[quote=kicolobo]Oi pessoal, visões interessantes: realmente este é um post mais carregado.
Na realidade, sou a favor deste tipo de benefício dentro das empresas.
Mas o que observo demais ocorrer ao menos aqui em Belo Horizonte e em diversos relatos é uma postura bem do tipo: playground no lugar de benefícios reais. E pior: vejo salários menores sendo oferecidos justamente por que a empresa oferece este tipo de benefício.
De fato, se o clima esta ruim você ficar sentado de braços cruzados não adianta nada. Mas ainda pior é algo que também tenho visto muito por aqui: uma verdadeira banda de RH tocando “somos felizes” quando na realidade não são. E pior: usando este tipo de benefício que mencionei anteriormente como defesa para não fazer absolutamente nada. Quando digo que a felicidade é algo que surge naturalmente, é porque realmente surge naturalmente. Quando vocÊ está bem, não fica por aí dizendo para todos “estou bem, vejam, estou bem! Ha ha ha! Estou ótimo!!!”. Não, você simplesmente está bem.
Com relação à infantilização, vi isto em alguns relatos durante meu TCC: é exatemente o que ocorre. Você popula sua empresa com gente o mais infantiliada possível para tornar a massa mais fácimente maleável e colocar a postura do tipo “cala a boca que o adulto tá falando aqui”.[/quote]
Muito disso vem da cultura que a gente têm do “ouvi dizer”. Isso acontece em muitas empresas, por causa da falta de preparo dos gerentes e administradores: o velho foco na prática e não nos princípios.
Quem começou com isso, começou pensando em criar um ambiente legal pro pessoal, fazer com que quem trabalha se sinta em casa, porque assim produz melhor. E comprovadamente produz melhor, basta ver o resultado de empresas que focam de fato no bem estar de seus funcionários.
Mas a maioria dos diretores/gerentes/administradores só reagem a estímulos, quando muito, quase nunca estudam antes de tomar uma decisão, fazem tudo na tentativa e erro ou em experiências próprias anteriores. Não se atualizam e sequer se dão conta que precisam, pois já têm assinatura de alguma revista de “Seja Executivo de Sucesso”. Vêm quase que invariavelmente de uma cultura “coronelista”, de hierarquia rígida, em que os superiores mandam e os inferiores obedecem incondicionalmente.
E nessas revistas de “Seja Executivo de Sucesso” lêem sobre o que empresas de ponta fazem para o bem estar de funcionarios, respeito, comodidades, mas sem todo o contexto em que está o significado disso. Então acham que pondo alguns puffs com video-game e uma festa de fim de ano estão fazendo pelos “colaboradores” tudo que é possível para que eles se sintam felizes e produtivos como aqueles do exemplo descrito na “Seja Executivo de Sucesso”.
E com tudo isso acham que seus funcionários têm que obedecer, pois afinal estão lhes dando uma série de benefícios, igual ao Google.