[quote=rmendes08][quote=drsmachado][quote=juliocbq]
o problema é que nem todo mundo tem vocação para trabalho que gera lucro.[/quote]
Justamente, mas esse é um problema político que acaba criando esse círculo. Músicos sofrem muito com isso porque muitas vezes não existe campo para certos tipos de música. Daí o músico(por vocação) vai querer ser médico e a coisa vira uma bagunça terrível(claro, porque ele não gosta de exercer medicina, não tem paciência para estudar anatomia, etc…).[/quote]
E isso é mais um preconceito. Quer dizer que apenas trabalhos que geram lucro tem valor?
Já ouviu falar de agricultura de subsistência? É um trabalho que não gera lucro, apenas condições para algumas pessoas (ou pequenos grupos de pessoas) sobreviverem, sem a necessidade (direta, lógico) de dinheiro. Você come o que planta e o que cultiva.
Todos são livres para enxergar o seu mundo melhor. Se o teu é baseado em valores monetários e bens de consumo, isso não significa que os ideais de quem abdica disso estão errados.
Houve um tempo, na história da humanidade, em que as pessoas faziam o que tinham aptidão (ou o que herdavam como profissão). Quem era filho de ferreiro, seria ferreiro, filho de carpinteiro, carpinteiro, filho de pastor, pastor, filho de nobre, nobre, filho de rei, rei e assim por diante.
Essa época ficou conhecida como idade média. Foi o período mais pobre em termos de evolução da humanidade. Tanto que somente após o renascimento (que são os séculos que marcam o fim da idade média) é que as evoluções começaram. Leonardo da Vinci, Galileu Galilei e a grande maioria dos gênios que as pessoas citam viveram em épocas a partir do renascimento.
Aptidão? Dom? Todos os espartanos tinham o dom de matar pessoas? Não. Mas eram treinados, a partir dos sete anos, em escolas que pareciam campos de concentração. A rotina deles era matar no café da manhã, almoço e janta. E, na sua época, foram a cidade estado mais promissora no campo bélico.[/quote]
Talvez seja necessário um pequeno ajuste de termos. O que eu entendi por “Dom” aqui não é uma habilidade inata, que nasce com a pessoa, mas justamente essa disposição em praticar uma atividade. Jimi Hendrix por exemplo, tinha o “Dom”. É claro que ele não compôs “Hey Joe” logo que pegou no violão quando criança, mas já insistia em “tirar de ouvido” as músicas dos desenhos. Eu acho que é isso que o julioqcb quis dizer com “Dom”, e isso é muito pessoal. Todo mundo gosta mais de fazer alguma coisa em detrimento de outra. Nesse sentido, também sou da opinião que todo mundo tem um “Dom”. Acho que o sucesso profissional e pessoal (não necessariamente ganhar um bom salário) está entre descobrir cedo qual o seu “Dom” e o mínimo de preparo ou incentivo. [/quote]
Eu vou um pouco mais além porque acho que essa “vontade e determinação” já nasce com as pessoas. A idéia é essa mesma.
Eu passei 5 anos vendo uma porção de gente que estudava comigo sem nenhum interesse por “ciência da computação”. Estatística não entrava na cabeça delas e não porque não se esforçavam, mas simplesmente não havia interesse porque não era o que queriam. A natureza delas é voltada a outras coisas. O sistema te obriga de certa forma a seguir a “profissão promissora”.