Empresas demitindo desenvolvedores experientes pra contratar estagiários

[quote=duvidante]Então, em que acredita? Digo, como ganha a vida?*

*Curiosidade apenas.[/quote]

O esquema de fábrica de software é “automatizado” demais. A questão aqui é que os desenvolvedores não são vaquinhas em uma fazenda, que ficam produzindo o dia inteiro. Somos seres humanos com personalidade, desejos, expectativas e ambições. E cada um diferente do outro. Metodologias como XP tratam disso que estou falando. Ao invés do cara só receber diagrama e codificar, sozinho ali no canto dele, a equipe toda faz reuniões, compartilha conhecimento, e no final o código é escrito por uma dupla de desenvolvedores. A coisa é mais “humana”, entende?

Como disse, não acredito e nem gosto de fábrica de software, pelo menos não as mais comuns, que costumamos encontrar por aí. Ganho a vida em projetos com equipes pequenas, com até 10 programadores.

:wink:

[quote=neófito][quote=duvidante]Então, em que acredita? Digo, como ganha a vida?*

*Curiosidade apenas.[/quote]

O esquema de fábrica de software é “automatizado” demais. A questão aqui é que os desenvolvedores não são vaquinhas em uma fazenda, que ficam produzindo o dia inteiro. Somos seres humanos com personalidade, desejos, expectativas e ambições. E cada um diferente do outro. Metodologias como XP tratam disso que estou falando. Ao invés do cara só receber diagrama e codificar, sozinho ali no canto dele, a equipe toda faz reuniões, compartilha conhecimento, e no final o código é escrito por uma dupla de desenvolvedores. A coisa é mais “humana”, entende?

Como disse, não acredito e nem gosto de fábrica de software, pelo menos não as mais comuns, que costumamos encontrar por aí. Ganho a vida em projetos com equipes pequenas, com até 10 programadores.

:wink:[/quote]

Entendido. Realmente fui atrás da XP, e achei super legal, muito vantajoso, tanto para nós quanto para a empresa. O duro é convencer chefes “mente do século passado”.

Estou de acordo com esta linha de raciocínio, mas ela se baseia em alguma hipóteses, dentre as quais destaco estas:

  • O sênior faz trabalho de sênior
  • O sênior é competente.
  • Qualidade, prazo e eficiência são relevantes no contexto

Falhando uma destas hipóteses, a substituição pode ser justificável - embora em qualquer caso indique que houve erro de gestão anterior.

Realmente algumas empresas estão a fazer isso, um exemplo é uma empresa multinacional …, que está com esta política há muitos anos.
O resultado disto é a longo prazo, o que eles ganharam até então:
-Sustentação já que com profissionais mais baratos os projetos podem ser mantidos, em termos economicos, on budget!
-Perda de qualidade e histórico de desenvolvimento, os chamados erros de regression, erros que foram corrigidos e que
por falta de experiência retornam em versões futuras dos sistemas.(tipo voltei pra vc!:slight_smile: )

  • Amnésia do pessoal de suporte, pois como são novos não vivenciaram o que ocorreu, precisam de apoio e um profissional
    que já vivenciou os problemas que podem ser problemas encadeados. (tipo, não entendi nada que vc falou…dá pra repetir…)
  • E por fim perda de mercado, uma vez que o suporte não funciona, o desenvolvimento é medíocre, as empresas optam por
    contratar outras empresas de desenvolvimento para sairem do “buraco”.
    Grandes corporações estão afundando neste paradigma, outras com o chamado lessons learned já começam a entender isso
    e quando vêem demissões em massa aproveitam para contratar os mais experientes pois querem oferecer algo a mais ou melhor
    ou seja um serviço competente.
    Empresas assim estão ganhando market share, deixado por essas que querem economizar fazendo economia porca comer poeira.
    A tal estória se não pode com o fogo caiam fora empresas mediocres! :slight_smile:

[quote=jorge mackenzie]Realmente algumas empresas estão a fazer isso, um exemplo é uma empresa multinacional …, que está com esta política há muitos anos.
O resultado disto é a longo prazo, o que eles ganharam até então:
-Sustentação já que com profissionais mais baratos os projetos podem ser mantidos, em termos economicos, on budget!
-Perda de qualidade e histórico de desenvolvimento, os chamados erros de regression, erros que foram corrigidos e que
por falta de experiência retornam em versões futuras dos sistemas.(tipo voltei pra vc!:slight_smile: )

  • Amnésia do pessoal de suporte, pois como são novos não vivenciaram o que ocorreu, precisam de apoio e um profissional
    que já vivenciou os problemas que podem ser problemas encadeados. (tipo, não entendi nada que vc falou…dá pra repetir…)
  • E por fim perda de mercado, uma vez que o suporte não funciona, o desenvolvimento é medíocre, as empresas optam por
    contratar outras empresas de desenvolvimento para sairem do “buraco”.
    Grandes corporações estão afundando neste paradigma, outras com o chamado lessons learned já começam a entender isso
    e quando vêem demissões em massa aproveitam para contratar os mais experientes pois querem oferecer algo a mais ou melhor
    ou seja um serviço competente.
    Empresas assim estão ganhando market share, deixado por essas que querem economizar fazendo economia porca comer poeira.
    A tal estória se não pode com o fogo caiam fora empresas mediocres! :-)[/quote]

A objetização do indivíduo. Alguns quando veem as profissões, tais como analista, programador, Juniores, plenos, ou afins, veem peças. Peças substituíveis.
existem motivos para se demitir um funcionário experiente:

Ou necessidade de corte de gastos da empresa (Sem dinheiro não se vive, nem a empresa)
Ou não for estudioso e atualizado
Ou (Os 3 próximos desestabilizam o grupo) ele é arrogante
Ou agressivo
Ou desrespeitoso
Ou desonestidade
Ou ele não pode colaborar com a mesma eficiência de um outro candidato (Esse outro tem que ser muito melhor pois demora muito pra ter certeza se ele passará nos 5 ultimos quesitos. )

vai por mim… Se seu funcionário experiente já passou por estes testes, seria uma traição abandona-lo.

lol topico de 2007 …

E por incrível que pareça, assunto ainda muito atual, mas MUITO atual mesmo. :wink:

E por incrível que pareça, assunto ainda muito atual, mas MUITO atual mesmo. ;)[/quote]
Toda empresa visa lucro, é fato.
Lucro, para os administradores menos informados é menos despesa e mais receita (receita - despesa = lucro).
Mas, em certas ocasiões é realmente necessário renovar a equipe.
Pessoas com muito tempo de casa (5, 10, 15 anos) tendem a se tornar mais conformadas, não buscam desafios (ao contrário, fogem deles) e acabam vendo com descrença todas as possíveis inovações. Eles contaminam os "mais novos (menos de 5 anos) e, dependendo do nível de proximidade dos gestores, acabam minando pessoas novas que possuem visão mais aberta e mais iniciativa.
Lógico que isso não é uma constante, há ótimos profissionais, que fazem o que gostam e cuja motivação é exatamente esta: fazer o que gosta.
Agora, é inegável que demitir um funcionário que está há 5 anos na mesma função é uma forma de renovar o quadro funcional e dar novos ares à empresa.
Para o funcionário é ruim? Nem sempre. Isso pode ser o início de uma nova e promissora carreira.

E por incrível que pareça, assunto ainda muito atual, mas MUITO atual mesmo. ;)[/quote]
Toda empresa visa lucro, é fato.
Lucro, para os administradores menos informados é menos despesa e mais receita (receita - despesa = lucro).
Mas, em certas ocasiões é realmente necessário renovar a equipe.
Pessoas com muito tempo de casa (5, 10, 15 anos) tendem a se tornar mais conformadas, não buscam desafios (ao contrário, fogem deles) e acabam vendo com descrença todas as possíveis inovações. Eles contaminam os "mais novos (menos de 5 anos) e, dependendo do nível de proximidade dos gestores, acabam minando pessoas novas que possuem visão mais aberta e mais iniciativa.
Lógico que isso não é uma constante, há ótimos profissionais, que fazem o que gostam e cuja motivação é exatamente esta: fazer o que gosta.
Agora, é inegável que demitir um funcionário que está há 5 anos na mesma função é uma forma de renovar o quadro funcional e dar novos ares à empresa.
Para o funcionário é ruim? Nem sempre. Isso pode ser o início de uma nova e promissora carreira.[/quote]

Justamente, porém já vi caso de gestores altamente incompetentes demitirem funcionários essenciais para o andamento de algum projeto. Isso também não é raro de acontecer.

E por incrível que pareça, assunto ainda muito atual, mas MUITO atual mesmo. ;)[/quote]
Toda empresa visa lucro, é fato.
Lucro, para os administradores menos informados é menos despesa e mais receita (receita - despesa = lucro).
Mas, em certas ocasiões é realmente necessário renovar a equipe.
Pessoas com muito tempo de casa (5, 10, 15 anos) tendem a se tornar mais conformadas, não buscam desafios (ao contrário, fogem deles) e acabam vendo com descrença todas as possíveis inovações. Eles contaminam os "mais novos (menos de 5 anos) e, dependendo do nível de proximidade dos gestores, acabam minando pessoas novas que possuem visão mais aberta e mais iniciativa.
Lógico que isso não é uma constante, há ótimos profissionais, que fazem o que gostam e cuja motivação é exatamente esta: fazer o que gosta.
Agora, é inegável que demitir um funcionário que está há 5 anos na mesma função é uma forma de renovar o quadro funcional e dar novos ares à empresa.
Para o funcionário é ruim? Nem sempre. Isso pode ser o início de uma nova e promissora carreira.[/quote]

Justamente, porém já vi caso de gestores altamente incompetentes demitirem funcionários essenciais para o andamento de algum projeto. Isso também não é raro de acontecer.[/quote]
Se o profissional é bom e competente, ter um gestor ruim é péssimo. Ele terá mais oportunidades no mercado que tendo que se reportar a um zero à esquerda.
Temos que pensar fora da caixa, olhando o mercado como um solo fértil e não como um campo minado.
Eu sempre digo isso, se um profissional é bom e a empresa ruim (paga mal, tem um gerenciamento ruim, etc), em pouco tempo este profissional irá para outra melhor.
A empresa mal gerida tende a não ter uma grande longevidade.

E por incrível que pareça, assunto ainda muito atual, mas MUITO atual mesmo. ;)[/quote]
Toda empresa visa lucro, é fato.
Lucro, para os administradores menos informados é menos despesa e mais receita (receita - despesa = lucro).
Mas, em certas ocasiões é realmente necessário renovar a equipe.
Pessoas com muito tempo de casa (5, 10, 15 anos) tendem a se tornar mais conformadas, não buscam desafios (ao contrário, fogem deles) e acabam vendo com descrença todas as possíveis inovações. Eles contaminam os "mais novos (menos de 5 anos) e, dependendo do nível de proximidade dos gestores, acabam minando pessoas novas que possuem visão mais aberta e mais iniciativa.
Lógico que isso não é uma constante, há ótimos profissionais, que fazem o que gostam e cuja motivação é exatamente esta: fazer o que gosta.
Agora, é inegável que demitir um funcionário que está há 5 anos na mesma função é uma forma de renovar o quadro funcional e dar novos ares à empresa.
Para o funcionário é ruim? Nem sempre. Isso pode ser o início de uma nova e promissora carreira.[/quote]

Justamente, porém já vi caso de gestores altamente incompetentes demitirem funcionários essenciais para o andamento de algum projeto. Isso também não é raro de acontecer.[/quote]
Se o profissional é bom e competente, ter um gestor ruim é péssimo. Ele terá mais oportunidades no mercado que tendo que se reportar a um zero à esquerda.
Temos que pensar fora da caixa, olhando o mercado como um solo fértil e não como um campo minado.
Eu sempre digo isso, se um profissional é bom e a empresa ruim (paga mal, tem um gerenciamento ruim, etc), em pouco tempo este profissional irá para outra melhor.
A empresa mal gerida tende a não ter uma grande longevidade.[/quote]

Pois é. Eu já passei por isso a muito tempo atras. É péssimo ser gerenciado por alguém que não tem competência de elaborar as coisas corretamente porque você acaba se responsabilizando pelo gestor, ou seja, faz o trabalho dele e ainda assume quando dá zebra em alguma coisa. Foi uma fase péssima da minha vida.

Eu trabalhei por quase 2 anos (fui demitido quando faltavam poucos dias para completar o segundo ano) em uma empresa em que, de todos os gestores, apenas um era competente (tínhamos 4, em diferentes hierarquias).
Ter sido demitido de lá foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Fui para uma empresa onde eu tive a oportunidade de iniciar como desenvolvedor e, de lá para cá, só evolui.
Hoje penso que se os gestores fossem melhores, hoje eu não estaria desenvolvendo, tampouco dando aulas.
A sorte é algo relativo, depende do ponto de vista. Sempre lembro desse provérbio e acho genial.

Uma coisa boa desse tópico é que tanto os mais novos, quanto os mais experientes podem enxergar nele o reflexo de situações pelas quais estão passando ou que virão a passar e já estarão aptos a saber qual posição tomar.
É difícil não saber como encarar uma demissão, ainda mais quando se considera injusta.

[quote=drsmachado]Uma coisa boa desse tópico é que tanto os mais novos, quanto os mais experientes podem enxergar nele o reflexo de situações pelas quais estão passando ou que virão a passar e já estarão aptos a saber qual posição tomar.
É difícil não saber como encarar uma demissão, ainda mais quando se considera injusta.[/quote]

Quando não se tem parâmetro de como funciona o mercado de trabalho é terrível. Eu não sabia quanto valia. Quando percebi de certa forma havia desperdiçado alguns anos financeiramente, mas é como você falou. A gente ganha por outro lado. O importante é saber reverter coisas ruins em boas. Eu ganhei experiência nesse conceito.

[quote=juliocbq][quote=drsmachado]Uma coisa boa desse tópico é que tanto os mais novos, quanto os mais experientes podem enxergar nele o reflexo de situações pelas quais estão passando ou que virão a passar e já estarão aptos a saber qual posição tomar.
É difícil não saber como encarar uma demissão, ainda mais quando se considera injusta.[/quote]

Quando não se tem parâmetro de como funciona o mercado de trabalho é terrível. Eu não sabia quanto valia. Quando percebi de certa forma havia desperdiçado alguns anos financeiramente, mas é como você falou. A gente ganha por outro lado. O importante é saber reverter coisas ruins em boas. Eu ganhei experiência nesse conceito.[/quote]
Acho que das piores coisas que temos é essa, não saber o próprio valor.
Isso é ruim pelos dois lados. Se eu acho que valho pouco, ganho pouco e trabalho demais. Por outro lado, se eu acho que valho mais do que realmente valho, acabo tendo dificuldades em conseguir uma oportunidade.

[quote=drsmachado][quote=juliocbq][quote=drsmachado]Uma coisa boa desse tópico é que tanto os mais novos, quanto os mais experientes podem enxergar nele o reflexo de situações pelas quais estão passando ou que virão a passar e já estarão aptos a saber qual posição tomar.
É difícil não saber como encarar uma demissão, ainda mais quando se considera injusta.[/quote]

Quando não se tem parâmetro de como funciona o mercado de trabalho é terrível. Eu não sabia quanto valia. Quando percebi de certa forma havia desperdiçado alguns anos financeiramente, mas é como você falou. A gente ganha por outro lado. O importante é saber reverter coisas ruins em boas. Eu ganhei experiência nesse conceito.[/quote]
Acho que das piores coisas que temos é essa, não saber o próprio valor.
Isso é ruim pelos dois lados. Se eu acho que valho pouco, ganho pouco e trabalho demais. Por outro lado, se eu acho que valho mais do que realmente valho, acabo tendo dificuldades em conseguir uma oportunidade.[/quote]

Sim, e eu nunca fui de recusar trabalho, porque achava que valia pouco. Vivendo e aprendendo. :slight_smile:

[quote=juliocbq][quote=drsmachado][quote=juliocbq][quote=drsmachado]Uma coisa boa desse tópico é que tanto os mais novos, quanto os mais experientes podem enxergar nele o reflexo de situações pelas quais estão passando ou que virão a passar e já estarão aptos a saber qual posição tomar.
É difícil não saber como encarar uma demissão, ainda mais quando se considera injusta.[/quote]

Quando não se tem parâmetro de como funciona o mercado de trabalho é terrível. Eu não sabia quanto valia. Quando percebi de certa forma havia desperdiçado alguns anos financeiramente, mas é como você falou. A gente ganha por outro lado. O importante é saber reverter coisas ruins em boas. Eu ganhei experiência nesse conceito.[/quote]
Acho que das piores coisas que temos é essa, não saber o próprio valor.
Isso é ruim pelos dois lados. Se eu acho que valho pouco, ganho pouco e trabalho demais. Por outro lado, se eu acho que valho mais do que realmente valho, acabo tendo dificuldades em conseguir uma oportunidade.[/quote]

Sim, e eu nunca fui de recusar trabalho, porque achava que valia pouco. Vivendo e aprendendo. :)[/quote]
Eu fui começar a recusar este ano, apenas, isso, por que, eu já tenho dois e trabalho de segunda a sábado :P.

Eu acho que, independente de estagiário ou sênior, o empregador deve se preocupar em contratar os profissionais mais preparados/competentes que encontrar e/ou puder pagar.

Favorecer competência ao invés de experiência. Eu sei, é uma daquelas frases do google, mas pelo o que ele vem mostrando, funciona.

Existem muitas empresas que pensam assim: “Uma coisa é contratar alguém pra trabalhar na IBM, Sun, Microsoft, e outra coisa é contratar alguém pra trabalhar aqui”

Muito provavelmente são essas empresas que contratam pencas de estagiários ao invés de 3 ou 4 sêniores.