Extreme Programming Criticism

Por mais interessante que qualquer coisa seja, acho sempre importante apontar suas fraquezas, mesmo que aquele que identifica as limitações não tenha a solução para tal, pois possibilita que comece-se a discutir sobre tal e, aí sim, chegar-se a uma melhoria.

Bom, esse artigo aponta alguns poréns na metodologia XP (ou seria naqueles que a usam?). Estou começando a ler ainda. Discutam, apontem, concordem, discordem. Trocar idéias é comigo mesmo. “Vale tudo(…)”, como diria o Gil do Cruzeiro.

http://www.softwarereality.com/ExtremeProgramming.jsp

Eu já li boa parte do livro XP Refactored e posso dizer que eles forçam um pouco a barra tentando dar um tom humorístico ao invés de debater conceitos. Sobre o post específico

XP é um conjunto de boas práticas, então não consigo pensar em como poderia ser adotado sem ser adaptado para o dia-a-dia da equipe. Neste caso ele tenta chamar isso de ‘vanila’ XP e diferenciá-la de uma forma “pura”, que sequer existe.

Aqui me cheira a hipocrisia, uma vez que os autores são advogados do ICONIX, um processo que eles também consideram ágil.

A única coisa que o livro deles tem é isso: situações onde XP não é a melhor solução. Embora eu não acredite que XP seja a solução de todos os problemas, também acho que ela traz muitos benefícios, principalmente para o que ela se propõe (equipes pequenas, requisitos mudando constantemente etc) e sinceramente ainda não vi razões para parar de usar suas práticas. E meus clientes são testemunha de que XP funciona :smiley:

Até onde eu li no livro não encontrei nenhuma destas sugestões, mas pode ser que tenha mesmo. Se alguém souber avise-me para eu procurar

Concordo com o que você diz sobre as ironias do autor.
Existem algumas equipes de software que consideram-se ágeis seguindo o pensamento “documentamos pouco e o design evolui conforme codificamos, então somos ágeis!” e algumas observações a isso já existem. Mas o que achei interessante foi a observação que ele fez sobre as práticas do XP estarem vinculadas uma a outra. Seria essencial que todas as recomendações do XP fossem executadas pra que ele possa dar certo. Seria como um castelo de cartas de baralho.

Realmente muito interessante! E eu até tendo a concordar!

No livro inteiro (Programação eXtrema explicada) o Kent Beck fala que as práticas da XP são complementares! “Onde uma prática é fraca, os pontos fortes das outras práticas compensarão essa fraqueza (Frase tirada do inicio do cap 10 do livro já citado acima)”

Baseado nessa frase tenho como verdadeiro a observação! XP seria como um castelo de cartas realmente! Não tão frágil mas seria!

Se vc deixa de adotar uma prática vc não tem mais seu ponto forte para compensar o ponto fraco de outra prática!

Eu também concordo que as práticas de XP são vinculadas umas as outras. Só não vejo isso como algo negativo. Ao meu ver, esta é uma consequencia de se trabalhar de maneira enxuta.

Como o próprio Kent Beck diz, as práticas são complementares, e se pensarmos que XP tem pouco mais de 10 práticas e nenhuma dela é um bicho de sete cabeças, não vejo mal nelas serem vinculadas umas as outras.

Além disso, posso dizer pela minha experiência que na maior parte do tempo estas dependências sequer são notadas. Basta utilizar bem as práticas e fazê-lo o tempo todo.

Mas a questão é ver a XP como um castelo de cartas! Onde se vc tira uma carta o castelo cai! Sendo assim se vc deixar de empregar alguma prática da XP ela não funcionará muito bem, pois como as cartas, as práticas são dependentes uma das outras.

Como XP possui poucas práticas é natural que estas sejam mais importantes para que a coisa funcione, e consequentemente maior é o prejuízo quando uma é ignorada. O próprio Kent Beck costuma falar que XP só é XP quando todas as práticas estão sendo executadas, e executadas o tempo todo.

Só não vejo como um castelo de cartas. Inclusive já vi até mais de uma carta ser tirada e o castelo não cair. Isso acontece porque XP é uma metodologia ágil, e a equipe tem autonomia para adaptar-se nessas situações.

Você poder tirar uma carta e o castelo não cair, não tem nada a ver com o fato da XP ser uma metodologia ágil, mas sim com o fato dela ser adaptável.

Neste caso ela é adaptavel porque a equipe é auto-gerenciável, o que é uma característica ágil. Me desculpe se expressei mal.

Também poderiamos comparar um projeto que não usa XP a um castelo de cartas?

IMHO, projetos não XP tão mais pra castelo de palito de dentes, rsrs…