Faculdade ADS e engenharia da computação

Bom dia Galera,
Eu faço ADS no IFSP, o curso de ADS lá tem duração de 3 anos, mas finalizando o curso eu quero cursar engenharia da computação por ser bem mais abrangente e ter matérias como cálculo, por exemplo. Quero saber se vocês sabem me dizer se eu conseguiria cortar esses 3 anos que fiz de ADS na facul de Engenharia da computação pra cursar basicamente as matérias de cálculos e tals?

David, na realidade essa dúvida você precisa conferir com a universidade onde você pretende cursar engenharia.

Você vai precisar levar a lista de disciplinas da tua graduação atual, junto com as ementas, e ver quais poderiam ser aproveitadas.

Se o seu interesse é apenas aprender derivação, integração etc., é mais fácil você procurar aulas online na Udemy ou mesmo no YouTube.

Engenharia é um curso que demanda muito tempo dos alunos, então você precisa ver - ao concluir ADS - se você vai conseguir conciliar um trabalho mais uma faculdade de engenharia que vai levar mais alguns anos.

(E em engenharia você não vai ver só cálculo não)

Qual seu objetivo real com isso? Sem um forte motivo acho besteira fazer outra faculdade, é como andar pra trás. Importante é pegar o canudo da área de TI. Você pode estudar o que quiser de qualquer grade por conta própria, sem precisar repetir o 3° grau.

Se quer andar pra frente no meio acadêmico, faça pós ou de preferência mestrado.

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Meu objetivo é ter engenharia no currículo mesmo, pq todos os cargos mais alto em uma empresa, que eu costumo ver na empresa em que eu trabalho ou no LinkedIn, até mesmo dentro de T.I, são 90% engenheiros… só com Ads eu sinto q não vou chegar nunca nesses cargos. O que vocês acham?

Se quer isso, faz pós-graduação, pelo menos anda pra frente. Lembrando que nenhum tipo de diploma garante cargo.

David, sou professor do IFSP e fui coordenador de cursos por quase 10 anos. Existem algumas regras para aproveitamento. Basicamente, para vc pedir equivalência em uma disciplina, vc usará o seu histórico e as ementas das disciplinas que cursou para pedir equivalência… Claro que existem regras específicas entre faculdades/universidades, mas basicamente vc usará cada disciplina cursada como uma “moeda de troca” para “comprar os créditos” das disciplinas que estiver pedindo equivalência/aproveitamento.

Como já disseram, vc terá que ver com a faculdade/universidade que for ingressar, mas respondendo sua pergunta, sim, é possível aproveitar disciplinas. No IFSP vc pode aproveitar no máximo 80% do curso e cada disciplina tem que ter no mínimo 80% do conteúdo e da carga horária da vc quer equivaler/aproveitar.

Agora, uma dica ou sugestão… Se vc quer fazer engenharia, pare ADS e vá fazer engenharia, não perca tempo. Na engenharia ou na ciência da computação (principalmente ciência) vc vai ter um curso de ADS dentro… Outra coisa. Um bacharelado sério é MUITO MAIS PUXADO que um tecnológico sério ou um bacharelado sem vergonha, pois exigirá muito de você. Se vc trabalha ou depende de alguma fonte de renda fora da escola, vc vai ter que parar. Se for fazer um curso noturno, ai da pra conciliar… Se for um bacharelado integral no IFSP vc dificilmente conseguirá trabalhar ao mesmo tempo.

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Cara, você está focado na coisa errada.

Vamos lá… em primeiro lugar não foque em ser chefe. Foque em ser um excelente profissional. A chefia vem com o tempo, em consequência de uma série de fatores que não envolvem apenas a graduação.

Em segundo lugar, esses caras que estão nas diretorias e são engenheiros, na época deles não havia ADS pra cursar. Então, dentro do princípio do “é o que tem pra hoje”, eles cursaram o que havia disponível.

Por fim, se você é ávido por cargos de chefia, não por trabalhar direito, deve haver um problema psicológico que precisa ser resolvido, senão você vai ser um péssimo profissional.

Na minha experiência, quem eu vi ser promovido a chefe nunca foi quem almejava a chefia; mas sim quem era excelente em seu trabalho cotidiano E já demonstrava as virtudes de chefia, incluindo virtudes morais, liderança, capacidade administrativa e visão macro. Essas coisas você dificilmente aprende em sala de aula, são lições da vida.

Se atente ao que o @davidbuzatto falou: faça uma só graduação. O resto você aprende por conta própria ou fazendo pós-graduação.

PS: em uma simplificação simplista, a diferença entre chefe e líder é que o chefe diz “façam / vão” e o líder age com “façamos / vamos”.

Foque em ser um excelente profissional, com habilidades de liderança. Além disso, nem toda chefia é boa.

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Muito obrigado pelas respostas pessoal!
Eu não sou ávido pro cargos de chefia, mas quero ter uma longa carreira, sempre subindo de cargo, e tenho medo de não conseguir isso com ADS… eu amo estudar, não tenho problemas com isso, nem preguiça, mas eu tenho ansiedade e isso me atrapalha eu acho, pq vira e mexe fico pensando mil coisas sobre o meu curso, sobre o meu futuro, se estou estudando o curso correto ou se deveria estar fazendo eng. da computação, por exemplo.

Eu penso em fazer… vc já fez algum?

Nunca precisei de pós. Voce saber se vender é mais importante do que título acadêmico.

Eu tenho duas pós concluídas e estou cursando mais duas. O ambiente de estudos é sempre muito frutífero.

Se você quiser, algum dia, ser professor, vai ter que passar sim por especializações, mestrado, doutorado e, quem sabe, até pós-doutorado.

O caminho que funciona para uma pessoa é diferente do caminho para outra. Você vai encontrar seu próprio caminho na medida que tateia por ele. Das minhas 4 pós, só duas são na área de TI, as outras são em áreas que gosto de conhecer. A interação com colegas de turma e professores, cada qual com experiências de vida em áreas completamente diferentes, é motivo de muita alegria e crescimento.

Tenha paciência e vá aos poucos.

Se você for mesmo seguir na área de TI, além das pós, pense na questão de obter certificações.

Por fim, uma curiosidade: se você estiver cursando graduação, você já pode entrar em especializações. Você só não pode se formar na pós enquanto não terminar a graduação. Mas se você fizer uma pós por ano, assim que terminar a graduação - em relação aos teus colegas - você já vai ter 4 títulos a mais no teu currículo.

Se você quer seguir no seu projeto megalomaníaco de buscar apenas os cargos de chefia (e já que aparentemente não vai fazer terapia, apesar de todo exagero em uma área ser compensação de outra), então te recomendaria a buscar pós na área de administração/liderança/gestão.

Obrigado pela resposta.
Eu quero sim seguir um caminho igual o seu, não penso em parar de estudar nunca, quero fazer pós, especialização, mba… acho muito bacana tudo isso. Vou tentar explicar melhor o que eu estou pensando nesses dias em relação a fazer engenharia e tudo mais: eu fui conhecer a Tecnologia só depois de começar a cursar ADS, antes disso eu não tinha quase nenhum conhecimento sobre a área e os cursos. E ao longo desse tempo que estou cursando, eu acabei descobrindo que gosto muito da parte de Hardware também, como IOT, Automação, e pelo o que eu estou vendo, ADS não foca nessas áreas, por isso estou pensando muito em fazer Engenharia de controle e automação. Você acha que continuando em ADS e fazendo as devidas pós e especializações, será q consigo entrar nesse campo de atuação?

Você pode me passar seu LinkedIn?

E quem disse que meu caminho é bom? :wink:

Cada pessoa precisa decidir o caminho baseado na história de vida pessoal.

Só pra esclarecer uma coisa. Pós-doutorado é “só” um estágio chique, que um doutor vai fazer em algum grupo de pesquisa, para contribuir com alguma coisa, normalmente para produzir artigos… Não é considerado título, então não é um diferencial em processos de seleção.

Acredito que a galera do RH deve olhar e pensar: “Nossa, o cara tem quatro pós, e bla bla bla. Vamos escolher esse ao invés do que tem apenas um tecnologo”,

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Titulação é importante em concursos públicos, conta muitos pontos.

Do ponto de vista da iniciativa privada (faculdades/escolas), a titulação cobrada de um professor é a mínima para trabalhar num determinado curso (legislação), pq fica mais barato, mas isso tem impacto na nota que o curso recebe quando há a avaliação in loco do Ministério da Educação, bem como nas reavaliações. Quanto mais professor titulado, maior a nota em alguns quesitos.

Do ponto de vista da indústria, são raríssimos os casos de exigência ou necessidade de titulação, a não ser em países sérios (que não é o nosso caso) em que as empresas têm departamentos exclusivos de pesquisa, aí são outros quinhentos. Aqui isso praticamente não existe e, quando existe, sempre tem política enfiada no meio.

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