Recebi um trabalho no meu curso no qual tenho que modelar um DER de um sistema de biblioteca. Fiz o diagrama e quando terminei percebi uma coisa, meu DER estava cheio de relacionamentos do tipo “fulano gerencia ciclano”. Daí pensei, isso é relevante em uma modelagem de dados? Importa pro meu projeto de dados se um administrador gerencia um usuário?
Estou pensando certo? Essa questão é pertinente ou mesmo esse tipo de relacionamento eu devo colocar no diagrama? Estou tendo a impressão que estou modelando meu DER pensando em casos de uso. Não sei se estou sendo claro com minha dúvida. Tentei pesquisar algo pra saná-la, mas sinceramente, nem sei pelo que procurar.
Me desculpem se é uma dúvida muito básica. O conteúdo que a gente teve de DER no curso foi muito fraco e fazendo esse trabalho surgiram muitas questões. Indicações de livros sobre modelagem de dados também são bem-vindas.
Desde já obrigado, e me desculpem por qualquer coisa.
olha, vc pode ter isso facilmente num DER, como vc disse, vc tem que ver se vc não está confudindo as coisas, DER com Caso de uso.
olha esse exemplo, acho que vai esclarer sua duvida:
pense numa tabela Empregado e que vc precise relacionar o Gerente para esse empregados, todo gerente é um empregado, entao na tabela de empregado vc teria um relacionamento para ela mesmo, essa FK, te dirá, qual será o gerente daquele empregado.
Deixa ver se entendi. Se duas entidades se relacionam e esse relacionamento é persistido de alguma forma, ele entra no DER. Seria isso? Vou dar um exemplo mais específico:
No meu caso, um bibliotecário gerencia o empréstimo de livros (é ele que empresta o livro). No meu DER eu mantive esse relacionamento, porque eu quero saber quem foi o responsável pelo empréstimo. Se isso não fosse relevante (não preciso saber quem realizou o empréstimo) esse relacionamento não precisaria ser persistido e eu não deveria modelar, certo?
Acho que entendi o caso do gerente e do empregado. No caso é relevante pra mim saber qual gerente é responsável por um empregado. Mas por exemplo, no caso da biblioteca, no qual o bibliotecário gerencia os leitores e não me importa quem gerencia quem, eu não deveria colocar no DER, certo?
no exemplo que eu te passei vc vai ter somente a tabela empregado e ela vai ter um relacionamento com ela msm.
entao no seu caso é diferente, vc poderia ter a tabela bibliotecario (ou usuario) e ter uma outra tabela perfil e vc vai ter um relacionamento de bibliotecario e perfil.
Acho que a sua dúvida é a seguinte, suponha o seguinte caso de uso:
No caso, VENDA, PRODUTO e CLIENTE são entidades óbvias. E a questão é: Vendedor é ou não uma entidade do sistema ? E a resposta é: depende. Se o sistema tiver que manter o registro do vendedor que realizou a venda a resposta é sim, caso contrário Vendedor é apenas um ator.
Outra coisa, as pessoas costumar confundir DER com Diagrama de Tabelas e são coisas diferentes. O DER é muito mais rico, pois nele você pode modelar entidades, relacionamentos, entidades fracas, campos multivalorados, entidades fracas, agregações entre outros conceitos, enquanto que um diagrama de tabelas você modela apenas tabelas e restrições de FK.
Tomando o seu exemplo, digamos que o vendedor precise ter um cadastro no sistema pra ele acessá-lo. Nesse caso seria justo eu ter a entidade vendedor não é? Entretanto conforme o caso de uso que você citou, a entidade vendedor só participará do relacionamento “venda” caso seja necessário manter o registro do vendedor que fez a venda. É isso mesmo não é?
Ou caso na hora da venda, nada precisasse ser registrado (mesmo existindo, por algum outro motivo, as entidades cliente, produto e vendedor) o relacionamento nem existiria, certo?