cassio:
Não é bem assim. Um matemático sem experiência prévia em computação pode não conhecer o SQL que acessa uma base de dados ou a linguagem de programação XPTO-linguiça utilizada para construir um “sisteminha de cadastro” (é impressão minha ou você tem a idéia minimalista de que computação hoje em dia se resume a isso), mas ele é perfeitamente capaz de compreender todas as implicações envolvidas em tais assuntos. Neste caso, as linguagens que citei são meras ferramentas para representar o domínio do problema, assim como qualquer área da matemática possui sua linguagem e terminologia específicas.
Matemática em uma graduação na área de computação é sim muito importante.
como disse iste foi um exemplo que dei… e o mais tosco possivel… não tenho esta ideia minimalista que td se
baseia nisto… so foi um exemplo tosco… o que quiz dizer com este exemplo e que muitas coisas na computação são baseadas na matematica correto… mas vc não precisa ser um doutor em matematica pra ser um bom profissional(não um bom peão)… sim e verdade calculos x, y, z te dao um complemento na sua formação de um bom profissional… mas não são primordial… tanto que é algo que vc estuda e daqui alguns anos por não utilizar isto nunca vc vai ate esquecer de como se faz uma integral ou coisa parecida… o tempo consome o conhecimento que não é utilizado… e claro que o basico desta formação é interesante… so critico a forma das universidades colocarem isto como algo vital na formação de um proficional de TI… isto deveria ser um complemento para o profissional e não se basear nisto… deveriam deixar os mestrados em matematicas e as graduações em matematica se preucuparem com isto… e deveriam ensinar isto como complemento mas não algo vital…
Maurício Linhares:
Rapaz, se os professores de estatística fossem programadores e mostrassem aos alunos algoritmos de inteligência coletiva ou inteligência artificial (e o quanto eles dependem de estatística) eu acho que todos os alunos iam amar estatística
O grande problema é que é muito difícil aprender alguma coisa que você não ache interessante e isso é inerente a natureza humana.
Pelo menos até que a pessoa adquira a maturidade de entender que na vida algumas coisas são feitas por prazer, outras por necessidade.
Me aponte uma única carreira cujo curso tenha apenas matérias que todos gostam.
Por isso chama-se formação, que é bem diferente de entretenimento.
Um dia todos os que estão bem de vida por esforço próprio reconhecem o quanto foi importante que alguém os fizesse estudar… é só ver quanta gente por aí tá mal de vida reclamando de falta de oportunidade…
Um grande erro que acontece hoje é os alunos enfiarem na cabeça que os professores deveriam ensinar só o que eles querem aprender. Mas os professores (e o coordenador do curso) têm qualificação pra saber que pra que se aprenda corretamente uma área é preciso conhecer a fundo todo o contexto envolvido, não só os pontos pelos quais se tem mais aptidão ou afinidade. Por isso eles são os professores, e não os alunos.
Aluno é aluno, tem que ter a humildade de se colocar no lugar de aprender. Ensinar é outra etapa muito diferente, e bem mais à frente. Um passo de cada vez.
Ok. Então vamos propor ao MEC uma alteração do currículo base dos cursos de computação ministrados no Brasil. Para um curso de 4 anos de duração integral ou 5 anos de meio-período, vamos utilizar apenas 25% do tempo (ou menos, como queira) com matemática e assuntos afins. Dos 75% restantes vamos usar algo como:
No primeiro ano aprendemos as linguagens da moda. Vamos aprender Java, C# e quem sabe agora um pouco de Ruby. Nada de teoria de análise de algorítmos, pois isso envolve matemática sendo, pois, perda de tempo. Saber programar não deve envolver a noção de desempenho, complexidade temporal, espacial, etc, bem como os cálculos envolvidos.
Nos anos subsequentes, vamos estudar frameworks da moda. Vários para cada linguagem. Vamos decorar tudo, pois os parâmetros de configuração dos frameworks deverão ser cobrados em prova.
Por fim vamos nos formar e nos tornar macacos de código subremunerados, pois trabalho mecânico representa baixa remuneração.
Lendo essa thread eu vejo como algumas coisas preocupantes Ciencias da Computação não é programação!!!
Programação faz parte da Ciencias da Computação e muitas pessoas erroneamente acham que o curso tem que mudar mas o erro está na definição que o pessoal tem de Ciencias da Computação. Que Pena!!!
em primeiro lugar a questão nao e gostar ou nao de alguma coisa… e estudar seja la oq for nao e entreterimento nenhum… entreterimento e passear, jogar uma pelada no fim de semana, jogar um bom WII ou PS2… jogar MMORPGs entre outras coisas mas não estudar… infelizmente os cordenadores não conhecem o mercado… estão por fora dele tirando alguns professores que tbm trabalham suado no mercado e ainda dão aula… mas geralmente estes professores não são os cordenadores… infelizmente… reconheço a importancia q se da no estudo da matematica na computação mas acho algo meio desvirtuado do foco para o profissional de TI apenas se basear na matematica… a matematica deveria ser utilizada como meio e não fim… as coisas que a 3000 anos atraz eram baseadas apenas na matematica hj em dia evoluiram mas grande parte das universidades não evoluiram…
Pelo menos até que a pessoa adquira a maturidade de entender que na vida algumas coisas são feitas por prazer, outras por necessidade.[/quote]
Eu fico em cima do muro aqui. Por um lado, concordo que tem muita coisa que a gente tem que fazer e aprender mesmo que não goste. Por outro, é sempre mais produtivo estudar uma coisa que consiga prender sua atenção, ou porque você consegue ver uma utilidade imediata pra ela, ou porque é apresentada duma maneira que te estimule.
E aí, realmente, não dá pra esperar que um matemático saiba o que vai motivar uma classe de Economia, outra de Biologia, e uma terceira de Computação. Mas como o Maurício disse, que seria bom, seria.
PS: Já leu “Programming Collective Intelligence”? Parece muito massa.
Com toda certeza um diploma universitário tem muito mais peso, e uma pós-graduação complementa sua formação acadêmica.
Uma certificação não garante que você tenha um conhecimento aprofundado naquela tecnologia, na verdade a prática é o diferencial.
Acho que você precisa ler um pouquinho mais sobre pedagogia, não precisa nem ir longe, pode começar por Paulo Freire que é daqui do Brasil mesmo. A educação em que o professor só fala e a esponja (vulgo aluno) só recebe já é passado a muito tempo. A educação no Brasil (especialmente em faculdades públicas) é que não tomou noção ainda disso.
Dar motivos e casos de uso reais pra o que está sendo aprendido sempre prende mais a atenção porque incita o aluno a imaginar o caso e, nos melhores exemplos, pensar em outras maneiras de se resolver os mesmos problemas. Levar as pessoas a curiosidade ou a imaginar é sempre o melhor meio de se ensinar, é só pegar um dos livros da série Head First pra entender bem isso.
Acho que você precisa ler um pouquinho mais sobre pedagogia, não precisa nem ir longe, pode começar por Paulo Freire que é daqui do Brasil mesmo. A educação em que o professor só fala e a esponja (vulgo aluno) só recebe já é passado a muito tempo. A educação no Brasil (especialmente em faculdades públicas) é que não tomou noção ainda disso.
Dar motivos e casos de uso reais pra o que está sendo aprendido sempre prende mais a atenção porque incita o aluno a imaginar o caso e, nos melhores exemplos, pensar em outras maneiras de se resolver os mesmos problemas. Levar as pessoas a curiosidade ou a imaginar é sempre o melhor meio de se ensinar, é só pegar um dos livros da série Head First pra entender bem isso.[/quote]
Rapaz, eu não acho que as aulas que eu tive de estatística realmente precisavam de um professor formado em estatística, acho que um dos meus professores do curso (que também tiveram essa mesma aula de estatística) fariam muito bem o trabalho. De qualquer forma, ele não precisaria ser um programador pra mostrar ao pessoal da sala como montar uma equação que dissesse a “distância” entre dois grupos de resultados (como por exemplo se duas pessoas gostam dos mesmos tipos de filmes através de avaliações que eles tivessem feito dos mesmos), o máximo que ele precisaria saber é que se ele está dando aula pra uma turma de computação/sistemas de informação/(coloque aqui o nome do seu curso que tem haver com computação) o mínimo que se espera desses alunos é que eles possam escrever programinhas lezos que fazem esse trabalho. Ele com certeza deve saber fazer isso no Excel, não custa nada botar os alunos pra trabalhar.
Ele é, pode comprar sem medo se o assunto lhe interessar
O problema das instituições de ensino nem é a faculdade ou universidade, mas sim a base (primeiro e segundo grau - fundamental e médio hoje). As pessoas estudam com professores medíocres que estão trabalhando mais por necessidade do que por paixão. Quem estudou antes dos anos 90, sabe que os professores eram bem melhores. A tecnologia avançou e até hoje, vemos um professor ensinando Matrizes e não sabendo onde aplicar na prática na vida real, quando um aluno pergunta (eu presenciei isso).
Ai imagino, que com tantas novas formas de aprender, que evoluíram dos anos 90 até os dias de hoje, um professor não é capaz de utilizar a criatividade para ensinar?
Pra mim é isso. Agora já conheço pessoas que estão estudando mestrado dizendo: Se não arrumar um bom emprego, pelo menos posso ser professor. Agora imagina um tipo desses numa sala de aula.
[quote=bsatrianim]Olá Galera…
É possivel se arrumar um trampo como analista Java só com Certificado da SUN ou diploma de Bacharel de facul importa mais?[/quote]
Eu acho que comparar uma certificação com um curso superior é quase uma heresia.
A não ser que, talvez, sei lá, a pessoa decida levar uma “carreira de certificações”.
[quote=dreamspeaker][quote=bsatrianim]Olá Galera…
É possivel se arrumar um trampo como analista Java só com Certificado da SUN ou diploma de Bacharel de facul importa mais?[/quote]
Eu acho que comparar uma certificação com um curso superior é quase uma heresia.
A não ser que, talvez, sei lá, a pessoa decida levar uma “carreira de certificações”. [/quote]
Dependendo da Instituição que o caboclo fez sua graduação … rsss a certificação vale muito mais :-).
creio que vc exagerou um pouquinho… ou não leu direito esta thread… não foi isto o dito… o ideal é um equilibrio… e não algo binario 0 ou 1… uma faculdade que se preze deveria saber equilibrar as cosias para poder formar um profissional competente… e integral ou 5 anos? tu ta maluco? todos trabalham e 5 anos e muito… 4 anos ja é muito complicado imagina 5… de fato a area da computação é muito grande… se quissese estudar td tereia que no minimo estudar uns 500 anos… a computação tem muitas areas… e nem sempre certa area q e util pra um e util pra outro… por isto digo q a graduação não é boa para quem ja sabe a area que quer o ideal e uma pos ou um mestrado em sua area… a graduação é boa para quem esta desorientado… nao sabe q area seguir dentro da computação… mas 4 anos é ate demais… e colocar a facul em periodo integral isto e rediculo… eu por exemplo queria estudar na federal… ate passei na federal em CC mas infelizmente la é integral… e eu iria terque largar de trabalhar… isto é um grande problema das universidades federais… isto é rediculo parece que não conhecem a realidade brasileira… geralmente as pessoas que estão na federal tem dificuldades financeiras e nao tem dinheiro pra bancar uma particular… esta pessoa tbm tenque trabalhar duro pra garantir seu sustento… e as fedreais poem cursos integrais isto força a pessoa a não fazer o curso… pois mesmo sendo de graça vai terque trabalhar pra pagar suas contas… porem mesmo os que não são tão precarios… se o cara entra na federal fica 4 anos sem trabalhar… so estudando ao se formar vcs acham que o mercado de TI ira aceitar o pobre homem? Não!!! pq? pq ele não tem experencia nenhuma… nem estagio sequer ele fez… e outros que que nem são formados mas possuem 6 meses de experencia ganha do sujeito q nao tem nenhum ano de experencia… e é algo que eu digo e enfatiso: faculdade cientifica não forma pessoa para o mercado!!!
Concordo plenamente com o seu primeiro ponto. Universidade federal e estadual acaba ficando para quem poderia pagar uma particular, e quem tem que trabalhar tem que ir pagar um absurdo para ter uma educação de qualidade ou enfiar dois salários mínimos numa faculdade de segunda linha. Isso é uma injustiça brutal e precisa ser revista.
Eu entretanto discordo quando você diz que as empresas não reconhecem diploma de uma federal como diferencial, e nenhum coordenador de curso é tão louco a ponto de não deixar espaço nos dois últimos ano para o aluno fazer o seu estágio.
Sair da faculdade compensou no caso em que alunos decidiram perseguir uma oportunidade e montar o próprio negócio, como foi o caso do pessoal do Buscapé e do próprio Bill Gates. Mas aí além de capacidade, você precisa de muita sorte.
o diploma é reconhecido… mas so ele sozinho não serve pra nada… o que privilegiam no mercado é a experencia… e em segundo lugar diplomas e certificações… e infelizmente os cordenadores principalmente de cursos integrais em federais e estaduais não dao tempo para estagio… o cara sai da facul so com o conhecimento de facul… ele nao ta estudando mais pra virar estagiario… ele nao tem conhecimento de mercado pra trampar no mercado… qual a solução? o cara faz um mestrado pra tentar ser professor… é por isto que geralmente os professores são formados em federais e coisa assim… este diploma junto com o do mestrado vai ser muito util pro cara conseguir trampo como professor… mas pouco util pro mercado se ele não tiver experencia…
Acho que você precisa ler um pouquinho mais sobre pedagogia, não precisa nem ir longe, pode começar por Paulo Freire que é daqui do Brasil mesmo. A educação em que o professor só fala e a esponja (vulgo aluno) só recebe já é passado a muito tempo. A educação no Brasil (especialmente em faculdades públicas) é que não tomou noção ainda disso.
Dar motivos e casos de uso reais pra o que está sendo aprendido sempre prende mais a atenção porque incita o aluno a imaginar o caso e, nos melhores exemplos, pensar em outras maneiras de se resolver os mesmos problemas. Levar as pessoas a curiosidade ou a imaginar é sempre o melhor meio de se ensinar, é só pegar um dos livros da série Head First pra entender bem isso.[/quote]
É interessante verificar que essa premissa é verdadeira.
Sartre, grande pensador, do século passado dizia que por a filosofia ser algo abstrato, precisava da “prática” para assim demonstrar o que de fato deve ser analisado. Dessa forma ele criava peças de teatro além de colocar sempre seu pensamento filosofico em textos literários como novelas e romances.
É o que você justamente fala, não há como apenas alguém aprender uma coisa com total motivação apenas assim, é preciso vivenciar, ter simulações, observar de forma empírica, “ver na prática”.