Programador é peão?

[quote=drsmachado]Acho mais engraçado (ou triste) ver que ainda existem pessoas que se preocupam com o que os demais pensam. É muito mimimi para meu gosto. “Sou discriminado”, “sou minoria”, blá blá blá…
Há alguns anos (vejam bem, anos e não séculos ou décadas), as empregadas domésticas eram mão de obra farta. A maioria delas era formada por pessoas sem estudo e cujas únicas opções eram, ou ser doméstica, ou vender o corpo. Elas eram mal remuneradas e tratadas de maneira quase análoga à escravidão.
Pois bem, esses anos passaram. Atualmente você vê domésticas que ganham mais que alguns advogados e analistas de sistemas.
O que aconteceu para que esse cenário mudasse? Oganização e escassez de mão de obra (ou aumento pela demanda).
Como essa escassez aconteceu? As domésticas começaram a abandonar o barco, cansadas de maus tratos, desmandos e de baixos salários, foram atrás de outras profissões, de qualificação, etc.

Então e portanto, parem de reclamar, de sentir-se discriminados e comecem a buscar qualificação, a organizar-se e a buscar essa mudança de visão. Chega desse mimimi, parem de implorar atenção e passem a olhar as possibilidades.[/quote]

Até concordo contigo, mas é bem fácil se indignar quando se tem nas mãos a consequencia dessa visão. Tem a prova viva de quanto isso é falho e ter que ler e ouvir dizer de quem a defenda como verdade.

[quote=worlock257]Bom dia galera.

Estou chateado pelo q ouvi ontem em sala de aula do professor e de alunos. Naquela aula tipica que falam um pouco dos cargos em uma empresa de T.I, se referiram ao programador como um peão, simplesmente com um desprezo terrível. Disseram que praticamente não tem a capacidade de pensar no negócio, que recebe apenas todo o trabalho mastigado e apenas digita. Cara isso é revoltante! Já não basta a quantidade de assuntos que um desenvolvedor tem que aprender, o estudo e o aprendizado não para. Será que não entendem que a quantidade de assuntos que devemos aprender já é tão imenso que entender todo o negócio é tanta informação que não há como absorver tudo? Mas ser tratado como peão é uma tremenda falta de respeito! Grandes idéias, ótimas startups nascem da criatividade e conhecimento dos ‘peões’, então é um absurdo nós recebemos esse tratamento e essa visão de uma mera peça que pode ser substituída por qualquer um!
Pode ser que eu esteja viajando, afinal de contas eu sou iniciante e trabalho como desenvolvedor há um ano. mas fiquei indignado com a visão tão rancorosa do professor e alunos!
O que vc’s acham? Somos apenas um profissional que anda com uma viseira na cara? Ou nossa criatividade em criar algo que nunca é igual a outro trabalho nos diferencia de outros profissionais?[/quote]

Existe uma diferença entre o que deveria ser e o que é. Essa diferença advém de motivos culturais , educacionais, econômicos e profissionais.

A definição abstrata de programador é uma pessoa que é eximia em escrever código. Essa é a sua especialidade. Esta pessoa escreve código como quem escreve um livro. Quanquer um sabe escrever, mas escrever um livro é preciso talento. É preciso cuidado com detalhes de forma e estilo. É preciso escolher as palavras com cuidado porque embora sinónimos, nenhuma palavra é igual à outra. Ha nuances. Um programador sabe todas as nuances da linaugem que usa. Sabe toda a API de cor , sabe manipulá-la à sua vontade como o escrito manipula as palavras. Trata Threads por tu e consegue ver nos arquivos estáticos de código o funcionamento dinâmico do sistema. Sabe boas práticas de escrita. Escolher bons nomes. Organiza o código de forma tipograficamente correta. Um código escrito bem vale mais que mil palavras.

Mas para alcançar este nivel e poder se designar “programador” a pessoa que que evoluir muito. Então, como existem pessoas que sabem escrever e existem autores, existem programadores que escrevem e programadores que sabem escrever. E entenda que o talento do programador não é saber porque a classe X e Y existem ,ou qual é o seu papel para o usuário. Descobrir essas coisas não é o seu papel. Seu papel é simplesmente traduzir esses conceitos em código da forma mais fidedigna possível. Então, neste sentido ele é um escriba sem pretensão de conhecer do negócio ou tomar decisões de arquitetura, escolher frameworks , etc… seu único propósito é escrever bom código.

Muitas poucas pessoas são “autores de código” no nível que deveriam. Isso é uma pena. E isso advém desse preconceito contra quem é “só programador”. Não ha nada de errado em ser “só programador”, desde que seja um programador de verdade.
Então o que temos são muitas pessoas que sabem escrever e poucos autores. E ai se banaliza dizendo que se qualquer um pode escrever, então é uma função menor. Nos ultimos anos temos vindo a assistir a movimentos contra isso e em favor de escrever bom código. Mas ainda existem mutias pessoas em pontos do fluxo ( como os professores) que não estão nessa onda e ainda pensam como pessoas nos anos 50 ( talvez porque nasceram nos anos 50)

Por outro lado, um escrito de código meia boca, também não pode achar que é o salvador da pátria só que porque ele escreve um código mixuruca e faz o sistema funcionar. Ele é responsável pela maior parte do trabalho “físico”, mas ignoar sua responsabilidade na equipe é um erro fatal. O peão só é peão porque se contenta com isso. Mas peões ha muitos e um jogador experiente não tem medo se realizar o gambito do peão.

Profissionalmente as pessoas não enxergam que é necessário bons programadores autores da mesma forma que não enxergam que são necessários bons pedreiros. Acham que é só por um bom capataz (aka lider de equipe) e pronto. Isto é mau gerenciamento. É gerenciamento meia boca, porque também os gerentes que temos são como os programadores : meia boca. E assim vai até os diretores. É uma questão de cultura. Vc vai ver em outros lugares do mundo e as pessoas pensam diferente. Não se acomodam com a mediocridade. Aqui, nem sabem que são mediocres e ainda se acham os super-master.

Tudo isso começa na faculdade, nos professores que são muito acadêmicos sem experiencia real em sistemas reais. até os gerentes que - ironicamente - não têm fundamento académico para as decisões que tomam. No mundo real do dia a dia, parece que nunca ninguém leu um livro sobre gerencia de equipes de software (que é diferente de outros tipos de equipes), ninguem sabe o que é um cone de incerteza ou que quanto mais pessoas num projeto pior. Coisas simples. Claras. Que todos sabem, mas ninguém assume.

É como se a empresa mandasse escrever sua autobiografia e escolhe o primo do sobrinho do padrão porque ele tem jeito com o word. Escrever uma biografia é muito mais complexo que isso. Então, pessoas que pensam pequeno (porque não foram educadas de outra forma e sequer conhecem o mundo ) têm a ajuda de pessoas pequenas. E o engraçado é que eles são felizes assim. Até que o livro sai e ninguem gosta e ninguem compra e a culpa é do cara que escreveu e não do cara que o contratou.

Então, se está indignado em que se associe o programador ao peão, o jeito é ser um excelente programador, um autor de código, treinar seus pares para serem o mesmo, e talvez um dia, haja respeito. Porque antes de pedirmos respeito da sociedade, temos que ganhar respeito dentro da nossa própria profissão. E hoje tem muito gentio sem os valores necessários para trabalhar com software.

Cara, essa visão, como diz o Godoy, é de quem vive realidades de fábricas de software fordistas.
De fato não podemos negar que alguns cargos de programadores são imensamente subvalorizados.

Mas isso se encaixa apenas nas minorias, a grande maioria das empresas está absorvendo mais dos programadores do que só código, a eles é repassado o entendimento do que deve ser feito, e a partir dele são obtidas consultorias de como fazer melhor e mais eficiente.

[quote=igor_henrique]
Eu concordo, mas a maioria das empresas não, infelizmente no mercado de trabalho hoje nos vê assim, vejam bem, o fato de eu falar que é assim não significa que eu concorde, também acho um pensamento ultrapassado e também vi mtas empresas com a hierarquização indo a falência, inclusive uma em que trabalhei e sai antes do barco afundar. Mas é assim que é, pelo menos em muitas empresas aqui do Rio, praticamente todas do Paraná e uma grande maioria de Santa Catarina, que são os estados pelos quais passei. Resta a nós procurar uma empresa melhor, ou fazer de tudo para a diretoria da empresa atual entender que não é bem assim que funciona. No meu caso, eu troco de empresa até achar uma que pense mais próximo possível do ideal, que é onde estou hoje.[/quote]

O mercado de TI é uma prostituição só (e cuidado com essas empresas que se dizem ágeis, são as piores) e não adianta mudar de cidade ou região porque é algo universal e inerente a profissão.

[quote=doravan]Cara, essa visão, como diz o Godoy, é de quem vive realidades de fábricas de software fordistas.
De fato não podemos negar que alguns cargos de programadores são imensamente subvalorizados.

Mas isso se encaixa apenas nas minorias, a grande maioria das empresas está absorvendo mais dos programadores do que só código,
[/quote]

É… tá absorvendo a vida também …

[quote]
a eles é repassado o entendimento do que deve ser feito, e a partir dele são obtidas consultorias de como fazer melhor e mais eficiente.[/quote]

As pessoas inventam estatisticas para provar o que querem , 14 % da pessoas sabe disso.
(people can come up with statistics to prove anything. 14% of people know that. - Homer Simpson)

Esse negocio de “maioria”/ “minoria” é muito subjetivo. número. Tem números para apoiar sua afirmação ?
Num pais onde vemos serem eleitas as melhores empresas de TI as empresas que mais exploram as pessoas e/ou que têm a maior rotatividade, não é sério dizer que as “maioria” das empresas respeita as pessoas.

Sabe quanto um “peão” tá ganhando hoje em dia?
No mínimo uns 5 mil reais, e ainda escolhe trabalho. Com essa nova geração não se importando mais como as coisas funcionam e simplesmente querendo usar, quem sabe vai ficando cada vez mais escasso.
Se quiser um exemplo prático é só ir tentar achar um bom eletricista hoje em dia, o cara tem a agenda mais cheia do que médico.

[quote=sergiotaborda]

Existe uma diferença entre o que deveria ser e o que é. Essa diferença advém de motivos culturais , educacionais, econômicos e profissionais.

A definição abstrata de programador é uma pessoa que é eximia em escrever código. Essa é a sua especialidade. Esta pessoa escreve código como quem escreve um livro. Quanquer um sabe escrever, mas escrever um livro é preciso talento. É preciso cuidado com detalhes de forma e estilo. É preciso escolher as palavras com cuidado porque embora sinónimos, nenhuma palavra é igual à outra. Ha nuances. Um programador sabe todas as nuances da linaugem que usa. Sabe toda a API de cor , sabe manipulá-la à sua vontade como o escrito manipula as palavras. Trata Threads por tu e consegue ver nos arquivos estáticos de código o funcionamento dinâmico do sistema. Sabe boas práticas de escrita. Escolher bons nomes. Organiza o código de forma tipograficamente correta. Um código escrito bem vale mais que mil palavras.

Mas para alcançar este nivel e poder se designar “programador” a pessoa que que evoluir muito. Então, como existem pessoas que sabem escrever e existem autores, existem programadores que escrevem e programadores que sabem escrever. E entenda que o talento do programador não é saber porque a classe X e Y existem ,ou qual é o seu papel para o usuário. Descobrir essas coisas não é o seu papel. Seu papel é simplesmente traduzir esses conceitos em código da forma mais fidedigna possível. Então, neste sentido ele é um escriba sem pretensão de conhecer do negócio ou tomar decisões de arquitetura, escolher frameworks , etc… seu único propósito é escrever bom código.

Muitas poucas pessoas são “autores de código” no nível que deveriam. Isso é uma pena. E isso advém desse preconceito contra quem é “só programador”. Não ha nada de errado em ser “só programador”, desde que seja um programador de verdade.
Então o que temos são muitas pessoas que sabem escrever e poucos autores. E ai se banaliza dizendo que se qualquer um pode escrever, então é uma função menor. Nos ultimos anos temos vindo a assistir a movimentos contra isso e em favor de escrever bom código. Mas ainda existem mutias pessoas em pontos do fluxo ( como os professores) que não estão nessa onda e ainda pensam como pessoas nos anos 50 ( talvez porque nasceram nos anos 50)

Por outro lado, um escrito de código meia boca, também não pode achar que é o salvador da pátria só que porque ele escreve um código mixuruca e faz o sistema funcionar. Ele é responsável pela maior parte do trabalho “físico”, mas ignoar sua responsabilidade na equipe é um erro fatal. O peão só é peão porque se contenta com isso. Mas peões ha muitos e um jogador experiente não tem medo se realizar o gambito do peão.

Profissionalmente as pessoas não enxergam que é necessário bons programadores autores da mesma forma que não enxergam que são necessários bons pedreiros. Acham que é só por um bom capataz (aka lider de equipe) e pronto. Isto é mau gerenciamento. É gerenciamento meia boca, porque também os gerentes que temos são como os programadores : meia boca. E assim vai até os diretores. É uma questão de cultura. Vc vai ver em outros lugares do mundo e as pessoas pensam diferente. Não se acomodam com a mediocridade. Aqui, nem sabem que são mediocres e ainda se acham os super-master.

Tudo isso começa na faculdade, nos professores que são muito acadêmicos sem experiencia real em sistemas reais. até os gerentes que - ironicamente - não têm fundamento académico para as decisões que tomam. No mundo real do dia a dia, parece que nunca ninguém leu um livro sobre gerencia de equipes de software (que é diferente de outros tipos de equipes), ninguem sabe o que é um cone de incerteza ou que quanto mais pessoas num projeto pior. Coisas simples. Claras. Que todos sabem, mas ninguém assume.

É como se a empresa mandasse escrever sua autobiografia e escolhe o primo do sobrinho do padrão porque ele tem jeito com o word. Escrever uma biografia é muito mais complexo que isso. Então, pessoas que pensam pequeno (porque não foram educadas de outra forma e sequer conhecem o mundo ) têm a ajuda de pessoas pequenas. E o engraçado é que eles são felizes assim. Até que o livro sai e ninguem gosta e ninguem compra e a culpa é do cara que escreveu e não do cara que o contratou.

Então, se está indignado em que se associe o programador ao peão, o jeito é ser um excelente programador, um autor de código, treinar seus pares para serem o mesmo, e talvez um dia, haja respeito. Porque antes de pedirmos respeito da sociedade, temos que ganhar respeito dentro da nossa própria profissão. E hoje tem muito gentio sem os valores necessários para trabalhar com software.[/quote]

Que comentário fantástico!!!

Só acrescento ao que você disse, e é o que mais me deixa indignado, é que muitas vezes, na maioria, a opção por um programador-peão acontecer por questões financeiras. Pra economizar com mão de obra. Então traz-se um analista (normalmente um ex-programador “promovido”) e um exército de programadores a preço de banana.

O que me irrita não é chamar programador de peão, porque programadores-peões realmente existem, o que me irrita é ainda se achar que eles servem para alguma coisa. É achar que pessoas que se limitam a pegar uma especificação sem questionar e escrever código com aquilo é capaz de construir um software aceitável, pelo menos. Não é.

Irritante é um analista de sistemas colocar-se num pedestal e achar que ele tem o direito de não programar. E a junção dessas duas caricaturas do mercado resulta em softwares com a qualidade que conhecemos.

Eu sou muito azarado.
Trabalhei em duas empresas seguidas com este pensamento.
Pra mim acho que mais do que conhecimento e experiência devesse primeiro se valorizar a honestidade e o respeito.

Eu sempre fui um cara que vestiu a camisa, em qualquer empresa que trabalhei, mas conforme as dúvidas vão surgindo a quem se deve perguntar?
Pois é pessoal, eu trabalhei com um analista que não se podia perguntar nada.
Após 1 ano de trabalho, olha a pérola que o ultimo infeliz soltou na metade de um projeto:
Faça como eu to mandando seu porra! Ninguém é insubstituível.
Resultado: Pedi demissão na hora e ele teve continuar sozinho (Pelo que sei ele não deu conta).

Criar um ambiente com este pensamento pra mim é gostar de jogar dinheiro fora.
Um time de softwares é como um comando. Se o comandante perde o respetio dos soldados, ele pode morrer no campo de batalha. É de se admirar que uma faculdade esteja difundindo este pensamento. Uma burrice estratégica.

Não dá pra enumerar os riscos de se contratar qualquer um. Estes são só alguns que lembro de ter visto:
http://www.guj.com.br/java/291483-desenvolvedor-e-demitido-por-terceirizar-seu-trabalho-inteiro-para-a-china
http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI761698-EI15607,00.html

Concordo com o viny. Essa visão é ultrapassada mas ainda é ensinada como foi colocado por nosso colega worlock257! Um livro muito utilizado nas cadeiras de engenharia de software e análise de software é o “Engenharia de Software” do Roger S. Pressman e olhem o que ele diz:

[quote]Por causa do esforço aplicado no projeto o código se desenvolverá com pouca dificuldade. Uma margem de 15 a 20% do esforço global pode ser conseguido pag. 146

A Engenharia de software considera a boa codificação como consequencia de um bom projeto. O código é revisado para que possa ter estilo e clareza, mas deve, por outro lado, ser diretamente relacionado ao projeto detalhado. pag. 194[/quote]
E isso é seguido a risca nas fabricas de software e, embora possa parecer absurdo, muitos programadores acham isso normal!

Acredito que essa visão equivocada vai levar muitos anos para ser mudada, até porque os métodos ágeis não são compreendidos da maneira correta (a maioria das vezes que se usa scrum ou qualquer outra coisa o que se esta fazendo é um mini waterfall). Me lembro agora até de uma conversa com um professor meu sobre XP, onde ele afirmava que com XP não era possivel projetar uma casa!

Eu falo bastante sobre isso em um post do meu Blog: E o programador virou pedreiro!

Todas as pessoas que já vi depreciarem a profissão de programador desta forma, eram justamente as que nunca conseguiram aprender a programar, passavam raspando na base da cola e do decoreba. Então quando não aprendem, denigrem para aquilo perder a relevância.

Qualquer profissional consciente sabe que programadores, analistas de negócio, arquitetos, o cliente, e todos os outros papéis são cruciais para o sucesso dos projetos.

Todas as pessoas que já vi depreciarem a profissão de programador desta forma, eram justamente as que nunca conseguiram aprender a programar, passavam raspando na base da cola e do decoreba. Então quando não aprendem, denigrem para aquilo perder a relevância.

Qualquer profissional consciente sabe que programadores, analistas de negócio, arquitetos, o cliente, e todos os outros papéis são cruciais para o sucesso dos projetos.[/quote]

mas ninguém disse que não são necessários. Quando foi dito ‘peão’, foi com o intuito de dizer que são a base.

Sobre eletricista ganhar 5000. Meu primo vive de agenda cheia, mas tem vezes que não tem nada. Não sei se chega a 5 mil, mas acho que os engenheiros elétricos e de outras áreas realmente ganham MUITO mais que área de T.I

[quote=YvGa]
Só acrescento ao que você disse, e é o que mais me deixa indignado, é que muitas vezes, na maioria, a opção por um programador-peão acontecer por questões financeiras. Pra economizar com mão de obra. Então traz-se um analista (normalmente um ex-programador “promovido”) e um exército de programadores a preço de banana.

O que me irrita não é chamar programador de peão, porque programadores-peões realmente existem, o que me irrita é ainda se achar que eles servem para alguma coisa. É achar que pessoas que se limitam a pegar uma especificação sem questionar e escrever código com aquilo é capaz de construir um software aceitável, pelo menos. Não é.[/quote]

Demanda x Oferta.

A maioria dos programadores também não têm conhecimento de negócio pra criar sua própria história e preferem a segurança de escrever biografias dos outros em troca de um contra-cheque no fim do mês.

Todas as pessoas que já vi depreciarem a profissão de programador desta forma, eram justamente as que nunca conseguiram aprender a programar, passavam raspando na base da cola e do decoreba. Então quando não aprendem, denigrem para aquilo perder a relevância.

Qualquer profissional consciente sabe que programadores, analistas de negócio, arquitetos, o cliente, e todos os outros papéis são cruciais para o sucesso dos projetos.[/quote]

mas ninguém disse que não são necessários. Quando foi dito ‘peão’, foi com o intuito de dizer que são a base.

Sobre eletricista ganhar 5000. Meu primo vive de agenda cheia, mas tem vezes que não tem nada. Não sei se chega a 5 mil, mas acho que os engenheiros elétricos e de outras áreas realmente ganham MUITO mais que área de T.I[/quote]

Elizeu, foi por isso que eu frisei exatamente a parte onde o usuário relatou desprezo, ou o “peão” de forma depreciativa. Quando a entonação gira da forma como você mencionou (são a base), aí não há problema algum.

Nenhum emprego digno merece desprezo.

Talvez seu professor pense que programadores são assim:

as vezes me pergunto como deixam um cara desse dar aula, sem falar que ele é um ótimo motivador de alunos em.

Eh proibido postar o nome da instituição?

Lembrando que independente de pública/privada, açougueiro tem em todo lugar, com todo respeito aos camaradas que vendem a minha mistura.

[]'s

[quote=msato][quote=YvGa]
Só acrescento ao que você disse, e é o que mais me deixa indignado, é que muitas vezes, na maioria, a opção por um programador-peão acontecer por questões financeiras. Pra economizar com mão de obra. Então traz-se um analista (normalmente um ex-programador “promovido”) e um exército de programadores a preço de banana.

O que me irrita não é chamar programador de peão, porque programadores-peões realmente existem, o que me irrita é ainda se achar que eles servem para alguma coisa. É achar que pessoas que se limitam a pegar uma especificação sem questionar e escrever código com aquilo é capaz de construir um software aceitável, pelo menos. Não é.[/quote]

Demanda x Oferta.

A maioria dos programadores também não têm conhecimento de negócio pra criar sua própria história e preferem a segurança de escrever biografias dos outros em troca de um contra-cheque no fim do mês.[/quote]

Eu sei que isso existe e eu sei que as empresas procuram programadores com pouca experiência acreditando que a experiência do analista-que-não-programa será suficiente e o resultado disso é catastrófico, invariavelmente. Stress, reuniões intermináveis, bate-boca, finais de semana e noites em claro tentando resolver problemas. E assim vai até que chegue um programador experiente pra baixar a poeira e por as coisas no lugar.

Isso acontece sempre, mas o problema é a incapacidade de muitos de reconhecer que a causa disso são os programadores inexperientes (programador junior é util e um dia pode virar um grande programador, mas enquanto junior ele deve ser assistido por outro programador mais experiente, não por um analista-que-não-programa).

E alguns, além da incapacidade de reconhecer um problema recorrente, ainda bradam aos quatro ventos que ela é a melhor solução.

[quote=raf4ever] Disseram que praticamente não tem a capacidade de pensar no negócio, que recebe apenas todo o trabalho mastigado e apenas digita.

Quem cabe nessa definição é peão mesmo,o lance é que nem todos os programadores cabem.[/quote]

A minha resposta é simples: Vai do salário do cabra. Peao na minha concepção é o q kra q enfrenta busão, trem etc d meio d condução ida/vinda trabalho; ganha salário baixo; tem d cumprir kda mldt* minuto das 8h pq é monitorado por olhos d todos os ângulos e por aí vai.

[quote=worlock257]Bom dia galera.

Estou chateado pelo q ouvi ontem em sala de aula do professor e de alunos. Naquela aula tipica que falam um pouco dos cargos em uma empresa de T.I, se referiram ao programador como um peão, simplesmente com um desprezo terrível. Disseram que praticamente não tem a capacidade de pensar no negócio, que recebe apenas todo o trabalho mastigado e apenas digita. Cara isso é revoltante! Já não basta a quantidade de assuntos que um desenvolvedor tem que aprender, o estudo e o aprendizado não para. Será que não entendem que a quantidade de assuntos que devemos aprender já é tão imenso que entender todo o negócio é tanta informação que não há como absorver tudo? Mas ser tratado como peão é uma tremenda falta de respeito! Grandes idéias, ótimas startups nascem da criatividade e conhecimento dos ‘peões’, então é um absurdo nós recebemos esse tratamento e essa visão de uma mera peça que pode ser substituída por qualquer um!
Pode ser que eu esteja viajando, afinal de contas eu sou iniciante e trabalho como desenvolvedor há um ano. mas fiquei indignado com a visão tão rancorosa do professor e alunos!
O que vc’s acham? Somos apenas um profissional que anda com uma viseira na cara? Ou nossa criatividade em criar algo que nunca é igual a outro trabalho nos diferencia de outros profissionais?[/quote]

Sabe, é complicado…

Qdo. eu estava na faculdade, assim como vc… Escutava coisas como: Programadores são bitolados no q fazem, no geral sao tímidos, nao se comunicam bem e etc etc e etc… Meu primeiro estagio, contrariou tudo o q eu escutva dizer… Em outras palavras, com base em suas experiências e expectativas vao formando suas opiniões/pontos de vista/maneiras de como encaram as coisas… Talvez seu professor já tenha avançado alguns níveis acima do cargo Programador e por isso ele coloca como ele enxerga as coisas da forma como ele disse… Quer um exemplo… Eu tinha um professor q na minha opiniao era o melhor da faculdade, e sabe o q ele dizia d quem trabalhava com Suporte Técnico/conserteva computador nas empresas? Ele falava algo como “pessoas infelizes, q andam de um lugar pro outro na empresa, tudo suado, bagunçado e com uma chave de fenda no bolso todos extressados c/ salários mediocres…”… Talvez isso me impulsionou a deixar essa área rs… E confesso, hj, tenho a mesma visao dele, daquele professor, o Marcelo…

[quote=YvGa][quote=msato][quote=YvGa]
Só acrescento ao que você disse, e é o que mais me deixa indignado, é que muitas vezes, na maioria, a opção por um programador-peão acontecer por questões financeiras. Pra economizar com mão de obra. Então traz-se um analista (normalmente um ex-programador “promovido”) e um exército de programadores a preço de banana.

O que me irrita não é chamar programador de peão, porque programadores-peões realmente existem, o que me irrita é ainda se achar que eles servem para alguma coisa. É achar que pessoas que se limitam a pegar uma especificação sem questionar e escrever código com aquilo é capaz de construir um software aceitável, pelo menos. Não é.[/quote]

Demanda x Oferta.

A maioria dos programadores também não têm conhecimento de negócio pra criar sua própria história e preferem a segurança de escrever biografias dos outros em troca de um contra-cheque no fim do mês.[/quote]

Eu sei que isso existe e eu sei que as empresas procuram programadores com pouca experiência acreditando que a experiência do analista-que-não-programa será suficiente e o resultado disso é catastrófico, invariavelmente. Stress, reuniões intermináveis, bate-boca, finais de semana e noites em claro tentando resolver problemas. E assim vai até que chegue um programador experiente pra baixar a poeira e por as coisas no lugar.

Isso acontece sempre, mas o problema é a incapacidade de muitos de reconhecer que a causa disso são os programadores inexperientes (programador junior é util e um dia pode virar um grande programador, mas enquanto junior ele deve ser assistido por outro programador mais experiente, não por um analista-que-não-programa).

E alguns, além da incapacidade de reconhecer um problema recorrente, ainda bradam aos quatro ventos que ela é a melhor solução.[/quote]

O pior é que muitas vezes nem se busca um profissional experiente. Já vi muito sistema horrível que atende empresas grandes com erro de memória o tempo todo, travamentos, lentidão excessiva e o cliente, normalmente amarrado num contrato que privilegia só a empresa que vendeu o software, não tem muito do que reclamar. Tem que aprender a usar o sistema de modo que não de pau (se é que tem como). :shock:

Isso acontece também porque muitas vezes os clientes não buscam qualidade na hora de fechar o contrato. Aquela estória de “precisamos de um sisteminha”, aí contrata uma empresa por ter afinidade com o dono, que faz um preço camarada. Começam com o pé-esquerdo justamente por não valorizar o software.