Estão infantilizando os desenvolvedores?

[quote=drsmachado]
Na GVT a sala ficava no primeiro andar, próxima a lanchonete. Sala ampla, com puffs e estofados aconchegantes, onde se podia tirar um cochilo e realmente descomprimir.
Sei que são exceção, mas eram muito boas, simplesmente por fazer parte da cultura da empresa.[/quote]

Exatamente: se não faz parte da cultura da empresa, da merda.
Eu fico vendo, algo muito similar você vê com movimento ágil quando tenta ser adotado por estes lugares: no final vira uma cascata na qual você joga por cima um lençol escrito “Ágil e moderno”. Se a cultura da empresa naturalmente permite este tipo de medida, tudo ok: vai fundo. Infelizmente estamos em um país em que a cultura dominante é patriarcal, rígidamente hierarquica (chefe mandão) e colonizada (copia do estrangeiro tudo sem pensar se realmente se aplica). É aí que mora a origem do problema.

Parabéns pelo artigo kicolobo .

Espero que o seu texto seja um alerta para a garotada .

[quote=drsmachado]Eu não ia responder, pois penso que estas discussões sempre vão terminar em “linux x windows”.
Claro que uma empresa não precisa ser sisuda, mas esta idéia de comercial de cerveja, onde há descontração, piadas e tudo mais é uma posição questionável. O objetivo de qualquer empresa privada é o lucro. Ponto. Lucro, entre outras coisas, significa dedicação ao trabalho. Dedicação requer tempo e tempo em trabalho é diferente de tempo jogando games.
Eu tenho plena convicção que ninguém poderá jogar enquanto o projeto estiver atrasado. E daí voltamos às práticas das fábricas de software, horas extras e turnos dobrados (ou triplicados).
Nem em empresas onde a criatividade e a visão criativa é fundamental, como em publicidade e criação de brinquedos, as coisas são como em Neverland (não a do Michael, a do Peter Pan).
Até acredito em empresas onde não há rigidez no controle de ponto, você entra e/ou sai a hora que quer, desde que cumpra as horas do mês. Empresas onde há vários benefícios bons, como convênios que incentivam o bem estar físico e mental. Mas sempre desconfio quando o(s) único(s) atrativo(s) é(são) este(s). (Por alguma razão, empresas assim me lembram a telexfree…)[/quote]

A questão não é a visão do lucro, ou a visão de fazer o bem para o empregado e assim ter a esperança de que ele trabalhará mais.

As empresas que fazem isso (da forma correta - digamos assim) fazem para manter os bons funcionários que têm, não para melhorar os mais ou menos. Por isso que essas coisas devem fazer parte de uma política da empresa e não são benefícios por eles mesmos. Essas empresas “boas para trabalhar” normalmente são extremamente exigentes nas contratações que fazem, selecionando apenas os melhores profissionais que aparecem, justamente visando o lucro. E todo o resto da política delas quanto aos funcionários vem da necessidade delas de manter esses profissionais excelentes produzindo o seu melhor. E com esses caras, que podem ir pra outra empresa a hora que quiserem, a lei do chicote não funciona.

A administração através do poder e da hierarquia rígida funciona, vem funcionando ha séculos, mas a que procura apenas os melhores profissionais tem apresentado resultados bem mais impressionantes do que a tradicional. Mas essa é uma visão cultural dos cabeças da empresa, tentar colocar um elemento ou outro dessas empresas naquelas tem efeito, quando muito, inócuo.

[quote=YvGa][quote=drsmachado]Eu não ia responder, pois penso que estas discussões sempre vão terminar em “linux x windows”.
Claro que uma empresa não precisa ser sisuda, mas esta idéia de comercial de cerveja, onde há descontração, piadas e tudo mais é uma posição questionável. O objetivo de qualquer empresa privada é o lucro. Ponto. Lucro, entre outras coisas, significa dedicação ao trabalho. Dedicação requer tempo e tempo em trabalho é diferente de tempo jogando games.
Eu tenho plena convicção que ninguém poderá jogar enquanto o projeto estiver atrasado. E daí voltamos às práticas das fábricas de software, horas extras e turnos dobrados (ou triplicados).
Nem em empresas onde a criatividade e a visão criativa é fundamental, como em publicidade e criação de brinquedos, as coisas são como em Neverland (não a do Michael, a do Peter Pan).
Até acredito em empresas onde não há rigidez no controle de ponto, você entra e/ou sai a hora que quer, desde que cumpra as horas do mês. Empresas onde há vários benefícios bons, como convênios que incentivam o bem estar físico e mental. Mas sempre desconfio quando o(s) único(s) atrativo(s) é(são) este(s). (Por alguma razão, empresas assim me lembram a telexfree…)[/quote]

A questão não é a visão do lucro, ou a visão de fazer o bem para o empregado e assim ter a esperança de que ele trabalhará mais.

As empresas que fazem isso (da forma correta - digamos assim) fazem para manter os bons funcionários que têm, não para melhorar os mais ou menos. Por isso que essas coisas devem fazer parte de uma política da empresa e não são benefícios por eles mesmos. Essas empresas “boas para trabalhar” normalmente são extremamente exigentes nas contratações que fazem, selecionando apenas os melhores profissionais que aparecem, justamente visando o lucro. E todo o resto da política delas quanto aos funcionários vem da necessidade delas de manter esses profissionais excelentes produzindo o seu melhor. E com esses caras, que podem ir pra outra empresa a hora que quiserem, a lei do chicote não funciona.

A administração através do poder e da hierarquia rígida funciona, vem funcionando ha séculos, mas a que procura apenas os melhores profissionais tem apresentado resultados bem mais impressionantes do que a tradicional. Mas essa é uma visão cultural dos cabeças da empresa, tentar colocar um elemento ou outro dessas empresas naquelas tem efeito, quando muito, inócuo.

[/quote]
Mas independente do quão grandioso seja o espetáculo, se você tem horário pré definido, bom salário, bons benefícios e a certeza que a cada período de tempos será avaliado de forma adequada e poderá, de acordo com méritos próprios, evoluir como profissional, certamente trabalhará mais, procurará manter-se atualizado, estudará, tirará certificações e toda a baboseira que eu defendo que um profissional deve fazer para crescer na carreira.
Se a empresa não oferece isso, cabe ao profissional ir atrás, mais cedo ou mais tarde ele encontrará uma empresa que o oferecerá o que ele espera.
Eu ainda acredito que a máxima dos amigos, amigos, negócios a parte é que deve reger sua relação com a empresa. Profissionais não podem ter laços que comprometam a avaliação, a sinceridade e a idoneidade de suas atividades. Ah, você tem uma visão antiquada. Você já precisou demitir um amigo seu? A amizade continua a mesma?

Sabem qual eu acho o principal indício de que a coisa tá errada? Quando começam a negar o óbvio, que é o fato de que toda empresa visa o lucro.
Convenhamos: não há nada de errado em lucro, pelo contrário.

Quando começa muito esta postura de “o que realmente importa é a qualidade de vida” e o pessoal passa a esconder o objetivo final normalmente tem merda nesta história.

Pessoa, vou dar minha opnião, baseada no que tenho visto no mercado esses anos todos.

Criar ambientes livres de estrese onde se possa relaxar é não é novidade, já existe a um bom tempo e só agora tem chegado ao setor de TI. Já vi empresas colocarem até redes para os profissionais poderem tirar um coxilo.

Quando essa onda começou, foi em grandes empresas, normalmente multinacionais, na qual o profissional não era visto como apenas como um recurso descartável, mas como uma pessoa, aonde seu bem estar reflete diretamente em seu trabalho.

A adoção depende muito da cultura da empresa. Ambientes Go Horse, comum em fábricas de software, nunca receberão esses ambientes ou quando colocados será sob supervisão, como já relatado em outro post.

Grandes empreas que adotam isso não vem como um playground e sim como uma forma do profissional relaxar. Na programação isso é fundamental, pois quem nunca ficou “batendo a cabeça” tentando resolver um problema e foi tomar um café, conversou um pouco e quando voltou encontrou a solução facilmente?. Essas empresas normamente oferecem planos de carreira e bom salários e são uma minoría no mercado.

Porém, empresas pequenas e extreantes no mercado, não costumam oferecer bons salários (nem tem condições para isso) e tão pouco um plano de carreira. Essas empresas vem na criação desses espaços uma forma de atrair talentos. Uma forma de se destacar diantes das grandes empresas, criando um ambiente mais “cool” e menos “careta”. Esse é o ambiente típico de startups!

Normamente essas pequenas empresas já possuem uma cultura ágil e veêm o profissional como um parceiro, permitindo que esse expresse sua critividade.

As empresas dizem que informação é o ativo de maior valor para seus negócios mas terceirizam o setor de informática para primeira consultoria que cobrar menos.
Essas consultorias fazem um monte de exigências para contratar um profissional mas não pagam salários decentes pois é a única forma que conheçem para aumentar sua margem de lucro .Sem falar nos sofwares piratas que estão instalados no seu “parque de informática”.
Adoram recrutar os programadores que não sabem cobrar e acabam se vendendo a preço de sistema de locadora.

Essas consultorias inventam um monte de tretas para reter “grandes talentos” .

Ai vem as gambiarras tipo VIDEO GAME , HAPPY HOUR , Tapinha nas costas , frigobar etc.

Enquanto isso , as grandes empresas de informática vendem ilusões para o pessoal que esta começando dizendo que existem muitas vagas no setor que não serão preenchidas . Isso é um absurdo pois se as vagas não forem preenchidas eles não terão novos projetos e deixarão de LUCRAR.
Na verdade o objetivo é aumentar a demanda de profissionais para baixarem ainda mais os salários.

Mas um dia o projeto ACABA e ai os “grandes talentos” são dispensados pois não existe uma politica verdadeira de retenção dos profissionais.

O Bom profissional não esta interessado na mesa de pingue-pongue ou no video game . Isso ele tem em casa :slight_smile:

Ele esta interessado em receber um salário que seja suficiente para manter seus familiares e bancar os cursos necessários para sua atualização profissional.
Mais uma vez , parabéns kico por alertar ao pessoal da comunidade com o seu artigo.

[quote=misterzire]As empresas dizem que informação é o ativo de maior valor para seus negócios mas terceirizam o setor de informática para primeira consultoria que cobrar menos.
Essas consultorias fazem um monte de exigências para contratar um profissional mas não pagam salários decentes pois é a única forma que conheçem para aumentar sua margem de lucro .Sem falar nos sofwares piratas que estão instalados no seu “parque de informática”.
Adoram recrutar os programadores que não sabem cobrar e acabam se vendendo a preço de sistema de locadora.

Essas consultorias inventam um monte de tretas para reter “grandes talentos” .

Ai vem as gambiarras tipo VIDEO GAME , HAPPY HOUR , Tapinha nas costas , frigobar etc.

Enquanto isso , as grandes empresas de informática vendem ilusões para o pessoal que esta começando dizendo que existem muitas vagas no setor que não serão preenchidas . Isso é um absurdo pois se as vagas não forem preenchidas eles não terão novos projetos e deixarão de LUCRAR.
Na verdade o objetivo é aumentar a demanda de profissionais para baixarem ainda mais os salários.

Mas um dia o projeto ACABA e ai os “grandes talentos” são dispensados pois não existe uma politica verdadeira de retenção dos profissionais.

O Bom profissional não esta interessado na mesa de pingue-pongue ou no video game . Isso ele tem em casa :slight_smile:

Ele esta interessado em receber um salário que seja suficiente para manter seus familiares e bancar os cursos necessários para sua atualização profissional.
Mais uma vez , parabéns kico por alertar ao pessoal da comunidade com o seu artigo.[/quote]
Cara, terceirizar o setor de informática, de atendimento e outros é uma prática comum e, se você tiver uma empresa, entenderá que é mais interessante que ter seu próprio pessoal.
Por que?
A partir do momento em que tua expertise (know how, conhecimento adquirido) não está diretamente ligado à informática, você está suscetível a profissionais medíocres (piores dos que serão contratados pelas “terceirizadoras”). Quando há uma alta rotatividade (caso de setores de atendimento ao cliente) então a coisa fica pior. Você preferirá pagar para alguém gerenciar isto do que arcar com os custos de contratação/treinamento/demissão.
Não estou dizendo, contudo, que a prática é interessante para todos e em todas as circunstâncias. Os verdadeiros profissionais são prejudicados.
Do ponto de vista dos profissionais, concordo plenamente. Como eu mesmo disse anteriormente, eu prefiro um salário que me permita comprar os meus brinquedos e me atualizar do que ter isto como benefícios da empresa. Por que? Simples, eu tenho uma vida fora da empresa.

Eu observo que muitas pessoas tem um ponto de vista diferente com relação ao assunto tratado neste post.

Alguns defendem a ideia enquanto outros a acham um tanto quanto ousada demais.

Acredito fortemente que com ou sem benefícios eu primeiramente pensaria se me sinto bem na empresa, coisa
que só daria para saber depois que entrasse para empresa.

Acho que este tema pode levar a vários caminhos, pois não é só porque uma empresa oferece vídeo game, sinuca
dentre outras diversões, que ela poderá ser melhor para se trabalhar e construir carreira do que uma empresa
que não oferece tais benefícios. Isso justamente pelo fato que lá dentro podem existir pessoas que achem ou não
o fato de ter brinquedos no serviço, uma coisa interessante e tal.

Esse assunto deve ser visto de forma periférica e não local.

Abração.

O setor de informática nas empresas é responsável por lidar com a tecnologia, nao com informação.

O setor de informática nas empresas é responsável por lidar com a tecnologia, nao com informação.[/quote]
A informacao tambem é de responsabilidade da TI, ADs se envolvem muito nisso.

[quote=drsmachado][quote=JavaDreams]Se formos analisar no geral esse tema, o que prevalece é o fator de
a pessoa estar onde ela se sinta melhor, ou seja independentemente de
benefício, lazer e etc, o bacana é a pessoa procurar uma empresa onde
ela se sinta bem e realizada.

Abraço.[/quote]
Cara, mas convenhamos, eu me sinto bem melhor ganhando um salário justo e podendo adquirir todos esses brinquedos para usar em casa.
A justificativa “muitos profissionais da área gostam de games e eletrônicos” é falácia. Todas as áreas possuem profissionais que gostam, haja visto que a indústria dos games é multibilionária e a de eletrônicos, nem se fala.
Outro ponto que está ressaltado no post é a questão do crescimento profissional. Nunca vi nenhuma empresa aplicar de forma coerente o que eles chamam de plano de cargos e salários.
O que tem funcionado é o bom e velho “tenho uma proposta melhor”.
Claro que as minhas experiências me levam a ver desta forma, mas, sinceramente, se for para viver de pão e circo, prefiro pegar o bolsa qualquer coisa do governo, assim nem esquento em trabalhar…[/quote]

Boa amigo, falou bonito agora
eu tinha esquecido destas duas coisas mesmo…
Concordo totalmente contigo, tem que ter crescimento profissional também
e é melhor que eles nos pagarem melhores salários para termos uma vida mais
feliz e tals.

Abraço.

[quote=kicolobo]Sabem qual eu acho o principal indício de que a coisa tá errada? Quando começam a negar o óbvio, que é o fato de que toda empresa visa o lucro.
Convenhamos: não há nada de errado em lucro, pelo contrário.

Quando começa muito esta postura de “o que realmente importa é a qualidade de vida” e o pessoal passa a esconder o objetivo final normalmente tem merda nesta história.[/quote]

Nesse caso não pode analisar isso separadamente…

Quando eu disse tipo qualidade de vida, e se sentir bem no trabalho
eu me referi a tudo no geral, ou seja um salário justo com o que você faz,
respeito, união, equipe e tudo mais que faz parte de um bom ambiente para trabalhar…

abraço

[quote=kicolobo]Já faz algum tempo que venho observando um comportamento muito destrutivo em diversas empresas de TI: a infantilização do desenvolvedor.
São coisas do tipo “oferecemos videogame, quadra de tênis, refrigerante de graça, máquina de café expresso, etc”, uma série de brinquedos e nada de foco no que realmente traria ganhos para o funcionário, como possibilidade de crescimento, desafios intelectuais, etc.

Externalizei esta minha sensação em um post no meu blog e gostaria de saber a opinião de vocês: http://www.itexto.net/devkico/?p=1460[/quote]

Eu nao acho que seja infantilizacao, tao pouco acho que essas coisas devam ser vistas como beneficios, mas sim, seriam vistas mais como um diferencial da empresa; No meu caso, provavelmente contaria algum pontos para me manter na empresa, mas jamais para eu entrar numa empresa. Alem disso, sou bem cetico quanto a beneficios; mesmo os validos, como VT, VR, auxilio isso e aquilo; Pra mim mesmo, mais vale e dinheiro na conta, prefiro ganhar melhor e eu mesmo pagar essas coisas (que geralmente tendem a acrescentear BEM pouco a um contra-cheque).

Pra finalizar, tem uma historia, um amigo fazia piada com um outro que trabalhava numa empresa que nao pagava bem e vivia reclamando, a tal empresa tinha muitos “beneficios”. Entao, meu primeiro amigo brincava com o segundo, dizia ele. “Vc nao precisa de salario, vc tem tantos beneficios!”. hehehehehe

No mais, se alguem aceita esses empregos com base nos “beneficios” descritos (video games, chocolates, refrigerantes), melhor assim, sobra menos concorencia para os empregos que pagam em dinheiro! LOL

Ou como eu digo, vai no banco e tenta pagar uma conta somente dizendo que vc trabalha numa empresa que oferece video games, ou com um VT pra ver o que acontece! hehe

PS: Na empresa onde trabalho existem camas para vc tirar uma soneca, sucos, cafe, chas (mtas vezes, muffins, donuts e outras coisas). Tinha video-games, mas nao mais, por falta de uso. Eu aindo prefiro dormir na minha casa, jogar video game na minha casa. Mas mtas vezes estou disposto a comer algumas gostosurar que aparecem na copa! :slight_smile:

[]'s

O setor de informática nas empresas é responsável por lidar com a tecnologia, nao com informação.[/quote]

Se vc e o cara que conserta computadores, pode ser. Agora, se vc faz parte da equipe de TI (tecnologia da INFORMACAO), responsavel pelos sistemas da empresa (desenvolvimento, suporte) vc lida sim com INFORMACOES.