Publiquei um artigo sobre bancos de dados orientados a objeto em um congresso no terceiro semestre da faculdade. O Shoes publica artigos na Mundo Java frequentemente. Com certeza, existem outros exemplos. Não vejo o motivo de uma pessoa não ter capacitação para publicar um artigo apenas pelo fato de não ser formada. Seria necessário fazer um bom levantamento sobre quantos artigos são publicados e qual a formação de quem publica antes de afirmar quem publica mais.
Acho que o ponto não é esse. Esta mais para: “Se os outros não pulam da ponte, devo pular?”. De um ponto de vista inovador, talvez isso traga algum avanço para quem pula. Algo como “audaciosamente pulando de pontes de onde nenhum homem jamais pulou” pode trazer benefícios, mas a questão nesse caso é mais ligada ao problema da burocracia generalizada que existe no país. Além disso, uma profissão regulamentada funciona em países que funcionam.
Creio ser necessário, antes, melhorar a educação básica. Posteriormente, formar cidadãos capazes de ter pensamento crítico e generalizado, através do ensino médio. Finalmente lidar com os problemas do ensino superior. Depois será possível o seu Brasil, esse Brasil gerador e exportador de tecnologia. Pensar apenas na graduação me parece uma visão um tanto limitada do problema.
Ótimo. Vamos pensar no seu cenário: teríamos uma Ordem dos Cientistas da Computação do Brasil (OCCB ou OrCiCoB para ficar “falável”) e teríamos, assim como existe um cursinho para a OAB, um cursinho para a OrCiCoB, que ensina todos os “macetes” para que você passe. Isso provaria que o cientista que passou no OrCiCoB é um bom profissional? Não dizendo que passar na OAB não signifique nada, mas também não impede que maus advogados existam e trabalhem, prejudicando pessoas da mesma maneira.
Será? Pelo que vi com meus colegas de faculdade e em conversas informais com outros profissionais da área percebo que raramente um TCC agrega algo a alguém, sendo normalmente uma formalidade a mais para se concluir uma faculdade. Os trabalhos da minha turma foram simplesmente ridículos. Não passavam de sites ou projetos mais do que batidos. Senão, o que falar de um site de leilões ou de um cliente de e-mail? Tudo bem, poderia ser que a abordagem utilizada para esses projetos ou sites fosse revolucionária. Não foi o caso.
Meu ponto é: como começar a falar de regulamentar alguma coisa, se não é possível definir exatamente que benefícios essa regulamentação trará, sem que exista uma série de argumentos contrários? Niguém diz quais os reais benefícios para o Brasil, estão apenas pensando em suas próprias carreiras e preocupados com o mundo corporativo, pois as “empresas poderão ter em quem colocar a culpa” ou “as empresas terão melhores parâmetros para contratar”. Como pensar apenas em uma ponta do processo, quando toda a educação brasileira precisa ser revista?
Enfim, creio que regulamentar não é saída para os problemas do mercado de tecnologia no Brasil. Aliás, que problemas são esses mesmo? Maus profissionais? Não existem maus médicos que são negligentes com pacientes? Não existem maus advogados que perdem ações por incompetência? E maus engenheiros que constroem prédios com areia da praia? Quantos realmente se dão mal no Brasil? Faz pensar.
cara cada vez mais noto que você não sabe do que fala. filho … você deveria ler mais alguns livros por que seu grau de auto-ignornacia ta passando e muito seu grau de auto-didadata.
Eu poderia te da varias explicações mais não ia adiantar. Fazer isso é o mesmo que tentar explicar a importancia de um lapiz a um analfabeto.
deixa um pouco seu mudinho de “negocios” de lado e abre um pouco tua mente para problemas realmentes maiores.
como eu disse em posts passado brasileiro inverte os valores! O bom é o malandro, o esperto o sevirol. O correto, esforçado e formal é pra manes!
Daniel,
Não precisa ter um diploma para querer aprender. Uma pessoa curiosa pode aprender IA e aplicar onde ela quiser, a internet está aí pra isso.
T+
ah sim, quem tiver interesse em IA aplicada a economia, vejam os trabalhos sobre previsão de séries temporais no mercado financeiro, vale a pena dar uma olhada, é uma aplicação interessante
Daniel, discordo de você. Não creio que exista inversão de valores. Entretanto, inicialmente devemos levar em conta que sem o mundo dos negócios não existiria a academia. Sim, pois onde seriam aplicadas na prática as teorias desenvolvidas academicamente? E mais: como seria a academia um organismo totalmente independente sem que existissem necessidades levantadas pela indústria a serem atendidas pela produção tecnológica acadêmica? Você acha que alguém se daria ao trabalho de pesquisar grafos se não existisse uma necessidade para tal?
Continuando, não creio que exista inversão de valores, pois, como já foi dito aqui, bons profissionais são valorizados independente de sua formação. O próprio mercado possui uma espécie de auto regulamentação que erradica elementos nocivos após alguns ciclos. Conforme Lincoln: “Pode-se enganar poucos por muito tempo, pode-se enganar muitos por pouco tempo, mas não se pode enganar muitos por muito tempo”.
Paralelamente, um profissional pode ser correto, esforçado e formal sem nunca ter pisado em uma faculdade. Assim como existe muito profissional formado que é malandro, esperto e sevirol. Novamente: não é possível generalizar.
Não precisa ter um diploma para querer aprender. Uma pessoa curiosa pode aprender IA e aplicar onde ela quiser, a internet está aí pra isso.
Concordo glaucio! mas isso nao te do o direito de tirar a vaga de alguem que tem educação formal para isso!
Posso pesquisar sobre quimica no google. Mas não posso sair fazendo remedeios por ai. Por que já existe alguem com formação para isso.
PS: la vem neguinho dizer … não compare que é diferente. FILHINHO! não é diferente não! É profissão do mesmo jeito, é carteira assinada do mesmo jeito e pago os mesmo impostos do mesmo jeito que qualquer outra profissão! A mas é uma area muito dinamica … TODAS são ou você acha que é so profssional de TI que muda de 6/6 meses!!
Uma vez fui fazer um concurso publico na minha “area”. Engraçado que os requisitos minimos eram: Curso superior. Isso mesmo qualquer pessoa que tivesse qualquer curso superior concorria cmg para uma area de TI.
Agora eu pergunto … POR QUE os concursos de outras AREAS eu não posso fazer?! PALHAÇADA!
Ou põe ordem na bagaça ou tira a regulamentação de tudinho!
Não sei se isso é positivo ou não, mas a impressão que tenho quanto à regularizacões é que algumas delas pelo vinculo mais estreito com a lei acaba criando reservas de mercado. Com o crescimento em TI desenfreado acho que regularização vai acabar complicando o crescimento da informatização.
Um exemplo dessa espécie de reserva de mercado é que toda empresa é obrigada a ter a assinatura de um contador no livro fiscal e recolhimento de impostos da empresa que voce abrir. Há um mercado para o contador, pois para cada empresa aberta vc cria um vinculo de pagamento de honorários com algum contador ou firma de contabilidade, com direito a adicional de fim de ano e tudo.
Só que não é todo dia que se abre uma empresa, ao contrário da demanda crescente em informática.
t+
Daniel, ou você passa a respeitar seus colegas ou terá seus posts censurados. Como pessoa de educação tão ampla você deveria saber que o debate morre quando alguém age de maneira mal-educada e intolerante.
Se você não está satisfeito com o que leu aqui responda educadamente, sem ofender seu interlocutor ou não responda. As portas de saída do GUJ estão abertas.

Fazer isso é o mesmo que tentar explicar a importancia de um lapiz a um analfabeto.
E é lápis, com ‘s’.
Obrigado pelo aviso.
mas acho que você devia começar a corrigir a ortografia a partir da primeira pagina do topico se o portugues coloquial te incomoda tanto.
cabou essa thread pra mim.
Bem, eu não ia entrar nesta discussão, mas acredito que ela trouxe à tona um tópico que julgo bastante importante, que diz respeito ao papel da Universidade na formação de um “computólogo”.
Portanto, sobre o papel da Universidade:
É minha crença que o principal papel da Universidade é te ajudar a caminhar com as próprias pernas. Destaco particularmente o currículo, montado por pessoas que, a princípio, têm mais discernimento do que eu para separar quais informações são relevantes à formação básica de um cientista da computação.
Acredito que a Universidade te dá uma chance melhor de começar do que sem ela, uma chance melhor de chegar a algum lugar. Desde, é claro, que você aproveite o que ela tem a te oferecer. Aprender sozinho é muito mais fácil depois de 4 anos de estudo focado, de mãozinha dada com pessoas experientes, te guiando nesse labirinto imenso de conhecimento que é a computação.
Eu percebi o quanto uma mão faz falta durante o meu mestrado, que tem sido uma luta solitária de aprendizado. É muito mais fácil quando alguém te guia, quando alguém mastiga tudo e te dá de bandeja - você só tem que estudar. Eu acho que é justamente isso que acontece num curso de graduação. A eficiência do aprendizado é muito maior.
Mas não ter diploma não implica, definitivamente, que você não vai ser capaz de aprender sozinho. Só que, como disseram muitos, o caminho do auto-didata é difícil e não funciona para muitos. Não que quem não é auto-didata seja incompetente - às vezes o auto-didata teve alguma vantagem em algum ponto de sua vida que o levou a ter sucesso como auto-didata, os fatores que levam alguém a aprender algo são complexos e multideterminados.
De maneira semelhante, ter diploma não faz de você megafoda em nada. Eu sinto inúmeros, mas muitos mesmo, buracos no meu conhecimento com relação a um zilhão de coisas.
O aluno que entra na faculdade achando que vai sair preparado para seja lá o que for (indústria ou academia) está fadado a ter a sua ilusão quebrada. Por outro lado, ignorar os potenciais benefícios de um curso de graduação também não me parece lá muito sábio (não que alguém nesta discussão tenha ignorado, é só uma reflexão).
E é isso.
Abraços,
Giuliano
Bom pessoal sou novo aqui (como cadastrado porque como leitor já faz algum tempo que visito esse fórum) e estive lendo algumas opniões acerca dessa polêmica. Vi bons argumentos de ambos os lados, porém não li toda a thread, até porque só vi a pouco tempo essa discussão no fórum e por mais que eu queira, eu não tou com paciência de ler mais 300 posts…
Mas de qualquer forma eu gostaria de deixar aqui a minha opnião. Eu penso o seguinte, a regulamentação é algo que melhoraria a qualidade da mão de obra no Brasil. Não que eu esteja dizendo que todo formado é um bom profissional, nem que todo não-formado seja mau profissional. Todos sabemos que existem excelentes profissionais sem um diploma da mesma forma que existem profissionais pífios com diploma.
Porque então melhoria a mão de obra no Brasil? Por que um profissional que tem a oportunidade de estudar cinco anos antes de ter o direito de obter um registro profissional, mesmo que ele tenha sido um aluno desleixado, mas ele passou por uma formação que objetivou prepará-lo para saber discernir, questionar, identificar problemas e o mais importante, pensar em soluções. E acreditem, essa formação eu acho mais importante do quê a pessoa ser um guru em uma linguagem de programação que pode ser a moda hoje, mas que daqui a cinco anos deixou de ter a mesma importância. Portanto, eu penso que seja muito melhor o aluno ter passado por uma formação dessa, do que esse mesmo aluno, ter ingressado no mercado de trabalho com o conhecimento restrito e ir aprendendo na prática, na base dos erros. Porque dessa forma, antes que ele tenha um conhecimento adequado, ele já vai ter deixado um legado de códigos mal feitos.
Mas qual é o grande problema de se regulamentar nossa profissão? Os profissionais com formação superior não darão conta da demanda de mão de obra do mercado. E aí pra suprir a necessidade, vão começar a colocar cursos de qualquer jeito e emitirem ou venderem diplomas a qualquer um. Dessa forma o problema da qualidade não seria resolvido e ainda por cima estaria dando margens para que ilegalidades desse tipo passem a ocorrer com muito mais frequência do que vemos hoje.
Bom, essa é minha opnião sobre esse tema tão polêmico.
Abraços!
Anderson.
Pessoal, existem outros argumentos a favor da regulamentação:
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Define quando e como responsabilizar a empresa, ou o profissional de TI por um trabalho mal feito - e quando não responsabilizar. Isso dá mais segurança ao mercado, ao mesmo tempo que valoriza os reais profissionais da área;
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Ela permite que as pessoas fora da área tenham uma visão mais clara de quem são os profissionais do mercado e o que eles fazem. Vejam o caso do analista de sistemas. Hoje ele tem tudo que é nome! Analista de desenvolvimento, Analista de Sistemas, Analista de Negócios (sim, eu sei que é diferente, mas teve muito RH por aí que não sabia), Programador Especialista…
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Ela auxilia o MEC com exigências mínimas para os cursos. Com isso, ajuda-se a evitar que escolinhas de informática se digam “profissionalizantes” e formem “programadores encaminhados ao mercado de trabalho”.
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O lance de exigir uma faculdade é um critério. Um bom critério, na minha opinião. Acho melhor até do que simplesmente exigir uma prova de certificação. Há o caso da OAB, que exige a faculdade e a prova. Mas o fato é que, se o critério for bem aplicado, ele terá tanto peso quanto uma certificação para o mercado.
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Permite definir legalmente um teto mínimo para o salário. Esse teto pode não valer para pequenas empresas, mas geralmente é respeitado pelas grandes.
É claro que existem muitas dificuldades nesse meio de campo. Por exemplo, como definir um processo para o desenvolvimento do software se as tecnologias e metodologias mudam o tempo todo? O que fazer com os profissionais que já atuam na área e que não atendem aos novos critérios adotados? Mas o caminho, como em todos os problemas, é pensar a respeito e adotar uma solução… não simplesmente abandonar a empreitada.
Nessa história toda de regulamentação eu estaria ferrado… minha formação é de administrador… será que quando entrar em vigor eu vou precisar arranjar emprego de gerente de loja? Acho que é mais atraente mudar para a Índia…
:?
Pra mim, universidades deveriam servir para o que elas foram criadas, que é pesquisa e estudo. Universidades tem que criar acadêmicos que vâo estudar o que já existe e pesquisar inovações.
Mercado de trabalho precisa de técnicos, que vão ser treinados para aplicar o que os acadêmicos desenvolveram em alguma coisa útil pra sociedade.
Acho que são dois focos bem distintos.
O problema é que no Brasil criou essa imagem de fazer universidade pra arrumar emprego, o que é burrice. Depois você ouve neguinho reclamando por que que estuda um monte de coisa na universidade que nunca vai aplicar no trabalho.
Sou a favor da regulamentação, mas antes de regulamentar tem muita coisa pra ser feita. Simplesmente fazer um órgão regulamentador pra cobrar anuidade de todo mundo e obrigar um monte de gente encher de dinheiro universidades particulares vagabundas não adianta.
[]´s
Rodrigo C. A.
Pra iniciar meu post eu estou cursando a faculdade e ponto.
Eu não tive tempo de ler todos os posts porém li bastante até cansar (muitas páginas por sinal).
Minhas opiniões são:
1 - Hoje temos uma internet que tem conteúdo de quase tudo.
2 - Já que existe uma grade nas faculdades sobre as matérias, nada te impede em comprar livros e pesquisar na internet sobre os assuntos. Hoje temos a wikipedia em várias linguas, milhões de sites que te ensinam sobre todos os assuntos da área de TI que a faculdade abrange ou não.
3 - Se você é um bom auto-didata nada te impede de aprender tudo isso estudando e utilizando os fóruns.
4 - O modelo que eu considero ideal seria se você pudesse fazer todas as provas de cada conhecimento que as faculdades aplicam sem a necessidade de comparecer para aulas e caso fosse aprovado em todas você receberia o diploma de graduado. Caso não passasse em alguma(s) ficaria devendo e poderia tentar novamente até que conseguisse ser aprovado em todas (Afinal a faculdade te exige provas para saber se você aprendeu e te aprovar correto ?).
5 - As faculdades a distância são uma realidade e acho que esse é um dos caminhos porém acredito que deveria ser um pouco diferente.
6 - Estou fazendo a faculdade pois existem diversas empresas que exigem e muitas vezes isso diminui sua barganha de remuneração (Já aconteceu comigo diversas vezes).
7 - Enquanto a oferta for maior que a procura não vai fazer tanta diferença você ser formado ou não e sim a competência vai falar mais alto sempre.
8 - Acredito que com esse novo cenário de difussão do conhecimento que estamos vivendo, daqui a alguns anos esse modelo atual de formação de profissionais vai mudar por completo.
Um Abraço a todos
[quote=rodrigoy]Nessa história toda de regulamentação eu estaria ferrado… minha formação é de administrador… será que quando entrar em vigor eu vou precisar arranjar emprego de gerente de loja? Acho que é mais atraente mudar para a Índia…
:?[/quote]
É esse tipo de coisa que parece tiro no pé. Tem muita gente qualificada com outras formações e / ou auto-didata.
Regularizar é interessante se houver os devidos critérios para não deixar bons profissionais fora do enquadramento.
T+
O projeto de lei prevê que quem já está no mercado de trabalho a pelo menos 5 anos poderá continuar a exercer a profissão e para quem não tem essa experiência, teria que ter grau superior. Isso me afetaria diretamente pois tenho menos de 3 anos na área e quando entrasse, seria expurgado do meu trabalho.
Mas ainda apoio a regulamentação por motivos já ditos nesse tópico.
Até!