Aproveitando que a discussao no topico Selecionando os melhores programadores? recomecou, eu queria propor o exercicio contrario: como voce, quando esta avaliando uma vaga, percebe se a empresa que esta querendo te contratar vai te dar um bom uso pras 8 ou mais horas diarias de trabalho?
Uma experiencia nao tao recente que eu tive foi a de ter de escolher entre dois empregos com exatamente o mesmo salario e condicoes financeiras em geral. E nao eh nada facil fazer essa escolha tendo feito soh uma ou duas entrevistas: é necessário avaliar desde a quantidade de politica envolvida na empresa até a capacidade de quem vai trabalhar com voce (e, especialmente, de como sera o seu chefe). É mais do que óbvio que eu escolhi a oferta errada, e acabei me arrependendo feio…
Entao, quais sao as suas “melhores praticas” pra avaliar uma empresa que quer te contratar? Não venha com a lenga-lenga de que “quanto maior o salario, mais eu aguento a dor”, pq isso sinceramente nao cola.
Eu nunca fiz, talvez pq nunca tinha me daddo a ideia antes, e mesmo assim nao sei se colaria, mas perguntar “… posso conhecer a equipe de desenvolvimento/a equipe que vou trabalhar”, algo assim, e trocar uma ideia com o pessoal…
As vezes a empresa parece animal, mas de animal mesmo soh tem os teus colegas de trabalho ( antas, burros, bestas … ).
Isso me parece meio dificil de conseguir na primeira entrevista, mas qdo o lance ja esta mais para o lado “nos queremos voce”, creio que valha a pena arriscar.
Ah, e ver o pc que vc tera… eh incrivel como acham que com um amd 500mhz e monitor 14" vc tera vontade de trabalhar…
Acho que o sinal mais obvio é quando o entevistador demostra um grau de insegurança quando vai falar de assuntos importantes como ambiente de trabalho, colegas e a cafeteira.
Isso me aconteceu ano passado, a oferta era ok: salario ok, horario ok, empresa ok, tudo ok, mas quando comecei a perguntar como era exatamente que a equipe interagia com o resto das pessoas da empresa, foi quando ele ficou enrolando ate dizer que as vezes os gerentes, executivos e VPs ligavam para ‘conversar’ sobre oque aquilo que eles queriam para ontem; da forma como ele falou pareceu um work pattern bem comum, o Chain Of Esporro.
A melhor forma de saber como o baratg é ter um insider, mas não vale aquele cara que te indicou.
Chain Of Esporro eh ateh bom, pq chega uma hora em que o esporro para. Ruim mesmo eh quando vc cai em uma empresa que usa o work pattern “Waterfall Of Esporro”: o CEO manda pro CTO, que manda pro gerente de TI, que manda pro diretor do seu projeto, que manda pro gerente do projeto, que cai em voce. E, claro, vc poe a culpa na tia do café. Tudo sempre acaba na coitada da Dona Maria, não interessa se o problema foi no QueueManager do WebSphere devido a um processador desencaixado. É sempre a Dona Maria. E, por mais incrível que pareça, em todas as empresas que eu conheci que empregam esse pattern, o nome da tia que serve café pro pessoal é sempre Maria. Seria um CoE, caso a Dona Maria nao botasse a culpa de volta em voce, que é um folgado e larga um monte de papel em cima da mesa. Daí a Dona Maria se torna mais poderosa que qualquer diretor, pq ela conhece intimamente a tralha que vc deixa na mesa. Eu já vi casos onde a Dona Maria mandou demitir uma equipe inteira, pq eles empilhavam Toddynhos vazios em cima dos modelos UML. Foi feio, isso eu tenho que dizer.
O jeito mais fácil de identificar esse pattern é procurar a tia do café e perguntar o nome dela, ou se tem mais alguem que trabalha com ela chamada Maria.
De escolher entre dois empregos iguais não aconteceu, já aconteceu de eu receber proposta melhor pra sair de onde estou. Mas não aceitei justamente pela minha posição na empresa atual e pela expectativa de crescimento da empresa.
Mas no geral sempre dei sorte nos meus empregos. Mesmo quando tinha um chefe chato, eu acabava indo bem, é só saber lidar com as pessoas e ter sorte.
Primeiro ponto: conhecer o chefe … não necessariamente o presidente da coisa toda, mas o superior direto, que vai estar com você todos os dias. Olhar bem para a cara dele, as roupas, jeito de andar, tom de voz (importantíssimo, quem já teve chefe com voz irritante sabe bem hehe) … dá pra ter uma idéia do jeitão do cara.
Segundo ponto: conhecer a equipe … ai depende muito do jeito pessoal de cada um. No meu caso pessoal que não sai na sexta à noite prum barzinho coma desculpa de ir ver Star Trek é a morte. Um bate papo rapidinho com cada um já dá uma idéia dos tipos.
Lembrando que um emprego com perspectiva de crescimento na empresa é bem mais interessante que um emprego que paga mais.
Falando serio? Eu nao acho essa afirmacao mto certa. Ate hoje eu nunca fui promovido, por mais “promissoras” as empresas que eu tenha trabalhado (e, acredite, nao foram poucas, pra quem está no mercado faz, erhm, o que, 6 anos). Tá, eu posso ser meio incompetente, molenga, preguiçoso, chato, certinho, arrogante, o que for, mas de todas as promessas de fazer carreira dentro de uma empresa, eu nunca vi alguem sair do primeiro passo: aquele onde você ganha menos e se esforça mais.
Sinceramente, quando é pra falar em empresas e vidinha corporativa, eu não acredito em carreira, pq isso tá fora do meu controle, a menos que eu saia por aí puxando sacos e fazendo contorcionismos politicos. Eu acredito mesmo é em dinheiro
Concordo com vc nesse ponto.Jah pensou em administrar sua própria empresa Cv?Com seu conhecimento de Java,não quero ser rude,mas vc tem condições de fazer melhor… Nunca pensou em desenvolver algo específico?Algo q possa te dar dinheiro indiretamente,ou,digamos assim,fazer “sua fama” como programador?Se seu problema não é conhecimento,deve ser a criatividade então…há muito a ser inventado Cv…
Tb!Mas se vc puder alinhar dinheiro junto com algo q todos necessitam,melhor… 8)
Nao queria desviar o assunto dessa thread, mas acho que nao estou fazendo isso quando digo que ter consciencia das suas fraquezas tambem eh extremamente importante nos dois pontos: tanto ao selecionar um empregador quanto ao decidir ser o seu proprio empregador.
Eu ainda tenho a minha propria empresa - a BlueBox Technologies - nas poucas horas vagas que me sobram, e, apesar de acreditar que ser dono do proprio nariz eh uma das melhores coisas que voce pode fazer profissionalmente, e na vida em geral, chegar lah eh um caminho tao tortuoso que pode nem valer a pena. A BlueBox, pra todos os efeitos, eh uma empresa virtual, e olha que ela mal tem um website. E, mesmo assim, mante-la em pé é mais dificil do que simplesmente conseguir um emprego e continuar nele.
Ideias nao faltam, mas de boas ideias o cesto de lixo está cheio. Infelizmente, num país como o nosso, nao basta ser perseverante num sonho ou numa idéia, voce tambem tem que saber driblar todo tipo de burocracia, empecilho legal ou malandragem por ai. Isso sem falar da batalha que é conseguir clientes bons. Definitivamente, eu prefiro ficar na área onde eu me sinto mais confortável: na área técnica.
PS: foi mal pela atitude meio desencorajadora, mas, bom, fazer o que… Nao queria estragar a festa de ninguem que esta louco pra comecar um negocio, mas queria deixar o aviso, de qualquer maneira.
Em relação ao assunto original do post… cara, sei lá, acho que na prática não tem como saber isso. Eu acredito que alguns pontos são importantes, mas acho que nunca vc vai chegar numa afirmação 100% de “essa é A empresa”, mas:
Pesquisar. Saber qual é a da empresa, se ela tem um nome forte, se ela tem uma área de TI forte, se vc conhece alguém de lá, alguém que conhece alguém de lá, essas coisas;
Grana. Básico do básico. E beneficios também;
Ver se eles vão te encaminhar pra conversar com o maior numero de pessoas possivel. Desde a recepção até o/a Diretor de TI. Numa boa conversa, seja ela a entrevista ou um bate-papo informal, dá pra arrancar bastante coisa. O lance que o Rafael disse, de tentar ter um contato com a equipe, é bem interessante.
Eu acho que são coisas muito básicas. Não tem uma fórmula mágica.
A melhor entrevista que já fizeram comigo foi quando o chefe da informática, depois do blablabla normal que tem em toda entrevista, parou e disse: “Agora vou te contar tudo de ruim que acontece por aqui!”. E disse todas as dificuldades que um funcionário passaria ali, inclusive com ele mesmo. Bem, acabei ficando com a vaga, e verificando que era tudo verdade. Se todos os entrevistadores fizessem isso com honestidade, ficaria mais fácil avaliar onde vc está amarrando seu burro.
Faz pouco, tive uma oportunidade para mudar de emprego e vai uma historia positiva pra vcs…
Eu estava numa empresa já ia fazer 3 anos… estava com o emprego relativamente estavel… qndo surgiu a oportunidade de ir para outra empresa… fiquei mto com o pé atras… vi como era a outra empresa, e como eu era recomendado por uma pessoa de lá q trabalhou quase 2 anos comigo, estou mto feliz agora… os desafios mudaram…
Eu vejo de uma forma mto positiva essa mudanca… Um dos fatores me levou essa mudanca é q meu chefe seria justamente essa pessoa q trabalhou comigo, entao o ambiente de trabalho é mto agradavel…
Sei lá, a dica q deixo é essa… as vezes, ao mudar, vc pode ficar com um pouco de receio, mas pode valer a pena… novos desafios é bom =)
[quote=“cv”]
Ruim mesmo eh quando vc cai em uma empresa que usa o work pattern “Waterfall Of Esporro”:[/quote]
Aqui chamamos isso de “Naba Voadora” ! Ela sempre cai no ** do mais fraco.
Sobre o assunto…
Quando estou estudando uma proposta de emprego tento identificar pessoas conhecidas que já passaram ou ainda estão por lá… Assim fica mais fácil ter referencias do que realmente você vai fazer na empresa…
Nos meus últimos 3 empregos isso funcionou, e as únicas surpresas que tive foram agradáveis.
A gente trabalha no mínimo 8 horas por dia. Quer alguns acreditem ou não, nesta profissão é muito comum haver grande pressão. Se o trabalho for muito chato, o chefe não lhe entende ou não reconhece nem respeita seu trabalho ou seus colegas o aborrecem, o melhor a fazer é dar uma caprichada no currículo e uma reestudada nas melhores práticas de entrevistas. Acreditem, dinheiro é bom, mas na idade da maioria aqui mais importante é ir para frente.
Dinheiro pode trazer alguma satisfação mas o mais importante é a realização pessoal.
Ditado judeu: “A pior coisa que pode acontecer na vida de um judeu é conseguir um bom emprego”
Explico: judeus geralmente gostam de ser patrões (geralmente são muito bons nisso). Quase sempre são criados para serem empreendedores. Quando conseguem um ótimo emprego correm o risco de se acomodar.
As duas coisas andam juntas. Eu já passei pelas duas. Já tive um bom salário pra um emprego ruim, e um emprego em que eu me sentia bem com um salário ruim.
O salário é UM dos fatores motivadores para um bom desenvolvimento profissional. Não acho que abrir mão disso em prol da “realização pessoal” dê muito certo a longo prazo.
PS. Claro, isso não vale para quem não precisa ganhar dinheiro com seu proprio trabalho. Mas é a minoria!
