra desenhar fluxogramas dos aplicativos que a empresa tinha, mas com o tempo eles precisaram de mais desenvolvedores para atender a demanda crescente de SaaS… Hoje sigo com desenvolvimento de robôs.
Eu comecei um pouco tarde, nunca tive apoio da minha família para estudar, então tive que ir juntando dinheiro trabalhando como aux. mecânica, depois fiz técnico de informática e na época odiava programação. Formado, sai da empresa e entrei na prefeitura da minha cidade onde tive a oportunidade de fazer uma faculdade, mais uma vez sem apoio de ninguém, estudei dois anos, tive que trancar por outros dois anos até juntar dinheiro para terminar. Nesse tempo em que a faculdade estava trancada, fui contratado por uma empresa em outra cidade para trabalhar com programação(VB) e foi onde comecei a tomar gosto pela coisa, terminei a faculdade e fui trabalhar com C# com windows forms e Windows Phone, agora sou o chefe de TI da empresa onde trabalho, desenvolvo com C#, C, VBscript, banco de dados SQL Server e cuido do ERP da Totvs. Estou estudando Java para tentar uma certificação e Android, tudo por minha conta. Quanto ao salário, vai tudo da região mesmo, aqui como analista de sistemas/programador pleno ganho pouso mais de R$ 3000,00, como estou no interior de Minas, a profissão é bem desvalorizada. Algumas vezes até pensei em desistir, pois tem muita gente que vai na internet, baixa um curso de Delphi e sai programando vendendo sistemas por R$ 100,00. Só não sai porque realmente gosto do que faço.
Comecei (em 2008) ganhando R$ 250 reais por mes como estagiário aqui no interior do Paraná, para trabalhar com desenvolvimento em Delphi (era o forte na epoca). Isso no segundo ano da faculdade… depois nessa mesma empresa passe a ganhar o dobro, pra trabalhar full time, ou seja, R$ 500, rs. Depois de 10 meses nessa empresa sai para outra pra continuar trabalhando com Delphi, porém agora de carteira assinada e com um salário um pouco maior. Hoje, depois de formado, pos graduado e com certificacao Java, trabalho com Java desde 2011 e estou ganhando beeem mais que naquela epoca, rs.
A experiencia, mesmo com salario baixo, foi totalmente bom para o mercado de trabalho, pois quando fui para a segunda empresa, foi através de uma empresa que foi atrás de mim, me oferecendo oportunidade. Com 2 anos de experiencia, mesmo sem estar formado, eu já conseguia escolher em qual empresa trabalhar. Lembro que quando fui para o meu terceiro emprego (Sim, no comeco rodei bastante, mas agora estou na mesma empresa desde 2011), eu enviei curriculo para varias empresas, e no segundo dia estava contratado, e neste mesmo dia, outra empresa me chamou para entrevista também.
Sobre rotatividade de emprego, não é bom, pois fica mal visto no mercado e as empresas tem medo de investir em voce… porém no comeco foi bom pra mim, ganhei muita experiencia de empresas diferentes, e era a unica forma de conseguir subir de salario, pois as empresas se baseavam (e ainda se baseiam) muito no salario atual pra sugerir um novo salário
Kkkk, tá quase isso viu, eles não dão um passo sem perguntar, quando viajo a trabalho aqui trava.
Estou com um APP de Android e mais um sistema em C# para fazer e sinceramente se fico umas 16 horas por semana nos projetos é muito e como aqui ninguém entende dessas linguagens, imagina a cobrança.
Pelo menos ainda não me pediram para “trocar a lâmpada”…Vida de suporte mandando a real Trocar lâmpada vida de suporte.
Tem hora que tenho que brigar com o pessoal pois é a única forma de conseguir cumprir os prazos.
Várias vezes, tive propostas em São Paulo, Curitiba e algumas outras, porém sou casado e minha esposa é advogada com uma boa carteira de clientes, o que rende a ela uma boa quantia em dinheiro. Agora que tenho um neném novo e acabo optando pela qualidade de vida do interior, afinal ele(baby) é mais importante que qualquer coisa.