E como seria uma licitacao pra Padaria do seu manoel???[/quote]
O seu Manoel não precisa de licitação, ele pode contratar tanto o joãozinho de 12 anos, quanto o Dr. João de 20 anos de profissão que trabalhou em um monte de empresas, tem 4 doutorados, 2 PHDs e um monte de sertificações de 4 e 5 letrinhas. Não vai estar proibido ninguém de programar, esse é um equívoco que muita gente está tendo do projeto. Todos tem direito a ser contrários, mas que sejam pelos motivos certos, visto que se chegarem com argumentos errados vão ser derrotados no debate.[/quote]
Estamos falando de REGULAMENTACAO DA PROFISSAO DE TI nao de novas regras pra licitacao. Quem entra em licitacao é empresa constituida e logo responsavel pelo que vende. A discussao é muito mais ampla que isso. Vc esta ignorando todo um ercado existente de joaozinho e manoel da padaria. O que é um absurdo pra uma lei que pretende regulamentar justo o exercimento dessa atividade. Pelo contrario, a partir de agora eles estao colocados, tecnicamente falando, a margem da lei.
Quê!? Aprovado onde e por quem? O “menino do computador” é uma empresa de um homem só, algumas vezes sequer formalizada.
Quer dizer que para licitações não haverá exigência de pessoas com superior completo ou certificações?
Parei aqui. Esse pessoal vive no mundo da lua! Por um acaso você já leu a EULA do Windows? Nem a Microsoft garante o funcionamento dos seus SOs! Quer começar a responsabilizar alguém pelo software? Então comece pela Microsoft. Vai lá! Se vocês conseguirem fazê-la pagar indenização por cada BSOD eu juro que apoio essa lei. Sem contar que PCs não foram feitos com “confiabilidade” em mente.
Como você acha que um mal funcionamento será determinado? Será que foi falha do software? Do hardware? Ou algum vírus?
Pontes pegam vírus? Carros pegam vírus? Aviões são construídos com peças porcas da China para serem vendidos por R$ 800,00? A área de informática não é como engenharia.
Resultado: o mercado brasileiro estará engessado com inúmeras regras e restrições (e taxas) enquanto os EUA e demais países continuarão fazendo o que sempre fizeram, sendo empreendedores e auto-didatas.
Vai lá! Responsabilizem a Microsoft! Isso é ridículo! O que significa “avaliar e se responsabilizar”? Quer dizer que qualquer webapp tosca ou aplicação ridícula de blog na internet vai precisar de “avaliação e responsabilidade”!?
[quote=marcosalex][quote]Quer dizer que para licitações não haverá exigência de pessoas com superior completo ou certificações?
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Na prática o governo já faz um monte de exigências às empresas.[/quote]
Você está desconversando? Justamente porque isso já é exigido em licitações, qual é o lucro!? O que melhora? Quem quer garantir que as empresas contratadas assumam compromisso com a qualidade já exige isso!
[quote=marcosalex][quote]
Parei aqui. Esse pessoal vive no mundo da lua! Por um acaso você já leu a EULA do Windows? Nem a Microsoft garante o funcionamento dos seus SOs! Quer começar a responsabilizar alguém pelo software? Então comece pela Microsoft. Vai lá! Se vocês conseguirem fazê-la pagar indenização por cada BSOD eu juro que apoio essa lei. Sem contar que PCs não foram feitos com “confiabilidade” em mente.
[/quote]
Não é a garantia do programa, mas do que garantir ou não. Nada diferente do que várias empresas fazem com contrato de suporte. [/quote]
Novamente, o que melhora? NADA. Já é feito! Só criarão uma burocracia a mais, com cabides de emprego e taxas para pagarmos.
[quote=marcosalex][quote]
A área de informática não é como engenharia
[/quote]
Um erro grave da nossa área no Brasil é pensar que a nossa área é a única diferente de todas e nada que serve pras outras pode ser aplicado pra nós.
Nenhuma área é igual a outra, mas em certos aspectos dá pra traçar paralelos sim. [/quote]
Meu Deus do céu! Quanta ignorância! Eduque-se. Dê uma olhada nisso:
A área de informática é dinâmica demais e está em constante mudança. A própria história de como chegamos aqui é evidência disso. Um bando de malucos decidiram fazer algo e deu certo!
Aquelas situações onde uma confiabilidade maior é necessária JÁ SÃO TRATADAS ATUALMENTE.
Software não é ponte, não é motor, não é físico. São idéias, puras abstrações, e como tais devem ser tratadas. Assim como não podemos “regulamentar o pensamento” para garantir “que todos os cidadãos pensem adequadamente e de forma ordenada sobre assuntos aprovados pelo Grande Irmão”, não podemos regulamentar idéias.
Se ainda fosse para áreas como dar aulas em faculdades, onde uma qualificação se faz necessária, eu entenderia. Mas para desenvolver software!? TU É LOUCO!? É agora que o mercado de software brasileiro, TOSCO E PEQUENO DO JEITO QUE É, vai para o ralo.
Você se esquece que os concorrentes do Brasil não jogarão por essas regras.
[quote=marcosalex]
Não se iluda, conheça melhor os mercados estrangeiros e você vai ver muita coisa errada por lá também. Pra começar, o mito dos auto-didatas americanos acho que só os brasileiros que ainda caem.[/quote]
Será que é porque muitos dos que influenciaram a área de informática de uma forma monumental foram? Diga-nos uma coisa, você está na espera por alguma boquinha bem paga em um desses cabides de emprego? É a única alternativa lógica para apoiar tal idiotice.
[quote=marcosalex]O exemplo que dei da licitação foi para mostrar a única diferença que na prática não vai existir, acho que você entendeu o que quis dizer, mas está levando para outro lado.
[/quote]
Entao a lei é boa mas na pratica nao muda nada! :shock:
Dificil justificar frente aos impostos, burocracia e atraso pra nossa area que ela vai causar.
Formação Acadêmica precária não é exclusividade da TI, quem viu o fantástico no ultimo domingo? Teve uma reportagem em que a CRM(Conselho Regional de Medicina) tinha avaliado vários alunos do ultimo ano de medicina e o resultado foi aterrador, a maioria mataria um paciente com crise cardiaca, não saberia medicar contra tuberculose e nem sequer sabia qual o tipo correto de insulina para a diabetes.
Isso em medicina que parece estar sendo levado com maior seriade pela faculdades, imagine então em TI!
Eu sou a favor de profissionais qualificados eu não consigo dar crédito pra formação rápida e sem qualidade de muita faculdade de fundo de quintal!
Se vingar um projeto assim imediatamente deveria ser feito um trabalho de melhoria em todos os cursos de graduação da area com os padrões para o mercado. O governo só pensa nesse malditos indicadores ilusorios!
Para quem achava que só em TI que são encontrados problemas nos “recém-formados”, a reportagem do Fantastico mostrou que a coisa é bem mais séria…e não é só em Medicina não…isso é em qualquer curso…se temos 35 milhões de analfabetos funcionais não podemos esperar nenhum “milagre” do ensino superior.
Você não tem a mínima noção do que é a ACM, IEEE e outros. A ACM não avalia nada, não controla nada. Você paga se quiser, para ter acesso as publicações acadêmicas deles, e também para ter acesso a oportunidades de emprego mais voltadas para o mundo acadêmico. Geralmente aqueles que participam desejam estar a par das últimos desenvolvimentos da área.
Que ponte entre o mundo acadêmico e mercado é essa? E quem disse que é o governo que deve fazê-la?
A ACM não é lei estabelecida pelo governo dos EUA. Comparação mais sem pé nem cabeça.
Como? Desde quando o governo é capaz de melhorar alguma coisa? E desde quando burocracia e taxa resolvem? Se taxas e impostos resolvessem alguma coisa o Brasil seria a maior potência do mundo.
[quote=marcosalex]
Novamente, não respondo a argumentos ‘ad hominem’. Mas pelas suas respostas, apesar de discordar da necessidade, você entendeu a que se refere.
Mas para informação, nosso mercado “pequeno” é o sétimo maior do mundo.[/quote]
Comparado aos maiores, assim como o de Israel (país gigante e extremamente populoso, não?) é ridículo.
Você não responde porque não pode. Não tem argumentos.
[quote=marcosalex][quote=cmoscoso]
Entao a lei é boa mas na pratica nao muda nada! :shock:
[/quote]
Exato. A idéia é tentar fazer a ponte entre a área acadêmica e o mercado, fazer pra área de TI o que o PMI faz para a área de gerenciamento de projetos. O maior erro do projeto pra mim foi eles entrarem nesse assunto de profissão (uma área sensível no Brasil por causa do desemprego e dos baixas salários) antes de mostrarem a que veio. Ninguém malha a ACM, o PMI ou mesmo o SBC aqui no país.[/quote]
Ninguém malha a ACM porque esse projeto de lei nada tem a ver com o que a ACM faz. Se nada muda então para que criar mais uma burocracia com taxas e impostos? PARA QUÊ, Ó JESUS?
Resumindo, o mercado estará fechado para qualquer nova pessoa que deseja começar a trabalhar, pois apenas aqueles com mais de 5 anos de experiência poderão.
moderação avisa: GIF animado não. Isso aqui não é Orkut.
[quote=marcosalex][quote=Thiagosc]
Que ponte entre o mundo acadêmico e mercado é essa? E quem disse que é o governo que deve fazê-la?
[/quote]
Cara, calma! A gente está debatendo idéias, não precisa ficar me agredindo e ficar nervoso!
Bom, tirando as ofensa a mim, só sobrou a essa frase.[/quote]
Convenientemente ignorando aquilo que você não sabe responder.
Profissionais quem, cara pálida? Dê nome aos bois? Será eu, será você, será algum membro aqui do fórum ou o menino do computador do seu Manoel? “Conselhos” não são “os profissinais”. Conselhos são uma burocracia a qual deveremos sustentar e que servirá de cabide de emprego para afilhados políticos.
[quote=marcosalex]
Conheço a ACM. Sou membro do SBC e esse tem uma relação estreita com eles e muito trabalho conjunto (embora não faço parte dessa parte, minha participação é beeeem mais simples. Mas gosto de acompanhar o trabalho. Inclusive já houve debate sobre a regulamentação com participação de muitos membros do ACM e esses debates estavam publicados no site da SBC, agora não encontrei o link, mas quem tiver tempo de procurar, acredito que vale a pena pra esclarecimentos dos prós e contras. [/quote]
Não parece. Membros da ACM quem? Dos EUA? Os gringos estão trabalhando para regulamentar a profissão no Brasil? Ou será que é apenas um bando de estudantes que pagam a ACM e acham que isso lhes confere um status de poder ditar o que é e o que não é?
Sabe, ser membro da ACM não quer dizer nada. Qualquer um pode pagar a mensalidade e se inscrever. Além do mais você não foi capaz de explicar o que a ACM faz que esse “projeto de lei” visa recriar.
É impossível que você faça, pois a ACM não é obrigatoriedade para ninguém, não fiscaliza ninguém, não controla ninguém.
[quote=marcosalex]
Mas o risco do governo desvirtuar o propósito do projeto sempre é citado e é compreensível as dúvidas. Mas não vá descontar em mim, ok?[/quote]
Como desvirtuar algo que não faz sentido? O que significa “se responsabilizar” pelo projeto? Existem diversas zonas cinzas que não definem nada em termos práticos, mas são interpretáveis de diferentes formas.
O profissional brasileiro estará amarrado (um com curso superior, pois os outros não poderão mais participar), obrigado a fazer estudos, laudos, documentação, e todo tipo de burocracia exigida até para fazer um sitezinho em PHP. Enquanto isso os empreendedores continuarão fazendo o que sempre fizeram em outros países.
[quote=marcosalex][quote=Thiagosc]
Resumindo, o mercado estará fechado para qualquer nova pessoa que deseja começar a trabalhar, pois apenas aqueles com mais de 5 anos de experiência poderão.
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Não, não estará fechado. Leia com calma e vai ver que quem não tiver o registro não é proibido de fazer nada e nem vai ser punido por não tê-lo.
Novamente, sugiro participar do debate.[/quote]
Art. 1º É livre, em todo o território nacional, o exercício das atividades de análise de sistemas e demais atividades relacionadas com a Informática, observadas as disposições desta Lei.
Art. 2° Poderão exercer a profissão de Analista de Sistemas no País:
I - os possuidores de diploma de nível superior em Análise de Sistemas, Ciência da Computação ou Processamento de Dados, expedido por escolas oficiais ou reconhecidas;
II - os diplomados por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis de seu País e que revalidarem seus diplomas de acordo com a legislação em vigor;
III - os que, na data de entrada em vigor desta Lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo cinco anos, a função de Analista de Sistemas e que requeiram o respectivo registro aos Conselhos Regionais de Informática.
O trabalho dos advogados evolui a uma velocidade glacial e é basicamente interpretação de leis, nenhuma criação, nenhuma imaginação, nenhuma idéia. Médicos não precisam reaprender novos corpos e biologias a cada ano, pois o corpo humano é o mesmo desde que seres humanos existem. A sua comparação é sem sentido.
Regulamentar o quê? Se é a profissão, como colei no texto acima, então restringirá o mercado para quem tem diploma apenas.
Conselhos serão burocracias desnecessárias para alimentar parasitas da sociedade.
[quote=marcosalex]
Não, não estão trabalhando nem interferindo. Participaram do debate para trocar idéias. São contra uma série de ítens pelo fato das tecnologias tenderem a mudar mais rápido que as leis, mas são a favor do conselho, que teria um papel próximo ao deles. Eles não ditam nada, assim como o conselho aqui também não vai ditar tanto quanto você pensa. [/quote]
Você não respondeu quem são eles. Que eu saiba qualquer Zé pode pagar mensalidade da ACM ou da IEEE e ser um “membro”.
[quote=marcosalex]
Você entendeu o ponto que eu coloquei, não desvirtue o que eu falei.[/quote]
Você comparou o tal conselho com a ACM. Mas a ACM não é imposta por lei aos profissionais americanos, e tampouco tem poder de regulamentar coisa alguma.
[quote=marcosalex]
[quote=Thiagosc]
O profissional brasileiro estará amarrado (um com curso superior, pois os outros não poderão mais participar), obrigado a fazer estudos, laudos, documentação, e todo tipo de burocracia exigida até para fazer um sitezinho em PHP. Enquanto isso os empreendedores continuarão fazendo o que sempre fizeram em outros países.[/quote]
Bom, isso você tirou de onde? [/quote]
Daqui:
[quote]Art. 1º É livre, em todo o território nacional, o exercício das atividades de análise de sistemas e demais atividades relacionadas com a Informática, observadas as disposições desta Lei.
Art. 2° Poderão exercer a profissão de Analista de Sistemas no País:
I - os possuidores de diploma de nível superior em Análise de Sistemas, Ciência da Computação ou Processamento de Dados, expedido por escolas oficiais ou reconhecidas;
II - os diplomados por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis de seu País e que revalidarem seus diplomas de acordo com a legislação em vigor;
III - os que, na data de entrada em vigor desta Lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período de, no mínimo cinco anos, a função de Analista de Sistemas e que requeiram o respectivo registro aos Conselhos Regionais de Informática. [/quote]
O que esta sendo proposto é uma lei que define regras pra quem podera exercer a atividade e ser considerado profissional. Essa lei nao é ruim porque proibe joaozinho de programar (alguem sequer cogitou isso?), mas pq nao permite joaozinho ser considerado um profissional da area. A questao é, qual o criterio utilizado pra definir quem é profissional?
o Thiagosc colou um trecho da lei para caso vc nao tenha lido ainda. Sugiro tb que releia o topico desde o inicio pra ter uma visao do porque as pessoas sao contra essa lei. Muitos aqui do forum ja deram sua contribuicao, algumas paginas atras, e esclareceram amaioria dos seus questionamentos.