Bom dia a todos os membros desse forum,
Antes de mais nada, eu sou o tal “Microsoft slave” que escreveu o tal famigerado artigo que vocês estão criticando.
Devo confessar que estou um tanto perplexo com as reações causadas pelo meu artigo por aqui… Até voltei e dei uma lida de cima a baixo para entender melhor se eu tinha ofendido alguém, ou se fiz alguma declaração anti-qualquer-coisa que pudesse disparar tantas críticas.
Realmente não encontrei nada assim… Então porque essa raiva toda? Porque eu sou um “Microsoft slave”?
Talvez seja interessante explicar que nos 18 anos em que desenvolvo sistemas, trabalho com Microsoft tem apenas 6 (trabalhei com tudo um pouco antes disso), e já quase fui mandado embora de uma empresa por criticar o Visual Basic 5 e elogiado o Delphi enquanto dava um treinamento oficial da Microsoft nessa ferramenta. Esse foi um dos vários casos onde coloquei minha carreira em risco por falar mal da Microsoft. Mas, claro, vocês não tinham como saber…
Então às vezes ofende um pouco quando uma pessoa te rotula sem nem saber do seu passado, mas essas coisas acontecem… Entristece-me ver tecnologias sendo transformada em facções religiosas. Existe isso tanto lá no mundo Microsoft quanto em outras esferas.
Mas paciência… esse é um país livre, certo? Todos expressam o que pensam e vocês estão exercendo esse direito.
Só gostaria de fazer algumas observações, no intuito de evitar que o que eu escrevi seja distorcido, daí deixo a vocês a liberdade de me crucificar, se isso faz todos mais felizes.
1- Penso que todas as tecnologias têm os seus problemas, não vou ficar aqui contando os apuros que eu já vi a IBM passar com o Websphere, nem os que eu passei com Oracle, assim como vivo passando com Microsoft. Desenvovedor sofre com a tecnologia, e isso é universal. Mas quando uma arquitetura é mal feita, aí qualquer tecnologia desanda, isso também é universal.
2-Quando eu digo que a tecnologia não importa ao cliente, ela realmente não importa CONTANTO que o software funcione direito e seja fácil de usar e se gerenciar. Então por favor não me acusem de defender o desenvolvimento de software mal feito. Me incomoda ver o que eu disse sendo distorcido. No mínimo, isso não me parece ético.
2-Reinventar a roda com o objetivo de aprender é uma coisa, já reinventar a roda no meio de um projeto com prazo definido, budget apertado e uma enorme responsabilidade nas costas é outra. Nada contra criar bibliotecas próprias (eu vivo criando).
3-Jamais critiquei Design Patterns. Se isso não ficou claro no artigo, que fique claro aqui. E por favor: “Esse cara não entende nada de design pattern”… Sugiro o seguinte: Reclame do meu nariz, diga que minha cara é torta, mas por favor não critique o que você não sabe a meu respeito, é possível? Obrigado.
3.1-A Microsoft tem feito vários eventos só para discutir design patterns. Sim, ela está demonstrando um grande esforço para mudar… E vocês, estão dispostos a mudar também? 
4-Já solicitei a correção do nome da certificação, realmente estava errado, e inclusive coloquei um post no artigo agradecendo (não sei quem foi exatamente) por me avisarem disso.
5-Remoting é excelente! Conheço muita gente que usa e assino embaixo! Leia novamente o artigo e verá que não estou dizendo que ele não tem performance. Só não concordo com um argumento que é muito usado pela Microsoft, por sinal (olha aí eu criticando ela de novo) de que em muitos casos os Web Services não atendem à performance desejada. A discussão aqui é: Usar uma tecnologia proprietária (Remoting) ou algo universal (Web Services)?
No mais, quero apenas deixar registrada a minha decepção ao ver que ao invés dos mundos Java e .Net se aproximarem, com troca de experiências, conhecimento e até código (foi o que me chamou a atenção na proposta do Enterpriseguys, a idéia dele ser eclético) continuo vendo essa mesma guerra fria entre os dois lados, gente se odiando sem nem se conhecer só porque um trabalha com x e outro com y.
De qualquer forma, como já disse no site e repito aqui (imagino que agora eu esteja conhecendo os autores dos comentários do site) que estou aberto a conversar sobre o assunto, ouvir críticas e ponderar sobre elas.
Obrigado e desculpem a intromissão,
Mateus Padovani Velloso, o slave.