Internet via rede elétrica é testada no Brasil

A Panasonic está fazendo testes aqui no Brasil com a Tecnologia PLC (Power Line Communication).
Fazia tempo que eu ouvia falar sobre isso, até pensei que tivesse entererrado o projeto.
O terra diz que estão testando em Barreirinhas, Maranhão.

Segundo os testes, as velocidades de conexão chegam a 200 mbps.

Maiores informações em: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI3144793-EI4802,00-Internet+pela+rede+eletrica+e+testada+no+Brasil.html

Não sendo nenhuma das atuais empresas monopolistas que explore o serviço, toda opção é bem vinda.

Há algum tempo a companhia de energia eletrica do Paraná já oferece um serviço semelhante.

Mais informações: http://www.copeltelecom.com/site/index.jsp

E como ficam as concessões? As companhias de telefonia tem concessão para explorar serviços de voz e dados. As companhias de energia vão explorar o serviço? Se não, então as companhias de telefonia vão “injetar” o sinal usando toda a infra das companhias de energia… :?:

Isso já vem sendo testado há tempos no Brasil(em Porto Alegre desde 2005) se não me engano.Mas existiam problemas difíceis de contornar, como por exemplo, o efeito de uma FEM(ou Pulso Eletro-Magnético) provocado por um raio, por exemplo.Imagine vc fazendo um download importante, e um estouro a 3KM derruba a sua rede!!!Na época, a extra blindagem dos cabos inviabilizava um pouco o negócio.

interessante como eles conseguem fazer isto a partir de uma corrente alternada. ja ouvi falar que em motores é melhor aplicado.
seria uma revolucao chegando para equipamentos eletronicos como geladeira, fogao, televisao, som, etc. se beneficiarem disto!

provavelmente sera consituido um conselho ou orgao regulador para avaliar como as companhias queiram distribuir a partir desta perspectiva.

[quote=Gbzao!]Há algum tempo a companhia de energia eletrica do Paraná já oferece um serviço semelhante.

Mais informações: http://www.copeltelecom.com/site/index.jsp[/quote]

Mas pelo que entendi, a COPEL tá é transmitindo os dados por fibra, instalado dentro dos cabos para-ráios, nas linhas de transmissão de energia.
É semelhante aparentemente, mas, é totalmente diferente da PLC.

É um meio interessante de comunicação de dados a ser explorado.

Eu escutei a algum tempo atrás que a CEMIG estava fazendo testes com internet pela rede elétrica.

http://www.cemig.com.br/plc/faq.asp

Se for viável será muito bom para permitir a concorrência em cidades com poucas (geralmente uma) opções de banda larga.

Pelo que eu sei, a COPEL ainda está fazendo testes, ainda não oferece esse serviço. A COPEL é a pioneira no Brasil sobre internet via rede elétrica, foram os primeiros a testarem essa tecnologia em 2001, mas depois não vi mais nenhuma notícia sobre isso.

Muito legal! Em São Paulo, desde 2005 o serviço existe em conjuntos habitacionais oferecidos pelo Governo do Estado (CDHU). Até onde eu sei seriam projetos piloto para alguma exploração comercial futura, mas como de lá pra cá não ouvi falar mais nada, não sei a quantas anda…

http://info.abril.uol.com.br/aberto/infonews/072005/28072005-7.shl

Há algum tempo eu tinha lido essa matéria sobre PLC.

Acho interessante a gama de serviços que se agregarão à essa tecnologia, como telecontrole de equipamentos e mesmo eletrodomésticos. Um exemplo típico será o acesso remoto pelas companhias aos relógios de luz já compatíves com a PLC, eliminando a necessidade do leiturista.

Uma mudança de paradigma interessante! Será que vai vingar?

No Rio grande do sul, desde de 2006 já existe um projeto em andamento para este tipo de acesso à internet.

http://www.baguete.com.br/noticiasDetalhes.php?id=14459

A PROCEMPA (orgão do governo municipal de Porto Alegre) utiliza esse tipo de conexão para fornecer acesso à comunidades e escolas onde não existe outro tipo de acesso.

[]'s

Transmissão de “dados” via rede elétrica, já é realizada a muito tempo. As Companhias Energéticas já utilizam essa tecnologia desde os anos 80. São os chamados “Carriers”.
Mas isso não seria a internet via rede elétrica.
Essa tecnologia já existe em teste, em algumas cidades do Brasil e já é utilizada comercialmente na Nicaragua :-p
Ate onde sei o grande problema desta tecnologia e a limitação com a distância, se não me engano a cada 200 metros teriamos que ter um “Master”, o que torna inviável.
A CELG (Companhia energética do Estado de Goias) trabalho com um projeto nesta linha desde 2004.
No site (www.celg.com.br), existe mais informações

Bom acho que o que causou isto tudo foi isso:

Consulta Pública da Anatel

A Anatel abriu em 26/08/08 a consulta pública 38 que apresenta a Proposta de Regulamento sobre Condições de Uso do Sistema de Acesso em Banda Larga utilizando Rede de Energia Elétrica.

O Regulamento define que o acesso em banda larga utilizando redes de energia elétrica (BPL), confinado nas redes de energia elétrica, somente poderá ocorrer na faixa de 1.705 kHz a 50 MHz.

As estações do sistema BPL serão tratadas como equipamentos de radiação restrita e operam em caráter secundário. Devem, no entanto, possuir certificação expedida ou aceita pela Anatel e atender às normas cabíveis, referentes ao sistema elétrico, expedidas pela ANEEL.

O prazo para as contribuições é até 29/09/08.

Consulta Pública 38
(http://sistemas.anatel.gov.br/SACP/Contribuicoes/TextoConsulta.asp?CodProcesso=C1199&Tipo=1&Opcao=andamento)

Mas o que é realmente isso?

PLC (Power Line Communications) é a tecnologia que utiliza uma das redes mais utilizadas em todos o mundo: a rede de energia elétrica.
A idéia desta tecnologia não é nova; entretanto, apenas agora com novos equipamentos de conectividade a tecnologia está sendo avaliada por algumas empresas. Ela consiste em transmitir dados e voz em banda larga pela rede de energia elétrica. Como utiliza uma infra-estrutura já disponível, não necessita de obras em uma edificação para ser implantada.
A PLC trabalha na camada 2 do modelo ISO/OSI, ou seja, na camada de Enlace. Sendo assim, pode ser agregada a uma rede TCP/IP (camada 3) já existente, além de poder trabalhar em conjunto com outras tecnologias de camada 2.
Sistemas de Powerline Carrier, chamados também de OPLAT (Ondas Portadoras em Linhas de Alta Tensão), têm sido utilizados pelas empresas de energia elétrica desde a década de 1920. Esses sistemas foram e ainda são utilizados para telemetria, controle remoto e comunicações de voz. Os equipamentos são muito robustos e normalmente tem uma vida útil superior a trinta anos. Somente recentemente, com o avanço de instalação de fibras ópticas e barateamento de sistemas de telecomunicações, diversas empresas de energia elétrica decidiram abandonar o Carrier. Como resposta, os fabricantes estão deixando de produzir estes equipamentos por falta de demanda.
Algumas poucas aplicações de banda estreita em residências e sistemas de segurança e automação predial utilizam ainda sistemas de Powerline Carrier de banda estreita, baixa velocidade e com modulação analógica.
Em 1991, Dr. Paul Brown da Norweb Communications (Norweb é a empresa de Energia Elétrica da cidade de Manchester, Inglaterra) iniciou testes com comunicação digital de alta velocidade utilizando linhas de energia. Entre 1995 e 1997, ficou demonstrado que era possível resolver os problemas de ruído e interferências e que a transmissão de dados de alta velocidade poderia ser viável.
Em outubro de 1997, a Nortel e Norweb anunciaram que os problemas associados ao ruído e interferência das linhas de energia estavam solucionados. Dois meses depois, foi anunciado pelas mesmas empresas o primeiro teste de acesso Internet, realizado numa escola de Manchester. Com isso, foi lançada uma nova idéia para negócios de telecomunicações que a Nortel/Norweb chamaram de Digital Powerline.
Em março de 1998, a Nortel e a Norweb criaram uma nova empresa intitulada de NOR.WEB DPL com o propósito de desenvolver e comercializar Digital PowerLine (DPL).
Todas as empresas elétricas do mundo estavam pensando em se tornar provedores de serviços de telecomunicações, utilizando seus ativos de distribuição. Devemos lembrar que o setor de telecomunicações estava passando por um crescimento explosivo no mundo (celular e Internet), e, particularmente no Brasil, estava em curso a maior privatização de empresas de telecomunicações.
O acompanhamento dos desenvolvimentos e progressos da tecnologia Powerline era feito na época, no Brasil, pelo Subcomitê de Comunicações do GCOI, e a APTEL, que foi criada em abril de 1999, realizou o seu primeiro Seminário em setembro de 1999, com o tema: Tecnologia Powerline Communications (PLC).
Vale também lembrar que na Europa em 1997 foi criado o PLC Fórum e, em 1998, a UTC lançou nos USA o Power Line Telecommunications Forum (PLTF).
Atualmente, temos diversos produtos comerciais com tecnologia Powerline Communications e o próprio FCC (Federal Communications Commission) fez diversas declarações sobre a viabilidade desta tecnologia.

Vantagens do uso da PLC

Uma das grandes vantagens do uso da PLC é que, por utilizar a rede de energia elétrica, qualquer “ponto de energia” pode se tornar um ponto de rede, ou seja, só é preciso plugar o equipamento de conectividade (que normalmente é um modem) na tomada, e pode-se utilizar a rede de dados. Além disso, a tecnologia suporta altas taxas de transmissão, podendo chegar a até 200Mbps em faixas freqüência de 1,7Mhz a 30Mhz.

Desvantagens do uso da PLC

Uma das grandes desvantagens do uso da PLC (ou BPL), é que qualquer “ponto de energia” pode se tornar um ponto de interferência, ou seja, todos os outros equipamentos que utilizam radiofreqüência, como receptores de rádio, telefones sem fio, alguns tipos de interfone e, dependendo da situação, até televisores, podem sofrer interferência. A tecnologia usa a faixa de freqüências de 1,7MHz a 30MHz, com espalhamento de harmônicos até freqüências mais altas. Outra desvantagem é o facto de ser half-duplex sem esquecer que é um sistema de banda partilhada. Estas duas características fazem com que o débito seja reduzido em comparação com outras tecnologias. Em alguns países, existem movimentos contra a sua instalação.

Os principais equipamentos presentes em redes PLC são:
Modem (PNT): Usado para a recepção e transmissão dos dados, o modem é instalado em um host (estação de trabalho, servidor, etc.) que é ligado à tomada de energia. Ele realiza a comunicação com o Demodulador Repetidor (PNR).
Demodulador Repetidor (PNR): Esse equipamento provê acesso direto do usuário do sistema InDoor para o sistema Outdoor. Cada residência tem um, e este se comunica com o Concentrador Mestre (PNU).
Concentrador Mestre (PNU): Controla o sistema Outdoor e interconecta uma Célula de Energia (Power Cell) à rede do backbone. Geralmente esta localizada no transformador. Deste ponto em diante a comunicação pode ser feita pela operadora de telecomunicações.

A tecnologia PLC utiliza a técnica de modulação de sinais OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing), pode utilizar as modulações por QAM (Quadrature Amplitude Modulation) e PSK (Phase Shift Modulation).

A PLC não interfere em nenhum eletrodoméstico, pois as freqüências utilizadas por ela não são usadas por nenhum eletrodoméstico, podendo conviver sem problemas com os outros equipamentos. No entanto, parte da banda de rádio de onda média - 1,7 a 3 MHz - e toda a onda curta - 3 a 30 MHz - ficam completamente prejudicadas e inutilizáveis. Outros equipamentos podem causar interferências em uma rede PLC, como motores de escova e os dimmers de luz. Entre os motores domésticos, destacam-se os secadores de cabelos, aspiradores e as furadeiras elétricas. Além desses, chuveiros elétricos também podem interferir no PLC.
Outro ponto importante da PLC é a conexão com equipamentos bloqueadores de freqüência (filtros de linha) e os equipamentos isoladores (estabilizadores) ou que sejam alimentados por fontes chaveadas (no-breaks): os equipamentos PLC não podem ser ligados nestes.
No caso dos no-breaks, a saída da rede elétrica é isolada, e nos filtros de linha as altas freqüências são bloqueadas, o que impossibilita o funcionamento da rede.
A interferência da PLC ocorre na faixa de 1,6 a 30 MHz, principalmente nos equipamentos de comunicação das forças armadas e no controle de tráfego aéreo. O fato é que estudos devem ser feitos para que exista uma recomendação para o uso da PLC em locais próximo a aeroportos, unidades militares, portos, etc. O uso irregular da PLC pode trazer sérios problemas para o serviço móvel aeronáutico e controle de tráfego aéreo que usam a faixa de HF para estabelecer seus enlaces de comunicações.

Toda comunicação do PLC é criptografada. Alguns protocolos como o HomePlug 1.0 utilizam criptografia DES de 56 bits. Os dados estão sempre em rede local porque esta tecnologia não ultrapassa a caixa elétrica da casa. Contém de fato muito mais segurança do que o Wi-Fi, que pode ser visível pelos vizinhos e que necessita uma identificação por usuário e senha.

Referências

http://www.teleco.com.br/plc.asp
http://www.arrl.org
http://www.arrl.org/tis/info/HTML/plc/files/C63NovPLC.pdf

Quero so ver se um dia isso entrar em funcionamento, molecada empinando pipa vao derrubar internet de muita gente hahaha

A idéia é antiga, quando eu fiz Eletrotécnica em 97 meu professor já falava que existiam coisas do genero transmissão de dados sob onda senoidal da rede eletrica e ele disse que isso já tinha usado até na II guerra.

Transmissão de dados via rede elétrica existe desde 1837, nos tempos de Samuel Morse e seu telégrafo elétrico.

Transmissão de dados via rede elétrica existe desde 1837, nos tempos de Samuel Morse e seu telégrafo elétrico.[/quote]

Bom é que no GUJ aprendemos um pouco de história também…rs
Viva a evolução, mesmo que meio lenta, já que essa possibilidade existe a tantos anos…

:roll: