Profissional de nível médio é opção para empresa de TI

[quote=bobmoe]Acredito que o grande número de profissionais de nível médio se deve ao fato do mercado estar mais astuto. Quem está na área reconhece a situação atual: Título é diferente de competência!
O maior perigo de toda esta história são os estudantes profissionais, que sabem dialogar a teoria (go-gó), porém não são capazes de resolver problema algum.
As esquipes que pagam o preço! Desenvolvedores sérios tem que fazer tudo na correria. Tudo isso porque o estudante profissional queria ganhar R$30,00 a hora esqueceu que além de saber, tinha que resolver problemas.
Eu vejo esse carnaval de empregos Java e não sei onde isso vai parar. É só gente pulando de empresa em empresa porque se compremetem com o problema e não são capazes de resolver.
Acho que isso é um sinal que estamos caminhando para os méritos, em vez de títulos. O que é uma coisa boa, pois isso estimula as pessoas a procurar faculdade para aprender e não para pegar diploma.[/quote]

Eu só queria entender aonde tá escrito que o profissional com faculdade sabe resolver problemas e o técnico não. Eu tenho exemplos de pessoas formadas em boas faculdades que são umas antas (assim, como tem pessoas técnicas também), e tenho exemplos de pessoas técnicas que são geniais (assim como pessoas com faculdade também).

Eu só queria entender essa relação:
técnico = burro, só sabe o técnico e olhe lá.
formado = genial, sabe pensar e resolver problemas.

[quote=juzepeleteiro][quote=bobmoe]Acredito que o grande número de profissionais de nível médio se deve ao fato do mercado estar mais astuto. Quem está na área reconhece a situação atual: Título é diferente de competência!
O maior perigo de toda esta história são os estudantes profissionais, que sabem dialogar a teoria (go-gó), porém não são capazes de resolver problema algum.
As esquipes que pagam o preço! Desenvolvedores sérios tem que fazer tudo na correria. Tudo isso porque o estudante profissional queria ganhar R$30,00 a hora esqueceu que além de saber, tinha que resolver problemas.
Eu vejo esse carnaval de empregos Java e não sei onde isso vai parar. É só gente pulando de empresa em empresa porque se compremetem com o problema e não são capazes de resolver.
Acho que isso é um sinal que estamos caminhando para os méritos, em vez de títulos. O que é uma coisa boa, pois isso estimula as pessoas a procurar faculdade para aprender e não para pegar diploma.[/quote]

Eu só queria entender aonde tá escrito que o profissional com faculdade sabe resolver problemas e o técnico não. Eu tenho exemplos de pessoas formadas em boas faculdades que são umas antas (assim, como tem pessoas técnicas também), e tenho exemplos de pessoas técnicas que são geniais (assim como pessoas com faculdade também).

Eu só queria entender essa relação:
técnico = burro, só sabe o técnico e olhe lá.
formado = genial, sabe pensar e resolver problemas.

[/quote]

Concordo que ter um diploma de faculdade hoje em dia não quer dizer muita coisa, pois todo ano uma porção de gente consegue terminar a graduação, muitos porque o maior esforço foi o de pagar pelo curso.
Mas imagine-se no lugar de um recrutador para uma vaga de emprego, se ele vê que você fez só até o ensino médio vai falar: “Pô, mas você não fez nem faculdade?”, e vai pegar outro que nem era tão melhor que você, mas que tem diploma. A probabilidade dessa pessoa se encaixar melhor na vaga é maior, ele pensa.
Esse problema do pessoal conseguir o diploma sem saber nada é muito sério, você não vê que estão querendo fazer um exame que nem o da OAB só que para os formados em medicina? Tá aumentando muito os casos de erros médicos causados por profissonais com má formação.
Tem muita gente que fez faculdade e hoje está desempregada. Entretanto, tem gente que nem o Sílvio Santos, por exemplo, que começou como camelô e hoje tem uma emissora de televisão.

Olá

[quote=juzepeleteiro]
Eu só queria entender essa relação:
técnico = burro, só sabe o técnico e olhe lá.
formado = genial, sabe pensar e resolver problemas.[/quote]

Não é bem assim. A meu ver, às vezes é ao contrário. O problema está nos alunos das faculdades que ávidos por ganhar um dinheirinho pressionam os professores para nivelar tudo por baixo e só ensinar tecnologias hypes.

Experimenta perguntar a um recém formado sobre grafos, simulação, álgebra relacional, estrutura de dados e mesmo questões relativa à administração de sistemas, metodologias de desenvolvimento, questões jurídicas relativas à informática, etc. Aí de uma faculdade se tentar colocar na grade um semestre sobre questões administrativas, contábeis ou jurídicas. No meu tempo em engenharia, fiz um semestre de introdução ao direito e 4 semestres de matérias relacionadas com administração, contabilidade e finanças.

Para mim o problema está na expectativa do aluno que é muito limitada. Algumas faculdades estão preparando programadores que apenas ouviram falar em análise de sistemas.

Fora alguns nichos onde os professores resistem e ainda conseguem formar gente com base, a maioria dos formados é fraca. O pior é que às vezes estes caras sem base se defrontam com pessoas acima da média que não precisaram da faculdade para captar o que o mercado necessitava e que tiveram capacidade de buscar conhecimento teórico sozinhas ou em cursos isolados.

Na Argentina a formação de informática leva 6 anos. Aqui os caras querem se formar em cursinhos de 3 anos. Dá para dizer que um formado daqui sabe mais do que o de lá?

[]s
Luca que acha alguns cursos superiores de informática pura enganação

[quote=Anonymous][quote=juzepeleteiro][quote=bobmoe]Acredito que o grande número de profissionais de nível médio se deve ao fato do mercado estar mais astuto. Quem está na área reconhece a situação atual: Título é diferente de competência!
O maior perigo de toda esta história são os estudantes profissionais, que sabem dialogar a teoria (go-gó), porém não são capazes de resolver problema algum.
As esquipes que pagam o preço! Desenvolvedores sérios tem que fazer tudo na correria. Tudo isso porque o estudante profissional queria ganhar R$30,00 a hora esqueceu que além de saber, tinha que resolver problemas.
Eu vejo esse carnaval de empregos Java e não sei onde isso vai parar. É só gente pulando de empresa em empresa porque se compremetem com o problema e não são capazes de resolver.
Acho que isso é um sinal que estamos caminhando para os méritos, em vez de títulos. O que é uma coisa boa, pois isso estimula as pessoas a procurar faculdade para aprender e não para pegar diploma.[/quote]

Eu só queria entender aonde tá escrito que o profissional com faculdade sabe resolver problemas e o técnico não. Eu tenho exemplos de pessoas formadas em boas faculdades que são umas antas (assim, como tem pessoas técnicas também), e tenho exemplos de pessoas técnicas que são geniais (assim como pessoas com faculdade também).

Eu só queria entender essa relação:
técnico = burro, só sabe o técnico e olhe lá.
formado = genial, sabe pensar e resolver problemas.

[/quote]

Concordo que ter um diploma de faculdade hoje em dia não quer dizer muita coisa, pois todo ano uma porção de gente consegue terminar a graduação, muitos porque o maior esforço foi o de pagar pelo curso.
Mas imagine-se no lugar de um recrutador para uma vaga de emprego, se ele vê que você fez só até o ensino médio vai falar: “Pô, mas você não fez nem faculdade?”, e vai pegar outro que nem era tão melhor que você, mas que tem diploma. A probabilidade dessa pessoa se encaixar melhor na vaga é maior, ele pensa.
Esse problema do pessoal conseguir o diploma sem saber nada é muito sério, você não vê que estão querendo fazer um exame que nem o da OAB só que para os formados em medicina? Tá aumentando muito os casos de erros médicos causados por profissonais com má formação.
Tem muita gente que fez faculdade e hoje está desempregada. Entretanto, tem gente que nem o Sílvio Santos, por exemplo, que começou como camelô e hoje tem uma emissora de televisão.
[/quote]

Bem, eu nem preciso imaginar, acabei de analisar currículos para a empresa que eu trabalho. E sim, formação tem um peso, mas a experiências, coisas que o cara fez, a forma como ele escreve o currículo (sem querer encher linguiça), cursos e etc contam também e muito.

Eu sou contra a esse negocio de prova para informatica, por eu nunca poderia trabalhar com informatica se tivesse isso, eu ainda não sou formado. :smiley: E, sim, estou fazendo uma faculdade de 3 anos só para pegar o canudo. Me pergunte sobre metodologias, sobre grafos, matematica linear, estruturas de dados, administração e etc… Podemos conversar e trocar figurinhas numa boa.

Abraços,
Jose Peleteiro

Olá

Completamente Off Topic mas achei interessante contar:

No início de 1971, pedi bolsa integral para fazer a COPPE/RJ e consegui. A maioria dos meus amigos também conseguiu. Mas alguns poucos não. O coordenador da COPPE na época era o professor Fernando Luiz Lobo Carneiro. Ele certamente é uma das pessoas mais admiráveis que conheci em toda a minha vida. Tempos depois ele nos disse qual o critério usou para selecionar os currículos dos recém formados:

  • Todos os cursos e atividades que tinham a ver com o mestrado em estruturas somavam pontos.
  • Todos os cursos e atividades fora da área diminuiam pontos.

Não que eu concorde 100%, mas depois deste fato tomei mais cuidado com o que colocar ou não no currículo.

[]s
Luca

[quote=pcalcado]Engraçado que o povo da CMM-Brasil têm reagido muito favoravelmente…

Por que será?[/quote]

Processos duros e burocráticos só servem pra nivelar por baixo, se todo mundo é do mesmo nível, ninguém vai notar a diferença :lol:

Leiaaaaaam antes de fazer julgamentos!

Vou lhe dar uns exemplos do meu texto:

[i]"-- Quem está na área reconhece a situação atual: Título é diferente de competência! "

"-- Acho que isso é um sinal que estamos caminhando para os méritos, em vez de títulos. O que é uma coisa boa, pois isso estimula as pessoas a procurar faculdade para aprender e não para pegar diploma. "[/i]

Não compreendo, com estes argumentos que apresentei, como alguém pode me colocar tais perguntas:

Só pesso que analise antes de apontar defeitos.

Eu acho que nem uma copisa nem outra.
A faculdade deve ser abragente mas sendo prática.
Não precisa ensinar uma determinada tecnologia, mas pelo menos conceitos genèricos.
O que falta é uma integralização das disciplinas, pois eu acho que elas são muito soltas.
Você aprende algoritimo, aprende cálculo, aprende estrutura de dados e daí ? Muitos perguntam o que eu faço com isso ?
A falta de uma sequencia lógica das disciplinas dificulta isso.
Os cursos deveriam ser mais direcionados a uma determinada área dentro da TI, profissionalizando e não só formando:
Um curso voltado para infraestrutura (redes, suporte, ITIL, segurança)
Um curso voltado a desenvolvimento (programação, metodologia, banco de dados)
um curso voltado para gestão (PMI, Administração, Gestão de pessoas)
Sou leigo nisso, apenas minha humilde opinião.

[quote=bobmoe]Leiaaaaaam antes de fazer julgamentos!

Vou lhe dar uns exemplos do meu texto:

[i]"-- Quem está na área reconhece a situação atual: Título é diferente de competência! "

"-- Acho que isso é um sinal que estamos caminhando para os méritos, em vez de títulos. O que é uma coisa boa, pois isso estimula as pessoas a procurar faculdade para aprender e não para pegar diploma. "[/i]

Não compreendo, com estes argumentos que apresentei, como alguém pode me colocar tais perguntas:

Só pesso que analise antes de apontar defeitos.[/quote]

Desculpe se entendi errado o que você falou, mas tirando o “o que é uma coisa boa” eu ainda continuo entendendo que é uma crítica a pessoas sem formação.

[quote=bobmoe] O maior perigo de toda esta história são os estudantes profissionais, que sabem dialogar a teoria (go-gó), porém não são capazes de resolver problema algum.
As esquipes que pagam o preço! Desenvolvedores sérios tem que fazer tudo na correria. Tudo isso porque o estudante profissional queria ganhar R$30,00 a hora esqueceu que além de saber, tinha que resolver problemas.
Eu vejo esse carnaval de empregos Java e não sei onde isso vai parar. É só gente pulando de empresa em empresa porque se compremetem com o problema e não são capazes de resolver.[/quote]

Mas é verdade que você coloca algums pontos que contradizem com o que você disse nos paragrafos acima.

A mensagem foi para você e para todo o tópico.

Novamente, me desculpa se entendi errado. Eu já mudei o meu conceito da mensagem que você mandou, mas o que eu escrevi continua para o resto do tópico.

O problema é que nesta área não existe um conselho de avaliação e legislação propria para os profissionais de nivel superior e técnico , os técnicos utilizam o CREA e os de níveis superior o conselho da área Administrativo. Não somos defenidos pela constituinte com uma categoria profissional, por isso existe grandes divergencias de salarios em funçoes iguais e desvalorização dos serviços . Tirem como exemplo o exame de ordem da OAB. um advogado recebe o titulo de bacharel em direito , mas só exerce depois do exame , já a informatica temos os aventureiros que entram no mercado e se dizem programadores ,porem não são avaliados e fazem os profissionais qualificados serem colocados em pé de igualdade.

Ah tá, e a grande maioria dos advogados são pessoas competentes e íntegras porque prestaram um exame. E engenheiros amam o CREA e vêem nele sua proteção profissional. Uhum.

Mas isso é assunto de diversas outras threads:
http://www.guj.com.br/posts/list/24729.java
http://www.guj.com.br/posts/list/24726.java

Pega leve shoes. Se fossemos colonizados pela Inglaterra, não iríamos traduzir o javadoc. Além disso, se o português desses materais for bem utilizado pode ser que melhore o nível das discussões técnicas. Chega de anglicismo.
Por fim, eu trabalhei numa empresa indiana e acho os caras horríveis. Eles se apoiam em certificação CMMi 5 para conseguirem seus contratos. Mas eles trabalham com profissionais de pouca experiência e vendem como sênior e ainda cobravam pelo selinho de qualidade. Ok. Eles são organizados (até os insetos são) e segundo um dos nossos especialistas em qualidade, diretamente da Índia, com processos bem definidos é possível que pessoas comuns (medianas) realizem quaisquer tarefas.

Ah tá. Qual é o processo para desenvolver um programa como o Linux (Kernel)? Ou pior, qual o processo para implementar uma árvore rubro-negra?

o problema desta mentalidade é que realmente com um processo bem definido, é possivel com técnicos de um nivel beem baixo produzir um resultado mediano.

mas não interessa o processo, nunca vai ser produzido algo de alta qualidade com técnicos de nivel baixo.

este é o problema das metodologias que valorizam mais os processos do que as pessoas.

[quote=rodrigousp]Pega leve shoes. Se fossemos colonizados pela Inglaterra, não iríamos traduzir o javadoc. Além disso, se o português desses materais for bem utilizado pode ser que melhore o nível das discussões técnicas. Chega de anglicismo.
[/quote]

Que tal (1) aprender ingles -nao vc, ‘o povo’- para não falar besteira e (2) produzir material em portugues ?

Eu já conheci indianos muito bons e muito ruins, os muito bons que conheci não mroam na índia, aliás, mas ambos tinham algo em comum: falam o mínimo possível de inglês ao menos.

Enquanto isso eu vejo brasileiros bons que não falam nada de inglês e dependem do Hibernate em Ação e seus Java Feijões Coorporativos.

Acordem: o mundo não fala portiuguês.

Esta semana visitei um cliente cujo maior problema é contratação. Ninguém fala inglês o suficiente sequer apra se comunicar com o mundo! Devo mandar o meu cliente solicitar especificações dos EUA em português? mandar contratar tradutores profissionais?

Aliás, que tal traduzirmos os fontes do kernel para podermos ter brasileiros trabalhando nele? E quando será que vão traduzir Knuth?

Ok ok, eu concordo com você. Produzir material em português é bom. Aprender inglês imprescindível.

Ave Maria!
Ok Shoes!
Só falei que não acho ruim que hajam boas traduções de textos que estão em língua inglesa.

[quote=pcalcado]
E quando será que vão traduzir Knuth?[/quote]
Você diz, para o inglês ? :wink:

[quote=microfilo][quote=Maurício Linhares]Eu não vejo esse espaço todo pra técnicos formados em um curso curto e provavelmente com pouca (ou nenhuma) profundidade.

As faculdades particulares (e até mesmo as federais) já tem uma dificuldade terrível em formar profissionais qualificados, imagina só se tudo fica na mão de técnicos.[/quote]

O que você esta falando é simplesmente um absurdo. Esta cada vez mais provado que a faculdade ensina cada vez menos e cada vez mais os alunos tem que aprender por conta própria. Ou você aprendeu o que sabe de Java na faculdade?

A tecnologia evolui muito mais rápido que o ensinio na faculdade.[/quote]

concordo com vc!! faculdade nao ensina… nao. apenas lhe diz como pensar diferente!! e lhe joga no mato la e vc se vira pra sair…ng aprende java, C, ou outras linguaguens na faculdade n… ela paenas lhe diz que existe isso… e q um dia vc pode precisar ou n…ai lhe dar uma introdução em 6 meses… e pronto!! o resto corra atras!!

O que me deixa muito triste é que algumas pessoas escrevem aqui coisas que voce quase pode concluir que a faculdade só atrapalha, que quem tem faculdade é pior do que quem não tem faculdade, e que quem faz técnico acaba se dando melhor!

Poxa, pera la neh?

Eu também acho lamentável esse tipo de colocação das pessoas, o esforço pregado pelos alunos não vale de nada ? E eu digo uma coisa, se eu pudesse teria aproveitado melhor a faculdade, teria ido para todas as aulas, estudado tudo em dia os assuntos, pois vejo que conhecimentos teóricos dados na faculdade são fundamentais para formar a base do profissional.

[quote=info_god]

A minha visão sobre faculdade é essa, ela te mostra o caminho das pedras agora cabe aos alunos descobrir as diversas maneiras de percorrer esse caminho e achar saidas.

Abraços.[/quote]

E não é esse o objetivo da faculdade? Afinal, bife cortado só minha mãe mesmo…:slight_smile:

Acho que a faculdade não torna ninguém profissional em nada, pra isso a pessoa precisa realmente ser auto-didata e/ou fazer cursos especializados por fora na área em que deseja atuar.
Mas mesmo assim acho que a faculdade ainda é essencial, porque deixa a pessoa com uma visão mais abrangente da computação e com a cabeça mais aberta pra aprender coisas novas. Como o info_god disse: “ela te mostra o caminho das pedras”.