Como vai o mercado de jogos digitais no Brasil?

EAD é tenso pra mim. Sou muito mal organizado, gosto de ter alguém falando comigo presencialmente e me ajudando com alguma coisa. Aprendo melhor vendo, ouvindo e perguntando.

Tenso, esse cara estudou comigo:
http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2016/04/jovem-do-es-e-contratado-para-criar-game-em-empresa-canadense.html

isso que é tenso.

Eu não consigo imaginar alguém sendo talentoso e tendo sorte desse jeito. O cara tinha que ter um portfólio muito bom e ter tido uma sorte imensa pra ter chamado a atenção de algum diretor do Canadá e ser contratado.

O cara só desenvolveu um jogo sozinho, só isso.

Como todo mercado de nicho, é bastante restrito. Esse, em especial, não é muito desenvolvido.

Aqui no Brasil temos bastantes empresas de jogos educacionais, como a BeeTools. Há empresas há bastante tempo no mercado, como a Hoplon e a Aquiris, que recentemente se destacou pelo game Horizon Chase.

E muitas empresas Indie, algumas com games de sucesso, como a Behold Studios que se destacou pelo Knights of Pen and Paper e do Studio Miniboss, que se destacou pelo Towerfall.

Fora isso, também temos empresas que não são de jogos, mas que usam tecnologia de jogos, é o caso da EBTS e vários núcleos de pesquisa, onde você poderia atuar como professor e pesquisador em áreas como Computação Gráfica, Inteligência Artificial, etc. O último caso é o meu, onde hoje atuo como professor de computação gráfica, consultor na área de visão computacional para Drones, medicina e escritor de livros sobre OpenCV, etc…

Agora, lógico, é um mercado restrito. Por isso, eu recomendo que você venha para área numa pós, e deixe sua graduação mais genérica, seja cursando Ciência da Computação ou Bacharelado em Sistemas de Informação - ou cursos similares. Assim você mantém um leque amplo, pode se movimentar pelo mercado de trabalho. Em 21 anos de TI, já atuei com sistemas comerciais, industriais, mobile, games, gerência e agora docência… então posso dizer por experiência própria o quão importante é ser um profissional flexível.

Por fim, lembre-se que ser um desenvolvedor de jogos é fazer os games que o estúdio precisa. Não necessariamente os que você gostaria de jogar. Quando trabalhei como desenvolvedor de jogos, fiz games de maquiagem, jogos pra crianças entre outras coisas muito diferentes das quais eu jogaria. Obviamente, você pode gostar do processo e do resultado, mas é um trabalho como outro qualquer. Também vai exigir horas de debug, análise de logs, etc. E, lógico, há alguns trabalhos que talvez você se orgulhe, como esse game que ajudei a desenvolver e foi exposto na Cebit e que foi um dos primeiros a usar Realidade Aumentada para algo mais útil do que só fazer propaganda.

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Complementando o colocado pelo (mestre :wink:) @ViniGodoy acima, quem pretende trabalhar exclusivamente com jogos e ainda permanecer no Brasil vai ter que fazer o que muitos estão fazendo, inclusive as empresas citadas: ajudar o mercado nacional a crescer. Isso envolve conhecer as empresas, conversar com desenvolvedores, compartilhar conhecimento e contatos, ir a eventos, e, especialmente, criar muitos jogos, de diferentes níveis e estilos.

Se você está em São Paulo (capital) ou pode vir pra cá por alguns dias, recomendo visitar o BIG Festival, que esse ano ocorre no final de junho (22 a 30). Lá, dá pra ter uma ideia do que é esse envolvimento. Boa parte dos expositores lá são indies, dá pra conversar numa boa com a galera, jogar jogos nacionais e internacionais de diversos estilo, e assistir palestras sobre diferentes tópicos (game design, programação, mercado, marketing, áudio, etc). Há alguns vídeos sobre o evento no Youtube, inclusive algumas palestras.

Abraço.

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Eu já participei do BIG uma vez, representando um Studio Indie que comecei, chamado BlackMuppet Game Studio. Estávamos desenvolvendo um game chamado Pigs at War.

Infelizmente o projeto não foi para a frente. Fechamos o estúdio.

Bom, eu nunca disse que quero permanecer no Brasil, mas sair daqui é tão difícil quanto arranjar algum trabalho com jogos…

É pq na sua pergunta você disse “no Brasil”.

De qualquer forma, o mercado internacional é bastante vasto. É uma das maiores indústrias do mundo e nosso país perde muito ao não explorar esse potencial.

Já para o mercado internacional, conhecer C++ é bastante importante, já que os devkits de consoles e o mercado hardcore é muito mais próximo do hardware. Consoles também são a maioria do mercado. Há muitos cargos a mais, como por exemplo, aqueles para se trabalhar em engines, redes, servidores, etc.

A Unity tem gradualmente ganhado espaço nesse mercado. Basta ver exemplos recentes como o Hearthstone da Blizzard.

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@ViniGodoy,

Como está o mercado de games Xbox no Brasil?

Boa pergunta. E bastante específica. :sweat_smile:

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Esse nem deus sabe responder kk