Manifesto em favor do Ginga

Venho por meio deste manifesto, reunir toda a comunidade Java do nosso país (inclui milhares de profissionais atuando nos mais diversos seguimentos e uma das mais respeitadas do mundo) a nos unirmos em favor de um interesse comum: o efetivo desenvolvimento da tv digital no Brasil.

As motivações são as seguintes:

  1. Embora a adoção do padrão de tv não tenha agradado muita gente, não temos mais como mudar isto. Porém, podemos auxiliar a sociedade na compreensão de como funciona o sistema e principalmente: PORQUE NÃO DEVEMOS COMPRAR SET TOP BOXES AGORA. Este é o principal motivo do meu manifesto. Não quero fazer nenhum boicote, muito pelo contrário. Eu acredito no projeto Ginga, porém os aparelhos que estão sendo lançados agora não o suportam, em outras palavras são inúteis para nossos projetos para JavaTV e interatividade.

  2. Crescimento de um mercado de desenvolvimento de software maduro e gerador de empregos para profissionais qualificados. Sem o Ginga nos set top boxes como iremos desenvolver nossos xlets? Peço que reflitam sobre esta questão.

  3. Auxilio no esclarecimento às pessoas que conhecemos. Vamos na medida do possível contar toda a historia da tv digital, o que ela pode oferecer e porque ela será tão importante para nosso país.

  4. Os fabricantes dão como motivo principal de não suportarem o Ginga o fato deste ainda estar em fase de testes. Devido a este fato, os set top boxes no mercado vêem de fábrica com algum tipo de middleware proprietário, o que obriga aos fabricantes o pagamento de algum tipo de royaltie.

  5. O governo federal já investiu mais de R$ 100 milhões de reais no projeto que vem sendo desenvolvido há cerca de 17 anos. Porém, os investimentos cairam e os pesquisadores sofreram muito para conseguir concluir o projeto. Isto é dinheiro meu, seu e de toda a sociedade!

  6. Com a implementação do Ginga nos set top boxes apartir de metade do ano que vem segundo os mais otimistas, haverá um campo muito grande para todos nós desenvolvedores Java. Algo parecido com o que houve com o surgimento da plataforma web de desenvolvimento. Este mercado é muito grande, não é algo que somente um fornecedor irá conseguir suprir!

  7. As pessoas que estão comprando os set top boxes atuais não poderão executar os xlets desenvolvidos pela sua empresa! O middleware não será o mesmo, ou seja, você não poderá atender a estas pessoas. Imagine uma mensagem do tipo: seu set top box não é compatível! Sem chance.

  8. O ginga é o único midleware aprovado pelo STVB, logo ele será uma realidade assim que estiver homologado.

Para aqueles que não conhecem profundamente a tecnologia ou desejam buscar informações existem muitos sites, incluindo meu que tenho traduzido artigos diretamente do interactivetv.org. Com a autorização dos moderadores posso postar o link para quem desejar ou via MP. Não quero usar este forum para auto promoção, já que meu site divulga minha empresa também.

Abraços a todos e por favor, vamos ajudar a tornar o Ginga uma realidade e evitar que muitas pessoas adquiram um set top box obsoleto que não permitirá por exemplo consultar tabelas de campeonatos esportivos, participar de promoções relampago de operadoras de celular dentre centenas de outras aplicações inovadoras para este novo canal que surge oficialmente apartir de 2 dezembro de 2007 em São Paulo.

Peço ajuda dos moderadores deste forum nesta empreitada.
Peço para que repassem o manifesto para quem puderem acessem o site oficial do midleware caso tenham dúvidas: http://www.ginga.org.br

Pessoal criei o blog:
http://semginganao.blogspot.com/

Assim ninguém poderá dizer que estou me auto promovendo certo?
Cronograma das atividades do projeto SEM GINGA NÃO:

Texto técnico ok
Texto informativo ok
Criação do blog ok
Busca do dominio www.semginganao.com
Agências de noticias
Revistas especializadas
Portais
Agencias de publicidade

Quem quiser se associar, postar no blog e outras coisas relativas a este projeto mandem MP para mim! Conto com a ajuda de vocês.

Nova notícia postada recentemente no blog:

Transmissões começam sem oferta de recursos interativos
Da redação do Observatório do Direito à Comunicação - TV Digital
05.06.2007

Apresentada por membros do governo federal e pesquisadores como uma das características fundamentais da TV digital brasileira, a interatividade não deve sair do papel, pelo menos nos próximos anos. Isso porque as normas enviadas pelo Fórum de TV Digital (órgão empresarial responsável por assessorar o governo) ao Comitê de Desenvolvimento (conselho de ministérios responsável pelas especificações técnicas do novo sistema) não obrigarão os fabricantes a dotar os conversores de elementos capazes de processar a interatividade. A decisão ainda não é definitiva, mas este Observatório apurou que a proposta dos empresários deve ser aceita pelo governo.

Na prática, os conversores mais simples não devem ter um canal de interatividade (que possa dotar a TV digital de conexão com um serviço de banda-larga) e um middleware, responsável por ?rodar? os serviços interativos, tornando-os meros seletores de canais. Além disso, o Brasil deixará de usar o único desenvolvimento realmente nacional passível de utilização após a definição pelo emprego do padrão japonês de modulação (ISDB), o middleware Ginga, sistema operacional desenvolvido pela Universidade Federal da Paraíba e pela PUC do Rio de Janeiro.

Inclusão, por enquanto não
Durante três anos, pesquisadores brasileiros desenvolveram diversos aplicativos capazes de tornar a TV digital um instrumento de inclusão social, com acesso a serviços governamentais (Previdência e INSS, por exemplo), serviços bancários, de saúde, educação, e-mail, entre outros. Mas, com a iminente decisão do governo, não é só o potencial democratizante do principal meio de comunicação que deixará de ser aproveitado com a transição para a televisão digital: o sonho de torná-la um instrumento de inclusão social também será desperdiçado.

A conclusão tem uma justificativa simples: os conversores incapazes de processar a interatividade devem ser comprados pelos mais pobres, justamente os que mais precisam do oferecimento dos serviços interativos, por não terem acesso à Internet. ?A interatividade era o diferencial, já que a melhoria da qualidade de imagem é inexorável à nova tecnologia. A imagem pode ter uma plástica melhor, mas será a mesma televisão. No fundo, o que teremos é uma reprodução da TV analógica?, afirma Israel Bayma, pesquisador no Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB).

Se concretizada a ausência da interatividade na TV digital, os radiodifusores vencem mais uma batalha, tornando a TV digital a mais parecida possível com a televisão analógica e evitando que, com o processo de convergência, eles passem a sofrer a concorrência de outros serviços que também disponibilizam programação audiovisual. Por isso, reforçam a importância da alta definição, mas desqualificam a multiprogramação e postergam a interatividade. ?É uma confirmação da total indisponibilidade do setor em fazer inclusão digital?, completa Bayma.

Agora, governo diz que interatividade deve ser opcional
Segundo o governo, não há como obrigar os fabricantes a dotarem os conversores de capacidade interativa. ?Nós não podemos obrigar os fabricantes a incluir o processador de interatividade. Uma pessoa pode não querer a interatividade. É uma opção?, afirma André Barbosa Filho, assessor da Casa Civil que acompanha o processo de implantação da TV digital no Brasil.

Barbosa assume que a tão falada interatividade não estará disponível no início das transmissões. ?Tenho pouca esperança de que em um curto espaço de tempo já tenhamos conversores com middleware?. Além disso, Barbosa não garante soluções para o fato de que a parcela mais pobre da população, num segundo momento, caso queira utilizar os recursos interativos disponíveis, terá que comprar um novo conversor. ?Estamos trabalhando para que a população não precise pagar duas vezes pela caixinha. Tudo isso está sendo estudado, embora saibamos que a indústria vai querer vender duas vezes?, afirma o assessor da Casa Civil.

O governo também justifica a decisão com o argumento de que, com middleware, memória, disco rígido e saída para canal de retorno, o conversor ficaria muito caro. Apesar de verdadeira, a justificativa esconde o fato de que tais questões poderiam ser minimizadas com uma política industrial que buscasse soluções para o problema. ?Realmente o terminal de acesso ficará mais caro, porque o uso do middleware (que, no caso do Ginga, é software de código fonte aberto) implica canal de retorno, mais memória e até, se possível, um HD. É justamente para isso que deveria servir a política industrial brasileira, usando de mecanismos como isenção de impostos, acordos internacionais que prevejam transferência de tecnologias e o não pagamento de royalties e até a subvenção para a população de baixa renda? afirma Gustavo Gindre, coordenador do Intervozes e membro do já extinto Conselho Consultivo da TV Digital. ?Se o governo não for capaz de produzir uma política deste tipo então deveria anunciar sua incompetência, mas não prejudicar o usuário de baixa renda?, diz.

Desenvolvimento de softwares
Se os conversores não forem dotados de middleware, o Brasil também deixará de estimular uma indústria de aplicativos (softwares) que rodariam “em cima” do middleware. A grande vantagem da adoção de um middleware nacional (Ginga) seria justamente fortalecer a indústria de softwares. ?Com a massificação da interatividade, a indústria nacional de softwares teria escala para produzir aplicativos de qualidade?, afirma Gindre.

Como o middleware brasileiro é intercambiável com os demais middlewares internacionais (graças a um conjunto de especificações chamado GEM), e a partir da escala interna, a indústria brasileira de softwares poderia inclusive exportar seu conteúdo. ?Agora, se não tiver uma base interna sólida, como essa indústria poderá ambicionar o mercado externo??, questiona o pesquisador.

A preocupação é partilhada pela ABES (Associação Brasileira de Softwares). O presidente da associação, José Curcelli, afirma que as empresas de software estão trabalhando para desenvolver os aplicativos para serem embarcados nos conversores. ?Se o Ginga não for obrigatório, isso certamente vai impactar no desenvolvimento dos softwares. As empresas estão se preparando com base no que foi dito, que haveria middleware e saída pro canal de retorno?, diz.

Curcelli afirma não ser possível calcular o prejuízo da indústria de softwares com a não adoção imediata do Ginga, ?mas o retorno do investimento certamente será mais longo, o que acaba desestimulando novos desenvolvimentos?. Segundo ele, caso concretizada a não obrigatoriedade do middleware, esta será uma contradição com a própria política do governo. ?É ambíguo incentivar a indústria de softwares, como tem sido feito, e não obrigar que os set top boxes venham com aquilo que o software precisa para rodar?, afirma.

Interatividade, nem na TV pública
Durante o I Fórum de TVs Públicas, realizado no mês de maio em Brasília, representantes do governo, das emissoras públicas, estatais, universitárias e comunitárias reforçaram a necessidade da garantia da interatividade para o cumprimento integral das finalidades do campo público de televisão. Segundo o próprio assessor da Casa Civil, ?nós temos outra preocupação, que é usar a TV digital para oferecer serviços públicos, de educação, de saúde, de transporte, por exemplo. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, inclusive, estão se preparando para oferecer serviços parecidos com os da internet. Se for necessário, vamos usar as estatais para lançar a interatividade na TV pública?. O CPqD (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações) desenvolveu o T-banking, uma solução que permite a realização de transações financeiras, como consulta a saldos e extratos, transferências de valores, aplicações, entre outras, por meio da TV digital.

Mas, por enquanto, o que foi dito durante os últimos quatro anos não se tornará realidade e a interatividade não fará parte da TV digital brasileira. Se tais recursos estarão disponíveis num futuro próximo, é impossível dizer. A evidente solução para não construir uma situação irreversível é criar uma política que garanta que a população mais pobre tenha acesso aos conversores capazes de processar a interatividade, mesmo que isso ?atrase? a estréia da TV digital por alguns meses. Mas, como a garantia do interesse público não acompanhou as decisões do governo nas decisões acerca da TV digital, é difícil acreditar que isso aconteça.

Fonte: http://www.direitoacomunicacao.org.br/novo/content.php?option=com_content&task=view&id=634

Brother, deixa eu te falar uma coisa: o mercado tá pouco se lixando pra Ginga. Querem bufunfa no bolso e nada mais. Mas isso tem um princípio de que tudo hoje em dia se torna obsoleto do dia pra noite, normal pro mercado de hoje, ainda mais o de entretenimento.
O Ginga não tá completo e nem mesmo com especificação para ser submetida para a indústria. Na minha “medíocre” opinião, tem que lançar assim mesmo pq primeiramente não se pode colocar um middleware porcaria pq todos nós sabemos que de última hora as coisas não ficam boas, como o caso do DASE americano, ficaram na ânsia de fazer logo pra sair na frente do MHP que acabou não ficando taõ legal e o MHP deu uma lavada neles. Deixa a galera da PUC-Rio e companhia fazer uma coisa bem feita pra posteriormente disfrutarmos de algo que pode ser o melhor middleware do mundo: Ginga.
Guenta mão aí manu …tô escrevendo um livro sobre o assunto, mas também tô tendo que aguardar a bagaça sair, rsrsrs

Ginga. Que P* eh essa?

Get a life!

[quote=wandersonpo]Brother, deixa eu te falar uma coisa: o mercado tá pouco se lixando pra Ginga. Querem bufunfa no bolso e nada mais. Mas isso tem um princípio de que tudo hoje em dia se torna obsoleto do dia pra noite, normal pro mercado de hoje, ainda mais o de entretenimento.
O Ginga não tá completo e nem mesmo com especificação para ser submetida para a indústria. Na minha “medíocre” opinião, tem que lançar assim mesmo pq primeiramente não se pode colocar um middleware porcaria pq todos nós sabemos que de última hora as coisas não ficam boas, como o caso do DASE americano, ficaram na ânsia de fazer logo pra sair na frente do MHP que acabou não ficando taõ legal e o MHP deu uma lavada neles. Deixa a galera da PUC-Rio e companhia fazer uma coisa bem feita pra posteriormente disfrutarmos de algo que pode ser o melhor middleware do mundo: Ginga.
Guenta mão aí manu …tô escrevendo um livro sobre o assunto, mas também tô tendo que aguardar a bagaça sair, rsrsrs[/quote]
Na verdade isso vai gerar uma frustração em quem comprar os set top box sem o middleware isto é um fato. Devido a este problema em mente que criei a campanha. As pessoas devem pelo menos ter o direito de saber deste fato mas isto está sendo encoberto o que eu não acho justo. Investiu-se muita grana e ao contrário do que você diz, o Ginga está pronto e já foi homologado. O problema é que os fabricantes não quiseram esperar e resolveram lançar tudo na marra. Com o aval do nosso presidente que não deve saber a diferença entre um padrão DVB, MHP, DVD etc…
Se nós não fizermos nada quem fará?

[quote=windsofhell]
Ginga. Que P* eh essa?

Get a life![/quote]
Este link pode ajudá-lo: http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=ginga&meta=

Pra vermos em que situação estamos! :roll: Se formos fazer uma enquete neste forum sobre [size=24]JAVA[/size] quantas pessoas nunca ouviram falar no Ginga? Este é um dos motivos principais da campanha, esclarecer as pessoas. Se em um forum sobre Java tem muita gente não conhece o midleware quanto mais entre os leigos…

Olá Pessoal,

Quem quiser saber mais sobre o Ginga pode participar do grupo “Desenvolvimento em Ginga Java
para TV Digital”.
http://groups.google.com.br/group/gingajava/

Para quem se interessar ainda mais e quiser se tornar um desenvolvedor Ginga, existe um treinamento que está sendo oferecido em várias capitais brasileiras
http://www.overmedianetworks.com.br/

[]s

Daniel