Linguagem interpretada código fonte mão beijada

Fala Viny… mudando um pouco o foco do tópico, mas como anda a área de jogos no Brasil ??

Acho que todos um dia já sonharam em de fato desenvolver pra essa área, mas investir de verdade, apenas poucos têm coragem…

Está crescendo. Principalmente com a vinda da Ubisoft e da Techfront para cá, com os maciços investimentos na Hoplon, em torno do Taikodom, e com a aquisição da SouthLogic pela Ubisoft (o que só significa que agora a SouthLogic é um estúdio oficial Ubi. A ubi, que segue o mesmo modelo da EA).

Mas ainda é um mercado mal remunerado, para os padrões do mercado. Especialmente pq exige alta capacitação técnica, comparável a que você precisaria para ingressar nos ramos mais bem remunerados da indústria de software hoje (software industrial e centros de pesquisa).

Anyway, eu não sugeriria para alguém que fizesse uma graduação em games. Não é pq sou professor de uma pós, mas acho que esse grau de especialidade soma pouco, e te restringe em outros empregos da área, que podem ser tão divertidos quanto fazer jogos. Se quiser se especializar, busque mesmo uma pós-graduação, seja diretamente em jogos, ou em áreas afins como IA ou computação gráfica.

Pesquisa na área de jogos tem crescido também, até pq elas podem ser aplicadas a outras ciências. A própria SBGames já está sendo internacionalmente reconhecida, e há muitos institutos dispostos a investir pesado nessa área. A PUC aqui do Paraná, por exemplo, é um deles.

Olá

TODOS

É claro que este tópico já perdeu um pouco a graça porque mais uma vez a agressão se sobrepôs à argumentação.

Mas eu queria dizer ao autor do tópico que dar o código fonte é justamente criar um vínculo com o cliente. Muito antes do movimento open source, eu já adotava isto como estratégia de marketing. E justamente por esta questão, euzinho bem pequeninho, consegui vender softwares para grandes empresas como Embratel, Telebrás, Brown Bovery (AAB) e várias outras. Isto desde 1982.

Hoje em dia qualquer programinha rapidamente passa de 10 mil instruções. Dificilmente um cliente entrega um código para outro que não aquele que o desenvolveu, a menos em caso de pisada braba de bola. Neste último caso, quando vi acontecer, o código fonte foi simplesmente jogado no lixo porque houve total quebra de confiança.

E para quem precisa de uma oportunidade de trabalho e mora em um local isolado no interior, participar do desenvolvimento de algum software open source pode significar se tornar conhecido mundialmente. Só para dar um exemplo real, o Carlos Brando mora no interior do Espírito Santo e de lá se tornou famoso em todo o mundo por escrever um livro gratuito sobre as novidades do Rails. Este livro já foi traduzido em várias línguas e o Brando trabalha para uma empresa multinacional sem arredar o pé do seu torrão natal.

[]s
Luca

[quote=ViniGodoy]Onde foi que eu falei em manutenção de computadores? Ou em explorar técnicos de 18 anos?

A SouthLogic, recentemente adquirida pela Ubisoft, é um exemplo de empresa de tecnologia nacional comprada por uma empresa estrangeira. Chamaram a atenção através do desenvolvimento de um framework para games, chamando Aspen Engine. Trabalho de qualidade. Ela foi fundada por um grupo de amigos.

O setor onde eu trabalho, de tecnologia educacional, da positivo, contribui com 4% do faturamento de todo o grupo Positivo. Se isso não é ganhar dinheiro com tecnologia, amigo, não sei o que é.

E, devo citar a MicroSiga? Acho que os administradores dela não estão reclamando…

Faça algo realmente inovador, e que chame a atenção e você vai ficar rico. Claro, exigirá de você saber distribuir e comercializar esse produto, seja na forma do open source ou não. Mas fazer algo assim é difícil.

Ok, a Sun tem passado um momento infeliz. Mas podemos citar outras empresas, como o grupo SpringSource, o próprio Linux, ou mesmo empresas que crescem em torno do PostGre. Fora que também podemos citar diversas empresas enormes, de código fechado, que estão falindo, como é o caso da Siemens, na área de telecomunicações.[/quote]

EXATAMENTE O QUE ESTOU TENTANDO DIZER. Nenhuma dessas empresas citadas por você é opensource, porque opensource é inviável. Nenhuma empresa seria “comprável” se toda a sua tecnologia está disponível gratuitamente na internet, com os códigos fontes e tudo mais.

A Sun é um fracasso, a SpringSource eu não conheço, mas pelo simples fato de cobrarem por patch mostra o grau de desespero. Linux não é uma empresa, e todas as empresas de Linux se ferraram ou foram compradas. Lembro-me da antiga Mandrake Linux pedindo doações.

Ainda estou no aguardo por uma explicação sobre como opensource funciona para se montar um negócio.

[quote=Luca]Ficando só no Java, muita gente vive e muito bem só desenvolvendo software open source. O pessoal da Apache não está nada triste. A turma do Lucene vive muito bem e até criaram a LucidImagination. Poderia citar um monte como Mule, IONA, etc. E ainda poderia citar os casos em que os caras lavam a égua quando vendem as empresas. O Marc Fleury vive hoje nababescamente com o que lucrou com a venda do JBoss para a Red Hat. O Rod Johnson, que não era nenhum pobretão com o que ganhou com o Spring, agora está embolsando mais de 300 milhões de dólares com a venda da Spring-source para a VM Ware. O MySQL foi vendido para a Sun por 1 bi. E a Oracle comprou a Sun principalmente pelo Java.

Para mim o kikoloco disse tudo.

É possível que alguma empresa pegue seu software open source e empacote dentro de seus próprios produtos como o JCompany por exemplo. Mas a maioria só usa e o autor ganha muito mais vendendo serviços do que vendendo software fechado.
[/quote]

Quê? A Conectiva foi vendida para a Mandrake, mas eu não chamaria isso de sucesso. Pode ser sucesso para o felizardo que saltou do navio antes dele afundar. Quer dizer então que sucesso no mundo opensource é igual a “vender” empresas?

Ok, ignoremos este detalhe. Todos os seus exemplos ou não são organizações com fins lucrativos (ex. Apache) ou são empresas que não inovaram nada. Como implementar um servidor Java EE é “inovar” em alguma coisa? Essas empresas foram vendidas pela carteira de clientes e não pela tecnologia. Seria o equivalente a vender uma empresa de consultoria dessas aí do mercado brasileiro.

Se alguém deseja abrir uma empresa de consultoria para contratar recursos assim como a BRQ e outras, ótimo vá em frente, mas isso é muito diferente de ser uma empresa de tecnologia e vocês sabem muito bem como o “recurso” é tratado nesses casos.

[quote=Luca]Mas eu queria dizer ao autor do tópico que dar o código fonte é justamente criar um vínculo com o cliente. Muito antes do movimento open source, eu já adotava isto como estratégia de marketing. E justamente por esta questão, euzinho bem pequeninho, consegui vender softwares para grandes empresas como Embratel, Telebrás, Brown Bovery (AAB) e várias outras. Isto desde 1982.

Hoje em dia qualquer programinha rapidamente passa de 10 mil instruções. Dificilmente um cliente entrega um código para outro que não aquele que o desenvolveu, a menos em caso de pisada braba de bola. Neste último caso, quando vi acontecer, o código fonte foi simplesmente jogado no lixo porque houve total quebra de confiança.[/quote]

Já vi isso acontecer inúmeras vezes por corte de gastos. Nos casos que eu vi eram americanos sendo substituídos ou por indianos ou chineses ou brasileiros, etc. O único motivo era custo, pois os desenvolvedores em questão eram muito competentes. Mas ninguém é imune a isso.

Nenhuma dessas tarefas de desenvolvimento é única e difícil que apenas uma pessoa seja capaz de fazer. Existem inúmeras pessoas no Brasil e no mundo que podem fazer o que você faz e provavelmente melhor por menos.

Obs: E nos casos onde houve corte de gastos e contrataram outra pessoa ela fez o serviço muito bem feito e não ficou devendo nada em comparação ao desenvolvedor original. Portanto a idéia de você “se garante” é pura falácia.

Olá

[quote=Thiagosc]… Todos os seus exemplos ou não são organizações com fins lucrativos (ex. Apache) ou são empresas que não inovaram nada. Como implementar um servidor Java EE é “inovar” em alguma coisa? Essas empresas foram vendidas pela carteira de clientes e não pela tecnologia. Seria o equivalente a vender uma empresa de consultoria dessas aí do mercado brasileiro.

Se alguém deseja abrir uma empresa de consultoria para contratar recursos assim como a BRQ e outras, ótimo vá em frente, mas isso é muito diferente de ser uma empresa de tecnologia e vocês sabem muito bem como o “recurso” é tratado nesses casos.[/quote]

Meu exemplo da Apache se referia aos que trabalham lá que vivem muito bem com a fama adquirida ao participarem dos projetos.

E a boa carteira de clientes das empresas que citei foram obtidas justamente pelo modelo open source. A Spring Source é conhecida mundialmente ao invés de ser uma empresinha da Austrália caso o Rod Johnson tivesse optado por não abrir seu código.

Se alguém quiser abrir uma empresa como a BRQ, pode seguir o modelo da recém chegada ao Brasil Toughtworks e até saber as vantagens de seguir o movimento Open Source lendo http://www.thoughtworks.com/how-we-do-it/open-source.html e http://opensource.thoughtworks.com/

Para mim o modelo Open Source, que surgiu com força total depois da popularização da Internet com o www, mudou o mundo muito além da área de TI. Poderia citar muitos e muitos exemplos nas áreas de imprensa, medicina, engenharia e em muitas outras áreas de conhecimento. O conceito de primeiro dar para depois obter vantagens hoje é praticamente obrigatório para quem quer um lugar ao Sol. Isto vai muito além de ceder o código fonte, muitas vezes é ceder o trabalho de muitos durante muitos meses para obter vantagens futuras

[]s
Luca

[quote=Luca]Olá

[quote=Thiagosc]… Todos os seus exemplos ou não são organizações com fins lucrativos (ex. Apache) ou são empresas que não inovaram nada. Como implementar um servidor Java EE é “inovar” em alguma coisa? Essas empresas foram vendidas pela carteira de clientes e não pela tecnologia. Seria o equivalente a vender uma empresa de consultoria dessas aí do mercado brasileiro.

Se alguém deseja abrir uma empresa de consultoria para contratar recursos assim como a BRQ e outras, ótimo vá em frente, mas isso é muito diferente de ser uma empresa de tecnologia e vocês sabem muito bem como o “recurso” é tratado nesses casos.[/quote]

Meu exemplo da Apache se referia aos que trabalham lá que vivem muito bem com a fama adquirida ao participarem dos projetos.

E a boa carteira de clientes das empresas que citei foram obtidas justamente pelo modelo open source. A Spring Source é conhecida mundialmente ao invés de ser uma empresinha da Austrália caso o Rod Johnson tivesse optado por não abrir seu código.

Se alguém quiser abrir uma empresa como a BRQ, pode seguir o modelo da recém chegada ao Brasil Toughtworks e até saber as vantagens de seguir o movimento Open Source lendo http://www.thoughtworks.com/how-we-do-it/open-source.html e http://opensource.thoughtworks.com/
[/quote]

A boa carteira de clientes desses exemplos foram obtidas por pessoas que não tem nada a ver com tecnologia. Marqueteiros, vendedores, etc. Perceberam o padrão? No modelo opensource é impossível ganhar dinheiro com tecnologia, e o que acontece é exatamente o que acontece com consultorias brasileiras. Os sócios lucrando e pagando merreca para “recursos” que trabalharão em “fábricas de software”.

A quem interessa isso? Certamente não aos profissionais da área.

Agora veja que interessante a sua colocação: [quote=Luca]“A Spring Source é conhecida mundialmente ao invés de ser uma empresinha da Austrália caso o Rod Johnson tivesse optado por não abrir seu código.”[/quote]

A “Spring Source” seria uma “empresinha” porque é uma consultoria e não uma empresa de tecnologia. Existem diversos exemplos de empresas que desenvolvem tecnologia que são mundialmente famosas por causa de sua tecnologia, mesmo que não sejam gigantes assim como a Microsoft.

Todas as empresas que usam opensource ou vendem algo não relacionado à tecnologia, isto é, que não requer o conhecimento técnico, ou então sobrevivem a base de produtos proprietários assim como é com a IBM que vende hardware e software proprietário ou a Oracle.

E sobre o Apache, eu não sei se todos os desenvolvedores são pagos, mas assim como a Free Software Foundation ela sobrevive de doações de empresas (assim como a IBM que deseja transformar desenvolvimento de software em commodity de fábrica de software). Ela pode empregar algumas pessoas para manter as suas funções, mas isso nada tem a ver com fama. São negócios e corporações os apóiam porque usam seus softwares em seus produtos proprietários e os utilizam como mão de obra barata.

Por falar em fama, aqui está um exemplo do mundo Rails para você:

http://www.zedshaw.com/blog/2009-07-13.html

[quote]I?ll always be an open source developer, but quite frankly, we?re dying off because the companies who use our software do not give back. The irony of the situation is that, in order to improve my motivation to do open source, I have to charge for it.

I obviously won?t ever charge an open source project, since they are honoring the unwritten contract: If I give, you give.

But the days of quick-flip corporations and ingrate programmers making money on my software are over. My new motto is:

Open source to open source, corporation to corporation.

If you do open source, you?re my hero and I support you. If you?re a corporation, let?s talk business.[/quote]

Não, não pode citar nenhum outro exemplo. Na área de engenharia eles cobram e não desenvolvem projetos de graça. Na medicina eles também cobram, etc.

Agora a sua frase que eu negritei acima é hilária! É lei que alguem receberá “vantagens”? Quantos aqui já doaram dinheiro para alguns desse projetos que vivem pedindo doações? Haha. Aposto que muito nem um patch jamais submeteram e quanto tem problemas se limitam a ir no Google.

O seu “modelo de negócios” opensource parece ser baseado em fé. Com fé e 25 centavos você terá… deixa eu calcular aqui… 25 centavos!

Acho que todos os interessados em opensource ou não são da área e vêem a oportunidade e explorar a mão de obra barata ou então já estão com a vida ganha com outros produtos e realmente não precisam se importar com isso. As pequenas empresas e profissionais é que saem prejudicados.

Oi ThiagoSC,

lendo seu último post, fiquei com uma dúvida: você diz que a Spring Source é uma empresa de consultoria, e não de tecnologia.
Ai fiquei na dúvida: pra você, o que diferencia uma empresa de tecnologia de uma consultoria?

Afinal de contas, no caso da Spring Source temos a aplicação clássica de negócio baseado em opensource que funciona.

  • Desenvolveram um produto próprio
  • Liberaram o código fonte (que foi desenvolvido por uma galera globalmente)
  • Oferecem serviços baseados nestes produtos open source.

Qual a diferença?

Ai: queria um bom exemplo de caso de negócio opensource, acabou por expor um. :wink:

[quote=kicolobo]Oi ThiagoSC,

lendo seu último post, fiquei com uma dúvida: você diz que a Spring Source é uma empresa de consultoria, e não de tecnologia.
Ai fiquei na dúvida: pra você, o que diferencia uma empresa de tecnologia de uma consultoria?

Afinal de contas, no caso da Spring Source temos a aplicação clássica de negócio baseado em opensource que funciona.

  • Desenvolveram um produto próprio
  • Liberaram o código fonte (que foi desenvolvido por uma galera globalmente)
  • Oferecem serviços baseados nestes produtos open source.

Qual a diferença?

Ai: queria um bom exemplo de caso de negócio opensource, acabou por expor um. ;)[/quote]

Uma empresa de tecnologia tem seu core business em desenvolvimento de tecnologia. Ela pode até fazer outras coisas, mas o principal precisa ser tecnologia. A Microsoft é um exemplo, mas qualquer empresa que comercialize um software entra nesse caso aqui.

A Spring Source não ganhava dinheiro com tecnologia, mas sim com serviços de consultoria. Seria idêntico se qualquer um aqui criasse uma empresa especializada em prestar serviços Linux, seja instalaçao ou suporte ou o que for. Assim a Spring Source existiram várias outras, como a VA Linux (que já não tem mais Linux no nome porque opensource é inviável) que fazia algo similar só que com outros pacotes de software, para assim ter uma expectativa de custear o desenvolvimento do software.

No primeiro caso a empresa tem metas de desenvolvimento produtos, com uma visão e expectativas em termos de planejamento, e no segundo caso o desenvolvimento é circunstancial, isto é, vai depender da necessidade do cliente e da disponibilidade de recursos. No primeiro caso cobra-se pela tecnologia, no segundo cobra-se pela hora do consultor ou contratos de suporte.

E antes que alguém venha com papo de “mas o cliente quer bla, bla, bla”, empresas de tecnologia geralmente trazem novidades para o mercado que o clientes não sabem que precisavam. Ninguém implorava por PCs fáceis de usar, mas a Apple foi lá e fez porque teve a visão. Ninguém implorava por planilhas de cálculo, mas uma outra empresa foi lá e fez porque teve a visão. Ninguém implorava por jogos de tiro em primeira pessoa, mas a Id foi lá e fez porque teve a visão. etc.

Thiago, vc escreve sua lógica de negócio misturado com todo resto numa classe só (e por isso não pode compartilhar o código porque estaria liberando informações essenciais do seu produto)?

Na boa, se não for isso vc deve ser um contratado do GUJ pra inflamar as discussões no forum. Não é possível.

Olá

Sim, a Spring Source vendia e vende sistemas além de serviços. Os servidores deles sempre foram produtos pagos desde o lançamento.

Mas isto não vem ao caso porque o forte da IBM nos últimos anos tem sido a venda de serviços.

E quanto a opção por open souce ser uma estratégia de marketing, é claro que concordo plenamente. Até disse que sempre agi assim justamente por questões mercadológicas (ganhar a confiança do cliente, ter um diferencial sobre os concorrentes, aumentar o valor do meu pŕoduto, etc.)

[]s
Luca

[quote=ThiagoSC]
Uma empresa de tecnologia tem seu core business em desenvolvimento de tecnologia. Ela pode até fazer outras coisas, mas o principal precisa ser tecnologia. A Microsoft é um exemplo, mas qualquer empresa que comercialize um software entra nesse caso aqui.

A Spring Source não ganhava dinheiro com tecnologia, mas sim com serviços de consultoria. Seria idêntico se qualquer um aqui criasse uma empresa especializada em prestar serviços Linux, seja instalaçao ou suporte ou o que for. Assim a Spring Source existiram várias outras, como a VA Linux (que já não tem mais Linux no nome porque opensource é inviável) que fazia algo similar só que com outros pacotes de software, para assim ter uma expectativa de custear o desenvolvimento do software.

No primeiro caso a empresa tem metas de desenvolvimento produtos, com uma visão e expectativas em termos de planejamento, e no segundo caso o desenvolvimento é circunstancial, isto é, vai depender da necessidade do cliente e da disponibilidade de recursos. No primeiro caso cobra-se pela tecnologia, no segundo cobra-se pela hora do consultor ou contratos de suporte.

E antes que alguém venha com papo de “mas o cliente quer bla, bla, bla”, empresas de tecnologia geralmente trazem novidades para o mercado que o clientes não sabem que precisavam. Ninguém implorava por PCs fáceis de usar, mas a Apple foi lá e fez porque teve a visão. Ninguém implorava por planilhas de cálculo, mas uma outra empresa foi lá e fez porque teve a visão. Ninguém implorava por jogos de tiro em primeira pessoa, mas a Id foi lá e fez porque teve a visão. etc.[/quote]

Você acabou de descrever a Spring Source como uma empresa de tecnologia (o que de fato é) tiaguim! :slight_smile:
Sim, é ela que produz os produtos em cima dos quais tanto vende licenças (dual, open source e comerciais) e também oferece serviços.

E o mais engraçado: colocou a MS no mesmo patamar: a única diferença é que ela não está “dando de graça” (nenhuma empresa open source da de graça seus produtos, entenda isto) seus produtos.

Aliás, a MS de uns tempos pra cá vêm fazendo isto também. oh oh! tiaguim: opensource te pegou! he he he

[quote=mochuara]Thiago, vc escreve sua lógica de negócio misturado com todo resto numa classe só (e por isso não pode compartilhar o código porque estaria liberando informações essenciais do seu produto)?

Na boa, se não for isso vc deve ser um contratado do GUJ pra inflamar as discussões no forum. Não é possível.[/quote]

Esse pessoal do GUJ anda fumando uma erva. Cada comentário sem noção.

[quote=Luca]Olá

Sim, a Spring Source vendia e vende sistemas além de serviços. Os servidores deles sempre foram produtos pagos desde o lançamento.

Mas isto não vem ao caso porque o forte da IBM nos últimos anos tem sido a venda de serviços.

E quanto a opção por open souce ser uma estratégia de marketing, é claro que concordo plenamente. Até disse que sempre agi assim justamente por questões mercadológicas (ganhar a confiança do cliente, ter um diferencial sobre os concorrentes, aumentar o valor do meu pŕoduto, etc.)
[/quote]

Não, a IBM vende tecnologia. A diferença da IBM dos anos 80 para a IBM atual é que ela não mais uma empresa de hardware somente e a divisão da Software Group corresponde por quase a metade de seus lucros.

A IBM usa opensource por causa da mão de obra barata e também como uma forma de não dar poder a desenvolvedores de software, assim como a Microsoft. Assim ela não apenas consegue projetos sem financiar um tostão, mas também previne que outras empresas venham porventura desenvolver algo como o Windows.

E de fato, opensource serve mais para concentrar o poder na mão das grandes corporações e impedir que qualquer um ameaçe seus negócios do que qualquer outra coisa. A quem interessa isso? Certamente não aos profissinais da área.

[quote=kicolobo][quote=ThiagoSC]
Uma empresa de tecnologia tem seu core business em desenvolvimento de tecnologia. Ela pode até fazer outras coisas, mas o principal precisa ser tecnologia. A Microsoft é um exemplo, mas qualquer empresa que comercialize um software entra nesse caso aqui.

A Spring Source não ganhava dinheiro com tecnologia, mas sim com serviços de consultoria. Seria idêntico se qualquer um aqui criasse uma empresa especializada em prestar serviços Linux, seja instalaçao ou suporte ou o que for. Assim a Spring Source existiram várias outras, como a VA Linux (que já não tem mais Linux no nome porque opensource é inviável) que fazia algo similar só que com outros pacotes de software, para assim ter uma expectativa de custear o desenvolvimento do software.

No primeiro caso a empresa tem metas de desenvolvimento produtos, com uma visão e expectativas em termos de planejamento, e no segundo caso o desenvolvimento é circunstancial, isto é, vai depender da necessidade do cliente e da disponibilidade de recursos. No primeiro caso cobra-se pela tecnologia, no segundo cobra-se pela hora do consultor ou contratos de suporte.

E antes que alguém venha com papo de “mas o cliente quer bla, bla, bla”, empresas de tecnologia geralmente trazem novidades para o mercado que o clientes não sabem que precisavam. Ninguém implorava por PCs fáceis de usar, mas a Apple foi lá e fez porque teve a visão. Ninguém implorava por planilhas de cálculo, mas uma outra empresa foi lá e fez porque teve a visão. Ninguém implorava por jogos de tiro em primeira pessoa, mas a Id foi lá e fez porque teve a visão. etc.[/quote]

Você acabou de descrever a Spring Source como uma empresa de tecnologia (o que de fato é) tiaguim! :slight_smile:
Sim, é ela que produz os produtos em cima dos quais tanto vende licenças (dual, open source e comerciais) e também oferece serviços.

E o mais engraçado: colocou a MS no mesmo patamar: a única diferença é que ela não está “dando de graça” (nenhuma empresa open source da de graça seus produtos, entenda isto) seus produtos.

Aliás, a MS de uns tempos pra cá vêm fazendo isto também. oh oh! tiaguim: opensource te pegou! he he he[/quote]

Se a Spring Source faz dinheiro vendendo software proprietário então ela não é uma empresa opensource.

[quote=Thiagosc][quote=kicolobo][quote=ThiagoSC]
Uma empresa de tecnologia tem seu core business em desenvolvimento de tecnologia. Ela pode até fazer outras coisas, mas o principal precisa ser tecnologia. A Microsoft é um exemplo, mas qualquer empresa que comercialize um software entra nesse caso aqui.

A Spring Source não ganhava dinheiro com tecnologia, mas sim com serviços de consultoria. Seria idêntico se qualquer um aqui criasse uma empresa especializada em prestar serviços Linux, seja instalaçao ou suporte ou o que for. Assim a Spring Source existiram várias outras, como a VA Linux (que já não tem mais Linux no nome porque opensource é inviável) que fazia algo similar só que com outros pacotes de software, para assim ter uma expectativa de custear o desenvolvimento do software.

No primeiro caso a empresa tem metas de desenvolvimento produtos, com uma visão e expectativas em termos de planejamento, e no segundo caso o desenvolvimento é circunstancial, isto é, vai depender da necessidade do cliente e da disponibilidade de recursos. No primeiro caso cobra-se pela tecnologia, no segundo cobra-se pela hora do consultor ou contratos de suporte.

E antes que alguém venha com papo de “mas o cliente quer bla, bla, bla”, empresas de tecnologia geralmente trazem novidades para o mercado que o clientes não sabem que precisavam. Ninguém implorava por PCs fáceis de usar, mas a Apple foi lá e fez porque teve a visão. Ninguém implorava por planilhas de cálculo, mas uma outra empresa foi lá e fez porque teve a visão. Ninguém implorava por jogos de tiro em primeira pessoa, mas a Id foi lá e fez porque teve a visão. etc.[/quote]

Você acabou de descrever a Spring Source como uma empresa de tecnologia (o que de fato é) tiaguim! :slight_smile:
Sim, é ela que produz os produtos em cima dos quais tanto vende licenças (dual, open source e comerciais) e também oferece serviços.

E o mais engraçado: colocou a MS no mesmo patamar: a única diferença é que ela não está “dando de graça” (nenhuma empresa open source da de graça seus produtos, entenda isto) seus produtos.

Aliás, a MS de uns tempos pra cá vêm fazendo isto também. oh oh! tiaguim: opensource te pegou! he he he[/quote]

Se a Spring Source faz dinheiro vendendo software proprietário então ela não é uma empresa opensource.[/quote]

Sim Thiago, é. Nada impede de trabalhar nas duas frentes criatura!

[quote=Thiagosc][quote=mochuara]Thiago, vc escreve sua lógica de negócio misturado com todo resto numa classe só (e por isso não pode compartilhar o código porque estaria liberando informações essenciais do seu produto)?

Na boa, se não for isso vc deve ser um contratado do GUJ pra inflamar as discussões no forum. Não é possível.[/quote]

Esse pessoal do GUJ anda fumando uma erva. Cada comentário sem noção.[/quote]

Experimenta acrescentar uma substancia no seu discurso anti-opensource porque ta precisando, agente fica esperando. rs

Thiago, ali, quando falei da MicroSiga, Positivo e da Southlogic, eu estava falando de empresas nacionais que tornaram seus donos ricos, ou no mínimo, muito bem remunerados. Não de Open Source ou código fechado. Você tinha argumentado de que era impossível enriquecer com software no Brasil. E essas três empresas são a prova de que sua argumentação estava errada.

Você está partindo do pressuposto que uma empresa lucra mais vendendo software, do que com a manutenção do software. O OpenSource diz o contrário. Veja bem, se você distribui seu software de graça, mais gente baixa esse mesmo software e, logo, você terá mais chances de vender o serviço de manutenção. Se seu software é distribuído para alguns milhares de pessoas, ao invés de algumas centenas, você poderá ter mais lucro do que teria, só cobrando dessas centenas. Entendeu a lógica?

Ninguém fala em OpenSource como dar software de graça. A verdade é que pouquíssimas baixam um software e vão querer ter a paciência de estuda-lo e vende-lo. Por que existe um custo em estudar o software, que geralmente não é baixo. Exige especialistas, mesmo que o código seja bem escrito e documentado. Por mais que você seja bom programador, duvido muito que você baixe o código do PostGre agora, e faça um clone dele, em menos de um ano.

No OpenSource também pode haver outro ganho. O de usuários interessados em seu software fornecerem a você correções de graça. Eu mesmo já mandei uma correção para a Sun, de uma das APIs do Java. Já abri mais de uma ocorrência para o Groovy, com detalhes técnicos de onde encontrar o problema e corrigi-lo. Quanto isso polpou para essas empresas? Se você tem como premissa um software seguro, o Open Source serve como uma excelente estratégia de marketing.

O que torna esse debate ridículo, é o pressuposto implícito que você adota de que se o modelo é Open Source, ele é necessariamente ruim. Acho que não cabe discutir se o melhor, ou pior, “no geral”. Por mim, existem dois modelos de negócios diferentes, e ambos dão mostras de sucesso e fracasso. Vai de analisar sua empresa e ver qual é o mais adequado para você. Por exemplo, não vejo nenhuma empresa de jogos de prateleira adotando o modelo Open Source. Jogos assim geralmente tem tempo de vida curta e ninguém vai vender consultoria. Já um MMO, faz sentido entrar no modelo open source, já que serviços podem ser vendidos in-game, e uma base instalada de usuários é um fator de sucesso decisivo.

Você dá exemplo de empresas de Open Source falindo, como se isso invalidasse o modelo. Pois bem, nem todas estão falindo. Da mesma forma, nem todas as empresas de código fechado estão indo super bem, e tendo lucros astronômicos. Aliás, algumas estão até mesmo… falindo! O canal de venda é um dos fatores de sucesso e fracasso de uma empresa, mas não o único (e nem necessariamente o mais importante).

Outra coisa. Acho que você deve rever seus conceitos. Só pq uma empresa adota como forma de cobrança os serviços, e se intitula “consultora”, ela não deixa de ser uma empresa de tecnologia. Aliás, ela pode continuar produzindo tecnologia, ou mesmo vender parte da tecnologia que produz no modelo fechado. Você resolveu diferenciar essas empresas por conta da opinião de uma palestra da Oracle? Francamente, palestrantes, sejam eles eminentes ou não são, acima de tudo, vendedores. O que você esperava? Que o palestrante da Oracle elogiasse os concorrentes? Ele usou um argumento de venda, e deu a entender que a concorrência não seria “fabricante de tecnologia”, e só “consultora”, o que está muito longe de ser verdade.

Finalmente, não é só no Open Source que se abre mão do canal da venda direta. O Google é um exemplo de empresa não Open Source (pelo menos, não no código da busca em si), que entretanto não cobra diretamente pelo seu produto. Ele cobra é por publicidade. Por isso ele deixa de ser uma empresa de tecnologia? Passou a ser só um outdoor? Acho que não. Uma empresa de tecnologia, como você falou, produz tecnologia e pouco importa a forma que ela a venda. Uma vez você argumentou sobre Open Source ser uma forma velada de dumping. E o que dizer de uma empresa que faz o que o Google faz? Que não só não cobra pela distribuição, como ainda não revela o código fonte?

Eu jamais disse isso. O que eu disse foi exatamente isso aqui:

Culturalmente falando no Brasil não há perspectiva de se fazer dinheiro com tecnologia. Pode ser que haja um ou outro que pense dessa forma, mas a imensa maioria pensa em: vender serviços porque software “não dá dinheiro” ou seguir carreira acadêmica e jamais desenvolver uma linha de código sequer.

Desenvolvedor de software não é sequer uma profissão considerada viável, é esperado que quando você atinja uma certa idade mude de profissão e arranje “um emprego de verdade” assim como marketing ou vendas, e não porque você obteve sucesso e não precisa mais fazer tudo você mesmo, mas simplesmente porque trabalhar com software é ser pouca coisa além de um “macaquinho digitador”.

[quote=ViniGodoy]
Você está partindo do pressuposto que uma empresa lucra mais vendendo software, do que com a manutenção do software. O OpenSource diz o contrário. Veja bem, se você distribui seu software de graça, mais gente baixa esse mesmo software e, logo, você terá mais chances de vender o serviço de manutenção. Se seu software é distribuído para alguns milhares de pessoas, ao invés de algumas centenas, você poderá ter mais lucro do que teria, só cobrando dessas centenas. Entendeu a lógica?

Ninguém fala em OpenSource como dar software de graça. A verdade é que pouquíssimas baixam um software e vão querer ter a paciência de estuda-lo e vende-lo. Por que existe um custo em estudar o software, que geralmente não é baixo. Exige especialistas, mesmo que o código seja bem escrito e documentado. Por mais que você seja bom programador, duvido muito que você baixe o código do PostGre agora, e faça um clone dele, em menos de um ano.[/quote]

Mas para que fazer um “clone” se o código todo está lá, pronto para compilar e tal. Basta usá-lo. Portanto uma empresa não precisaria ter nenhum trabalho em copiá-lo.

[quote=ViniGodoy]
Outra coisa. Acho que você deve rever seus conceitos. Só pq uma empresa adota como forma de cobrança os serviços, e se intitula “consultora”, ela não deixa de ser uma empresa de tecnologia. Aliás, ela pode continuar produzindo tecnologia, ou mesmo vender parte da tecnologia que produz no modelo fechado. Você resolveu diferenciar essas empresas por conta da opinião de uma palestra da Oracle? Francamente, palestrantes, sejam eles eminentes ou não são, acima de tudo, vendedores. O que você esperava? Que o palestrante da Oracle elogiasse os concorrentes? Ele usou um argumento de venda, e deu a entender que a concorrência não seria “fabricante de tecnologia”, e só “consultora”, o que está muito longe de ser verdade. [/quote]

Deixa sim. O core business será consultoria, e logo o setor de tecnologia não terá prioridade. Todos os processos serão voltados para alocar recursos e contratar gente. É por isso que as consultorias são do jeito que são. O que elas desenvolvem? Nada. São apenas mediadores entre duas empresas. Se você desenvolve clipper ou software de nave espacial não faz diferença alguma para elas.

[quote=ViniGodoy]
Finalmente, não é só no Open Source que se abre mão do canal da venda direta. O Google é um exemplo de empresa não Open Source (pelo menos, não no código da busca em si), que entretanto não cobra diretamente pelo seu produto. Ele cobra é por publicidade. Por isso ele deixa de ser uma empresa de tecnologia? Passou a ser só um outdoor? Acho que não. Uma empresa de tecnologia, como você falou, produz tecnologia e pouco importa a forma que ela a venda. Uma vez você argumentou sobre Open Source ser uma forma velada de dumping. E o que dizer de uma empresa que faz o que o Google faz? Que não só não cobra pela distribuição, como ainda não revela o código fonte?[/quote]

Sim, o Google não é uma empresa de software, mas desenvolve alguma tecnologia para o seu negócio de propaganda.