Com a cabeça mais fria, gostaria de acrescentar mais alguns comentários sobre o que vi.
Eu sei que o Maker está fazendo algum sucesso por aí, no entanto, tenho de desabafar: ainda estou CHOCADO com a apresentação que assisti no dia 20/5. O sistema apresenta o pior custo/benefício que já vi na minha vida.
E é engraçado lembrar de alguns detalhes desta reunião:
Escalabilidade, tal como apresentada, por exemplo, dizia respeito a implementar um fluxograma para ser executado no servidor, e outro no cliente. E só.
Ao perguntar do porquê de não haver uma versão demo, recebi a seguinte resposta: “porque a Softwell não acredita em versões demo. Se eu te desse uma versão demo, e você fosse pra casa com ela, ficaria lá fuçando no software como um todo e não entenderia nada”. Ou seja, resposta esta que contradiz a proposta do sistema, que consiste justamente na facilidade de uso.
E o mais bacana: ao final da demonstração, o responsável pela parte comercial tipo que deu uma pressionada, com aquele papo: “bom, nós estamos aqui para vender. A empresa vai querer comprar o software?”. Postura beeem diferente da habitual, que consiste simplesmente em dizer “tchau” e ficar esperando pela resposta do cliente (ou então ligar alguns dias depois para saber o que acharam do mesmo).
O que me faz pensar um pouco a respeito da durabilidade deste produto. Sendo tão mal vendido, não acredito que a empresa responsável por seu desenvolvimento vá conseguir sobreviver no mercado. Ainda mais quando comparamos o preço do mesmo com as alternativas open source que temos hoje, como o Grails, Ruby on Rails, etc que, de fato, ampliam a nossa produtividade mas geram aplicações com uma arquitetura anos luz à frente daquela que vi na apresentação.
Analisando o site da Softwell, há outro ponto muito engraçado: há uma chamada de todo o tamanho dizendo que a info Exame disse que o Maker é o melhor ambiente de desenvolvimento para aplicações corporativas.
http://www.softwell.com.br/PaginaAction?pagina=Noticia29 No entanto, a info Exame não é uma revista especializada em desenvolvimento! Convenhamos, só o argumento que citei do custo/benefício já invalida esta matéria. Imaginem: o Maker nesta matéria é dado como superior ao VISUAL STUDIO (detalhe: o Visual Studio custa R$ 2300)! Resumindo: mostra que quem escreveu a matéria, não sabe o que está falando.
Aliás, se fosse para gastar dinheiro MESMO, acho que ao invés de comprar esta IDE (porque no final das contas, o Maker é uma IDE, não há uma linguagem Maker pelo que pude entender), com o preço dele, compraria alguns Macs. Com o preço de uma licença do Maker, posso comprar 4! Trocar os computadores dos desenvolvedores por Macs, ISTO sim aumentaria a produtividade