Questão de Lógica

Galera é o seguinte,
Estou revendo alguns assuntos da facu mas infelizmente esqueci algumas coisas :oops:
Questão de lógicas a parte do se p então q, lembram? Espero que alguém lembre :lol: :lol: :lol:
Bom é o seguinte tenho as seguintes proposições;
p= Se você estudar
q= irá trabalhar comigo
até aí blz, porém na tabela verdade diz que

p = falso e q= verdadeiro então o valor da expressão é verdadeiro.
Mas a meu ver não faz sentido pois o contrário de p seria o cara não estudou e o verdadeiro de q seria que o contratarei mesmo assim :frowning:
Alguém aí pode ajudar

Olá amigão, o negocio funciona assim olha:

se entendi bem, sua expressão fica: p -> q, montando a tabela verdade temos:

p | q | p->q
v | v | v
v | f | f
f | v | v
f | f | v

Veja bem: voce afirma que: se estudar -> trabalha comigo
na segunda linha, o cara estou mas não trabalhou, isso invalida a expressão concorda?
na terceira, o cara não estudou, mas não há uma preposição que diz: se não estudar, então não estuda, pense assim: A verdade não anula a mentira, falando em logica.
na quarta, o cara nem estudou nem trabalhou, de novo, por não satisfazer as premissas, não podemos afirmar que é falso.

Espero ter ajudado :slight_smile:

[quote=viniciusmaboni]Olá amigão, o negocio funciona assim olha:

se entendi bem, sua expressão fica: p -> q, montando a tabela verdade temos:

p | q | p->q
v | v | v
v | f | f
f | v | v
f | f | v

Veja bem: voce afirma que: se estudar -> trabalha comigo
na segunda linha, o cara estou mas não trabalhou, isso invalida a expressão concorda?
na terceira, o cara não estudou, mas não há uma preposição que diz: se não estudar, então não estuda, pense assim: A verdade não anula a mentira, falando em logica.
na quarta, o cara nem estudou nem trabalhou, de novo, por não satisfazer as premissas, não podemos afirmar que é falso.

Espero ter ajudado :slight_smile:
[/quote]
Desculpe, não entendi. Mas vamos pegar as seguintes proposições
p= “Se riscar o fósforo”
q= "ele acenderá.?
Como pode ver na 3 linha fica estranho afirmar o valor lógico como verdadeiro, orás estou dizendo
Se não riscar o fosforo então ele acenderá. Continua para mim sem sentido :?: :?: :?: :?:

Bem vindo ao complexo e muitas vezes incoerente mundo da matematica dicreta e das hipoteses insanas…

Eu me lembro que esse ponto também em deixou confuso à 2 semestres, veja:

As preposições dizem

Se eu riscar o fosforo -> ele acenderá

contudo, não dizem: Se eu não riscar ele não acenderá ( p->q é diferente de np -> np)

A afirmação é verdadeira, porque não posso provar que é falsa, não risquei o fosforo, mas ele pode acender de outra forma, entende
?

*np = não p

falei bobeira aqui. :oops:
NIguem viu! Ninguem viu!
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

[quote=viniciusmaboni]Eu me lembro que esse ponto também em deixou confuso à 2 semestres, veja:

As preposições dizem

Se eu riscar o fosforo -> ele acenderá

contudo, não dizem: Se eu não riscar ele não acenderá ( p->q é diferente de np -> np)

A afirmação é verdadeira, porque não posso provar que é falsa, não risquei o fosforo, mas ele pode acender de outra forma, entende
?

*np = não p
[/quote]
blz, entendo esse lado.
Mas quando atribuo a proposição p o valor de falso, ou seja não tenho mais um “Se”, eu afirmo que aquilo de fato não aconteceu, temos
p = O fosforo não foi riscado
Logo pela lógica eu concluiria que o resultado lógico seria falso. Mas aí é foda pensar que outra coisa o poderia acender.
E, se trocarmos por:

p: fosforo não estiver molhado
q: fosforo irá acender

Olhando a linha da tabela verdade que diz:
f --> v = v
Se o Fosforo estiver molhado então irá acender :?: :?: :?: :?: :?:
Nesse caso seria muito improvável afirmar que algo poderia acendê-lo mesmo que o fosforo esteja encharcado.
Olha esse link pelo visto não sou o único a achar esse negocio confuso e duvidoso

http://criticanarede.com/ifpthenq.html

[quote]A insatisfação de Lewis com a implicação material deve-se a uma confusão, mas há razões adicionais para suspeitar da implicação material, além da sua denominação confusa. Na verdade, os seus maiores problemas são os chamados paradoxos da implicação material: de acordo com as condições de verdade da implicação material, qualquer condicional com uma consequente verdadeira ou com uma antecedente falsa é verdadeira, e não é preciso haver qualquer relação entre a antecedente e a consequente da condicional. Assim uma condicional aparentemente inaceitável como ?Se a lua é feita de queijo roquefort, então 2 + 2 = 4? tem de ser considerada verdadeira, porque a sua antecedente é falsa. Essas atribuições de condições de verdade estranhas foram alvo de várias críticas por parte de MacColl, Strawson e Stevenson, entre muitos outros.
[/quote]

Bolei algo assim:

Exitem 2 formas para o chão de sua garagem estar molhado ®:
p - choveu;
q - alguem usou a mangueira;

Vc chega em casa e depara que o chao está molhado.
você pode fazer a tabela verdade com p:
p->r ___ choveu. o chão ___ está molhado (possível. Água da chuva.)
p->r ___ choveu. o chão não está molhado (impossível)
p->r não choveu. o chão ___ está molhado (possível. Alguem molhou)
p->r não choveu. o chão não está molhado (possível)

e com com q:
q->r ___ ligaram a mangueira. o chão ___ está molhado (possível. Alguem molhou o chão.)
q->r ___ ligaram a mangueira. o chão não está molhado (impossível)
q->r não ligaram a mangueira. o chão ___ está molhado (possível. choveu)
q->r não ligaram a mangueira. o chão não está molhado (possível. Não choveu e ninguem molhou.)

obs: os traços ‘___’ é só pra manter a estética e facilitar a visualização.

A clássica confusão do SE…
p --> q

O SE indica uma afirmação em uma única direção.

Se você for humano, terá pelos no corpo.

E se ele não for humano?
Não podemos afirmar nada, já que ele pode ser um cachorro, que tem pelos no corpo. Portanto, não ser humano (F) e ter pelos no corpo (V) não é necessariamente falsa. Como a lógica é booleana, se não é necessariamente falsa, é verdadeira (isso chama-se princípio do terceiro excluído).

Da mesma forma:
"Se você estudar, vou trabalhar com você."

É uma afirmação que diz o seguinte: "Se você estudar irei trabalhar com você. Se não estudar, bem, aí eu vou pensar no assunto." Nesse caso, ele pode não estudar (F) e você ainda assim ter decidido trabalhar com ele (V).

O que não pode acontecer é você quebrar a promessa. O sujeito estuda (V) e você vai lá e não trabalha com ele (F).
Ou o sujeito ser humano (V) e não ter pelos no corpo (F).

E finalmente:
Se você riscar o fósforo, ele acenderá.

Você pode ter usado uma lupa contra o sol e esquentado a cabeça do fósforo.

Nesse caso, o fósforo não foi riscado (F), mas se acendeu (V).
Entretanto, o que não pode ocorrer é o fosforo ter sido riscado (V), mas não se acender (F).

Quando você quer afirma a dupla inferência, usa-se a frase SE, E SOMENTE SE.
p <–> q

Se, e somente se, você estudar, irei trabalhar com você. Aí fica claro que sem estudo, você jamais irá trabalhar com ele.

A confusão ocorre porque no português, usamos SE muitas vezes com sentido de SE E SOMENTE SE. Matematicamente, convencionamos o SE apenas para a inferência simples, e o SE E SOMENTE-SE para a dupla. Por isso, nos livros de matemática, lemos tanto “se, e somente se,”

[quote=ViniGodoy]A clássica confusão do SE…
p --> q

O SE indica uma afirmação em uma única direção.

Se você for humano, terá pelos no corpo.

E se ele não for humano?
Não podemos afirmar nada, já que ele pode ser um cachorro, que tem pelos no corpo. Portanto, não ser humano (F) e ter pelos no corpo (V) não é necessariamente falsa. Como a lógica é booleana, se não é necessariamente falsa, é verdadeira (isso chama-se princípio do terceiro excluído).

Da mesma forma:
"Se você estudar, vou trabalhar com você."

É uma afirmação que diz o seguinte: "Se você estudar irei trabalhar com você. Se não estudar, bem, aí eu vou pensar no assunto." Nesse caso, ele pode não estudar (F) e você ainda assim ter decidido trabalhar com ele (V).

O que não pode acontecer é você quebrar a promessa. O sujeito estuda (V) e você vai lá e não trabalha com ele (F).
Ou o sujeito ser humano (V) e não ter pelos no corpo (F).

E finalmente:
Se você riscar o fósforo, ele acenderá.

Você pode ter usado uma lupa contra o sol e esquentado a cabeça do fósforo.

Nesse caso, o fósforo não foi riscado (F), mas se acendeu (V).
Entretanto, o que não pode ocorrer é o fosforo ter sido riscado (V), mas não se acender (F).

Quando você quer afirma a dupla inferência, usa-se a frase SE, E SOMENTE SE.
p <–> q

Se, e somente se, você estudar, irei trabalhar com você. Aí fica claro que sem estudo, você jamais irá trabalhar com ele.

A confusão ocorre porque no português, usamos SE muitas vezes com sentido de SE E SOMENTE SE. Matematicamente, convencionamos o SE apenas para a inferência simples, e o SE E SOMENTE-SE para a dupla. Por isso, nos livros de matemática, lemos tanto “se, e somente se,”[/quote]
Agradeço pela explicação, realmente nessa lógica o meu Se nunca vai garantir nada quando pensamos como sendo o antecedente. Talvez é por isso que foi escrito um livre sobre esse assunto:
http://criticanarede.com/ifpthenq.html
Mas valeu!

[quote=fabioEM]Agradeço pela explicação, realmente nessa lógica o meu Se nunca vai garantir nada quando pensamos como sendo o antecedente. Talvez é por isso que foi escrito um livre sobre esse assunto:
http://criticanarede.com/ifpthenq.html
Mas valeu![/quote]

É perda de tempo tentar ficar “fraseando” preposições lógicas, justamente porque as frases resultantes não serão exatamente português (muitas das conversões virarão abominações textuais, tal como “Não é verdade que se não dormir ou passar na prova, então serei um mal profissional”).
Seres humanos não trabalham de maneira booleana, portanto, nossa linguagem contém conceitos imprecisos, que não se aplicam a essa teoria matemática.

É interessante saber a conversão justamente para responder testes de concursos e entender a teoria, mas não mais do que isso.
Use a simbologia matemática e você nunca mais se confundirá novamente.