[quote=kenobi]Sinceramente, pra mim é impossível o cara ter uma boa base sem conhecimento literário. Não tem como você ser bom, principalmente em Design de software sem estudar à fundo o assunto.
Se você nunca leu por exemplo um livro do Eric Evans - Domain Driven Design, ou não fez um curso referente ao tema, como sabe que está no caminho certo da modelagem ? Se nunca estudou engenharia de software, nunca leu um pattern, que é uma solução catalogada para aquele problema específico, como vai saber se seu design não vai incorrer nos problemas que muitos já passaram ?
Pra mim ir na raça, fazendo sem base alguma pode resultar em muita coisa ruim. Há também os que citam sem nunca terem lido e aí que está talvez sua má impressão ou pior, leu e não entendeu nada.
Mas se já é difícil fazer algo bom estudando muito, imaginem o cara que nunca pega um livro pra estudar…
Só pra fechar o assunto eu tenho a experiência inversa, inclusive muitos processos seletivos mais modernos pedem pra você citar seus 3 últimos livros lidos - TW, Globo.com (entre outras empresas). As pessoas mais antenadas, possuiam mais domínio do assunto.
Particularmente minha última contratação enquanto Gerente da equipe, era uma pessoa que conheci aqui no GUJ, que possui bastante experiência literária apesar da pouca idade e vi a diferença de destaque no dia-a-dia junto à equipe - Rubem Azenha.
PS: Sabe nome dos autores não é imprescindível, normalmente você o faz de forma incosnciente, pois se gosta da leitura acessa blog, artigos entre outros. [/quote]
De acordo…
A questão é a seguinte, eu quiz dizer que: não é porque o individuo leu o livro do Eric Evans, Martin Fowler e etc… ele será um entendido em determinada tecnologia ou será um bom arquiteto. Irá indicar, na minha opinião, apenas que a pessoa se interessa pelo assunto. Alem disso, não basta ler TEM QUE ENTENDER. Ou seja, leu 3 livros, mas aí vem as perguntas: Será que entendeu? Será que não formou pre-conceitos? Será que trocou o paradigma ou apenas adaptou? Aqui no GUJ percebo várias destas situações.
As vezes é melhor trabalhar com alguem que não conhece a tecnologia mas que tem todos os subsidios (principalmente a humildade) para aprender do que trabalhar com alguem que ACHA que sabe, pensa que porque leu o livro do Martin Fowler está salvo.
É claro que lêr é importante. Ler (e entender) livros na nossa àrea é algo que talvez não deveria ser nem questionado. Eu nunca ouvi dizer que perguntou se o carro viria com as rodas na hora da compra. Mais uma vez, eu entendo seu ponto de vista, quando participo de entrevistas procuro perceber se o candidato faz leituras, só não pergunto diretamento, porque estou em busca de conteúdo. Uma situação acaba levando a outra.
Se o arquiteto conhece bem DDD, interessa que livro ele leu? Aliás, o candidato acaba comentando mesmo sem querer.
Este teste dos 3 (é um número mágico?) livros me parece interessante, mas pelo que entendi funciona da seguinte maneira: se a pessoa leu um livro Eric Evans, um do Martin Fowler e outro do Ken Schwaber ele seria considerado profissional “antenado”. Mas uma coisa me chamaria a atenção sobre o candidato: o individuo não leu nada sobre trabalho em grupo, como funciona as relações interpessoais, produtividade etc…, ou seja, posso assumir também que o cara é um porre para trabalhar em equipe; talvez não saiba ouvir e nem se expressar com objetividade e clareza.
A idéia não é dizer que vc está certo ou errado…só não concordo totalmente com a idéia no momento.
E mais ainda, alertar que o mundo da tecnologia é maior do que a maioria pensa.
O mercado indica que o mais difícil não é encontrar alguem que conheça a tecnologia; o difícil é encontrar alguem que saiba se comportar, ser produtivo em grupo sem falar da questão de ser confiável no sentido de assumir justos compromissos.
flws