Licenças (GPL, LGPL, etc...)

Depois de ler o tópico sobre bancos de dados open source e a “revelação” de que o mySQL não pode ser distribuído em aplicações comerciais, gostaria de saber dos amigos do fórum se conhecem algum artigo que detalha as suas características e limitações.

MySQL pode ser distribuido em aplicações comerciais sim, basta voce cumprir as regras da GPL, ou seja, disponibilizar o fonte de todo software que for linkado a software GPL, oq em java +/- significa tudo que rodar na mesma JVM.

Nada te impede de vender 1 cd com mysql por 10.000 reais, pq a licensa te permite. Ou ainda incluir mysql no teu pacote de software delphi que so usa ODBC.

Para maiories informações: www.opensource.org

Valeu!

Aproveitando a deixa do tópico, queria saber daqui quem trabalha e faz ‘upsourcing’ de bug fixes ou modificações em OSS? A a empresa suporta isso? Alguem aqui trabalha com OSS, alem do pessoal do JBanana?

Realmente, vale a pena uma lida no site da OpenSource Initiative (http://www.opensource.org). Lá tem todas as licenças disponíveis pra baixar e ler, e mais alguns artigos informativos sobre o assunto.

Uma coisa que o louds disse e que, se eu entendi bem, está errada, é que o software GPL só “contamina” software que altera ou linka diretamente para software GPL. Um exemplo seria um kernel do Linux modificado para rodar em uma nova família de processadores. No caso do Java, seria estender o GNU Trove (ótima API de collections) para lidar com um novo tipo de dados ou usar um algoritmo diferente. Nestes casos, sua implementação DEVE ser lançada com a mesma licença (GPL), caso seja distribuída. Se é pra você mesmo, e você não vai comercializar a implementação, não há a necessidade de se fazer o release.

A maioria das bibliotecas Java, no entanto, que usa licenças OpenSource, não usa a GPL, e sim a LGPL ou outras licenças (BSD, Apache).

Eu trabalho, e costumo sempre ao menos colaborar com os desenvolvedores do projeto que estou usando, mesmo que não seja com código - muitas vezes, até tirar dúvidas nas mailing lists já é uma ajuda enorme :slight_smile:

A GPL só exige que alterações ou software ‘contaminado’ sejam disponibilizados somente se forem distribuidos para terceiros, se ficar interno a sua empresa não tem problema.

Existe alguns mitos como quem modificou o fonte deve arcar com os custos de disponibilização, vc pode disponibilizar apenas via correio e ter a postagem paga pelos destinatarios, porem ela deve ser justa e não discriminatoria, nada de cobrar 1.000.000 de postagem.

eheheh … então sou um grande colaborador :lol:

Eu já contribui para o Horde (www.horde.org) com uma implementação de FTP para AS/400 mas não entrou no pacote, acho que ficou muito ruim :oops:

Fora isso eu costumo ficar só nos bug-fixes mesmo, coisas de memória ou especificas para o ambiente que trabalho (AS/400 ou HP-UX64) … mas só em projetos C/C++ (libconfuse e fget)

Os caras são meio chatinhos, ou eu sou muito viajante :roll: , mas não são muito receptivos pelo menos destes projetos.

A GPL ( que pessoalmente nao gosto e nao uso, nos meus dois projetos OpenSource ) permite que voce cobre o que bem desejar pelo programa, desde que disponibilze o source-code em algum lugar bem “visivel” ( e nao no ftp obscuro da empresa, por exemplo ).
O Stallman fala disse ainda que voce nao eh obrigado a disponiblizar o codigo-fonte de cara, mas se alguem pedir, voce tem que fornecer.

Por isso que, pessoalmente, prefiro a BSD.

Rafael

Sem querer começar 1 flamewar, mas BSD é bom só pra quem quer usurpar do trabalho dos outros.

Gosto da GPL ou da OPL pois não permitem que alguem tire proveito do projeto sem dar algo em retorno para os criadores.

Porem acho errado usá-las com bibliotecas, nesse caso a LGPL é a licensa ideal, pq deixa de ser viral, mas ainda protege o trabalho original.

Outro modelo que acho bem legal é o da alladin, que faz o ghostscript, que garante uso pessoal irrestrito, porem não é válida para uso comercial (exige adquirir 1 licensa paga)

Nao veja pelo lado de “usurpar” o trabalho alheio. Eu quero que usem o que crio, nao quero o codigo fonte dos programas criados com base no meu trabalho. Simples.

Rafael

Bom, eu quero ter acesso a melhorias ou modificações feitas num software que desenvolvi, pq essa é forma de ‘pagamento’ para o uso de OSS.
Por isso que falei que não acho legal usar GPL para bibliotecas, mas sim LGPL.

LGPL apenas exige que modificações à biblioteca sejam distribuidas.

Open Source só funciona quando ambos os lados aceitam a parte do “Open”.

Bom, logicamente eh uma questao de preferencia. Se voce prefere a X ao inves da Y, pra mim nao faz diferenca, cada um escolhe a que achar melhor. Esse lance de “X eh melhor que Y” eh puramente tendencioso.
O lance eh usar a que mais gostar :slight_smile:

Em relacao ao “Open Source só funciona quando ambos os lados aceitam a parte do ‘Open’”, eu discordo um pouco.
A minha lib sob licensa BSD funciona muito bem no esquema open source. Varias pessoas mandam patches, sugestoes e novas funcoes, e eh mto legal receber emails de pessoas agracedendo pelo teu trabalho.
Isso compensa mais do que qualquer outra coisa ( bom, eu preferiria receber montes de dinheiro, mas… hehehe )

Rafael

Louds, vc acha que se a intenção do cara é chupinhar o código fonte, ele vai respeitar a licença, qualquer que seja? :slight_smile:

No final das contas, tanto faz! O único problema que eu vejo com a LGPL é que, ao tentar manter o código sempre aberto, ela se torna um tanto hostil com as empresas. Se eu implemento uma funcionalidade nova animalesca no Prevayler (que é LGPL), e se eu quiser vender isso, eu não posso. Justo ou não, é hostil, de qualquer forma.

Alguns “guarda-chuvas”, como a Jakarta, OpenSymphony e CodeHaus, não aceitam software com licença (L)GPL, exatamente por esse motivo.

O cara que resolva com meus advogados. hehehehe

Voce pode vender ainda assim, so que precisa disponibilisar o fonte.
Eu penso da seguinte forma, se a comunidade do prevayler ja te deu o prevayler de graça, pq somente você vai poder tirar vantagem disso, e todos aqueles que trabalharam pra vc sem cobrar nada? Mais 171 que isso so comprando megasena premiada alí no terminal santo amaro…

O problema das empresas com OSS é que a maioria tenta ganhar dinheiro diretamente com o software, ao contrario do modelo que vem se provando extremamente viavel, que é o de agregar valor atravez de produtos e serviços laterais. Um bom exemplo é a Ximian, que bancou quase todo desenvolvimento do Evolution, ela ganha dinheiro vendendo um componente que permite conectar o evolution a servidores exchange.