[quote=djemacao]Se puderem olhar um manual de redação e estilo, saberão que é uma regra deixar o máximo possível das palavras de outro idioma em nosso. Tentar traduzir é o que sempre vão fazer.
O problema que vejo, no caso da informática, por exemplo, é que certas palavras ficam sem sentido quando traduzidas. Mas isso não é diferente em medicina, em direito e etc. A questão aqui é quem traduz.
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Exatamente. Tradução tecnica é coisa para equipes e não para pessoas singulares.
Um especialista em portugues e na lingua estrangeira junto com um especialista na área.
Muitas vezes existem traduções corretas para portugues que o tecnico desconhece porque está viciado em usar o ingles. É uma limitação de algumas pessoas não utilizar o portugues corretamente e dar preferencia ao ingles.
Algumas palavras são realmente dificeis de traduzir e a equipa não pode criar palavras.
Por outro lado, o tecnico impede os especialistas em linguas de cometer gafes. Por exemplo outro dia li “Caso Alto” como tradução de “Upper Case” cuja tradução correta é “Caixa Alta”. “Caixa” é um termo tecnico da tipografia. Um informático pode não saber isso, mas um especialista em ingle deve saber isso. Ou então não é especialista.
O cuidado com as traduções e a propria lingua portugues é descuidado no Basil. É comum ler palavras erradas ou ouvir jornalista falarem errado. Nas publicações tecnicas isso é ainda mais perigoso.
A razão para que no Brasil se fale “ion” e em Portugal “ião” é que no brasil essa palavra não foi traduzida.
Agora é tarde.
Mouse é facilmente traduzido para Rato. fora do brasil se usa esse nome. O problema ai é cultural. No brasil a primeira tradução foi “a não tradução” (brasileiro adora isso) e ficou mouse. Lá fora o pessoal se esforçou e traduziu para rato. Como foi traduzido assim desde o principio, pegou. Na realidade “rato” é o mesmo conceito que “mouse”, mas quem fala mouse no Brasil não associar a “uma coisa com causa e orelhas”
e-mail e site são traduzido para correio eletrónico e sitio, respectivamente. Essa é a tradução usada em documentos oficiais ( na lei por exemplo) e portanto, a tradução oficial.
Quando se traduz algo se traduz para um determinado publico. É o contexto do documento que dita a “profundidade” da tradução. Num texto tecnico não seria necessário traduzir, mas num anuncio de TV, numa revista generalista ou num documento oficial sim.
Uma outra regra da tradução é “Nomes próprios não se traduzem”. Aqui o problema é saber quando o nome é proprio ou comum (até o google sabe isso “Steve Jobs…” ). Scrum é um nome próprio de uma metodologia. Não é necessária traduzir. Screen é um nome comum. Podemos facilmente traduzir.
Mas existe uma fronteira dúbia. Se a tradução não existe é porque o dominio não é explorado em protugues.
A falta de tradução para algumas palavras é porque não existe uma comunidade se esforçando para as traduzir. TRaduzir não significa que tem que ser 1:1 , é possivel traduzir expresões por palavras e palavras por expressões. Por exemplo, os nomes dos padrões de projeto. Eles são nomes próprios, mas podem ser traduzidos tal como ouro (gold) ou prata (silver) são também.
Em resumo. Tradução é um assunto sério e não é qualquer zé que pode fazer direito. Se a pessoa ou a publicação se preocupa em preservar a lingua ela investe e leva a tradução a sério. Caso contrário …