Fanboy: aquela criança que não devia trabalhar com TI

Nos últimos dias estive pensando a respeito do impacto negativo que um fanboy pode trazer para a área de TI.
Então terminou gerando um post no meu blog, que gostaria de saber a opinião de vocês :slight_smile:

Acho o artigo obsoleto pq o Java é o máximow e agora não teim mais pq discutir por tecnologia, pq agora temos uma perfeita ae.
Vlw.

[quote=ViniGodoy]Acho o artigo obsoleto pq o Java é o máximow e agora não teim mais pq discutir por tecnologia, pq agora temos uma perfeita ae.
Vlw.[/quote]

Uah! ha ha ha ha ha ha ha!

Brincadeiras a parte. Achei ótimas as colocações. É exatamente o que penso sobre fãboys.

Existem empresas, como a Microsoft, que fazem verdadeiros eventos para criar fãboys.

Na minha opinião, um ponto negativo do faboy é que ele se recusa a estudar novas tecnologias. E, quando o faz, se recusa a vencer devidamente a curva de aprendizado, e usa as dificuldaes iniciais inerentes a qualquer novo conhecimento para reforçar sua fãboyzisse e criticar as tecnologias diferentes da sua devoção.

Ótimo artigo!

Acredito que cada pessoa tenha o direito de ser fã ou gostar de uma tecnologia ou objeto; mas sempre tem que manter a cabeça aberta para novas experiências.
Ser xiita em TI não tá com nada!

Em meu serviço eu bato o pé que JSF é bom. Mas o pessoal se assustou quando eu indiquei VRaptor para uma pessoa.

Eu acredito que cada ferramenta tenha sua vantagem e desvantagem. Temos que estar sempre de olhos abertos para isso.

Enquanto a pessoa for radical em achar que a tecnologia X é a melhor para todas as situações, ela sempre irá se prejudicar sem saber. ^^

Eu era fanboy de java para web, até que comecei a utilizar python com o django. Agora acho que sou fanboy desta combinação, hehehe

Gostei do artigo. Eu só acho que as vezes as pessoas não utilizam outra tecnologia porque não há tempo suficiente para aprendê-las, e não simplesmente porque elas não querem aprender. É fácil ficarmos “brincando” com tecnologias novas em casa no tempo livre, aí quando existe a oportunidade de utilizar já sabemos ao menos o mínimo para utilizá-la na vida real. Agora com o tempo vem a família, os filhos e aquele tempo que tínhamos para isso vai embora, porque passamos a ter outras responsabilidades que consomem estes momentos que antes eram tempo utilizado para estudos. Fora que existem pessoas que não são autodidatas e tem que fazer cursos para se atualizar (alguns acham que estas pessoas não deveriam trabalhar com informática justamente por isso, mas isso é um outro assunto). Estes cursos em sua maioria são caros, e pelos mesmos fatores que apresentei anteriormente com o tempo passamos a não dispor mais do dinheiro que tínhamos para esse fim, já que temos que utilizá-lo para outras coisas na nossa casa e família. Por isso que eu acho que o melhor seria por exemplo se para projetos futuros uma tecnologia nova parece ser mais apropriada que a utilizada atualmente, a equipe fosse treinada gradativamente nesta nova tecnologia e se possível durante o expediente (por exemplo uma hora por dia o pessoal seria treinado). O treinamento poderia ser realizado por alguém que já conheça ou por algum instrutor de fora. Após a equipe estar treinada, um projeto piloto deveria sser desenvolvido e, à partir deste, a tecnologia poderia ser utilizada nos projetos reais da empresa.
O que eu vejo, entretanto, é que este tipo de cultura é muito difícil de existir aqui. Nós temos que ser autodidatas sempre e muitas vezes a utilização destas novas tecnologias se dá de forma desorganizada, ou seja, determinado dia alguém decide que a tecnologia nova será utilizada, começa a utilizar já num projeto real, sem realizar um treinamento ou um projeto piloto (que eu acho essencial para que as pessoas sintam as dificuldades que a plataforma apresentará e os problemas que a mesma traz para o desenvolvimento) e cada um que se vire para aprender como puder. Acredito que a maioria das empresas não faz este tipo de treinamento para atualização dos profissionais por medo de perdê-los, já que normalmente o nível de rotatividade de pessoas é grande, e é muito comum alguém mudar de trabalho por uma proposta um pouco melhor. O profissional, com o tempo, passa a não dispor mais de recursos e/ou tempo para se atualizar, e eu acredito que em alguns casos por isso ele se torne um “fanboy”, não porque ele quer, mas porque ele sabe que ninguém irá ajudá-lo a se atualizar, e se atualizar por conta própria vai ficando mais complicado com o tempo (veja que não estou falando que isso é justificativa em todos os casos).

Tem a questão do “Know how” também. Dizer que você tem que “usar a melhor ferramenta” é muito subjetivo.
Especialmente se você tem uma equipe, mudar de tecnologia pode significar readequar a infra, vencer uma curva de aprendizado de diversas pessoas e também conviver com problemas vindos de erros que certamente serão cometidos no meio do processo (e geralmente descobertos tarde demais). É como diz o Kiko no artigo, muitas vezes usar a tecnologia do legado é bom porque sabemos que ela funciona.

Agora, ser fãboy é negar que possam existir tecnologias melhores. É achar que você programa na melhor alternativa de todas.
Isso é perigoso pois as vezes a sua tecnologia pode ser a pior para determinada tarefa (como é o caso de Java com jogos, por exemplo).

Legal seu texto.

Eu acho que todo mundo é fanboy em alguma coisa.
tem um estudo interessante sobre os produtos da apple:


http://www1.folha.uol.com.br/tec/917701-culto-a-apple-se-assemelha-a-religiao-dizem-pesquisadores.shtml

Mas entedo porque isso acontece no mundo de TI.

Todo mundo sonha com uma ferramenta que lhe proporciona uma curva de produção exponencial.
Só que esse tipo de ferramenta possui uma curva de aprendizado muito elevada.
Quanto maior a complexidade de um frameowrk, maior é a dificuldade de se encontrar profissionais que o conhecem bém por muitos fatores: custo de curso, livro, tempo de estudo e pesquisa, delay dos foruns, etc.
Acaba que todo mundo tem que escolher entre uma ou outra ferramenta para se especializar. Não dá mais pra conhecer todos bem.
Ai muitos irão defender o seu: “Mais gasto e mais tempo para outra ferramenta. Vou fazer propagando do meu favorito”.

Olha essa piada sobre algumas ferramentas de hoje:
vc leva 98% do tempo do projeto só estudando as ferramentas e leva 2% do tempo para finalmente escrever o projeto.

Sou fanboy da simplicidade.

Muito bom.

Parabéns pelo post,

Nossos professores, inclusive, que eu saiba, existe um entre nós, pregavam, sob a ótica de alguns autores, que todos deveriam partir do princípio que a tecnologia é perfeita e que todas as etapas de levantamento de requisitos funcionais e análise independe da linguagem de programação.

Acho que a mensagem do kiko ficou clara, precisamos de uma dessas para o Demostenes Torres da Silva Carlinhos Cachoeira e se restar tempo, para alguns trolls que ainda teimam em aparecer de vez em quando por aqui.

[]'s

Fanboy, se nega a estudar outras tecnologias, isso acaba atrasando em todos os ponto. Acredito que todos nos temos uma tecnologia favorita, mas ser fanboy a ponto de tornar a tecnologia que “ama” uma religião. Não gostam de estudar outras tecnologias, por achar que a sua é melhor, entre outras coisas.

Um trecho que achei interessante no artigo é:

Somente crescendo e amadurecendo ele deixará de ser fanboy. Mas há aqueles que persistem nisso.

Uau, quanto feedback positivo! Valeu (confesso que queria algum criticismo, mas este ainda vêm por ai :slight_smile: ).

Bom, por acaso topei na Internet com este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=V2GqU6fdjeQ&feature=related

Trata da descoberta dos quase-cristais. O que achei interessante é que trata-se do mesmo comportamento que descrevi, só que aplicado pela cadeia dominante da comunidade científica.
Eu não conhecia, mas pelo que pude aprender, os quase-cristais são usados hoje na fabricação de metais incrívelmente resistentes e afiados e, quando descobertos pela primeira vez, práticamente destruiram a carreira do seu descobridor, pois iam contra a visão corrente. As pessoas sequer pensavam na hipótese: de cara a descartavam e o ridicularizavam pelo que estava proposto (e muita gente graúda, incluindo ganhadores do Nobel).

Vale muito à pena assistir. Fica a dica!

[quote=kicolobo]
Uau, quanto feedback positivo! Valeu (confesso que queria algum criticismo, mas este ainda vêm por ai :slight_smile: ).
![/quote]

Pq? Acho que vc tá certo em não se apegar a um punhado de ferramentas.
A razão instrumental não deve substituir a razão crítica.
Considere-se sortudo por entender isso porque uma porção grande não tá nem ai.

Eu não sabia sobre os problemas do descobridor dos quasicritais. Mais uma para colocar na memoria.
George Cantor passou por um problema semelhante. Alguns bobocas da época censuraram o cara. E ele tava certo.


Tentaram fazer o mesmo com o Charles Robert Darwin.

O segredo é não ter medo de criticar, perguntar e errar.

Muito bom, acho que vai além da paixão, é mais facil se apegar a uma tecnologia do que aprender outras, isso no caso deles claro…

[quote=ViniGodoy]Brincadeiras a parte. Achei ótimas as colocações. É exatamente o que penso sobre fãboys.

Existem empresas, como a Microsoft, que fazem verdadeiros eventos para criar fãboys.

Na minha opinião, um ponto negativo do faboy é que ele se recusa a estudar novas tecnologias. E, quando o faz, se recusa a vencer devidamente a curva de aprendizado, e usa as dificuldaes iniciais inerentes a qualquer novo conhecimento para reforçar sua fãboyzisse e criticar as tecnologias diferentes da sua devoção.[/quote]

:wink:

Cara, não sei, mas 99% dos fanboys que eu já vi usam camiseta de Linux, exibindo o Tux, ou então a xicarazinha da Sun (isso naquela época que ainda tinha). Afinal, era cool. Agora que a Oracle comprou a Sun, não se usa mais camisas assim.

Agora, sinceramente, eu nunca vi um fanboy Microsoft não. Esses fanboys que já vi, querem ser a cópia do MadDog. E se acham bons ainda, isso que é o pior de tudo. Lá naquela tal de Campus Party tá entupido desses caras.

Me lembro dum caso engraçado, estava num encontro do DF-JUG, e jogaram um boné da Sun que por pura coincidência ele caiu no meu colo, veio um louco que estava do meu lado e pegou o boné e ficou me olhando. Rapaz, eu não entendi a do cara até hoje. Se o prob. era um boné, sinta-se a vontade, eu não uso mesmo.

Mas não sei se vocês ja’perceberam, esse ser está em migração e virando um ser híbrido. Agora nós temos os hipsters fanboys. Duas pragas reunidas para doarem o pior de si.

E isso aqui vai pros hipsters / fanboys:

Fanboy é o maior patrimônio que uma empresa pode ter. Foram eles que salvaram a Apple da quebradeira nos anos 90 antes do Jobs voltar e são eles o maior motor de crescimento da empresa.

MS faz de tudo pra alimentar seus fanboys, basta assistir uma apresentação dos evangelistas da empresa pra ver. Eles estimulam forte a disputa entre a empresas e o preto e branco (“ou é bom, ou é mal, e nós somos os bons”).

Pros demais profissionais, basta ignorá-los.

[quote=marcosalex]Fanboy é o maior patrimônio que uma empresa pode ter. Foram eles que salvaram a Apple da quebradeira nos anos 90 antes do Jobs voltar e são eles o maior motor de crescimento da empresa.

MS faz de tudo pra alimentar seus fanboys, basta assistir uma apresentação dos evangelistas da empresa pra ver. Eles estimulam forte a disputa entre a empresas e o preto e branco (“ou é bom, ou é mal, e nós somos os bons”).

Pros demais profissionais, basta ignorá-los.

[/quote]

Sim, você foi bem feliz nessa sua colocação. Algumas grandes empresas usam esse tipo de estratégia para popularizar suas ferramentas entre os desenvolvedores. Desde competições até títulos entre as comunidades. Isso acaba por induzir algumas pessoas a acharem que determinado ecossistema é essencial para o sucesso de um projeto ou solução, quando na verdade o know how do profissional é 70% do todo.

Eu sou completamente contra essa idéia de evangelismo.

Aliás, se não fosse por isso eu estaria conversando em tupi guarani com vocês agora, que na minha opinião é uma língua mais bonita que o português,

[quote=kicolobo]Nos últimos dias estive pensando a respeito do impacto negativo que um fanboy pode trazer para a área de TI.
Então terminou gerando um post no meu blog, que gostaria de saber a opinião de vocês :slight_smile:

Ótimo texto kiko. Quando se é parcial na adoção de uma tecnologia para solução de um problema todo esforço coletivo vai por água abaixo. Nós devemos utilizar a que ]resolve o problema da melhor forma.