Bem, vamos a algumas considerações:
1 - Vale a pena investir em Swing?
- Sim. Mas SOMENTE em Swing, não. Existe mercado para java desktop ainda, e muito mercado para web. Fora outras áreas. Quanto mais souber, mais portas abertas.
2 - Tem que saber JSF, Struts, Spring, Hibernate, JPA, JSP, Servlets, PQP, VTNC…?
- Sim. Mesmo caso da anterior. Quanto mais você souber, mais portas se abrem e maior o valor que você pode negociar.
3 - Como é essa classificação de Junior, Pleno e Senior?
- Normalmente se baseia em duas coisas: tempo de experiência e conhecimentos. Quanto ao tempo, normalmente o desenvolvedor é Júnior se tem de 1 a 3 anos de carreira. Pleno, de 2 a 5 anos. Sênior de 4 a 8 anos. Quanto ao conhecimento, normalmente o Júnior trabalhou em poucos projetos, conhece no máximo um pouco de java ee, normalmente UM framework (struts ou JSF) e ainda assim, superficialmente. É capaz de desempenhar tarefas tendo o suporte de alguém mais experiente, mas sozinho, se complica.
Um Pleno já consegue se virar sozinho, tem bom domínio de Java EE, provavelmente já brincou com outras linguagens, já começa a modelar e projetar orientado a objetos, provavelmente entende razoavelmente bem de banco de dados e se vira razoavelmente bem sozinho numa aplicação CRUD. Porém, em coisas mais complexas, ainda patina um pouco. Um sênior… Bem, esse é capaz de lidar com o projeto sozinho, normalmente age como analista/arquiteto, alguns chegam a liderar pequenas equipes. O sênior conhece várias plataformas, ou é muito especializado em uma delas. Normalmente é um ponto de referência na equipe.
4 - CLT ou PJ?
- Se você é bastante disciplinado financeiramente, pode trabalhar como PJ. Se não, caia fora. Você gasta todo seu dinheiro e na hora do aperto (demissão, doença, falência da empresa, etc) você fica na merda. Pra ser PJ, além da disciplina, é necessário boa organização, mais proatividade que um CLT e empreendedorismo. Lembre-se que você é uma EMPRESA e não um EMPREGADO. Se for pra agir como empregado, melhor CLT, que mesmo tendo o valor bruto mais baixo, tem vantagens suficientes para valer a pena.
5 - Ter projetos, blog, artigos e ser um participante ativo no fórum faz diferença para empresas no brasil?
Sim, faz. principalmente nas boas empresas. eles fuçam sua vida virtual na hora da contratação. Então, melhor tirar do seu perfil no Orkut aquela comunidade “Quero matar meu chefe porque odeio trabalhar segunda de manhã e ele não me deixa jogar no expediente”. rrssrrs
6 - Mercado está mais para Java EE ou Desktop?
Java EE. De longe.
7 - Qual o Valor hora médio ? Jr , Pl, Sr
Varia de região pra região. Aqui em Uberlândia, um sênior CLT ganha de 3200 a 5000 em média. E nenhum deles aceita ir pra SP por menos de 8000 CLT (isso se o cara for). O custo de vida é baixo e a qualidade de vida é alta. Rola menos stress e no fim das contas, às vezes sobra mais dinheiro do que se estivesse trabalhando em SP, principalmente se a empresa paga Hora Extra. Resumindo, avalie de acordo com sua região. E não pense apenas no dinheiro. Lembre-se que dinheiro é consequência.
8 - Parece que temos menos vagas (ou mais programadores) que antes. …
Não. temos mais. O mercado está cada vez mais aquecido. só que agora as empresas estão diversificando as formas de promover vagas. Fique alerta nas listas do Java-BR (yahoo) e TI-networking (Se não me engano, gmail). Também preste atenção em outras listas, nos seus colegas (lembra do network??) , nas redes sociais (já fez seu linkedin?), twitter( eu sigo @vagasJava e @vagasNaWeb)…
9 - Precisamos ser bons em uma linguagem ou conhecer várias?
Bem. No começo precisamos conhecer UMA. Depois, à medida que me torno bom em UMA, vou aprendendo várias. Até o dia em que me torno BOM em VÁRIAS. Não tem pra onde correr. O mercado exige que programador seja poliglota.
Encare sua carreira como um jogo de RPG. Você tem XP (Experiencia) e Skills(habilidades). Seus Skills vão desde os técnicos (saber EJB3, por exemplo) até os pessoais (saber falar em público ou negociar, por exemplo). Se preocupe em melhorar seus Skills e seu XP que os bônus são consequência.