Sálarios de desenvolvedores

No final das contas, antes mesmo de me aprofundar em Ágil, eu já me identifiquei muito com as ideias do “37signals getting in real”…

[quote=adriano_si][quote=javaflex][quote=douglaskd]como sua empresa sabe se você é produtivo ou não javaflex ?

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Pelo cliente estar satisfeito com o atendimento das demandas de alto valor de retorno para o Negocio. Fora outro fatores, como parceria, confiança, etc.

Produtividade é coisa de fábrica. Não tenho que apertar X parafusos por dia.

Fazendo uma alusão, como uma mulher sabe se ficou satisfeita com o corte de cabelo? Porque cortou muito rápido??? Não, pela qualidade num tempo razoável conhecido pela vivencia com profissionais da área. Fora que depois que cria confiança com o cabeleireiro passa a ser mais um fator de peso.[/quote]
Intrigante essa resposta e nunca havia pensado assim. É realmente interessante essa abordagem de “cálculo de produtividade” que foi praticamente imposta.

Não que eu veja como ruim, pois acho que alguém em algum lugar deve realmente tirar um proveito grande disso, mas eu me espanto em como a SATISFAÇÃO DO CLIENTE quase que nunca entra nessas métricas (não estou falando da nossa discussão em específico, mas divagando sobre o tema mesmo).

As métricas são criadas para “garantir”: Software de qualidade, Satisfação do cliente, menos tempo de resposta em manutenções, etc.

Aí você não vê nada disso em alguns projetos e as métricas continuam sendo as mesmas. Realmente as vezes olhar pra alguma desorganização no projeto bate o desespero, mas semana passada recebemos uma mensagem elogiando a equipe em um projeto que acabou se estendendo mais do que esperávamos, mas por alguns fatores externos…

Ao receber a mensagem, pensei: “aí está toda a métrica que eu preciso. Reconhecimento de quem paga pelo produto e recebeu o que queria em prazo e custo aceitáveis.”

Claro que dá pra melhorar, claro que podemos aprender com os erros se tivermos alguns parâmetros de validação, mas a métrica que realmente importa, acho que temos e muita gente por aí não a leva em conta.[/quote]
[i] [b]"mas semana passada recebemos uma mensagem elogiando a equipe em um projeto que acabou se estendendo mais do que esperávamos, mas por alguns fatores externos… "

Ao receber a mensagem, pensei: “aí está toda a métrica que eu preciso. Reconhecimento de quem paga pelo produto e recebeu o que queria em prazo e custo aceitáveis.” [/b][/i]

Exatamente, um bom exemplo do que eu vinha falando. Isso que vale, independente de produtividade à ferro e fogo.

Existem métricas de produtividade que são bastante coerentes. Por exemplo, medir acertividade do desenvolvedor sobre os prazos que ele mesmo fornece e descobrir se ele superestima, subestima ou acerta. Descobrir qual desenvolvedor gera a maior taxa de erros, etc.

O problema é o uso disso. Acho que esse tipo de métrica deve ser usada para orientar a gestão no sentido de encontrar treinamentos e deficiências na equipe, não tanto como medição da equipe como um todo.

Se vocês estudarem um pouco de gestão por indicadores, vão ver que existem vários níveis de indicadores diferentes. Desde indicadores gerais de performance (KPI), tal como “seu negócio está dando lucro ou prejuízo” até indicadores muito próximos ao dia-a-dia.

Afinal, nada adianta um cliente super satisfeito, se os projetos atrasam e geram um custo de folha maior do que o valor que você cobrou por ele.

[quote=ViniGodoy]Existem métricas de produtividade que são bastante coerentes. Por exemplo, medir acertividade do desenvolvedor sobre os prazos que ele mesmo fornece e descobrir se ele superestima, subestima ou acerta. Descobrir qual desenvolvedor gera a maior taxa de erros, etc.

O problema é o uso disso. Acho que esse tipo de métrica deve ser usada para orientar a gestão no sentido de encontrar treinamentos e deficiências na equipe, não tanto como medição da equipe como um todo.[/quote]
Tudo cai na mesma questão… “Sabendo usar…”. Lembro-me de uma palestra onde o cara explicava como se conseguia ser Ágil usando o RUP. No final das contas, sempre se tratou de como se usava o processo e não do que ele descrevia. Assim como também vejo alguns gerentes lutando contra a maré e tentando explicar o PMI/PMbok da vida pra quem o usa de forma icoerente, da mesma forma que nos últimos tempos agilistas estão rangendo os dentes quando ouvem alguns dizendo que “usam Ágil”. Sempre se tratou de como você usa.

Exato, por isso não quis jogar por terra indicadores e sei que eles têm o seu valor em algum ponto da gestão.

Concordo que o ideal é que convivam lado a lado a satisfação do cliente e o uso “perfeito” dos recursos, mas como em 90% dos projetos isso não acontece, que se preze mais o primeiro, pois ainda se consegue alcançar o primeiro sem o segundo, mas nunca vi alcançarem o segundo sem o primeiro e mais, nunca vi alcançarem o primeiro quando se corre atrás só do segundo e de maneira errada.

Perceba que não estou discordando de sua opinião, ao contrário, a reforço… Como falei no início, estava mesmo só divagando sobre essa questão de satisfação que quase nunca é levado em consideração em alguns lugares que já tive o desprazer de presenciar.

Papéis, formalidades e a busca incançável pelo culpado sempre eram itens prioritários.

[quote=adriano_si]
Papéis, formalidades e a busca incançável pelo culpado sempre eram itens prioritários. [/quote]

Essa coisa que vocês chamam de TI parece ser horrível.

[quote=pfk66][quote=adriano_si]
Papéis, formalidades e a busca incançável pelo culpado sempre eram itens prioritários. [/quote]

Essa coisa que vocês chamam de TI parece ser horrível.[/quote]
Isso não está somente ligado à nossa área. Claro que pra uma área chamada de “do futuro”, deveria ser bem menos…

Abs []

Não existe solução simplória para um problema complexo.
Na maioria das empresas, Ti é (tratado como) custo não fonte de renda. E na parte das empresas que TI é fonte de renda, a maioria é de aluguel de mão de obra (commodity). As empresas que ficam fora desse perfil, costumam selecionar os melhores do mercado e pagam significativamente melhor.

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Isso não está somente ligado à nossa área. [/quote]

De fato, terceirização (o profissional A, que trabalha para empresa B e precisar satisfazer cliente C) é um problema geral das empresas.

A tendência é essa né… há 10 anos atrás as pessoas não carregavam computadores no bolso e nem tínhamos loja de aplicativos, mas hoje qualquer um começando na área pode trabalhar diretamente com o usuário do software, ao invés de ter que depender de um intermediário pra dizer o que desenvolver.

Não creio que a terceirização tenha muito a ver com isso não. Creio que o problema está mesmo em pessoas que não querem, ou não sabem (ou só são preguiçosas mesmo) não fazerem seu trabalho da melhor forma possível. Aí podes colocar o que quiseres, numa cultura que nem a nossa a tendência é afundar.

Não a toa os melhores profissionais daqui ou estão enchendo o bolso de grana porque são raros aqui ou estão dando no pé do país.

No mais, é como o Gusukuma disse, quem tem TI como área fim (não prestadores de serviços), tende a não sofrer esse problema, pois o perfil do profissional é outro.

Mas sempre foi assim. Tenho um amigo que desde os 15 anos vendia Software em Delphi. O que você acha que mudou no sentido de alguém poder começar na área diretamente com o usuário de Software?

Claro, esse meu amigo jamais seria chamado para desenvolver e administrar o Sistema de Logística das Lojas Americanas por exemplo, nem muito menos as transações financeiras do Banco Itaú, assim como quando esses quiserem desenvolver um App Mobile, eles não vão chamar “o carinha que desenvolveu o aplicativo legal na play store” e sim uma empresa especializada nisso. Nesse sentido, as coisas continuam exatamente iguais, o que mudou foi a facilidade de acesso ao conteúdo, pois meu amigo teve que comprar livros e ralar muito pra desenvolver em Delphi, o carinha de hoje, não, tudo “tá na WEB”.

Não creio que a terceirização tenha muito a ver com isso não. Creio que o problema está mesmo em pessoas que não querem, ou não sabem (ou só são preguiçosas mesmo) não fazerem seu trabalho da melhor forma possível. Aí podes colocar o que quiseres, numa cultura que nem a nossa a tendência é afundar.

Não a toa os melhores profissionais daqui ou estão enchendo o bolso de grana porque são raros aqui ou estão dando no pé do país.

No mais, é como o Gusukuma disse, quem tem TI como área fim (não prestadores de serviços), tende a não sofrer esse problema, pois o perfil do profissional é outro.[/quote]

A receber da empresa B pra agracar cliente C não é terceirização na prestação de serviços?!

Mas sempre foi assim. Tenho um amigo que desde os 15 anos vendia Software em Delphi. O que você acha que mudou no sentido de alguém poder começar na área diretamente com o usuário de Software?
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Tirando o fato de delphi não rodar nos computadores de bolso de milhões de usuários?

[quote=adriano_si]
Claro, esse meu amigo jamais seria chamado para desenvolver e administrar o Sistema de Logística das Lojas Americanas por exemplo, nem muito menos as transações financeiras do Banco Itaú, assim como quando esses quiserem desenvolver um App Mobile, eles não vão chamar “o carinha que desenvolveu o aplicativo legal na play store” e sim uma empresa especializada
nisso. [/quote]

Por que seu amigo ia querer trabalhar nesses lugares que terceirizam a atividade de TI pra reduzir custos?

Se é mais fácil de aprender só porque está na web, porque seu amigo não comprou um plano de internet pra baixar apostilas de delphi?

Quem disse que não? Apenas disse que o problema não está diretamente relacionado a terceirização.

Eu não disse que roda, só disse que sempre se pôde ganhar dinheiro independente de qualquer empresa e que a área sempre foi livre pra quem quis ser independente e ganhar seu dinheiro. Antes só era mais difícil.

Não disse que ele iria querer, tanto que nunca trabalhou e até hoje não pretende trabalhar. Abriu CNPJ só pra poder emitir nota para seus clientes e mais nada.

Não é mais fácil no sentido de ser mais fácil de programar, mas apenas que o conteúdo está aí… E mais, estou falando de alguém em 1992. Daí você tira e tem sua resposta porque ele não comprou o plano de internet e nem baixou as apostilas de Delphi.

[quote=adriano_si]
Quem disse que não? Apenas disse que o problema não está diretamente relacionado a terceirização.[/quote]

Ok, mas como você disse, quem presta serviço de TI como atividade fim não sofre desse problema.

[quote=adriano_si]

Eu não disse que roda, só disse que sempre se pôde ganhar dinheiro independente de qualquer empresa e que a área sempre foi livre pra quem quis ser independente e ganhar seu dinheiro. Antes só era mais difícil.[/quote]

verdade. hoje é muito mais fácil.

[quote=adriano_si]

Não disse que ele iria querer, tanto que nunca trabalhou e até hoje não pretende trabalhar. Abriu CNPJ só pra poder emitir nota para seus clientes e mais nada.[/quote]

Claro que existe a opção de trabalhar porque paga bem ou porque tem pretensões de subir na hierarquia de alguma dessas empresas, mas não necessariamente como desenvolvedor.

programador com mao sexual…hahahaha