Lei de incentivo a aplicativos nacionais entra em vigor

Deveriam ganhar visibilidade por serem bons e não pelo simples fatos de serem nacionais.

Bom, a lei está aí em vigor.
Foi aprovada pelo congresso e sancionada pela presidente.
Vamos ver no que dá.

Deveriam ganhar visibilidade por serem bons e não pelo simples fatos de serem nacionais.[/quote]

Tipo, o cinema nacional mesmo com bons filmes tem dificuldades de ter visibilidade, muito por sentimento de vira lata dos brasileiros ou pela imagem que tinha antes. Em um país ideal tu tem razão, mas a realidade do Brasil é outra, se valoriza muito mais o que vem de fora do que é criado aqui, e infelizmente a nossa realidade economica faz que seja importante incentivos a produção cultural em nosso país.

O EUA por exemplo, lá só os bons tem visibilidade, os ruins são mandados para cá, mas lá eles tem uma estrutura muito grande em volta da produção cinematográfica.

A verdade é que se não fosse a ajuda do governo, muitos filmes bons feitos aqui nunca teriam conseguido a audiência que conseguiram.

edit: Mas novamente, é uma situação diferente desta que querem fazer com os aplicativos.

[quote=A H Gusukuma]Bom, a lei está aí em vigor.
Foi aprovada pelo congresso e sancionada pela presidente.
Vamos ver no que dá.[/quote]

É por ai, vamos ver no que vai dar.

[quote=marcosalex][quote=ViniGodoy]
O cinema nacional era protegido mesmo na época do pornô chanchada. E continuou protegido nos anos seguintes, onde só havia filmes muito cult, mas que ninguém queria assistir.

O que revitalizou o cinema nacional foi justamente o contrário. Com a diminuição do incentivo, muitos produtores se viram obrigados a fazer filmes que agradassem ao público e que dessem lucro. Ampliaram as parcerias com empresas, que tem interesse no sucesso do filme - entrando dinheiro privado na jogada.
[/quote]

Onde diminuiu o incentivo? O governo aumentou a cota de filmes nacionais que deveriam passar nos cinemas, na tv a cabo e aumentou o financiamento da lei rouanet para produções que o ministério da cultura considerasse adequado.[/quote]

Eles mudaram algumas coisas:

  • Antes a maior parte do dinheiro era de incentivo direto, a fundo perdido. Hoje, vem de financiamentos e incentivos fiscais (que é o caso inclusive da Lei Rouanet). Isso cria um compromisso do investidor;
  • A maior parte dos filmes bons atualmente vem da Produtora Globo, que é uma empresa privada e tem interesse em sucesso de bilheteria - além de outras parcerias publicas;
  • Em momento nenhum eu disse que o incentivo deixou de existir. Mas foi a mudança da forma. Num caso, era extremamente protecionista, e não havia do produtor o compromisso com a bilheteria. Hoje, esse compromisso existe.

Há sim, bons exemplos de incentivos pelo governo. E, inclusive, defendi outras formas de incentivo que não a colocação direta de aplicativos no mercado. É estúpido o governo jogar filmes nacionais na minha TV, só por serem nacionais. Melhor mesmo, é o governo estimular que a indústria do cinema cresça, para fazer filmes que eu queira assistir (como é o caso que acontece hoje). Os Brasileiros foram assistir tropa de elite porque quiseram, alugaram porque quiseram e as TVs a cabo colocaram o filme antes mesmo da lei obrigar porque dava audiência.

O mesmo deveria valer para o software. As leis deveriam estimular a produção, não simplesmente impor o software.Deveriam facilitar para quem quer empreender nesse mercado. Mesmo com essa lei, continua sendo arriscado e difícil emplacar um software, só pela burocracia que temos para abrir empresas, contratar, pagar impostos e manter o empreendimento funcionando.

Mas é como o colega disse. Agora a lei já existe, vamos ver no que dá.

[quote=ViniGodoy][quote=marcosalex][quote=ViniGodoy]
O cinema nacional era protegido mesmo na época do pornô chanchada. E continuou protegido nos anos seguintes, onde só havia filmes muito cult, mas que ninguém queria assistir.

O que revitalizou o cinema nacional foi justamente o contrário. Com a diminuição do incentivo, muitos produtores se viram obrigados a fazer filmes que agradassem ao público e que dessem lucro. Ampliaram as parcerias com empresas, que tem interesse no sucesso do filme - entrando dinheiro privado na jogada.
[/quote]

Onde diminuiu o incentivo? O governo aumentou a cota de filmes nacionais que deveriam passar nos cinemas, na tv a cabo e aumentou o financiamento da lei rouanet para produções que o ministério da cultura considerasse adequado.[/quote]

Eles mudaram algumas coisas:

  • Antes a maior parte do dinheiro era de incentivo direto, a fundo perdido. Hoje, vem de financiamentos e incentivos fiscais (que é o caso inclusive da Lei Rouanet). Isso cria um compromisso do investidor;
  • A maior parte dos filmes bons atualmente vem da Produtora Globo, que é uma empresa privada e tem interesse em sucesso de bilheteria - além de outras parcerias publicas;
  • Em momento nenhum eu disse que o incentivo deixou de existir. Mas foi a mudança da forma. Num caso, era extremamente protecionista, e não havia do produtor o compromisso com a bilheteria. Hoje, esse compromisso existe.

Há sim, bons exemplos de incentivos pelo governo. E, inclusive, defendi outras formas de incentivo que não a colocação direta de aplicativos no mercado. É estúpido o governo jogar filmes nacionais na minha TV, só por serem nacionais. Melhor mesmo, é o governo estimular que a indústria do cinema cresça, para fazer filmes que eu queira assistir (como é o caso que acontece hoje). Os Brasileiros foram assistir tropa de elite porque quiseram, alugaram porque quiseram e as TVs a cabo colocaram o filme antes mesmo da lei obrigar porque dava audiência.

O mesmo deveria valer para o software. As leis deveriam estimular a produção, não simplesmente impor o software.Deveriam facilitar para quem quer empreender nesse mercado. Mesmo com essa lei, continua sendo arriscado e difícil emplacar um software, só pela burocracia que temos para abrir empresas, contratar, pagar impostos e manter o empreendimento funcionando.

Mas é como o colega disse. Agora a lei já existe, vamos ver no que dá.[/quote]

Dentre todas, eu acho que essa é a melhor forma (tirando provavelmente os apps indicados pelo governo).
As empresas beneficiárias tem que investir em inovação e pesquisa, vai ganhar isenção nos produtos, o usuário vai ter um produto mais acessível, os desenvolvedores terão mais alternativas para disponibilizar seus aplicativos, ou as empresas vão produzir seus próprios aplicativos (ou encomendar). É todo um ecossistema que é incentivado.

É claro que eu gostaria de um projeto de política de desenvolvimento para o país como um todo, um projeto de estado e não de governo. Algo para ser alcançado em etapas, mas, de longo prazo. Independentemente do governo do momento.

[quote=kmunga]Eu acho que em alguns casos a obrigatoriedade de uso de produção nacional é benéfico, o cinema nacional por exemplo, evoluiu muito com a possibilidade de maior divulgação na mídia, antes disso o nosso cinema se resumia em pornografia ou coisas do gênero, agora temos filmes de muita qualidade.

Mas neste caso especifico acho demais, ainda mais se tratando de ser obrigado a acatar “sugestões” de aplicativos do governo. [/quote]

Isso não é incompatível com a ideologia de “governo mínimo” que vc defendia em outro tópico? Talvez vc acha que produção de filmes e apps pra smartphones são consideradas áreas essenciais para o governo?

Deveriam ganhar visibilidade por serem bons e não pelo simples fatos de serem nacionais.[/quote]

Em teoria concordo com você, mas na prática é bem diferente. Muitas boas produções vão ser julgados sem nem serem vistas, salas de cinema talvez nem a exibissem e várias outras dificuldades.

E esse não é um problema exclusivo, várias áreas enfrentam. Tanto que em todo país existem áreas que precisam de apoio e leis incentivando ou dificultando pros concorrentes pra equilibrar o mercado, inclusive nos EUA. O problema no Brasil é que geralmente passam da conta, exageram nos incentivos e mais atrapalham que ajudam, criando reserva de mercado. Não sei até que ponto essa lei de aplicativos vai chegar, pelo menos não obriga a virem instalados, basta apenas uma ‘vitrine’ para os aplicativos, que podem estar em qualquer loja. E os primeiros aplicativos não vi nada demais, alguns até os tenho instalado.

Deveriam ganhar visibilidade por serem bons e não pelo simples fatos de serem nacionais.[/quote]

Em teoria concordo com você, mas na prática é bem diferente. Muitas boas produções vão ser julgados sem nem serem vistas, salas de cinema talvez nem a exibissem e várias outras dificuldades.

E esse não é um problema exclusivo, várias áreas enfrentam. Tanto que em todo país existem áreas que precisam de apoio e leis incentivando ou dificultando pros concorrentes pra equilibrar o mercado, inclusive nos EUA. O problema no Brasil é que geralmente passam da conta, exageram nos incentivos e mais atrapalham que ajudam, criando reserva de mercado. Não sei até que ponto essa lei de aplicativos vai chegar, pelo menos não obriga a virem instalados, basta apenas uma ‘vitrine’ para os aplicativos, que podem estar em qualquer loja. E os primeiros aplicativos não vi nada demais, alguns até os tenho instalado.[/quote]

Os EUA forte que todos conhecem e que imagino vc esteja se referindo é do mercado livre e competitivo. A promessa de equilíbrio de mercado, que é a grande mentira da Escola keynesiana, é uma invenção recente de globalistas que querem minar os paises, e implementar um sistema economico mundial que pode ser controlado por meia dúzia de famílias.

Deveriam ganhar visibilidade por serem bons e não pelo simples fatos de serem nacionais.[/quote]

Em teoria concordo com você, mas na prática é bem diferente. Muitas boas produções vão ser julgados sem nem serem vistas, salas de cinema talvez nem a exibissem e várias outras dificuldades.

E esse não é um problema exclusivo, várias áreas enfrentam. Tanto que em todo país existem áreas que precisam de apoio e leis incentivando ou dificultando pros concorrentes pra equilibrar o mercado, inclusive nos EUA. O problema no Brasil é que geralmente passam da conta, exageram nos incentivos e mais atrapalham que ajudam, criando reserva de mercado. Não sei até que ponto essa lei de aplicativos vai chegar, pelo menos não obriga a virem instalados, basta apenas uma ‘vitrine’ para os aplicativos, que podem estar em qualquer loja. E os primeiros aplicativos não vi nada demais, alguns até os tenho instalado.[/quote]

Os EUA forte que todos conhecem e que imagino vc esteja se referindo é do mercado livre e competitivo. A promessa de equilíbrio de mercado, que é a grande mentira da Escola keynesiana, é uma invenção recente de globalistas que querem minar os paises, e implementar um sistema economico mundial que pode ser controlado por meia dúzia de famílias.
[/quote]

++
(já fico imaginando a quantidade de pessoas que devem achar que isso é teoria da conspiração)

[quote=Rodrigo.Rocha][quote=kmunga]Eu acho que em alguns casos a obrigatoriedade de uso de produção nacional é benéfico, o cinema nacional por exemplo, evoluiu muito com a possibilidade de maior divulgação na mídia, antes disso o nosso cinema se resumia em pornografia ou coisas do gênero, agora temos filmes de muita qualidade.

Mas neste caso especifico acho demais, ainda mais se tratando de ser obrigado a acatar “sugestões” de aplicativos do governo. [/quote]

Isso não é incompatível com a ideologia de “governo mínimo” que vc defendia em outro tópico? Talvez vc acha que produção de filmes e apps pra smartphones são consideradas áreas essenciais para o governo?[/quote]

Eu nunca defendi a ideia de governo minimo, só não concordo com o governo máximo. E acho que alguns casos, como diz nossa constituinte, as vezes é preciso fazer o desigual para gerar igualdade.Sendo a produção nacional incapaz de competir com o produto norte americano é necessario algum tipo de proteção. Isso não é exclusividade de países pobres ou super estados, o próprio Estados Unidos faz isso tambem. Lá existe uma série de cotas e obrigatoriedades.

[quote=kmunga]
Eu nunca defendi a ideia de governo minimo, só não concordo com o governo máximo. E acho que alguns casos, como diz nossa constituinte, as vezes é preciso fazer o desigual para gerar igualdade.Sendo a produção nacional incapaz de competir com o produto norte americano é necessario algum tipo de proteção. Isso não é exclusividade de países pobres ou super estados, o próprio Estados Unidos faz isso tambem. Lá existe uma série de cotas e obrigatoriedades.[/quote]

É exatamente o que penso.

Eu estou questionando apenas a forma. A forma adotada é autoritária, entre os próprios desenvolvedores brasileiros. Não é fácil aplicar um software na tal loja, há um processo seletivo, cujos critérios são igualmente duvidosos. Há controle do estado sobre o que entre, o que sai e o que não entra na loja.

Por mim, a proteção deveria vir na forma do estimulo à indústria: desburocratização do processo, redução de impostos para os desenvolvedores de software, redução do risco, acesso a planos como micro-empreendedor invidividual e simples para informática.

Continua sendo complexo, arriscado e caro empreender na área.

A lei não visa estimular a indústria de software, mas realmente dar o subsídio para a de hardware. O software foi só uma desculpa, um pretexto - provavelmente porque os aplicativos do governo estão sendo feitos por gente de dentro do governo mesmo.

[quote=ViniGodoy]
(…)provavelmente porque os aplicativos do governo estão sendo feitos por gente de dentro do governo mesmo.[/quote]

[troll on]Galinha pintadinha e boa lista sendo feito dentro do governo? :slight_smile: [troll off]

[quote=kmunga]
Eu nunca defendi a ideia de governo minimo, só não concordo com o governo máximo. E acho que alguns casos, como diz nossa constituinte, as vezes é preciso fazer o desigual para gerar igualdade.Sendo a produção nacional incapaz de competir com o produto norte americano é necessario algum tipo de proteção. Isso não é exclusividade de países pobres ou super estados, o próprio Estados Unidos faz isso tambem. Lá existe uma série de cotas e obrigatoriedades.[/quote]

Seu argumento sobre os EUA é fraco por que não discute o que levou hollywood surgir, certamente não foram as idéias socialistas que vc esta sugerindo no seu post. Só pra ficar claro, o que vc esta dizendo é que o brasileiro optou pelo produto americano e vc defende criar reserva de mercado pra proteger os donos da globo filmes. kkk

Alguns casos isso nem cola sério, app pra smartphone? tem um monte de app brasileiros popular, não existe “ameaça” nenhuma de “invasão” americana nesse mercado, apenas algumas pessoas querendo estreitar relação com executivos da área, sabe comé, eleições chegando, políticos ficam desesperados pra fazer “negócio”. lol

Eu vou fazer o seguinte: ano que vem lanço vários aplicativos que estão na minha lista de ideias!
Vamos ver…

Já que comentaram, sou a favor do estado mínimo. O governo Brasileiro é mestre em burocratizar processos para poder criar benefícios.
Esta lei de incentivo a aplicativos nacionais só é uma forma de criar lobby e aumentar sua receita. Incrível como em pleno 2014 existem pessoas que ainda pensam em manter o estado como regulamentador do mercado.

[quote=ViniGodoy]Eu estou questionando apenas a forma. A forma adotada é autoritária, entre os próprios desenvolvedores brasileiros. Não é fácil aplicar um software na tal loja, há um processo seletivo, cujos critérios são igualmente duvidosos. Há controle do estado sobre o que entre, o que sai e o que não entra na loja.

Por mim, a proteção deveria vir na forma do estimulo à indústria: desburocratização do processo, redução de impostos para os desenvolvedores de software, redução do risco, acesso a planos como micro-empreendedor invidividual e simples para informática.

Continua sendo complexo, arriscado e caro empreender na área.

A lei não visa estimular a indústria de software, mas realmente dar o subsídio para a de hardware. O software foi só uma desculpa, um pretexto - provavelmente porque os aplicativos do governo estão sendo feitos por gente de dentro do governo mesmo.[/quote]

Estimular indústria de software não é o tipo de coisa que vc consegue com o pensamento de curto prazo demonstrado pelos políticos do nosso governo.

É a mais a cara dos socialistas do PT e PSDB reunir meia dúzia de empresas que usam software pra vender hardware e fechar um acordo com eles.

Eu fico com o meio termo, deixar tudo com o “mercado” dá no problema de 2008, fazer como no Brasil, dá no que temos hoje e não vislumbro melhoria no curto/médio/longo prazo!

Enquanto nos outros países discute-se os problemas atuais do mundo, toda discussão política no Brasil resume-se a capitalismo x socialismo.

Chegamos nesse ponto, já podemos trancar o forum de tocar a vida.