[off] Testemunha - processo contra empresa

Eu já vi duas situações completamente diferentes…

Na minha antiga empresa, as pessoas ralavam para ser PJ para ganharem mais(!!!), às vezes era rídicula a diferença, mas, era uma empresa de 3 letrinhas com 5 letrinhas…

Já na minha atual empresa, os PJ’s é que viram CLT, que foi o meu caso.

Nesta minha antiga empresa, teve um PJ que guardou minunciosamente diversos e-mails do tipo “á partir de hoje, todos de gravata…”, “funcionários devem bla bla bla”, isto é prova de vínculo e, de boa fé ou não, é válido num processo PJ X Empresa. Até notas fiscais são usadas para provar vínculo emprgatício e tem juíz que aceita.

Bom, voltando ao assunto do tópico, que situação hein meu camarada… é literalmente se correr o bicho pega se ficar o bicho come(se você for muito amigo do cara, lógico).

Luca,

Concordo contigo, só quero salientar uma coisa a maioria das pessoas se sujeitam ao que é imposto por falsas ilusões principalmente de empresas de 3 letrinhas. Sendo que existem muitas empresas que só contratam CLT ou empresas que contratam CLT ou PJ vc decidindo a maneira que vc acha melhor.

Body-shop, CLT ou não, já é exploração.

Muitos, a grande maioria, diretores (a grande maioria), managers (não gerentes operacionais) de todas as áreas não só TI, trabalham com CLT Flex a muito mais de 5 ou 6 anos, com CC da empresa, carro de luxo da empresa, clube de golfe, férias pagas, parte de salario em CLT e parte em contrato.

Concordo com sua visão e acho que tudo deveria ser CLT e não existir outras maneiras de se contratar.

E é cara-de-pau o cara dizer que foi coagido a passar 3 anos como PJ, numa área que uma pessoa não passa 1 mês sem uma oferta de emprego.

[quote=Luca]Olá

Só para esclarecer algo que os profissionais de informática pensam que é bom mas no fundo não é.

  1. Geralmente é a empresa que impõe PJ. Ainda não vi nenhum caso em que se ofereceu a opção
    [/quote]

Eu já declinei vagas por só oferecerem CLT.
Eu coloco PJ como condição, por alguns motivos:
a) No meu contrato a empresa não tem obrigação de dar aviso prévio, e EU TAMBÉM não tenho a obrigação de pagar 30 dias pra sair
b) Eu não gosto de vale-transporte, ticket-refeição, plano de saude de empresa (que geralmente é uma bosta) e outras palhaçadas pra enganar trouxa

Eu basicamente faço meu horário, tem empresa que é inteligente e a gente se entende (como a minha atual), em outras impera a burrice e eu posso até eventualmente chegar todo dia no mesmo horário, mas só o meu corpo chega, naturalmente cobro pelas horas que trabalho apenas (geralmente 7 por dia), mas também tenho a liberdade de cobrar 12 nos dias em que realmente fico 12 horas, isso não é questão do profissional ser PJ ou CLT, mas realmente seria muito difícil fazer isso em uma empresa grande com CLT.
Quanto a NÃO obedecer hierarquia eu não vejo onde isso não acontece com PJ em outras profissões, eu recebo pra fazer coisas que meu cliente paga para eu fazer, dentro das condições dele e dentro do razoável. O cliente manda, eu obedeço.

Nem sempre e não necessariamente. existe um overhead causado pelos impostos, obrigações previdenciárias, FGTS e outros penduricalhos, E ainda existe o passivo representado pela multa de 40% na demissão. Se eu sou empregador e acho que seu trabalho vale 120.000 por mês do meu rico dinheirinho eu tenho
A)Te pagar 10.000/mês PJ
B)Te pagar 14.30 (Férias e 13º) salários por mês de 6000, você leva 5000 em cada um dos 14 salários depois do leão e do INSS e eu gasto os mesmo 10.000 por mês

Concordo. Mas eu sou crescidinho e me defendo sozinho.

Fora a Itália de Mussolini eu não conheço país que tenha coisa bizarra como a CLT. Eu tenho o meu contrato formal, registrado em cartório e revisado por meu advogado com as empresas as quais presto serviço (é mais de uma) e meus contratos me bastam. Pago meus impostos, minha previdência privada e ocasionalmente negocio algumas benesses extras no meu contrato, como bonificação de férias pagas pela empresa. Mas isso é resultado do meu trabalho e da minha negociação. Se encherem meu saco eu faço minha trouxa, se encherem o saco de mim, me dão tchau. Eu cuido da minha vida, se ficar doente tenho um seguro, se morrer minha família recebe outro, pago meu ônibus, minha comida, decido se vou fazer plano de saúde ou não.

Há empresas e empresas. Eu não quero crescer em nenhuma empresa, e sim crescer profissionalmente e consequentemente cobrar mais caro por meus serviços.

Sim. Procure um bom advogado, marque uma hora, explique cuidadosamente sua situação e analise com ele qualquer contrato antes de ser assinado. Ao aceitar uma oferta, exija sempre um compromisso formal por escrito da empresa que o contrata antes de deixar seu emprego atual. Ao negociar um contrato PJ, na entrevista apropriada levante todas as questões pertinentes, e se não gostar de uma proposta DIGA isso. Normalmente o negociador do outro lado vai regatear, mas seja firme e se você for bom conseguirá um acordo melhor, quem já ficou do outro lado da mesa de entrevista sabe a pedreira que é achar profissionais qualificados, então use isso a seu favor e exija o que você acha que merece. E naturalmente, o melhor momento para analisar outras propostas é quando você está satisfeito no lugar onde está.

Até por isso que muitas as empresas estão mudando isso. Li em uma VOCÊ S/A senão me engano que as empresas de TI estão novamente em uma onda de mudança e contratando a maioria da galera como CLT agora.

Vc pode ter o contrato dessa forma, mas seu contrato não está acima da constituição, no fundo você é um funcionário CLT que ganha de outra forma. Mas um ponto eu concordo plenamente, é uma opção sua.
Fico um pouco indignado com pessoas que aceitam esse tipo de contrato e depois resolvem processar a empresa em que trabalharam (obviamente este NÃO é o seu caso eliziario, que aceitou ser PJ e sabe dos beneficios e desvantagens).

Abracos.

O quê eu acho que essa matéria esqueceu de dizer é que essa “onda” só está realmente rolando nas empresas grandes (EDS, Accenture, IBM, etc).

Nas médias e pequenas a onda realmente é o lixo da CLT-Cota.

Woody

[quote=Luca]

  1. Geralmente é a empresa que impõe PJ. Ainda não vi nenhum caso em que se ofereceu a opção

  2. Em outras profissões, PJs NÃO cumprem horário e nem obedecem a hierarquia, porque em informática se aceita isto?
    Resposta: porque em informática há muitos garotos inexperientes que acham que ganham bem e aceitam ser explorados.
    Luca[/quote]

A questão é como saimos dessa situação de exploração.

Porque o cara que está entrando agora no mercado, não tem noção dos salários e acha que é bastante. até porque quando era estagiário ganhava muito menos ainda, e nem sabe o gasto que vai ter como PJ.

Acho que a única saida é criarmos um orgão de fiscalização que entre com processo para todas essas iregularidades. E isso é facil de fazer.

[quote=caduengenheiro]galera… to com um problema e acho que muita gente aki ja deve ter passado por isso…

trabalhei em uma empresa de software, e um cara que era meu colega de departamento saiu da empresa e a processou… agora o cara quer me obrigar a testemunhar a favor dele, falando que vai colocar meu nome no processo como testemunha, logo eu receberia uma intimacao para depor…

pergunto: é obrigatório comparecer no tribunal? Ou o cara ta so blefando, pq até aonde eu sei, em direito trabalhista isso nao é obrigatório…

abraços… e lembrem-se… o topico é off… caso alguem ache que foi perda de tempo ler isso… me desculpem mas escrevi off antes[/quote]

Obrigado é, mas se o cara é teu amigo pede pra ele n te envolver…

Boa tarde pessoal! Sobre os vínculos trabalhistas e PJ tenho algumas considerações para os Senhores pensarem:

  1. Quem ganha mais sempre é o contratante na relação PJ, diminuindo os encargos trabalhistas que não são plenamente repassados aos contratados, que perdem direitos que não são muito bem esclarecidos e nem mencionados, como férias +1/3, adicional de Horas extras, Licença maternidade, 13 salário (SEM A INCIDÊNCIA DAS HORAS EXTRAS), afastamento por DOENÇAS(VC é empresa ou pessoa física, adoece então?), afastamentos por mortes na família, etc. Direiros que a gente não conta nos 40%, sem falar das verbas indenizatórias, não é mesmo!
  2. Aqui em Brasília existe um cartel de empresas de informática, dentro das suas ações sujas destacam-se:
    a) Manipulação das licitações, como se o mercado de TI de Brasília fosse um bolo em fatias;
    b) Empresas de fora são intimidadas e desistimuladas a participarem dos processos licitatórios, são várias as formas de coibição;
    c) Profissionais de TI não podem ser contratados entre as empresas, ou seja: Se trabalho para a Politec, então a CTIS não me contrata, existe um “acorde de cavalheiros”, que inibe a projeção profissional e financeira do profissional, isso é deprimente, me enoja!
    d) Os salários são tabelados por essas empresas do Cartel, hoje um analista de sistemas (pleno) ganha cerca de R$3.000,00 em carteira, o mesmo de 10 anos atrás;
    e) Os lucros dessas empresas são declarados na mídia, vejam o novo comercial da CTIS que declara ter crescido mais de 2.500% em 9 anos… Deixa claro e explícito a situação, se alguém ganha muito é porquê alguém está perdendo, não existe segredo nisso!
    f) Não há investimento no profissional terceirizado, esse é descartável;
    g) Não há promoções, na verdade, a central nem sabe quem você é ou o que faz, os gestores são meros capatazes cobrando a frequência dos colaboradores PJ, Eles não tem autonomia alguma;

Dessa forma, caros amigos, a luta para manter o salário é brutal, alía-se a isso a grande quantidade de novos profissionais no mercado e outros fatores não menos relevantes, como as próprias características da área de TI e suas constantes necessidades de atualização.

Agradeço o espaço, isso foi um desabafo mesmo!