[quote=Stacker]
A questão é que existem empresas que trabalham somente com tecnologias de ponta, seja programando sistemas críticos para aviação como desenvolvendo software para equipamentos médicos.
E nesses casos a empresa não pode contratar profissionais sem qualificação (graduação e em alguns casos pós graduação), não se pode confiar em um conhecimento adquirido de forma auto didata sem nenhum preparo acadêmico anterior.
E são essas as empresas que geralmente oferecem os melhores salários e oportunidades de crescimento.[/quote]
[quote=Hermanoz]Depender de salário ou ter que viver estudando “sistemas críticos”? Não é muito pra pouco resultado?
Sei lá, principalmente nos dias de hoje, onde um site em PHP pode valer $100b.[/quote]
Essa é uma escolha pessoal, que deve ser feita de acordo com seu perfil profissional, suas motivações e a região onde você vive.
Tem muita gente que prefere vender pilhas de sistemas simples, do que tentar engajar num sistema complexo. Outros (como eu) já preferem ter um baita abacaxi por dia, e dedicar horas de estudos para resolver problemas que ninguém resolve no dia-a-dia.
Não dá é para tirar das pessoas é o direito de escolha do que fazer, e como. Do quanto se capacitar, e no que se capacitar.
E é exatamente sobre tirar esse direito que estamos falando quando falamos em restrições de mercado (o nome “restrição” não está lá à toa).
O mesmo vale para as empresas. Elas tem que ter autonomia para escolher profissionais que melhor as atendem. Por exemplo, no caso da Petrobrás (que gerou uma discussão similar a esse esses dias atrás): É melhor ter um físico que entende meia boca de computação, ou um desenvolvedor de software que entende meia boca de física? Isso é ela, e somente ela, que tem conhecimento técnico e autonomia suficiente para decidir. Canetear uma exigência de diploma no governo e criar uma “regra geral” é, no mínimo, ridículo.
Quanto aos sistemas de $100b. Esses sim são exceção, não regra. Não é fácil simplesmente ter uma boa idéia e se tornar um bilionário.
Em termos de segurança e carreira profissional, o “pouco resultado” geralmente é um caminho mais seguro do que apostar que um belo dia você será o criador do novo facebook.
[quote=Hermanoz][quote=Stacker]
A questão é que existem empresas que trabalham somente com tecnologias de ponta, seja programando sistemas críticos para aviação como desenvolvendo software para equipamentos médicos.
E nesses casos a empresa não pode contratar profissionais sem qualificação (graduação e em alguns casos pós graduação), não se pode confiar em um conhecimento adquirido de forma auto didata sem nenhum preparo acadêmico anterior.
E são essas as empresas que geralmente oferecem os melhores salários e oportunidades de crescimento.[/quote]
Um site em PHP pode valer $100b.[/quote]
A questão não é PHP. A questão é que o Facebook tinha um diferencial.
A linguagem não importa.
E hoje o Facebook não usa somente PHP. Só a título de curiosidade.
[quote=ViniGodoy][quote=Hermanoz]Depender de salário ou ter que viver estudando “sistemas críticos”? Não é muito pra pouco resultado?
Sei lá, principalmente nos dias de hoje, onde um site em PHP pode valer $100b.[/quote]
Essa é uma escolha pessoal, que deve ser feita de acordo com seu perfil profissional, suas motivações e a região onde você vive.
Tem muita gente que prefere vender pilhas de sistemas simples, do que tentar engajar num sistema complexo. Outros (como eu) já preferem ter um baita abacaxi por dia, e dedicar horas de estudos para resolver problemas que ninguém resolve no dia-a-dia.
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Vocês que defendem tanto a regulamentação e se posicionam contra os autodidatas, por favor me respondam (sejam honestos)
Vocês frequentaram todas as aulas direitinho? Ou pediram alguém para assinar a lista por vocês?
Colaram alguma vez?
Fizeram todos os trabalhos? Ou só assinaram alguma vez?
Então vou contar duas coisas:
a) O autodidata pode não ter o diploma mas não cometeu os pequenos crimes que citei nas 3 perguntas.
b) Tem autodidatas como o Pedro Franceschi que com 13 anos já era famoso justamente por programar e conseguir clientes com o que programava.
O diploma deu fama e clientes a algum de vocês?
Pois é, pensem nisto.
Eu como engenheiro afirmo: 42 anos de formado, paguei o CREA por 35 anos e nunca o CREA fez nada por mim. Pensem bem antes de achar que ter que pagar um órgão regulamentador da profissão, uma cartório tipo CREA ou OAB, vai impedir um Pedro Franceschi ser mais famoso e ter mais downloads do que você.
Abraços
Luca[/quote]
Assino embaixo.
Quem precisa adotar medidas protecionistas (regulamentação, e.g), na minha opinião, se enquadra nos seguintes perfis:
Conhece / faz parte de algum grupo influente que após uma regulamentação sairá ganhando com o dinheiro dos outros
É inseguro e acha que só porque fez uma faculdade terá privilégios na vida (faculdade é uma das maneiras de te guiar numa formação sistemática de conhecimento, e não deveria passar disto)
Acha que sua profissão precisa do mesmo nível de “nobreza” do que outras profissões, com o intuito de se auto-afirmar na sociedade
Ignora a demanda de informatização mundial, reservando o mercado com o único intuito de aumentar seus embargos e consequentemente criar um mercado fechado com gente que pensa da mesma maneira.
Enfim, sou formado, acadêmico por natureza, adoro o mundo universitário.
O que não gosto é de dar dinheiro pra quem não tem nada a ver com isso.
O que não gosto é de alimentar gente que não trabalha.
E não gosto simplesmente porque este assunto não faz sentido algum para mim.