Mulheres ganham menos que os homens mas não creio em preconceito

Mulheres ainda ganham 73% do que os homens em recente pesquisa. Penso eu que elas não sabem negociar salário tão bem quanto nós. Não tem essa de preconceito contra as mulheres. Primeiro toda empresa tem plano de cargos e salários e estes cargos não tem sexo, segundo concurso publico também não faz distinção de sexo. Portanto mulheres, antes de aceitar trabalhar por qualquer ninharia pesquisem quanto é que o mercado paga para o seu cargo e isso não depende de sexo, se te oferecerem menos não aceite. Saiba negociar e deixem de choradeira, 90% do RH de empresa é de mulheres então porque elas iriam pagar mais pra um cara só porque ele é homem?

Cara, há preconceito, e bruto.

Perguntas comuns feitas a mulheres: “e ai? Pretende ter filhos? Se sim, qual a previsão?”
Automaticamente dependendo da resposta a candidata é cortada fora.

E quer ver como o preconceito é arraigado e muitas vezes a gente nem percebe? Repara no que você postou: “Penso eu que elas não sabem negociar salário tão bem quanto nós. Não tem essa de preconceito contra as mulheres.”

Reparou como sem querer você simplesmente as massificou com este comentário? Então sim: há preconceito, o que não há é coragem no mercado de tratar de frente o problema.

1 curtida

Do ponto de vista frio e de números, há algumas questões a serem levadas em conta:

  • Mulheres faltam mais ao trabalho por causa dos filhos. E tiram mais dias fora da empresa quando os tem;
  • Mulheres muitas vezes optam por carreiras com carga horária menor para cuidar da família;
  • Mulheres muitas vezes abandonam suas carreiras para criar seus filhos até que atinjam alguns anos de idade. Ao retornarem ao mercado, irão certamente ganhar menos que um homem que não fez isso.
  • A testosterona, hormônio masculino, está diretamente ligada ao comportamento de assumir riscos. Geralmente, homens são investidores mais agressivos.
  • Em todo o mundo, mulheres optam por carreiras de educação infantil, linguísticas e sociais. Homens sentem afinidade com áreas exatas. A França já tentou inverter esse quadro, sem sucesso. Há também pesquisas que comprovam que essa tendência se aplica até mesmo a bebês (homens demoram mais a aprender a falar e se ligam mais à coisas do que a pessoas).

Tudo isso, contribui para redução do salário médio - e algumas dessas causas sequer estão ligadas a preconceito, mas a escolhas individuais.

Já vi pesquisas que apontam que mulheres executivas que optam por não ter filhos, e tem perfil de investimento mais agressivo, ganham tão bem quanto homens.

A argumentação está no sentido dessas coisas serem realmente “opções individuais” das mulheres ou não.
Afinal, a sociedade não só precisa de filhos, como também muitas vezes o homem não auxilia o quanto deveria a mulher em sua criação.

Entretanto, porque recai totalmente à mulher a necessidade criar os filhos? Por opção própria ou por preconceito? E até que ponto, esse preconceito não é também da própria mulher?
Ou não seria isso uma necessidade biológica inata? (afinal, observamos mulheres criando filhos em espécies de animais também)

Todas são questões extremamente subjetivas. E isso torna esse tópico extremamente inflamável.

Na minha opinião, sim, existe preconceito. Não duvido que há homens que efetivamente achem mulheres inferiores.

Mas não creio que ele, na sociedade atual, seja explicação suficiente para a diferença salarial (uma parcela dela sim, mas não toda).
E acho que a tendência é que esse preconceito diminua cada vez mais ao longo dos anos.

[quote=kicolobo]Perguntas comuns feitas a mulheres: “e ai? Pretende ter filhos? Se sim, qual a previsão?”
Automaticamente dependendo da resposta a candidata é cortada fora.[/quote]

A questão é. Você é o patrão. Tem orçamento limitado e está numa empresa média.
Você arriscaria ter em mãos um funcionário que pretende se ausentar da empresa por 2 meses, não produzir, não poder ser substituído, e você ainda ter que paga-lo durante esse período?

E se seu projeto tem duração de 2 anos, você está contratando um líder de projeto, e ela diz que pretende ter o filho em aproximadamente 1 ano.
Vai topar o risco de ficar sem seu líder praticamente nas etapas cruciais, nem no final do seu projeto?

Até que ponto isso é preconceito, e até que ponto é simplesmente uma escolha lógica?

O questionamento pode não estar na capacidade da mulher, mas no fato concreto de que ela se ausentará do trabalho.
E até que ponto a sociedade não dar esse suporte também a empresa é preconceito?

Sua elucidação é interessante, Vinícius, mas ao mesmo tempo de ser uma questão inerente à mulher, é também, por assim dizer, uma questão cultural. Ou seja, as profissões mais “delicadas”, mais “simplistas” e que exigem menos “selvageria” foram atreladas às mulheres mais por questão cultural do que eminentimente biológica e genética.

Nós, homens, ainda tendêmos a pensar que as mulheres são estritamente delicadas simplesmente porque assim as são, mas de fato, há muito da questão cultural, e tanto é assim que Regina Lins em um de seus livros explica que as mulheres na idade média eram mais “insensíveis” às adversidades da natureza (morte, solidão, violência, filhos, crimes, etc.) ao passo de quando um filho pré-maturo morria, a dor provocada era quase icólume.

De fato, a nossa sociedade mudou, e no século XIX e meados do séc. XX, as mulheres foram designadas quase que exclusivamente como donas de casa; única profissão avulsa permitida era a de professora. Elas mesmo embuia o idearium machista vigente, e portanto, se achavam frágeis, a procura de um príncipe e que devem ser protegidas 100% do tempo.

Porém, há a questão biológica que não dá para escapar: mulher engravida, sofrem (no sentido de alterações) mais com os processos hormonáis e fisicamente tendem a ter menos resistência aos exércicios que demandam de uma maior estrutura e força física.

P.S.: Há uma referência, se não engano, do ano passado que o presidente da Erricson afirmou que as mulheres devem ganhar menos porque são elas as portadoras dos filhos e devem amamentá-los.

O preconceito vai além da questão salarial, principalmente em TI.

Com isso eu concordo ainda mais.

Como eu falei acredito que haja mesmo preconceito, só não acredito que ele seja o único culpado pela questão salarial. Entretanto é fácil imagina-lo nas relações entre colegas de trabalho, pois colegas são mais numerosos do que chefes… e muitas vezes mais chucros também.

Na empresa onde trabalho, se a mulher tiver a mesma competência de um desenvolvedor homem e cumprir as mesmas cargas horárias, o salário será o mesmo. As questões que o Vini levantou são importantíssimas.

Mulher não receber o mesmo salário de homem além de ser preconceito, é absurdamente ridículo.

Além de um pensamento do século passado, é um pensamento burro. Há várias artigos incentivando a diversidade e a contratação de mulheres nas empresas para o aumento da produtividade e competitividade . Aqui seguem dois:

Exemplos de executivas de sucesso:

http://money.cnn.com/magazines/fortune/fortune500/2011/womenceos/

E pra você que acha que Informática é coisa pra homem, veja essa apresentação

É triste ver gente pensando dessa forma ainda (e gente que é respeitada aqui no GUJ). Eu NUNCA trabalharia pra uma empresa em que as mulheres são discriminadas. Aceitar que paguem menos para as mulheres, é preconceito. É omissão. Vale aquela frase do Einstein “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.”

Se omitir ou aceitar isso, não te faz melhor de quem paga o salário menor pra mulher.

Pensando de que forma? Em momento nenhum disse que concordo ou que acho que mulheres merecem ganhar menos. Nem que são incapazes. Seria uma leviandade dizer isso pois uma das programadoras mais brilhantes que já conheci é mulher.

A unica coisa que disse é que não é apenas o preconceito que explica uma média salarial mais baixa.
Eu sempre apoiei equipes mistas e só não tenho mais mulheres no time (além da chefe e da designer) porque nunca apareceram para uma entrevista.

O argumento da licença gravidez que usei acima explica a visão de muitos gerentes que pensam em curto prazo. Mas definitivamente, não é minha visão.

Olha, sinceramente, todo mundo tem e recebe seus preconceitos.

Existem preconceitos contra negros, baixinhos, feios, gordos, caipiras, ricos, gringos, mulheres, nerd, corinthianos etc.

No final das contas, eu acho que é o “ema ema ema, cada um com seus problemas”. Acho que as pessoas acabam pensando muito em ficar apontando os preconceitos sendo que será muito difícil eles desaparecerem. Quando falamos em mulheres, eu acho que elas tem um papel fundamental no crescimento cultural de empresas de TI, pois trarão diferentes pontos de vistas para solução de problemas e elas também possuem outras qualidades quanto a solução de problemas: dedicação, empenho e qualidade de seviço. Essa é a experiência que eu tive no decorrer dos anos quando trabalhei com mulheres. Entretanto, estou sendo preconceituoso também, porque toda mulher que vier trabalhar comigo, vou esperar que elas sejam tão boas quanto as que eu conheci.

É estranho, mas como praticamente tudo que fazemos na vida tem um “pré-conceito”.

Só que eu acho que essa discussão é… pífia. Discutir que mulheres recebem mais do que homens é a mesma coisa que discutir a tabela salarial que aparece na revista Info. Quem está no mercado mesmo sabe que as coisas não funcionam assim e que terão mulheres que ganham salários tão altos como se fossem homens.

Na real, eu odeio essa separação. Homens x mulheres, igual negro x branco ou baiano x gaúcho. São todos profissionais, os clientes querem soluções e não importa quem fez. Os salários negociados não tem nada a ver com esse tipo de coisa. Não é porque meia dúzia de mulheres aceitou um emprego com valor mais baixo que “mulheres não sabem negociar”. O fato é que ESSAS MULHERES aceitaram o salário mais baixo, como tem HOMENS que também aceitam trabalhar por menos ainda, nas nenhum deles representam o mercado como um todo. Podemos dizer que as pessoas “acima da média” saberão negociar melhor. Isso vai de cada um e não de um grupo étnico/regional/gênero específico.

O preconceito existe mesmo, e aqui da pior forma que é a “velada”. Ninguém olha para você e te diz na cara o que pensa, mas te ataca pelas costas de dentro de uma empresa, ou até mesmo sendo atendido em uma simples loja ou bar. “Brasileiro” é preconceituoso e corrupto, isso porque veio de muito tempo se integrando na nossa cultura.

A mulher também é vítima desse preconceito, mas não apenas ela. Pessoas em uma posição social mais baixa também(aliás acho esse o pior dos preconceitos).

É muito fácil falar que as mulheres aceitaram ganhar menos. É muito fácil falar que esse tipo de coisa não tem nada haver. É muito fácil pra gente que é homem.

É muito fácil rir de um comentário no corredor que a menina foi promovida, porque ela tem um caso com o chefe. É muito fácil, aceitar e achar normal. Ou fingir que não existe. O preconceito é “velado” mesmo.

E isso não existe ???

Acho que a questão que foi levantada é que discutir isso é chover no molhado, corrupção é independente de sexo/religião/raça, competência também, capacidade de negociação idem, etc.

Concordo com você que existem pessoas que se focam nesses problemas. Lembro-me que na faculdade uma colega passou dando pra um professor. Na cara dura e ainda se gabou disso.

Eu não liguei, sabia que lá na frente quem ia pagar o preço era ela, porém alguns colegas ficaram revoltados com a suposta “vantagem” que ela teve por ser mulher bonita.

Repito, eu não vou para o corredor ficar comentando da promoção de ninguém, nem pra ficar rindo da situação e muito menos pra ficar com inveja. Sei que ganho menos que alguns colegas que fazem menos que eu pela empresa, mas cobro pelo meu serviço o que acho justo pra mim.

O que precisamos é esse tipo de postura, trabalhar, incentivar o aprendizado constante e se preocupar menos com preconceitos e conversas de corredor. Se eu fosse dono de uma empresa, tentaria ao máximo promover a união da minha equipe e atitudes como essa de ficar rindo ou com raivinha da promoção dos outros, seria motivo de demissão.

Fico feliz de ver um colega ganhar aumento, seja ele homem, mulher, cristão, mulçumano, preto, branco, corinthiano, palmeirense, japonôes, ocidental, etc.

SE o mundo entendesse que somos todos pessoas (é só cortar a pele de duas pessoas e ver que o sangue é da mesma cor) independente de onde mora ou o que faz da vida. Certos assuntos e MUITOS TABÚS seriam desnecessários de serem discutidos.

Porém entendo o nível da discussão e acho que o mesmo está sendo bem debatido por todos. Que continue assim.

Abs []

Pessoal na minha humilde opinião, existe sim preconceito só que hoje em dia está muito menor! Só que é como o Viny falou nenhum empreendedor quer contratar e ficar pagando para a pessoa pra ficar em casa, a mulher se ausenta e muito comparada com as maiorias dos homens, como tbm para os homens existe uma certo preconceito na idade dos 17~19, porque o homem não tem o Certificado de Reservista do Quartel, vamos fazer um situação : a empresa te contrata( vc tem 18 anos sem o reservista ), assina sua carteira e vc se alista e começa a servir as forças especiais, ela vai continuar pagando seu salário até não sei quando, vc se fosse o empreendedor concordaria ? Aconteceu isso comigo, eu ia trabalhar numa distribuidora da itaiva no CPD só não fui pq não tinha o reservista !!

Essa é a mais pura vdd.
Sobre o salário especificamente, eu concordo com o Vini. Acho q é algo q engloba vários aspectos, não apenas preconceito. Mas msm assim as mulheres estão cada vez mais ganhando o seu espaço.

Sou cético quanto a essas pesquisas, será que estão comparando profissões ou cargos? Porque é muito fácil as pesquisas colocarem duas pessoas fazendo o mesmo trabalho, mas o homem é senior e a mulher é pleno. Tecnicamente fazem o mesmo trabalho, mas quem tem mais responsabilidade? Será que isso é levado em conta na pesquisa? Bem, eu não acredito muito em preconceito quanto a contratação de mulheres, o que vejo é um conflito entre uma escolha estratégica entre a melhor candidata que poderá se ausentar da empresa por 4 meses devido a gravidez, ou o segundo colocado, um homem que não se ausenta por períodos tão prolongados. Hoje em dia não há trabalho que só há homens fazendo.

Mas eu gostaria que alguém esclarecesse, porque as mulheres se aposentam antes dos homens, se elas vivem mais?

Essa é o tipo da diferença social que não vejo muitas querendo lutar para combater. :slight_smile:
Nem mesmo lutando para também serem obrigadas a servir o exército.

De qualquer forma, acho melhor lutarmos para nós também nos aposentarmos antes. 8)

tem uma tirinha no vidadesuporte.com.br que expressa bem isso…

Esses casos não são preconceito contra a pessoa em si, mas sim a velha questão da excessiva carga que sofrem aqueles que querem produzir e contratar no Brasil.
Nossa primeira reação é criticar quem deixa de contratar pessoas nessas situações, mas pensando bem quem aqui contrataria?