Planalto tenta brecar linha-dura para internet

Planalto tenta brecar linha-dura para internet
(Agência Estado) Qua, 30 Mai - 01h07

Depois de quase 15 anos de acesso público à internet, o Brasil pode ganhar o primeiro marco regulatório da rede no País. Entra em discussão e pode ser votada hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado a nova versão do substitutivo ao projeto de lei 76/2000, elaborado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para disciplinar a internet brasileira e punir crimes virtuais. O texto foi mudado depois de uma enxurrada de reclamações, mas a polêmica continua. Durante a sessão de hoje, o governo federal deve pedir vistas do projeto para impedir a votação.

No ano passado, a proposta de Azeredo causou furor nos internautas ao sugerir a obrigatoriedade da identificação com CPF e RG para todos os que quisessem usar serviços interativos online, como baixar músicas ou mesmo enviar e-mails. A idéia foi reescrita e outras 39 alterações foram feitas.

Novidades, no entanto, garantem a controvérsia. Os provedores de acesso à internet agora deverão guardar por três anos os registros com identificação dos clientes, além de data e hora em que acessaram a rede. O novo texto também obriga provedores a encaminhar denúncias às autoridades sobre possíveis condutas ilegais dos usuários e dá amparo legal para que “profissionais habilitados” de segurança da informação interceptem dados ou invadam redes em legítima defesa.

“Simplificando, isso quer dizer que teremos quase um Big Brother virtual, já que os provedores terão de monitorar seus clientes e dedurá-los. Também veremos a atuação de ciberjusticeiros, pessoas que se sintam lesadas por alguma coisa na internet e podem querer revidar no esquema olho por olho”, diz o advogado Ronaldo Lemos, criador e diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas do Rio. “Os países do primeiro mundo regulamentaram primeiro a internet do ponto de vista civil, para depois estabelecer penas criminais. O Brasil segue o caminho inverso.”

As empresas fazem coro às reclamações. “A internet precisa de dinamismo, mas essa lei pode engessá-la”, diz Eduardo Parajo, presidente da Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet. “Até podemos manter as informações dos clientes por três anos, mas não queremos ter esse papel de vigiar os internautas.”

O senador Eduardo Azeredo, no entanto, diz que seu projeto é urgente e que não há motivo para novas audiências públicas. Para ele, as pessoas que criticam não entenderam o projeto. “A lei vai ajudar a disciplinar a internet e punir outros crimes tecnológicos como clonagem de cartão de crédito e celular.” Ele prevê a criação de 11 tipos de crimes - entre eles, a difusão de vírus eletrônico, o acesso indevido a dispositivo de comunicação e a manipulação indevida de informação eletrônica. “O projeto está muito bom. Ouvi reclamações sobre os supostos ciberjusticeiros. Se um senador propuser outra idéia, ouvirei com atenção. Só espero que a proposta seja votada rapidamente.”

Reclamações

A polêmica não deve passar tão rapidamente. Mesmo as partes reescritas não agradaram muito aos internautas. O cadastro com CPF e RG caiu, mas o novo documento prevê a divulgação de “dados aptos à identificação do usuário e da conexão, quando da ocorrência de crime”.

O projeto também criminaliza atividades de “acessar rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, sem autorização do legítimo titular, quando exigida”. Isso valeria para computadores, iPods, celulares, tocadores de DVDs e até conversores de sinais da TV digital. “É tudo muito vago”, diz Thiago Tavares, presidente da Safernet, associação contra crimes na internet. “Que dados devem ser divulgados? Que autorização será necessária? Todo mundo pode virar criminoso com essa lei. É um cheque em branco para a polícia prender quem quiser.” As informações são de O Estado de S. Paulo.

Origem: http://br.tecnologia.yahoo.com/article/29052007/25/tecnologia-noticias-planalto-brecar-linha-dura-internet.html

Esse Eduardo Azeredo não entende nada sobre o negócio e quer legislar sobre o assunto. O próprio site dele burla a lei que ele quer criar pois grava cookies sem autorização prévia no computador de seus visitantes.

Então ja vamos ter o primeiro presidiario depois que a lei sair… rsrsrsr

Agora falando serio… Acho que eh por isso que o Brasil anda devegar, por tem um monte desses politicos incompetentes, que pra tentar mostrar trabalho, pegam projetos que ja foram votados, mudam um monte de coisas e colocam como sua autoria. Se vocês olharem bem, ta cheio de projetos “iguais” pra serem votados que ja passaram pela comissao e foram reprovados.

Acho que isso não vai adiantar muita coisa não. Quem quer clonar cartões e tal, vai dar um jeito de fazer isso com essa lei do mesmo jeito. Acho que tem outras maneiras de se disciplinar a internet.

Espero que se essa lei for aprovada, surjam milhares de ciberjusticeiros, e que todos eles ataquem esse senador do C#$&X#(¨%… heheheh

Aposto que para a elaboração desta lei foi ouvida a opnião de: Advogados, Médicos, Engenheiros, Artistas, Políticos … somente deve ter ficado de fora nós profissionais de informática.

Aliás como pedir o apoio do Conselho de Informática se nem sequer existe um? :cry:

A parte que me causou mais riso foi a dos justiceiros de informática. Pra mim foi uma declaração expressa de um: Faroeste Cabloco no Cyberespaço… Ou seja, o poder público mais uma vez declarando que não tem competência para fiscalizar e delegando suas competências para os cidadãos!

Mas é tipico de um país paternalista viver de heroís, veja a história: Betinho, Irmã Doroti, Romário, Airton Senna, Tiradentes, grandes figuras sim … mas que fizeram o que outros países é naturalmente o papel do estado.

Enquanto isto o PIB da China e da Indía vão … :wink:

Meu uma coisa é certa politico que faz projeto que é aprovado mil votos contra um é aqueles que aumentam os salários deles, que aumentam auxilio de moradia, de terno, de babá, de carro, de pqp…eles só servem pra isso usar o nosso dinheiro pra gastar com eles, ve se sem-teto não gostaria de ganhar auxilio-moradia e tar em alguma cobertura, mas não eles precisam de tudo isso neh, coitadinhos eles ganham pouco pra caramba neh…Brasil de bom acho que ja num tem mais nada não, é só esquecer, estudar e tentar dar o fora daqui hehe.
E ai galera somos nós que temos que ter o poder nesse país, então se a porcaria dessa lei for aprovada não vamos ficar calados não, vamos reclamar com esse Senador de mer… ai…

Ps: Eu sei que um monte de gente vai falar que eu tenho que amar o País que moro e tal, por isso que não quero gerar flameswar. è minha opnião e acabou, voltemos ao assunto da lei ok :wink:

Mano, o que não dá é esse relacionamento ser de amor platônico… vc ama a pátria e ela te… deixa pra lá :mrgreen:

Entendendo ou não, pelo menos ele está preocupado com o assunto e quer leva-lo adiante. É muito mais fácil discutir sobre uma lei depois que ela existir.

Além disso, os mecanismos de jurisprudência estão aí para moderar as ambiguidades…

Mas um fato incontestável é que realmente precisamos de uma legislação sobre o assunto. Não dá para alguém invadir sistemas, atacar sites com DDOS, ser pego e ainda não sofrer punição nenhuma.

Sem lei, essas coisas não são crimes.

É por isso que to caindo fora desse país de m#rd@!