Opa galera, ultimamente ando me questionando sobre como seria trabalhar em empresas com essa pegada de ambiente mais jovem, com tecnologias novas e uma descontração maior. Tenho por volta de 4 anos de experiencia profissional e sempre trabalhei em consultorias no formato de bodyshop. Os clientes que trabalhei e trabalho não tem como produto algo que o foco seja inovar em soluções tecnológicas Alguém trabalha ou trabalhou ou conhece pessoas que tiveram experiencias com empresas na linha do buscape, uol ou ate mesmo statup? Eu estou certo em pensar que e legal trabalhar em um ambiente assim?
Você não será jovem para sempre, lembre-se disso.
Tem empresas que não infantilizam o ambiente, mas nem por isso deixam de ter um bom ambiente de trabalho, com relação humanizada, embora o ambiente maduro.
O foco deve ser você ser bem recompensado pelo trabalho para inovar na sua vida pessoal.
Google é Google, cuidado com “tipo google”. Esse artigo alerta pras armadilhas: http://www.itexto.net/devkico/?p=1460
Legal o artigo. Voce ja vivenciou algo assim?
Tenho amigos da faculdade que trabalham num ambiente assim numa grande empresa de marketing em SP. Aparentemente eles gostam, embora tenham um grande volume de trabalho.
Na última empresa em que trabalhei o chefe começou a fazer algo do tipo, mas percebi que ele não estava “dando ponto sem nó”. A minha jornada de trabalho era de 8 horas diária (40 semanais), mas dificilmente saia no horário. Todos aqueles mimos eram apenas um forma de manter a equipe mais tempo por lá. Muitas vezes tinha que sair do trabalho as 20hs, 21hs ou até mesmo 22hs além das manhãs de sábado. Tudo isso sem ganhar um centavo a mais por isso. Antes tivesse ao menos um plano de saúde, jornada de trabalho real compatível com o regime de contratação, salário justo e nenhum desvio de função.
Melhora na produtividade? Tampouco, pelo menos quando você tem uma equipe muito jovem e inexperiente. Todos os caras lá tinham entre 19 e 24 anos, alguns com no máximo cinco anos de experiência e outros sendo aquele o primeiro emprego em T.I. E todos os projetos eram um desastre, nunca conseguiam terminar algo no prazo ou da forma como o cliente queria. De nada adianta um empresário querer ter um ambiente inovador se ele ainda não resolveu problemas básicos na gestão de seus projetos e recursos.
Não, mas um colega que trabalhava numa startup falou desse “ambiente jovem” etc mas com isso muitas vezes ficavam trabalhando alem do horário de saída normal e tendo que usar banco se horas quem nem sempre era usado quando quisesse. Exatamente como JulioMorta falou, “uma forma de manter a equipe mais tempo”. É uma ilusão que só traz vantagens para o empresário. Eu prefiro jogar videogame em casa com quem eu quiser.
Depois essa startup foi comprada por uma grande empresa do ramo de negócio que o produto atende. Com isso ele deu a entender que a brincadeira acabou, onde quem ficou teve que ir pra realidade do mundo corporativo, trabalhando mais orientado a demandas objetivas para o negócio.
Pra querer isso que você deseja, trabalhar com inovações tecnológicas, mas considerando longevidade, acredito que tenha que ir para algo realmente como Google, Microsoft, Apple, Oracle, Amazon, etc.
Há mais de 7 anos que trabalho em ambientes assim. Prefiro mil vezes isso a um ambiente corporate.
Nunca tive problemas com horário (exceto raras vezes assim como em toda área), sempre vi recompensa no trabalho e um desafio melhor que o outro. Por outro lado, se o cara é ruim de trabalho, preguiçoso ou não sabe gerenciar o horário, vai sim ficar sempre até mais tarde, e aos poucos vai se queimando facilmente pois como a equipe é menor, o desempenho, sendo bom ou ruim, sempre vem à tona.
No geral, empresas assim buscam pessoas responsáveis, auto-gerenciáveis e que produzem algo, por isso o cara tem que ter apetite pra desafio e resolver problemas reais. Se você precisa de alguém pra ficar mandando o que fazer, dificilmente vai ter sucesso de longo prazo em empresas desse tipo, que por acaso, dentro e fora do Brasil, têm crescido absurdamente.
No meu emprego anterior, eu trabalhei em uma consultoria bastante conhecida no “Mundo Ruby” que seguia esse estilo. E sinceramente foi a melhor empresa na qual trabalhei: horário flexível, ambiente informal(podíamos ir trabalhar de camiseta e bermuda), equipe com ótimos profissionais, tinha mesa de ping-pong e pebolim no escritório, trabalhávamos 40 horas semanais e haviam muitos projetos inovadores pois a maioria dos clientes eram startups.
Claro que nem tudo eram flores: o salário era no máximo a média do mercado, tínhamos que levar nossos próprios notebooks e não havia nenhuma ajuda de custo com relação a isso e depois de um tempo começaram a fazer body-shop com alguns devs pois viam que dava dinheiro.
Mas no final das contas foi uma ótima experiência. Hoje sinto falta desse ambiente pois acabei voltando para o mundo corporativo e já estou mudando de emprego novamente para uma empresa grande que tem um ambiente mais parecido com esse.
Essas empresas existem e são poucas, mas se vc for um bom profissional, vai acabar entrando em uma empresa assim cedo ou tarde.
Acho que esse tipo de ambiente só tem a ganhar. Se está fazendo o funcionário trabalhar menos, é porque este profissional não está apto a trabalhar neste tipo de ambiente, e não sabe diferenciar as coisas. Trabalhar em ambientes mais descontraídos e que a empresa te dá mais confiança é muito melhor, do que em ambientes onde precisa ser tudo regulamentado.
O que o javaflex e o julio_murta disse, acontece em qualquer ambiente de empresa, se os gestores da empresa forem péssimos empresários e gestores, independente do ambiente. O problema nesses casos não é o ambiente, e sim os chefes que não sabem fazer as coisas direito.
Trabalho 100% home-office, e consegui autorização imediata pela chefe, no mesmo momento que pedi, foi o mesmo momento que ela autorizou. Isso porque na empresa já existem vários funcionarios full time home-office, além é claro, dela confiar em meu trabalho e minhas responsabilidades. Essa credibilidade e confiança que a empresa oferece é essencial para trabalhar tranquilo, sendo voce mesmo e consequentemente ser mais produtivo. Já trabalhei em empresa, que era tudo bloqueado e tudo registrado, até os chats e o consumo de bytes por mes. Aquilo era ridículo, e só atrapalhava, enquanto os chefes achavam que isso ia salvar a empresa. Hoje, essa empresa nem existe mais, porque fechou.
Não que eu ache a proposta dessas empresas ruim, mas isso exige um nível de maturidade muito alto tanto para os gestores quanto para os desenvolvedores. Minha experiência não foi boa justamente pela equipe (incluindo eu) e pela gerência ainda não estarem preparados para isso. E como as intenções por trás desse “modelo” não era as melhores virou esse jogo de pagar pedreiro com copo de cachaça.
Na verdade, no “mundo ideal”, um time autogerenciável trás resultados melhores que uma empresa com uma cultura pesadamente burocrática. E é justamente isso que práticas ágeis como o Scrum têm pregado faz tanto tempo. Mas pra ter esse “privilégio” é preciso ser bom, ter bagagem e responsabilidade e pra chegar nesse nível é preciso tempo. E pra ter um time assim é preciso ter dinheiro, porque um cara bom não quer ganhar pouco.
Texto que vai de encontro com muitos dos depoimentos já citados
O que aconteceu com a geracao Y ?
Li esse texto semana passada. Achei bobo, que só serve pra realidade de quem é jovem e trabalha numa cidade como SP, ou talvez apenas para a realidade do autor e dos colegas dele. Como por exemplo:
Quando nossos pais estavam em casa, eles estavam em casa mesmo! Dane-se que o trabalho tinha sido duro, após as 18:00 eles sentavam naquele sofá da Mesbla, abriam a primeira Antártica da noite e era a hora do futebol."
Meu pai só conseguia pagar as contas porque fazia hora extra. Apesar de tudo, minhas condições de trabalho foram muito melhores que as dele.
Em resumo, trabalhar num lugar assim é também uma questão puramente pessoal. Tem gente que não vê problema de sair às 20hs, embora também possa entrar às 10hs ou 11hs da manhã. Tem gente que odeia roupa social, como eu, e que prefere trabalhar num lugar que não precise disso. Quanto ao OP, é importante que ele experimente coisas novas, principalmente enquanto é novo. Se ele entrar numa empresa desse estilo e não gostar, só procurar outro emprego.
Bom como disse anteriormente, nunca tive essa experiencia e por isso não posso dar uma real visão sobre o assunto. Apesar de eu ser uma pessoa nova tanto de idade quanto de carreira, acho que já atingi um nível de maturidade que muitos de 40 anos não conseguiram. Por isso digo que esse papo de que um ambiente de trabalho tiver video games, mesa de ping-pong e etc, vai fazer com que os funcionários não tenham foco acho uma conversa de bêbado… Assim como disseram ai anteriormente, se o cara não consegue se policiar em relação a isso talvez ele não seja o funcionário adequado. No entanto criei esse tópico para debater as experiencias e alguns dizem que esse tipo de ambiente não é legal…
flaviofat, se você não tem experiência em ambientes menos “corporate” e quer se arriscar, te digo que vale a pena. Esse papo de que a geração Y está fadada ao fracasso ou que são “escravos do luxo” é puro achismo. Geralmente quem fala isso ou nunca vivenciou ambientes assim, ou teve uma péssima primeira experiência, ou se esconde atrás do argumento “meu amigo que disse”.
Chefes e processos toscos existem em qualquer tipo de empresa, seja nos moldes “google” ou não. Cabe ao profissional saber escolher e sair quando há sinal de fumaça, independente dos anos de carreira.
Cuidado com as indiretas jovem, se está falando do meu post, certamente nunca trabalhei numa empresa com ambiente infantil.
Cada um faz suas escolhas e como você é desta geracao naturalmemte prefere esse tipo de ambiente.
Apesar de agregar parte de cada um dos pontos de vista apresentados neste post, eu tenho trabalhado para ter algum produto próprio no mercado. Hoje eu trabalho numa empresa pública que me faz ficar trancando numa sala com ar condicionado no talo até a hora da minha saída e com meu chefe me cobrando o tempo inteiro sobre a entrega da minha demanda. Por que fico aqui? Por causa dos benefícios que muita gente disse que não tinha.
Apesar de ter lido os textos sobre a infantilização do trabalho e sobre a geração Y, eu concordo em partes com eles porque eu convivo com alguns da geração Y que acho sim que são “escravos do luxo”, mas não por serem da geração Y, mas porque entendo que (estes alguns) são filhos de pessoas que criam herdeiros e não legados. Portanto ainda assim eu acredito na geração Y, e admiro muito essas empresas “disruptivas”, pois tenho um amigo meu que trabalha e trabalhou numa dessas que continham “Xbox na cozinha”, “Counter Strike depois do expediente se quiser”, “permissão para o seu cachorro ficar ao seu lado durante todo o expediente”, “Ubuntu em todas as estações com usuário admin livre”, “sem firewall de conteúdo”, etc e pelo que vejo, ele gosta muito. Mas aí entra o que disseram sobre perfil, o meu é outro! Estou estudando bastante para desenvolver um produto para começar a construir algo para eu poder largar o meu serviço atual, porém estou tendo de aprender a ser disciplinado, persistente e ter de aproveitar cada minuto que me sobra para que eu acredite piamente que o que quero vai acontecer e isso é acima de tudo um processo de amadurecimento, mas é o que disseram, “se tipos Google e Microsoft exigem este tipo de perfil, tenho que ser verdadeiro comigo e entender que admiro, mas não consigo ser tão dinâmico, pois sou da geração Street Fighter”. Ainda gosto de pensar que posso passar o meu tempo trabalhando mais devagar e ver o tempo passando mais devagar, mesmo que não ganhe tanto por isso.
E no final das contas o que vai acontecer quando eu tiver o meu home office me sustentando? Não sei ainda, eu apenas vislumbro e sempre tento levantar a cabeça porque quero cumprir meu objetivo.
Eu já fui contratado no começo da minha carreira por uma empresa que se dizia “tipo Microsoft porque eram livres para fazer outras atividades”. Fiz provas de inglês, eletrônica e informática e fui parabenizado por ter fechado todas as provas, mas no meu primeiro dia de serviço, o meu gestor me mostrou a minha sala, os equipamentos eletrônicos que eu iria trabalhar, mas me deu uma vassoura na minha mão para varrer um galpão e me mostrou um carrinho para eu carregar placas de papelão. Confesso que fiquei atônito por alguns momentos porque não estava entendendo o que estava acontecendo e cheguei a varrer e a carregar algumas caixas, pois era praticamente o meu primeiro emprego de carteira assinada e estava muito confuso devido a meu nível de inocência, mas depois de alguns minutos pedi para ir embora.
E você não perguntou o por quê da vassoura? Poderia ser um teste.
É, mas não foi. Acho que para um adolescente como eu, que havia trabalhado no comércio varrendo lojas e limpando prateleiras durante tantos anos, e ter ralado para ter uma formação de programador, foi difícil para mim me convencer de aquilo não era um teste. Por sorte, no auge de minhas reflexões durante as varridas, meu celular tocou e era um empresa de desenvolvimento de software me chamando para trabalhar.
Desvio de função é algo não pertinente a este tópico, mas ser explorado por “tipos Microsoft” é.
E atualmente, trabalha no setor público? Se sim, qual autarquia? Em qual cidade? Vale a pena?
Olá, Gostei muito do texto, me trouxe reflexões interessantes .
- Horários flexíveis, permitiria acesso a palestras e cursos que horários engessados não facilita muito.
- Lavanderia, academia, restaurante, facilita bastante no gerenciamento do tempo, você pensando na logistica de chegar alguns minutos mais cedo por a roupa na lavanderia, economiza muito mais tempo do qual você gastaria quando chegasse em casa por exemplo.
- O quesito videogame e outras atividades lúdicas, bom acredito que vai de controle de cada um, se você consegue passar apenas 30 min fazendo uma pausa utilizando esses benefícios ou se vai ficar lá por 1h. A medida que não atrapalhe na produtividade, metas diárias cumpridas, não terá problemas. Conheço relato de uma empresa que reservou um horário do dia para seus funcionários jogarem COD, mas só quem pode participar são os que cumpriu as suas tarefas pra aquele dia, e quem já terminou acaba apoiando e ajudando aqueles que não conseguiram.
- Em contra partida entendo que disciplina, é importante para tudo o que for fazer, principalmente na área profissional.
Cadeiras confortaveis, e condições de trabalho decente é o mínimo que a empresa tem que oferecer.
Gostaria de deixar uma pergunta
Como vocês acham que vai ser as melhores condições de trabalho daqui a 5 - 10anos?
Creio que há um grande problema na “gerência de talentos”… esses mimos extras são oferecidos para buscar o profissional o quanto antes, com menos experiência mesmo…
Onde trabalhei tinha isso tudo, e o foco era pegar funcionários com pouca experiência em carteira, porém ótimo domínio em ferramentas.
Mas bem gerenciado os novos talentos, nossa, você pode se surpreender com os resultados… então vale o apelo “google” sim.
Porém plano de carreira é algo complicado… pois nem a empresa tem essa certeza… empresas se software estão longe do modelo “empresa estatal… entre aqui e fique até sua aposentadoria”… creio que isso se dá porque algumas pessoas curtem não inovar, e as vezes fica complicado manter o “melhor programador cobol do mundo” quando a empresa já está com 99% usando angularjs.
Também o inverso ocorre… pelo menos comigo ocorreu… eu curto inovação, novas tecnologias, bem mais do que café expresso ou living com sofá, então fica complicado programar com tecnologias antigas o dia todo… não é uma falha da empresa, a empresa precisa vender, e alguém tem que desempenhar o trabalho…
Creio que pra quem está iniciando, vale sim a maneira google… pra quem está no mercado a mais tempo, é bom achar um meio termo ou abrir seu proprio negócio e perceber como a música toca.