[quote=barr]@ViniGodoy,
Eu acho que tenho mais facilidade com artes, meu sonho profissional era esse, mas não consigo lidar com os pensamentos pessimistas sobre a carreira e a desvantagem de morar longe das oportunidades. É complicado, principalmente pq ainda não consigo me desligar completamente da ideia. Obrigado.
@naosouusuario,
bom, eu já tinha uma noção de programação por conta do curso que havia feito, e pensando em ter uma profissão mais estável$$ eu decidi me esforçar pra me tornar um programador. O interesse foi mais no dinheiro e estabilidade mesmo. Interesse por programação, só tive por programação de jogos uma vez (embora eu praticamente nem jogue nada), só que meu “célebro” é muito limitado pra isso, é coisa pra gênios 
Sobre o 2), quando chego em casa não tenho vontade nenhuma de botar as mãos em programação web. E quando leio sobre o assunto, da a impressão que todo true programador programa por lazer também, o que me faz sentir um tanto deslocado. Uma vez fiz uma entrevista e o cara me perguntou se eu gostava de programar, eu exitei antes de dizer sim, perdi a oportunidade ali kk. Talvez seja apenas questão de mindset que ainda não consegui alcançar. Obrigado pelo rant e respostas.[/quote]
Cara, esse negócio de “dar dinheiro” é muito relativo, se você gosta e leva jeito com artes é melhor você seguir o rumo de artes. Primeiro, você não é velho, pelo contrário, é beeeem novo ainda. Se você prefere, incondicinalmente, numa tarde de domingo com chuva, pegar um livro qualquer de pintura, por exemplo, e nunca um de programação, não há duvidas, você está na área errada. E dificilmente vai se dar bem. Ou seja, esse “ganhar dinheiro” na nossa área não é pra você.
Veja bem, eu não estou dizendo que se você lê livros que não sejam de atividades ligadas a programação você não serve pra programação. Eu mesmo, sou músico amador, dos bem ruinzinhos, mas de vez em quando me divirto com um bom livro de teoria musical ou técnicas de contrabaixo ou violão. Mas os livros de programação estão sempre por perto também, lê-los pra mim é um passatempo tanto quanto assistir um filme ou jogar video game. Não há esforço, é algo relaxante, enquanto não vem o sono a noite por exemplo.
Se não é assim pra você, e pra qualquer um, deve ser um indicativo de que a coisa não é pra você mesmo.
Quanto ao ganhar dinheiro com artes é muito relativo, eu tenho um amigo músico dos tempos de bandas de garagem do colégio que optou por seguir carreira musical, fez faculdade, estudou pra caramba e mesmo assim não se tornou um músico famoso de sucesso, badalado pelas gravadoras e tal. Hoje ele é produtor musical, tem um estúdio pequeno e toca na noite. No fim das contas ele ganha mais ou menos, tem o carro dele financiado, a casa financiada, tem que lutar dia a dia pra conseguir clientes e etc… Exatamente como a imensa maioria de nós.
A diferença entre ele e um advogado frustrado meia boca sem vocação, por exemplo, é que ele trabalha com o que gosta, enquanto o advogado frustrado trabalha o dia inteiro com o que não gosta, com gente que não tem nada a ver com ele, esperando o tempo passar pra chegar em casa a noite e no fim de semana e pintar o seu quadro, ou fazer sua escultura que é o que de fato ele gosta.
Se esse advogado frustrado do exemplo tivesse optado por artes talvez ele não fosse o novo Portinari, mas podia bem ter uma galeria de artes, onde passaria o dia conversando com quem gosta de artes, falando sobre artes e a noite pesquisando mais coisas sobre artes, e ainda pintando seus quadros como passatempo.
No fim das contas ganharia tanto ou mais com artes do que como advogado medíocre e desinteressado.
A minha dica é, jogue tudo fora e faça o que você gosta. E se não der certo você pode voltar, acredite, você tem muito tempo ainda pra isso.