Você entregaria uma proposta impressa em caixa alta a um cliente? Um contrato talvez?
Você entregaria sua redação da Fuvest em caixa alta?
Você se dirigiria ao presidente da empresa com um memorando em caixa alta?
Você escreve seus cartões de Natal em caixa alta?
Sua assinatura, aquela que vai no cheque, é em caixa alta?
Sua professora do primário, na mesma época que te ensinou o que era um parágrafo, te ensinou a escrever em caixa alta?
Já chegou alguma conta em caixa alta na sua casa? Luz, telefone…?
Livros de literatura ou não, algum bom e sensato em caixa alta?
Como acredito que as respostas acima vão ser não, nota-se que caixa alta não é uma coisa normal, ninguém aprende isso, não é natural. Assim sendo, mantenho minha posição que é coisa de gente sem noção e burra.
Credo, no meu tempo de faculdade (83) a gente já usava um compilador Fortran 77 que dispensava essa montanha de gotos - para terminar o DO você já usava o END DO e o IF tinha THEN, ELSE e ENDIF.
(É claro que se for dar manutenção em código Fortran 66 aí não tem jeito…)
[quote=thingol]Credo, no meu tempo de faculdade (83) a gente já usava um compilador Fortran 77 que dispensava essa montanha de gotos - para terminar o DO você já usava o END DO e o IF tinha THEN, ELSE e ENDIF.
(É claro que se for dar manutenção em código Fortran 66 aí não tem jeito…)[/quote]
Pois é, este sistema foi escrito justamente em 1983 em Fortran 66 para mainframe (Burroughs). Já foi convertido para mainframe IBM (vários sistemas operacionais tanto OS como DOS) e Control Data. Em 1992 foi convertido para micro (levava umas 2 horas para resolver umas 1000 equações não lineares).
Agora estou aproveitando o atual projeto, para converter para Fortran 90/95 mas não posso trocar os GOTOs porque não conseguiria terminar nunca. Meu sonho seria converter este dinossauro para Java mas nem eu entendo mais deste programa que eu mesmo fiz pois não mexia nele desde 1996, já joguei fora a documentação e alguns papers antigos de onde tirei a teoria, estão com o xerox semi apagado. Para conseguir cada artigo de novo precisaria pagar cerca de 25 a 30 dólares. Na engenharia ainda não existe o conceito de coisas grátis e open source.
Só mesmo entrando um pouco no GUJ para vadiar um pouco pode mitigar meu sofrimento.
Isso me lembra um programa escrito em Fortran para alguns calculos de luminosidade galactica que rodava em um VAX no IF-UFRGS, escrito nos anos 80… Convertemos o programa para rodar em uma estação Alpha Digital e nos deparamos com um inofensivo IF seguido de um GO TO no começo do programa. Digamos que esse IF era essencial… e descobrimos depois de 5 semanas…
Depois disso fui programar em C, achando que tinha encontrado a luz.
Num país onde 70% das pessoas podem ser consideradas analfabetas funcionais, não me chamaria a atenção tantos indivíduos acharem normal escrever “gritando”.
[quote=lavh]Francamente, tenho uma grande admiração pelo Luca, mas achei a abertura desta thread lamentável.
Só está servindo pra gerar discussão e ofensas. Jah apareceu ateh pessoas se achando no direito de
chamar a outra de burra, realmente lamentável.[/quote]
Pera aí, eu não ofendi ninguém. Mas não é pelo fato de que o projeto em que trabalho atualmente é em Fortran e está todo em caixa alta, que eu não consigo apertar o Caps Lock.
[quote=exemplo de código aqui na minha máquina aberto neste momento]
. . . .
AMBDA = 0.20
IF (DC .GT. EPS) AMBDA = DSQRT( ((XLXL - VV)/(HH) - 1.) * 3.)
35 CONTINUE
COT = 1.
IF (IGANCH .EQ. 0) GO TO 40
AMBDA = 0.4
IF (XL .LT. (CORD * 0.995)) AMBDA = 0.3
IF (XL .LT. (CORD * 0.990)) AMBDA = 0.2
40 IF (AMBDA .LT. 20.) COT = 1. / DTANH(AMBDA)
FO1 = -(WH1) / (2.AMBDA)
FO2 = (W/2.) * (-V1COT + XL)
. . . .[/quote]
[]s
Luca[/quote]
Luca,
A primeira linguagem com a qual tive contato foi Fortran (77), no primeiro ano da faculdade. É, computação científica tem dessas coisas, 2002 e eu aprendendo fortran… ainda tem muito código fortran rodando nos institutos de pesquisa como INPE/CPTEC.
Mas depois de programar tanto tempo em Java e me acostumar com toda a sua verbosidade (eu me acostumei a ser quase tão verboso em C++ também), vejo esse monte de variáveis cujos nomes são duas ou três letrinhas e me pergunto: como você não se perde?!
[quote=lavh]Francamente, tenho uma grande admiração pelo Luca, mas achei a abertura desta thread lamentável.
Só está servindo pra gerar discussão e ofensas. Jah apareceu ateh pessoas se achando no direito de
chamar a outra de burra, realmente lamentável.[/quote]
Pera aí, eu não ofendi ninguém. Mas não é pelo fato de que o projeto em que trabalho atualmente é em Fortran e está todo em caixa alta, que eu não consigo apertar o Caps Lock.
[quote=exemplo de código aqui na minha máquina aberto neste momento]
. . . .
AMBDA = 0.20
IF (DC .GT. EPS) AMBDA = DSQRT( ((XLXL - VV)/(HH) - 1.) * 3.)
35 CONTINUE
COT = 1.
IF (IGANCH .EQ. 0) GO TO 40
AMBDA = 0.4
IF (XL .LT. (CORD * 0.995)) AMBDA = 0.3
IF (XL .LT. (CORD * 0.990)) AMBDA = 0.2
40 IF (AMBDA .LT. 20.) COT = 1. / DTANH(AMBDA)
FO1 = -(WH1) / (2.AMBDA)
FO2 = (W/2.) * (-V1COT + XL)
. . . .[/quote]
[]s
Luca[/quote]
Luca,
A primeira linguagem com a qual tive contato foi Fortran (77), no primeiro ano da faculdade. É, computação científica tem dessas coisas, 2002 e eu aprendendo fortran… ainda tem muito código fortran rodando nos institutos de pesquisa como INPE/CPTEC.
Mas depois de programar tanto tempo em Java e me acostumar com toda a sua verbosidade (eu me acostumei a ser quase tão verboso em C++ também), vejo esse monte de variáveis cujos nomes são duas ou três letrinhas e me pergunto: como você não se perde?!
Abraço![/quote]
É por essas e outras linguagens como Ruby vem ganhando força, por serem human-driven.
Não estou me referindo à aplicabilidade, cujo o cunho é outro .;