Tudo vem da física.
Para compreender bem física é preciso conhecer cálculo (integrais definidas).
Eu fiz três anos do meu curso na UNIFEI (federal de Itajubá), lá os caras eram fantásticos, quase todos doutorados, davam física, cálculo, eletromagnetismo, entre outras coisas, e também lógica de programação, engenharia de software, inteligência artificial, computação gráfica, autômatos finitos, compiladores, etc…, etc…, etc… mas DE VERDADE.
Depois eu quis vir pra SP pra entrar no mercado, e me transferi para uma UNIBOZO qualquer (particular), cujo nome preservarei por motivos éticos.
Não tentem comparar, não é a mesma coisa, nunca, nunca, nunca. Particular vende diploma e mostra os laboratórios nas propagandas da TV, quem ensina de verdade é estadual e federal que às vezes nem dinheiro pra repintar o prédio tem.
Pra entrar no mercado Unibozo serve. Ser um bom desenvolvedor e depois um bom arquiteto depende muito do interesse pessoal em tecnologia e muito estudo (incluindo comprar livros e estudar por conta própria, sempre se atualizando). Nesse sentido estudar por conta própria para obter certificações é muito mais importante e produtivo do que tirar diploma em Unibozo.
Agora, as certificações só têm valor quando os conhecimentos adquiridos são aplicados em projetos reais, grandes, e surtem o efeito esperado de proporcionar qualidade por sabermos exatamente o que estamos fazendo em cada linha de código, ao invés de só copiar blocos de código que funcionam. Podemos fazer isso sim (e fazemos muito), mas só tem qualidade se soubermos e compreendermos o que aquelas linhas estão fazendo e onde elas se encaixam no universo micro e macro da aplicação em desenvolvimento.
Agora, se for pra aprender ciência da computação de verdade (que vai muito além de programação e arquiteturas) a fundo, da onda elétrica e do código binário às tendências futuras da computação quântica, saber o que ocorre nos bastidores de um compilador, enfim, pra trabalhar CRIANDO tecnologia de ponta (que não é a grande maioria dos nossos casos), daí só mesmo uma estadual ou federal que se preocupa em ensinar e desenvolver conhecimento, e não no $$ dos estudantes.
Por via das dúvidas, perguntem ao Philip onde ele mora e todo dia cedo, antes de programar, façam uma oração em direção à casa dele, quem sabe as suas emanações de sabedoria e poder profundos ajudem a realizar um trabalho um pouco menos digno das amebas que somos perante ele.
Ó grande Philip, perdoai-os, pois que não sabem o que fazem…